Kleber Mendonça Filho e Walter Salles fazem foto juntos durante encontro em festival de cinema

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Kleber Mendonça Filho e Walter Salles, dois grandes nomes do cinema nacional, encontraram-se em Los Angeles (EUA) no último domingo, 19, em um momento registrado com foto dos diretores juntos. Na ocasião, Mendonça Filho levou O Agente Secreto ao Museu da Academia do Oscar. A exibição abriu o Bravo Film Festival e foi apresentada pelo próprio diretor ao lado da produtora Emilie Lesclaux, seguida de um debate que contou com a participação de Salles.

 

A sessão reuniu profissionais e celebridades do circuito internacional e faz parte da movimentação de divulgação do filme nos Estados Unidos, com o objetivo de consolidar sua visibilidade junto a críticos e membros da Academia. Wagner Moura, protagonista do longa, não compareceu por compromissos teatrais no Rio.

 

O encontro teve caráter simbólico para o cinema brasileiro. Ao lado de Salles, diretor de Ainda Estou Aqui, a exibição ressaltou o bom momento das produções nacionais no exterior. Ainda Estou Aqui colecionou indicações ao Oscar e garantiu ao Brasil um prêmio histórico.

 

O Agente Secreto estreou no Festival de Cannes, onde foi reconhecido com prêmios de destaque, e chega aos cinemas brasileiros em novembro. Segundo previsão da revista The Hollywood Reporter, o título pode ser indicado a cinco categorias do Oscar.

 

O longa, inclusive, está entre as seis obras selecionadas que disputam a indicação brasileira à categoria de Melhor Filme Internacional. No ano passado,Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, levou a estatueta para casa.

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Mais duas pessoas morreram no Paraná na última quarta-feira, 22, após serem intoxicadas por metanol com o consumo de bebida alcoólica adulterada. Os óbitos elevam para três a quantidade de mortes confirmadas no Estado pela intoxicação com a substância.

A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) por meio de nota. As mortes não entraram no balanço apresentado pelo Ministério da Saúde no mesmo dia, que ainda registrava apenas uma morte no território paranaense.

Uma das vítimas era uma mulher de 41 anos, moradora de Curitiba, que estava internada em estado grave desde o dia 11 de outubro. "Ela possuía doenças crônicas e outras comorbidades", informou a Sesa.

A segunda morte é de um homem de 43 anos, residente em Almirante Tamandaré, na região metropolitana da capital. Ele deu entrada em um serviço de saúde de Curitiba na última segunda-feira, 20, como caso suspeito. No dia seguinte, um exame laboratorial confirmou a intoxicação por metanol.

Ao todo, o Paraná já tem seis casos confirmados de intoxicação pela substância: quatro em Curitiba, um em Almirante Tamandaré e um em Foz do Iguaçu. Desses, três resultaram em morte. Conforme o governo, os demais não estão mais internados.

Antes da mulher de Curitiba e do homem de Almirante Tamandaré, a primeira morte no Estado foi de um homem de 55 anos, morador de Foz do Iguaçu.

Com base o balanço mais recente do Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira - que não contabilizou as duas mortes mais recentes no Paraná -, o Brasil registra dez mortes e 53 casos confirmados em todo o território nacional de intoxicação por metanol. A maioria das ocorrências está concentrada em São Paulo, com sete mortes e 42 casos confirmados.

O metanol é uma substância tóxica que não pode ser identificada pelo cheiro ou pelo sabor, nem provoca alterações visíveis nas bebidas. Mesmo em pequenas quantidades, pode levar uma pessoa à morte.

Os sinais de intoxicação costumam aparecer entre seis e 72 horas após a ingestão e podem ser confundidos com uma ressaca. Os sintomas iniciais incluem dor de cabeça, náuseas, vômitos, sonolência, falta de coordenação, tontura e confusão mental.

Entre as consequências mais graves estão dor abdominal intensa, alterações visuais (como visão embaçada, pontos escuros, sensibilidade à luz ou cegueira súbita), dificuldade para respirar, convulsões e coma.

O governo federal publicou, em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira, 24, que estabelece regras para o pagamento de diárias a agentes públicos participantes da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Os valores chegam a R$ 800 por pessoa.

São considerados os deslocamentos de servidores civis, empregados públicos, contratados por tempo determinado e colaboradores eventuais, da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.

No intervalo de 27 de outubro a 5 de novembro, os valores individuais das diárias serão de R$ 800, um aumento de R$ 100 em relação ao pagamento que geralmente é feito para deslocamento a capitais como Belém (PA).

Esses valores estão definidos em outro decreto de 2006. No decreto publicado nesta sexta, o governo não decidiu novos valores, mas vinculou as diárias a parâmetros já estabelecidos. No período de 6 a 21 de novembro, os valores individuais das diárias variam de R$ 380,00 a R$ 800,00, dependendo do cargo.

Conforme previsão legal, há indenização no valor de R$ 157,01 aos servidores que se afastarem do seu local de trabalho, sem direito à percepção de diária, para execução de trabalhos de campo, por exemplo. Além disso, há um adicional de embarque e desembarque no valor de R$ 95,00.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou na quinta-feira, 23, a suspensão da comercialização, manipulação, divulgação e uso de todos os medicamentos manipulados da Elmeco Serviços Farmacêuticos e Treinamento Profissional.

O hormônio Nesterone e os implantes de testosterona manipulados, conhecidos como "chips da beleza", também foram proibidos.

Em nota, a Elmeco informou que fez as adequações exigidas e que, no último dia 15, enviou à vigilância sanitária regional um plano de ação para comprovar que suas operações estão dentro das normas.

A empresa também declarou que discorda da decisão da Anvisa e que pretende tomar todas as medidas necessárias para esclarecer o caso e comprovar a regularidade de suas atividades.

Medicamentos manipulados

Segundo a Anvisa, a suspensão dos medicamentos manipulados foi determinada após a "comprovação da manipulação irregular e da adulteração generalizada de todos as preparações estéreis da empresa, causadas por falhas nas boas práticas de manipulação".

De acordo com a agência, essas falhas representam um grande risco de contaminação cruzada e microbiana. As preparações, diz a Anvisa, precisam ser feitas em um ambiente totalmente esterilizado para evitar contaminações e garantir a segurança de quem vai usá-las. Qualquer impureza ou microrganismo pode representar risco à saúde.

Hormônios

No caso do Nesterone, hormônio usado para inibir a menstruação e seus efeitos, como cólicas intensas, sangramentos excessivos e tensão pré-menstrual, a suspensão foi determinada porque o produto é considerado irregular. Segundo a Anvisa, "ele nunca teve a sua eficácia e segurança comprovadas".

Já os implantes de testosterona estão suspensos porque foram embalados de forma inadequada, em frasco-ampola, sem estudos que comprovem a limpeza e esterilização corretas dos recipientes e tampas. Sem essa validação, a agência entende que há alto risco de contaminação por substâncias bacterianas.

Os implantes, conhecidos como "chips da beleza", são dispositivos de silicone inseridos sob a pele - geralmente nos glúteos ou no abdômen - para liberar substâncias de forma contínua.

Em outubro do ano passado, a Anvisa chegou a proibir a venda desse tipo de implante. Um mês depois, voltou atrás e autorizou a comercialização com restrições. Ainda assim, a própria agência mantém ressalvas, deixando claro que esses produtos não possuem eficácia comprovada e não estão isentos de riscos.