'Piriri ao vivo': Ana Maria desaparece durante 'Mais Você' e se explica: 'Não tem o que fazer'

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Ana Maria Braga deu um susto nos espectadores do Mais Você durante o programa desta quarta-feira, 22. A apresentadora precisou sair do estúdio rapidamente logo após iniciar a atração, avisando que teria que ir ao banheiro.

Antes de deixar temporariamente o programa, Ana convocou Tati Machado para assumir sua posição ao lado de Ju Massaoka. Ao voltar, depois de alguns minutos, ela se explicou com bastante honestidade, dizendo que não conseguiu conter o mal-estar.

"Obviamente, com a minha saída daqui com o programa ao vivo, o pessoal da internet ficou enlouquecido", declarou. "Numa hora dessa, você vai falar o quê? Vai falar: 'eu vou tomar café', né? Foi mais ou menos isso que aconteceu. Na verdade, foi uma dor de barriga danada, e aí não tem o que fazer, minha senhora. O que eu ia falar? Ia mentir? Para quê? Tanta gente ia saber que eu fui ao banheiro. É melhor falar a verdade mesmo."

O programa transcorreu normalmente após o retorno de Ana Maria, e Tati até explicou que a apresentadora sentiu o desconforto poucos minutos antes de entrar ao vivo. "O programa prestes a começar. 3, 2, 1… 'Gente, deu ruim aqui'", riu a apresentadora.

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Uma americana de 57 anos afirma ter sido estuprada por um funcionário do hotel Blue Tree, que fica na Avenida Paulista, em São Paulo. O caso, que tramita em segredo de Justiça, aconteceu durante uma viagem a trabalho da vítima ao Brasil, na noite de 27 de setembro de 2024. Réu pelo crime de estupro, o funcionário do hotel, de 19 anos, alegou, por meio da defesa, ter tido relação consensual com a mulher. Em nota, a rede de hotéis disse colaborar com as investigações.

Era o último dia da americana no Brasil. Naquela noite, ela preferiu não sair com os colegas - brasileiros e americanos - da empresa. Segundo informações do inquérito policial, ao qual o Estadão teve acesso, a vítima não conseguiu pedir o jantar e um vinho pelo telefone do quarto. Ela não fala português, e quem atendeu não falava inglês.

"Fui à recepção, fiz meu pedido de serviço de quarto, e depois fui ao bar para pedir uma bebida. Como era minha última noite em São Paulo e não tinha planos de sair, pedi uma garrafa de vinho", contou a mulher, em depoimento à Polícia Civil. Com auxílio de um tradutor online, ela pediu o vinho e conversou com o funcionário do hotel.

De acordo com a versão da vítima, o rapaz perguntou se poderia levar o vinho até o quarto. Ela aceitou e disse à polícia que o pedido não lhe pareceu incomum, visto que durante a estadia outros funcionários tinham se oferecido para levar comida, bebida e bagagens até o quarto. A ida deles até o quarto foi registrada por câmeras de segurança, e as imagens constam no inquérito.

"Assim que entramos no quarto, de repente o funcionário do hotel me abraçou e me beijou enquanto eu ainda segurava a taça de vinho que havia trazido do bar. Ele se tornou muito agressivo comigo e eu lhe disse 'não' enquanto lutávamos", relatou. O inquérito aponta que o rapaz ficou no quarto por nove minutos.

Exames do Instituto Médico Legal (IML) indicaram que a vítima sofreu conjunção carnal e constataram presença de sêmen na vagina e no ânus. Ela também teve escoriações nos braços e nas pernas. Os laudos não apontaram consumo de outras drogas, além do álcool, por parte da americana.

Após o crime, ela mandou uma mensagem para um amigo da empresa - também americano e que não fala português. Na troca de mensagens com ele, a mulher disse: "o hotel me deixou aqui sozinha. Eu não consigo acreditar nisso. Eu não consigo acreditar no que aconteceu. Eu só queria ir para casa."

O amigo da vítima estava com outra brasileira, que trabalha para a mesma companhia, e que o acompanhou até o hotel na Avenida Paulista. Os dois prestaram depoimento à polícia e relataram ter encontrado a vítima no quarto do hotel, completamente abalada.

Conforme os relatos, funcionários do hotel se negaram a acionar a Polícia Militar (PM), o que foi feito pela amiga brasileira. "Os membros do staff se recusaram a prestar qualquer assistência e disse que 'não podiam chamar a polícia'", disse o amigo em depoimento. "[Quando a polícia chegou] os membros do staff continuaram tentando interferir, e a polícia os afastou", afirmou.

Após a chegada da PM, houve uma tentativa de identificação do suspeito, mas ele havia fugido do local. Durante a fase de inquérito, ele não foi localizado pela polícia. Agora réu pelo crime de estupro, ele apresentou defesa no processo. O Estadão entrou em contato com os advogados dele e aguarda retorno.

Mulher ficou 26 dias internada

Uma audiência de instrução do processo, quando o juiz ouve as partes, testemunhas e analisa provas, está marcada para janeiro de 2026.

"A gente espera que seja feita justiça pelo estupro praticado. Ela é uma jovem senhora, que está abaladíssima com o que aconteceu, e que vai levar pro resto da vida esse trauma", disse Maria Tereza Grassi Novaes, advogada da vítima.

A mulher retornou aos Estados Unidos um dia após o crime. Em depoimento, ela afirmou que precisou ficar cinco semanas afastada do trabalho, além de ter passado 26 dias em uma clínica psiquiátrica. Ela relatou ter começado a tomar remédios para ansiedade e depressão após o estupro.

Segundo a advogada, a defesa da mulher está em tratativas com a direção do hotel para que seja paga indenizações por danos morais e materiais, que podem chegar a US$ 150 mil (mais de R$ 800 mil). Caso não haja acordo extrajudicial, Maria Tereza disse que a defesa entrará com uma ação para a reparação financeira.

O que diz a direção do hotel

Em nota, a direção do hotel Blue Tree informou que "sempre tem como prioridade o bem-estar e a segurança de seus hóspedes" e que "não compactua nem compactuará com qualquer conduta imprópria eventualmente praticada nos seus empreendimentos". A rede afirmou que colabora "integralmente com qualquer apuração ou investigação".

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou na terça-feira, 21, a apreensão de lotes de Keytruda e Avastin, dois medicamentos usados no tratamento de pacientes com câncer.

No caso do Keytruda, a determinação ocorreu porque os lotes SO48607 e YO19148 não foram reconhecidos como originais pela farmacêutica MSD, detentora da patente do medicamento.

Recentemente, a empresa responsável pela distribuição dos lotes, a LAF MED Distribuidora de Medicamentos e Materiais Hospitalares, teve sua licença cassada após uma operação de combate à falsificação em Fortaleza.

A ação, realizada em parceria com a Secretaria de Saúde do Ceará e a Agência de Fiscalização de Fortaleza, foi conduzida para desarticular uma rede suspeita de distribuir e vender versões falsificadas de medicamentos oncológicos para hospitais e clínicas.

Na operação, os fiscais localizaram várias caixas de medicamentos sem registro no Brasil, todas com rótulos em inglês, indicando uma possível falsificação internacional. Também foram encontradas notas fiscais apontando a comercialização dos produtos irregulares.

O Estadão entrou em contato com a LAF MED Distribuidora de Medicamentos e Materiais Hospitalares, mas não obteve retorno até a publicação do texto.

Entenda o caso

Em junho deste ano, a Anvisa recebeu uma queixa técnica de um hospital de Palmas, no Tocantins, sobre irregularidades em frascos do lote SO48607 do Keytruda, um imunoterápico de alto custo usado no tratamento de diversos tipos de câncer, como melanoma, câncer de pulmão, câncer de cabeça e pescoço e câncer de esôfago.

Segundo a Anvisa, o hospital havia adquirido o produto de uma distribuidora regularizada, mas a nota fiscal não trazia informações sobre o lote e o prazo de validade. Além disso, foram observados problemas no transporte, como a ausência de controle de temperatura, e diferenças visuais nas embalagens em relação às originais.

Após receber a denúncia, a Anvisa solicitou esclarecimentos à distribuidora e determinou a suspensão imediata da venda de todas as unidades do lote do medicamento.

Enquanto isso, a detentora do registro do Keytruda no Brasil, a MSD, comunicou não reconhecer o lote. A empresa apontou que o produto apresentava rótulo em inglês e um selo de segurança falsificado, com efeito holográfico e inscrições em árabe. O caso foi confirmado como falsificação e reportado pela Anvisa à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um mês depois, em julho, a agência recebeu nova denúncia de um serviço hospitalar de Vitória da Conquista, na Bahia, que adquiriu da mesma distribuidora unidades do lote YO19148. As embalagens eram diferentes da embalagem tradicional do medicamento e não possuíam o número de registro na Anvisa. Esse caso ainda segue em investigação.

Avastin

Além do Keytruda, o lote H0386H05 do medicamento Avastin, indicado para o tratamento de câncer colorretal metastático, câncer de pulmão e câncer de mama, entre outros tipos de neoplasia, também foi proibido.

A ação ocorreu após a Roche, verdadeira detentora do registro do remédio, identificar itens do lote falsificado com características diferentes do produto original.

Segundo a Anvisa, o lote tem um código muito parecido com o de produtos verdadeiros vendidos no Brasil. Mas, ao analisar as imagens, a Roche identificou diferenças importantes em relação ao seu sistema de rastreamento, indicando se tratar de uma falsificação.

Falsificação

A Anvisa ressalta que a circulação de versões falsificadas pode comprometer o tratamento dos pacientes e provocar uma série de eventos adversos.

A agência destaca ainda que a falsificação de medicamentos pode ser considerada crime hediondo pelo Código Penal, com penas que vão de 10 a 15 anos de prisão, especialmente nos casos dos medicamentos considerados de alta importância para a saúde pública.

Cláudio Marcos de Almeida, conhecido como Django, é apontado como um dos principais chefes da história do Primeiro Comando da Capital (PCC). Sua morte foi ordenada pela cúpula da facção, após julgá-lo no tribunal do crime. Ele foi obrigado a se enforcar em 27 de janeiro de 2022 sob o viaduto da Vila Matilde, na zona leste de São Paulo.

O nome dele voltou ao noticiário nesta quarta-feira, 22, por conta de uma operação do Ministério Público contra a viúva e a cunhada do traficante.

Natalia Stefani Vitoria, viúva de Django, e a irmã dela, Priscila Carolina Vitoria Rodrigues, são acusadas de participar do esquema de lavagem de dinheiro deixado por Django. Ele atuava em parceria com outro importante líder da PCC: Silvio Luiz Ferreira, conhecido como Cebola. A reportagem não conseguiu localizar a defesa delas.

De acordo com o Ministério Publico, desde 2012, Django controlava cerca de 50% da cocaína exportada pelo PCC para fora do Brasil. Ele teria usado Priscila, sua cunhada, para adquirir quatro quotas da UPBus, no valor de R$ 494,4 mil.

A empresa operava nos terminais de ônibus da Cidade Tiradentes e de Itaquera, ambos na zona leste da capital paulista, com uma frota de 138 ônibus e foi alvo de uma operação do MP no ano passado. Por conta da repercussão do caso, a Prefeitura de SP rompeu o contrato.

De acordo com o Gaeco, Natalia e Priscila usavam ainda empresas do "ramo de brinquedos infantis para lavar capitais". "Segundo a Receita Federal, a própria distribuição de dividendos e lucros não é real, indicando, portanto, se tratar de artifício para a lavagem de capitais", afirmaram os promotores.

As lojas das empresas ficavam em quatro shoppings na Grande São Paulo, uma na zona norte e outra na zona leste da capital, uma terceira em Guarulhos e a última no ABC - só a franquia de uma das lojas custaria R$ 300 mil.

Nas constas das empresas o Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) encontrou centenas de depósitos feitos em caixas eletrônicos com valor inferior a R$ 10 mil.

Os promotores cumpriram seis mandados de busca e apreensão em São Paulo, Guarulhos, Mogi das Cruz e Santo André, na Grande São Paulo. E obtiveram o sequestro de R$ 4,5 milhões em bens.