Lô Borges é internado em Belo Horizonte por intoxicação medicamentosa

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Ícone da MPB, Lô Borges, 73, foi internado em Belo Horizonte, em Minas Gerais, com um quadro de intoxicação por medicamentos. O cantor deu entrada no hospital na última sexta-feira, 17 após passar mal.

 

Em contato com o Estadão, a assessoria de Lô afirmou que ele está passando por novos exames para que a equipe médica tenha um diagnóstico mais preciso. Apesar de o cantor ter apresentado melhora entre sexta e esta quarta-feira, 22, ainda não há previsão de alta hospitalar.

 

O irmão de Lô, Yê Borges, disse ao g1 que a família espera "que ele volte o mais breve possível".

 

Lô está internado na unidade Contorno do Hospital Unimed. O hospital, no entanto, não divulgou o estado de saúde do artista, seguindo as normas de sigilo médico e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

 

Por conta da internação, a agenda de Lô foi cancelada. O cantor se apresentaria ao lado de Beto Guedes no próximo sábado, 25, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

 

Lô Borges é um dos fundadores e principais expoentes do Movimento Clube da Esquina, que se originou em Belo Horizonte nos anos 1960. Ao lado de Milton Nascimento, ele lançou, em 1972, o disco Clube da Esquina, tido até hoje como um dos maiores álbuns da música brasileira. No mesmo ano, lançou também seu primeiro trabalho solo, um disco autointitulado que trouxe influências psicodélicas e um tom experimental.

 

O trabalho de Lô também foi gravado por outras grandes vozes da MPB, incluindo Tom Jobim, Elis Regina, Skank e 14 Bis.

 

Desde 2019, o cantor tem lançado um novo trabalho de estúdio por ano, com o mais recente sendo Tobogã, de 2024.

 

Entre os sucessos lançados por Lô estão Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, O Trem Azul, Cravo e Canela e Canela. O cantor soma mais 487 mil ouvintes mensais no Spotify.

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Oito organizações e redes dos movimentos ambientalistas, indígena, quilombola e de pescadores artesanais entraram na quarta-feira, 22, com uma ação na Justiça Federal do Pará contra o Ibama, a Petrobras e a União, pedindo anulação do licenciamento do bloco FZA-M-59, que permitiu à Petrobras iniciar a perfuração de petróleo na bacia sedimentar da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial brasileira.

A ação foi protocolada na 9ª Vara da cidade de Belém pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), a Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), a Conaq (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas), a Confrem (Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros e Marinhos), o Greenpeace Brasil, o Instituto Arayara, o Observatório do Clima e o WWF-Brasil também pedem liminar suspendendo imediatamente as atividades de perfuração, sob risco de danos irreversíveis ao meio ambiente.

Segundo a ação, não foi realizado o Estudo de Componente Indígena nem o Estudo de Componente Quilombola no licenciamento. Também não teria sido apresentado um estudo de modelagem que apontasse o que aconteceria com o óleo em caso de acidente, e o licenciamento ainda ignorou os impactos climáticos.

A licença de operação foi liberada para a Petrobras pelo Ibama com 29 condicionantes. Entre elas estão a implementação do Plano de Emergência Individual, Projeto de Monitoramento de Impactos de Plataformas e Embarcações sobre a Avifauna (PMAVE), Plano de Prevenção e Controle de Espécies Exóticas (PPCEX), Projeto de Educação Ambiental dos Trabalhadores (PEAT), Projeto de Controle da Poluição (PCP), dentre outros.

O documento técnico também ressalta que a licença não exime a companhia da obtenção de autorizações junto a outros órgãos e instituições, se eventualmente exigíveis.

O bloco FZA-M-59, que abriga o poço de Morpho (onde os trabalhos de perfuração já começaram, segundo a Petrobras), é apenas o primeiro de uma série na bacia da Foz do Amazonas. Há outros oito blocos em licenciamento e 19 arrematados no leilão da ANP em junho.

"A abertura de uma nova fronteira exploratória do petróleo via liberação do bloco FZA-M-59 implicará, em plena crise climática, aumento na produção de combustíveis fósseis, que, por sua vez, elevará as emissões de gases de efeito estufa no país e no mundo", argumentou o Instituto Arayara em nota.

Uma babá e uma criança foram feitas reféns durante um assalto a uma casa no bairro Jardim Paulista, região nobre de São Paulo, na tarde de quarta-feira, 22. De acordo com a Polícia Civil do Estado, diligências estão em andamento para identificar os autores e esclarecer os fatos.

Segundo a investigação, o roubo a residência ocorreu na Rua Maestro Elias, no Jardim Paulista. Policiais militares foram acionados para atender a ocorrência. A babá e a criança não sofreram agressões físicas durante a ação criminosa.

A vítima, uma mulher de 42 anos, relatou que trabalha na residência como babá e que dois criminosos invadiram a casa, anunciando o roubo.

Os criminosos mantiveram a vítima como refém durante a ação, enquanto roubavam objetos da casa. Segundo a Polícia Civil, após os criminosos deixarem a casa, a mulher conseguiu se libertar e acionou a PM.

O caso foi registrado como roubo no 14° DP (Pinheiros). Diligências estão em andamento para identificar a autoria e esclarecer os fatos.

O presidente designado da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), André Corrêa do Lago, refutou eventual impacto, do ponto de vista da negociação, com a licença referente ao bloco 59 na Margem Equatorial. "Eu não acho que tenha que ser considerado como algo que mude coisas na COP", declarou nesta quinta-feira, 23, em coletiva de imprensa.

O Bloco FZA-M-59 está a 500 km da Foz do Rio Amazonas, uma faixa ambientalmente sensível por abrigar, por exemplo, estações ecológicas, áreas marinhas protegidas, áreas de proteção permanente e reservas indígenas. "Todo mundo sabia que esse tema estava evoluindo. A questão foi o momento em que a notícia foi dada e esse momento. É uma demonstração do quanto esse tema está sendo debatido de maneira muito aberta no Brasil e que as instituições brasileiras estão funcionando no ritmo que as coisas devem acontecer", declarou.

O processo de licenciamento ambiental sobre o Bloco FZA-M-59 foi iniciado em 2014 e houve um longo trâmite para a liberação esta semana. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apontou em parecer técnico 29 condicionantes específicas, incluindo diversos planos de prevenção ambiental.

André Corrêa do Lago argumentou que a posição do Brasil é "fortalecida" e, como todos os países no processo de transição energética, é necessário fazer escolhas. "A transição em cada um dos países representa um grande desafio econômico e eu acredito que o Brasil demonstrou para o mundo que esse tema está sendo tratado ao mesmo tempo de maneira muito institucional", disse.