'Três Graças' tem melhor semana de estreia de uma novela das 21h no Globoplay

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Três Graças, novela de Aguinaldo Silva para a Globo, teve a melhor semana de estreia para uma novela das 21h no Globoplay, o serviço de streaming da emissora. De acordo com dados divulgados pela rede ao Estadão, foram consideradas as horas consumidas em conteúdos ao vivo e sob demanda.

No mesmo período, o folhetim alcançou mais de 68 milhões de pessoas e cresceu em 12% a audiência do público jovem, entre 18 e 24 anos, no Painel Nacional de Televisão (PNT), em comparação com a primeira semana da novela anterior.

No PNT, a média de audiência e participação da novela nos seis primeiros capítulos (segunda a sábado) foi a mesma da primeira semana de Vale Tudo: 22 pontos de audiência e 39% de participação. Belém (25 de audiência, 47% de participação), Recife (25 de audiência, 45% de participação) e outras sete capitais do Brasil registraram a maior audiência de primeira semana de novela das 21h desde Renascer.

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O procurador-geral da República Paulo Gonet comunicou nesta quarta-feira, 29, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o órgão já cobrou informações do governo do Rio de Janeiro sobre a operação que matou pelo menos 119 pessoas na terça-feira, 28.

Em ofício ao STF, Gonet afirmou que aguarda os dados para analisar se há medidas que a PGR pode tomar em relação às mortes.

"Medidas complementares poderão ser cogitadas a partir da compreensão mais precisa dos fatos que as informações haverão de propiciar", diz o documento.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que o governador Cláudio Castro preste "informações relativas à letalidade e vitimização policiais na referida operação, bem como acerca da observância dos parâmetros fixados na decisão do Supremo Tribunal Federal na ADPF 635/RJ", a "ADPF das Favelas".

A PGR pediu esclarecimentos sobre 11 pontos específicos:

Preservação do local para perícia e conservação dos vestígios do crime;

Comunicação imediata ao Ministério Público;

Atuação da polícia técnico-científica para realização das perícias, liberação do local e remoção de cadáveres;

Acompanhamento pelas Corregedorias das Polícias Civil e Militar;

Uso de câmeras corporais pelos policiais;

Uso de câmeras nas viaturas policiais;

Justificação e comprovação da prévia definição do grau de força adequado à operação;

Observância das diretrizes constitucionais relativas à busca domiciliar;

Presença de ambulância, com a indicação precisa do local em que o veículo permaneceu durante a operação;

Observância rigorosa do princípio da proporcionalidade no uso da força, em especial nos horários de entrada e saída de escolas. Em caso negativo, informar as razões concretas que tenham tornado necessária as ações nesses períodos;

Necessidade e justificativa, se houver, para uso de estabelecimentos educacionais ou de saúde como base operacional das forças policiais, bem como eventual comprovação de uso desses espaços para a prática de atividades criminosas que tenham motivado o ingresso das equipes.

A manifestação de Gonet foi enviada ao STF depois que o ministro Alexandre de Moraes pediu um parecer da PGR sobre diligências sugeridas pelo Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) a respeito da operação.

O ministro despachou na ADPF das Favelas, ação que estabeleceu parâmetros de atuação para reduzir a letalidade policial no Estado, especialmente nas comunidades, e obrigou o governo do Rio a criar um plano de recuperação territorial de áreas dominadas por facções e milícias.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos acompanha o processo como terceiro interessado. A PGR explicou que, antes mesmo do CNDH acionar o Supremo, o governo do Rio já havia sido notificado para prestar informações.

O Rio de Janeiro retornou ao estágio 1 às 6 horas da manhã desta quarta-feira, 29, de acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio. Na tarde de terça-feira, 28, a cidade entrou em estágio 2, após uma megaoperação deflagrada que impactou na cidade.

"O Estágio 1 é o primeiro em uma escala de cinco e significa que não há ocorrências de grande impacto. Neste estágio, podem ocorrer pequenos incidentes, mas que não interfiram de forma significativa na rotina do cidadão", disse o Centro de Operações da Prefeitura do Rio.

Na tarde de terça, o município do Rio de Janeiro entrou no estágio 2 às 13h48, devido a ocorrências policiais que interditaram, de forma intermitente, diversas ruas das zonas norte, oeste e sudoeste da cidade, impactando os modais de transportes e a locomoção da população pela cidade.

Entenda abaixo todos os estágios:

Estágio 1 (Verde): Quando não há ocorrências que provoquem alteração significativa no dia a dia do carioca. Não foram identificados fatores de risco de curto prazo que impactem a rotina da cidade. Impacto: sem ou com pouco impacto para a fluidez do trânsito e das operações de infraestrutura e logística da cidade.

Estágio 2 (Amarelo): Quando há risco de haver ocorrências de alto impacto na cidade devido a um evento previsto ou a partir da análise de dados. Há ocorrência com elevado potencial de agravamento. Impacto: há risco de impactos, ou já foram identificados impactos, em pelo menos uma região da cidade, com potencial de afetar, ou já afetando, a rotina da população.

Estágio 3 (Laranja): Quando uma ou mais ocorrências estão impactando a cidade. Há certeza de que haverá ocorrência de alto impacto, no curto prazo. Impacto: pelo menos uma região da cidade está impactada, causando reflexos relevantes na infraestrutura e logística urbana, e afetando diretamente a rotina da população.

Estágio 4 (Vermelho): Quando uma ou mais ocorrências graves impactam a cidade ou há incidência simultânea de diversos problemas de médio e alto impacto em diferentes regiões da cidade. Os múltiplos danos e impactos causados começam a extrapolar a capacidade de resposta imediata das equipes da cidade. Impacto: uma ou mais regiões estão impactadas, causando reflexos graves / importantes na infraestrutura e logística urbana, e afetando severamente a rotina da população (ou de parte dela).

Estágio 5 (Roxo): Quando uma ou mais ocorrências graves impactam a cidade ou há incidência simultânea de diversos problemas de médio e alto impacto em diferentes regiões da cidade. Os múltiplos danos e impactos causados extrapolam de forma relevante a capacidade de resposta imediata das equipes da cidade. Impacto: uma ou mais regiões estão impactadas, causando reflexos graves / importantes na infraestrutura e logística urbana, e afetando severamente a rotina da população (ou de parte dela).

A comitiva do governo federal que foi ao Rio de Janeiro inclui os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, da Igualdade Racial, Anielle Franco, e dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, além do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, que estava previsto para liderar a comitiva, não vai.

Na noite de terça-feira, 28, a Casa Civil informou que Rui iria junto de Lewandowski para o Rio para conversar com o governador Cláudio Castro (PL). O quadro mudou após a reunião feita pelo presidente com seus auxiliares na manhã desta quarta-feira, 29. O chefe da Casa Civil ligou para Castro e informou que a comitiva iria à capital fluminense após a reunião com o presidente.

O objetivo da comitiva designada por Lula é colher informações sobre a megaoperação da polícia do Rio de Janeiro e avaliar eventuais pedidos por parte da gestão de Cláudio Castro. A comitiva deixou o Palácio da Alvorada após a reunião presidencial por volta das 13h30. De lá, seguiram para a capital fluminense.

Até as 13h, o governo do Rio contabilizava 119 mortos na operação, sendo 4 policiais. Já segundo a Defensoria Pública do Estado, o saldo de fatalidades é de 132 pessoas.