Dança das bancadas na Globo: Troca de apresentadores dos telejornais começa nesta quinta

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A dança das cadeiras dos âncoras dos telejornais da Globo começa a acontecer nesta quinta-feira, 30. Neste dia, os novos apresentadores serão recebidos ao vivo nos estúdios dos seus futuros programas em São Paulo.

Na quinta, Roberto Kovalick vai receber Tiago Scheuer, que atualmente participa do Bom Dia São Paulo, no estúdio do Hora 1. O novo âncora do matinal assume a apresentação de forma integral já na sexta, 31. O mesmo acontece no Jornal Hoje. César Tralli dá as boas-vindas oficialmente a Kovalick na quinta, e o comunicador assume o vespertino na sexta. A informação foi adiantada pelo g1.

A transição do Jornal Nacional, no entanto, começa somente na sexta, 31. William Bonner se despede do JN e, no mesmo dia, ele e Renata Vasconcellos recebem Tralli no estúdio para as boas-vindas oficiais. O jornalista assume a bancada ao lado da nova colega somente na segunda-feira, dia 3.

Vale lembrar que o Jornal Nacional é apresentado do Rio de Janeiro, enquanto o Hora 1 e o JH são realizados no estúdio em São Paulo. Tralli se muda para a capital fluminense para assumir o novo cargo.

Mudanças começaram com anúncio de Bonner

A alteração dos âncoras dos telejornais da Globo foi anunciada no dia 1º de setembro, quando William Bonner comunicou sua despedida do Jornal Nacional após 29 anos de bancada. Cristiana Sousa Cruz assume como editora-chefe após a saída de Bonner - ele também ocupava este cargo.

Segundo Bonner, sua saída já vinha sendo trabalhada internamente havia cinco anos, e a decisão partiu de um desejo seu de ter mais tempo para a vida pessoal e para os filhos, algo intensificado durante a pandemia de covid-19.

"É muito estranho falar de mim aqui no Jornal Nacional. Minha decisão tem cinco anos e surgiu quando a pandemia estava no auge", falou Bonner, ao relembrar que naquela época um de seus três filhos estava de mudança para estudar em outro país. "Eu sentia que nos meus dias ficavam de fora coisas que eu gostaria de fazer. A conta não estava fechando", complementou.

Após a despedida nesta sexta, Bonner ficará distante das apresentações até fevereiro de 2026, quando passa a apresentar o Globo Repórter ao lado de Sandra Annenberg.

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Uma árvore de grande porte caiu sobre um veículo ocupado na tarde desta quarta-feira, 29, no bairro Socorro, zona sul de São Paulo. A vítima, um homem de 54 anos, foi levada em estado grave para o Hospital das Clínicas por meio do helicóptero Águia-17.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e mobilizou sete viaturas na ocorrência. A corporação ajudou a retirar o homem que estava preso nas ferragens. A atualização do estado de saúde dele não foi informado.

O caso aconteceu por volta das 12h40, na altura do número 480 da Avenida Antônio Barbosa da Silva Sandoval. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, uma casa também foi atingida. O órgão não deu detalhes sobre feridos.

"A ocorrência foi registrada como lesão corporal no 11º Distrito Policial (Santo Amaro), que requisitou perícia", informou a pasta.

De acordo com os bombeiros, foram registradas rajadas de vento de aproximadamente 70 km/h na região de Interlagos entre 11h e 13h, o que pode ter contribuído para a queda da árvore.

Procurada para comentar sobre o acidente, a Prefeitura de São Paulo informou, via Subprefeitura Capela do Socorro, que equipes estão na Rua Antônio Barbosa da Silva Sandoval realizando o corte e a remoção da árvore.

"A Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) informa que atualmente conta com 162 equipes de poda", afirmou a administração.

Para o período de chuvas e com o objetivo de reduzir o número de solicitações que ainda não foram atendidas, a Prefeitura diz que promove mutirões de poda em diversas regiões da cidade.

"Em setembro, as ações ocorreram nas Subprefeituras de Santo Amaro, Butantã e Lapa, com cerca de 500 podas realizadas em cada região, além de outras 1.000 árvores podadas em Itaquera. Neste mês, o mutirão está sendo executado na Subprefeitura Pirituba", informou a nota.

A Associação de Transporte Aéreo Internacional (Iata) e a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) voltaram a criticar o Projeto de Lei 5.041/2025, aprovado na terça-feira, 28, pela Câmara dos Deputados. As entidades classificaram a proposta como um "retrocesso histórico", com potencial para encarecer as passagens aéreas e, por isso, deveria ser reconsiderada pelo Senado Federal.

"A medida proposta, que torna obrigatórios o despacho e o transporte gratuito de bagagem de mão e restringe outras práticas comerciais padrão, representa uma séria ameaça à conectividade, competitividade e ao acesso do transporte aéreo no Brasil", afirmam as associações, por meio de nota.

As novas regras preveem que as companhias aéreas forneçam uma bagagem despachada gratuita de até 23 quilos em voos domésticos e internacionais, além de oferecerem bagagem de mão gratuita de até 12 quilos em voos domésticos. Também fica proibida a cobrança pela seleção de assentos padrão e o cancelamento automático de voos de volta caso o passageiro perca o trecho de ida, salvo se houver autorização expressa. As medidas ainda determinam que passageiros que necessitem de assistência especial tenham direito a até dois assentos adicionais sem custo.

Para a Iata e Alta, o Senado Federal deve reconsiderar o projeto de lei que impõe as medidas, assim como estabelecer um diálogo aberto com a indústria da aviação para garantir que a proteção do consumidor seja equilibrada com a sustentabilidade econômica e a viabilidade operacional.

"Ao reintroduzir regras desatualizadas e uniformes sobre bagagem e assentos, a proposta corre o risco de limitar a concorrência e o acesso a tarifas acessíveis e, em última análise, prejudicar os próprios consumidores que pretende proteger", afirma o vice-presidente regional da Iata para as Américas e diretor-executivo e CEO da Alta, Peter Cerdá.

As associações avaliam ainda que as restrições às operações internacionais introduzem complexidade adicional para as transportadoras que voam de e para o Brasil, enfraquecendo a atratividade do país como um hub regional.

"A América Latina precisa de estabilidade regulatória e competitividade para crescer, e medidas como esta apenas adicionam custos, reduzem a eficiência e desencorajam novas conectividades em um contexto no qual deveríamos expandi-las", reforça Cerdá.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira, 29, que o governo federal entende que há uma dissociação entre grupos terroristas e organizações criminosas. A declaração do ministro se deu em coletiva de imprensa após reunião de emergência com o governador do Rio, Cláudio Castro (PL).

"Nós temos uma posição que já foi externada várias vezes: uma coisa é terrorismo, outra coisa são facções criminosas. O terrorismo envolve sempre uma nota ideológica, é sempre uma atuação política com repercussão social, com atentados esporádicos, sempre tendo em conta um determinado fator ideológico", disse Lewandowski.

Lewandowski disse ainda que a equiparação das facções criminosas a grupos terroristas poderia dificultar o combate às organizações. Segundo ele, a legislação brasileira já deixa claro a identificação dos dois tipos de infratores.

"As facções criminosas são constituídas por grupos de pessoas que, sistematicamente, praticam crimes que estão capitulados na legislação positiva do País. Temos leis que estabelecem o que é uma organização criminosa e o que é terrorismo. São dois tipos de atuação que não se confundem, e não tem temos nenhuma intenção de fazer essa mescla até porque dificultaria e muito o combate destes tipos de criminosos que são claramente distintos", disse Lewandowski.

Segundo Lewandowski, a operação policial que deixou ao menos 119 mortos no Rio não dizia respeito à Polícia Federal já que ela é uma polícia judiciária e não de "ocupação de territórios". O ministro disse ainda que o governo federal não tem avaliações sobre a ação pois, segundo ele, ela foi de "inteira responsabilidade" do governo do Estado do Rio.

Segundo Lewandowski, é corriqueira a troca de informações entre forças de segurança. Segundo ele, Castro solicitou a atuação da Força Nacional no Estado, onde o governo federal se disponibilizou e permitiu o deslocamento até o Rio.

Nesta terça-feira, 28, a operação policial mais letal da história do Rio deixou ao menos 119 mortos, segundo o governo fluminense. A ação foi feita nos complexos da Penha e do Alemão, e foi tema de uma reunião emergencial convocada por Lula na manhã desta quarta.