Madonna de volta aos palcos: como a crítica estrangeira avalia a estreia da turnê 'Celebration'

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Madonna retornou aos palcos neste sábado, 14, na O2 Arena em Londres, marcando a estreia da turnê Celebration. Originalmente programada para começar em 15 de julho, a turnê foi adiada após a artista enfrentar uma grave infecção bacteriana que a levou a uma internação na UTI.

Durante sua performance, Madonna não hesitou em abordar os desafios recentes, declarando: "Foi um ano louco. Não achei que fosse conseguir e nem os meus médicos." Após o discurso, a estrela cantou I Will Survive de Gloria Gaynor. Ao interpretar o trecho "Você pensou que eu só me deitaria e morreria", voltou-se à plateia e perguntou: "Vocês pensaram?"

Além de revisitar sua icônica carreira musical, a Rainha do Pop também usou o palco como plataforma para abordar questões globais, fazendo um apelo apaixonado pela paz entre Israel e Palestina. "Parte meu coração ver crianças sofrendo, adolescentes sofrendo, idosos sofrendo - tudo isso é de partir o coração", disse.O Estadão acompanhou a repercussão do show em notícias de sites estrangeiros, confira abaixo a avaliação dos críticos.

Billboard: A Celebração da Rainha do Pop

Madonna, sempre franca e direta, trouxe uma mistura de seriedade e celebração para sua turnê. A noite não foi apenas uma festa, mas uma vitória exuberante para uma mulher que chegou a Nova York com apenas US$35 e se transformou na maior diva pop que o mundo já viu.

A performance contou com a presença de Bob the Drag Queen, que serviu como mestre de cerimônias, vestido à imagem de Madonna como Maria Antonieta, relembrando a icônica performance de Vogue de 1990 no VMAs.

A presença da família foi um dos pontos altos da noite, com os filhos de Madonna desempenhando papéis especiais durante a apresentação. Mercy James, uma das filhas da artista, demonstrou seu talento musical ao sentar-se ao piano e tocar Bad Girl, uma canção que Madonna não apresentava ao vivo há três décadas. A habilidade de Mercy ao instrumento foi um momento de destaque, evidenciando que o dom musical é uma característica da família.

Em outro momento, durante a performance de Vogue, Lourdes, outra filha de Madonna, juntou-se a ela como jurada, avaliando os dançarinos que desfilavam no palco. A celebração familiar não parou por aí: Esther, também filha de Madonna, deslumbrou o público ao 'voguear' com maestria. Além disso, David Banda, filho de Madonna, mostrou sua conexão com a música ao acompanhar a mãe na guitarra durante a canção Mother and Father, compartilhando até mesmo alguns passos de dança com ela.

BBC: Uma Noite de Emoção e Memória

Madonna, em sua apresentação, trouxe uma combinação de emoção e nostalgia, abordando questões sociais e pessoais. Ela expressou sua dor ao testemunhar o sofrimento de crianças, adolescentes e idosos, especialmente aqueles afetados pela AIDS. Uma versão emocional de Live To Tell foi tocada contra um pano de fundo dos amigos que Madonna perdeu para a AIDS, incluindo personalidades como Martin Burgoyne, Alvin Ailey e Freddie Mercury.

O show foi uma celebração da carreira de Madonna, com 47 hits tocados, 17 trajes de arquivo recriados e uma impressionante produção que incluiu mais de 600 luzes e 80 toneladas de equipamento.

Variety: Uma Jornada Através da Vida e Carreira de Madonna

A turnê Celebration de Madonna é mais do que apenas um show; é uma narrativa da vida da artista contada através da música e da dança. Ela relembrou seus dias iniciais em Nova York, onde enfrentou adversidades e desafios, mas nunca desistiu.

Mesmo após uma recente estadia na UTI devido a uma infecção bacteriana grave, Madonna não se deixou abater e voltou ao palco com a mesma energia e paixão. A apresentação também contou com a participação de alguns de seus ex-maridos, além de tributos a Sinead O'Connor e Michael Jackson.

New York Times: A Reinvenção de Madonna na Turnê Celebration

A turnê Celebration de Madonna foi mais do que apenas um show; foi uma celebração da carreira da artista e uma afirmação de sua relevância contínua no mundo da música. O New York Times destacou a capacidade de Madonna de se reinventar, mesmo após enfrentar desafios de saúde recentes. A atmosfera na O2 Arena foi descrita como uma viagem nostálgica, com fãs de todas as idades homenageando as diversas eras icônicas de Madonna.

O show foi uma mistura de nostalgia e atualidade, com Madonna revisitando seus maiores sucessos e refletindo sobre sua trajetória. Ela não apenas apresentou suas canções mais icônicas, mas também abordou questões pessoais e globais, incluindo sua recente hospitalização e o conflito entre Israel e Palestina. A inclusão de seus filhos no show adicionou um toque pessoal, reforçando a ideia de que, para Madonna, a família é fundamental.

O New York Times também mencionou a homenagem de Madonna a Beyoncé durante o show, destacando a influência contínua de Madonna na próxima geração de artistas. A turnê foi vista não apenas como uma retrospectiva, mas também como uma afirmação do legado duradouro de Madonna na indústria da música.

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Após o início do conclave, marcado para começar nesta quarta-feira, 7, os olhares estarão voltados para o telhado da Capela Sistina, à espera da tão aguardada fumaça branca, sinal da eleição do novo papa. A expectativa é que a definição seja apresentada nos próximos dias.

A Capela Sistina se prepara para o início da reunião. Imagens divulgadas pelo Vatican News registraram a instalação da estufa no interior da capela e da chaminé no telhado, realizada na última sexta-feira, 2.

"A chaminé, conectada a duas estufas dentro da capela, é o ponto de saída da fumaça: a preta, quando a maioria qualificada de dois terços ainda não foi alcançada, e a branca, que confirma a eleição do novo pontífice", afirma a Santa Sé.

Após cada rodada de votação, as cédulas são queimadas em um forno especial para indicar o resultado ao mundo exterior.

- Se nenhum papa é escolhido, as cédulas são misturadas com cartuchos contendo perclorato de potássio, antraceno (um componente do alcatrão de carvão) e enxofre para produzir a fumaça preta, que sai pela chaminé.

- Mas, se houver um vencedor, as cédulas queimadas são misturadas com perclorato de potássio, lactose e resina de clorofórmio para produzir a fumaça branca. Sinos também são tocados para sinalizar ainda mais que há um novo papa.

Durante o conclave, cardeais ficam isolados e não podem se comunicar com o mundo externo. Uma maioria de dois terços é necessária para eleger o novo pontífice. Se o número de eleitores permanecer em 133, o vencedor precisará de 89 votos.

Na quarta, às 10 horas (pelo horário local), será realizada a missa "pro elegendo Pontífice", celebração litúrgica solene que marca o início do processo.

Atualmente, há 135 cardeais com menos de 80 anos e elegíveis para a votação, vindos de 71 países diferentes, no conclave mais geograficamente diverso da história. Já dois informaram formalmente à Santa Sé que não poderão comparecer por motivos de saúde, reduzindo o número de homens que participarão da reunião na Capela Sistina para 133.

Estão programadas quatro votações a cada dia, duas pela manhã e duas à tarde. Depois de uma eventual 33ª ou 34ª votação, haverá um segundo turno direto e o obrigatório entre os dois cardeais que receberam o maior número de votos na última votação. Mesmo nesse caso, será sempre necessária a maioria de dois terços dos votos.

Os dois cardeais ainda na disputa não poderão participar dessa votação. Se os votos para um candidato atingirem os dois terços dos votantes, a eleição do pontífice é canonicamente válida.

Se um novo papa não for eleito após três dias de votações, ocorre uma pausa de 24 horas para oração, de livre colóquio entre os votantes e uma exortação espiritual. Após a pausa, as votações são retomadas. Caso não haja eleição após sete votações, realiza-se outra pausa para oração, diálogo e exortação.

O que é o conclave?

São reuniões fechadas, nas quais os cardeais eleitores para escolher o novo papa ficam reunidos na Capela Sistina. Seu nome significa "com chave" e foi usado no século 13 para descrever o processo de trancar os cardeais até a eleição ser concluída.

O processo foi criado como uma forma de constranger os cardeais a apressar o voto para que a Santa Sé não ficasse vaga por longos períodos. Foi o que aconteceu depois da morte de Clemente IV, em novembro de 1268. O cargo ficou sem titular por 2 anos, 9 meses e 2 dias.

"Eram tempos difíceis. Durante esse longo período, a população de Viterbo, exasperada, decidiu trancar os cardeais no palácio. As portas foram fechadas com tijolos e o telhado removido. Por fim, Gregório X, arquidiácono de Liège, que na época se encontrava na Terra Santa, foi eleito", conforme o Vaticano.

Em 1274, ele promulgou a Constituição Ubi periculum, que instituiu oficialmente o conclave.

A legislação, atualmente, em vigor para a eleição do novo pontífice é a 'Universi Dominici Gregis', promulgada por João Paulo II em 1996 e modificada por Bento XVI em 2013. Ela estabelece, entre outras coisas, que o conclave deve ser realizado na Capela Sistina. (Com informações de agências e do Vatican News)

Após duas semanas com feriados prolongados - Sexta-feira da Paixão, Tiradentes e 1º de Maio, Dia do Trabalho -, a próxima data comemorativa que pode proporcionar mais dias de descanso seguidos aos brasileiros será Corpus Christi, no dia 19 de junho.

Em 2025, a data cristã cairá em uma quinta-feira. Por isso, aqueles que não trabalham e podem emendar a folga ganharão quatro dias seguidos de descanso: a quinta-feira de 19 de junho, a sexta, 20, o sábado, 21, e o domingo, 22.

Assim como o carnaval, Corpus Christi não é feriado nacional, mas ponto facultativo. Ou seja, não é obrigatório trabalhar nesse dia, mas a empresa pode exigir o trabalho sem pagar em dobro pelo dia ou fornecer folga em dia útil posterior, como deve acontecer em caso de feriado.

A data que celebra o sacramento da eucaristia, ou seja, o corpo e sangue de Cristo representados pelo pão e vinho durante a última ceia, acontece sempre 60 dias após a Semana Santa.

E como a Páscoa, que celebra a ressurreição de Cristo, acontece sempre no primeiro domingo após a primeira lua cheia da primavera (Hemisfério Norte) e outono (Hemisfério Sul), ambas as datas são móveis.

Veja a lista dos próximos feriados e pontos facultativos em 2025:

- 19 de junho, Corpus Christi (ponto facultativo)

- 20 de junho (ponto facultativo)

- 7 de setembro, Independência do Brasil (feriado nacional)

- 12 de outubro, Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional)

- 28 de outubro, Dia do Servidor Público federal (ponto facultativo), a ser

comemorado dia 27

- 2 de novembro, Finados (feriado nacional)

- 15 de novembro, Proclamação da República (feriado nacional)

- 20 de novembro, Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra (feriado

Nacional)

- 24 de dezembro, Véspera do Natal (ponto facultativo após as 13 horas)

- 25 de dezembro, Natal (feriado nacional)

- 31 de dezembro, Véspera do Ano Novo (ponto facultativo após as 13 horas)

O cardeal espanhol Juan José Omella, que completou 79 anos no mesmo dia em que o papa Francisco morreu, não está entre os favoritos para assumir o cargo.

Entretanto, a eleição costuma reserva surpresas - o próprio Francisco, em 2012, não acreditava que seria escolhido sucessor de Bento 16, tanto que saiu da Argentina dizendo para sua irmã que logo voltaria e que havia interrompido a arrumação de casa, mas rapidamente a retomaria. Eleito papa, Francisco nunca mais voltou ao país.

Omella, arcebispo de Barcelona, também não se considera com chances de ser eleito. "Sou o último cardeal, o cardeal mais limitado", afirmou à emissora de TV espanhola La Sexta, quando questionado sobre o conclave.

"Eu não penso nessas coisas. Vou participar com prazer nesta eleição e espero que acertemos no que o Espírito Santo nos iluminar", concluiu o religioso.

Mas, se os demais cardeais votantes decidirem alçar a papa alguém com perfil semelhante a Francisco, Omella ganha destaque. Apesar de ser um dos mais importantes integrantes da Igreja Católica na Espanha, onde presidiu a Conferência dos Bispos de 2020 a 2024, ele sempre manteve uma vida humilde, dedicando-se ao cuidado pastoral e promovendo justiça social.

"Não devemos ver a realidade apenas pelos olhos daqueles que têm mais, mas também pelos olhos dos pobres" - a frase poderia ter sido dita por Francisco, mas seu autor é Omella, durante entrevista ao site espanhol de notícias Crux, em abril de 2022.

Nascido em 1946 no vilarejo de Cretas, no nordeste da Espanha, foi ordenado padre em 20 de setembro de 1970. Atuou inicialmente em Zaragoza, e passou um ano como missionário no Zaire, hoje chamado de República Democrática do Congo.

De 1999 a 2015 Omella trabalhou em estreita parceria com a instituição de caridade espanhola Manos Unidas, que combate a fome, as doenças e a pobreza em países em desenvolvimento.

Nomeado bispo em 1996 e promovido a arcebispo de Barcelona em 2015, Omella foi alçado a cardeal em 2016, por decisão do papa Francisco, em medida interpretada como claro endosso às tendências progressistas do religioso.

Em 2023, quando Omella presidia a conferência de bispos espanhóis, uma comissão independente estimou que mais de 200 mil crianças e adolescentes podem ter sido abusados sexualmente pelo clero espanhol, em décadas.

Omella pediu perdão repetidamente pela prática e pela gestão dos abusos sexuais, mas negou que tantas crianças tenham sido abusadas - uma investigação interna da Igreja identificou 927 vítimas desde a década de 1940.

Depois o cardeal disse que os números eram menos importantes. "No final das contas, os números não nos levam a lugar algum. O importante são as pessoas e fazer as pazes na medida do possível", ponderou.

Em 2023, Francisco convidou Omella para se tornar um dos nove cardeais que integram um gabinete para aconselhar o papa sobre questões de governança.