Cantora chega ao Top 10 de plataforma com canção lançada há 5 anos

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Uma música lançada há cinco anos acaba de estrear no Top 10 das mais ouvidas no País no Spotify. Trata-se da faixa Piloto, da rapper brasiliense Flora Matos.

 

Ainda que a artista esteja consolidada na cena do rap nacional há mais de dez anos, essa é sua estreia no chart na plataforma, em que a faixa já acumula a marca de mais de 4 milhões de streams. Piloto escalou 18 posições e alcançou o 9º lugar das músicas mais escutadas no Brasil.

 

Acontece que, diferentemente das outras canções do Top 10 Brasil - majoritariamente funks e sertanejas, como Canudinho, de Gusttavo Lima e Ana Castela, ou Faz o Vuk Vuk, de Mc Kevin O'Chris e Dj Nk Da Serra -, o rap da artista não está em processo de divulgação, como as faixas que foram lançadas recentemente.

 

Flora Matos soltou Piloto em 2018, mas a faixa protagonizou uma crescente nas reproduções desde o mês passado e, finalmente, escalou o Top 10 há uma semana, após ser descoberta pelo TikTok. Independentemente do seu algoritmo, quem usa a plataforma com uma certa frequência não pôde escapar de, pelo menos, um ou milhares de vídeos que usavam essa música.

 

VÍDEOS

 

Piloto virou tendência na rede ao ser usada por internautas que compartilham vídeos citando qualidades do par romântico ideal. Na composição, Flora Matos lista atributos do companheiro que pilota seu coração como "caprichoso, cuidadoso e amoroso, um bom moço, estudioso, atencioso, corajoso", entre outros adjetivos.

 

Não deu outra. A trend de listar as qualificações de um parceiro ou parceira, seja em uma relação atual ou idealizada, bombou e, em poucos dias, foi reproduzida até por Taís Araújo e Lázaro Ramos. Como todo viral, também ganhou versão no piseiro, feita por João Gomes. No TikTok, o áudio da canção é usado por mais de 70 mil vídeos e a hashtag #pilotofloramatos tem mais de 29 milhões de visualizações.

 

"Acho que essa repercussão de agora revela o poder da música. Porque nós não pagamos para impulsioná-la e ela chegou lá organicamente. Essa era do TikTok me surpreende a cada dia. Parece que quando os usuários gostam de alguma coisa eles viralizam. E o poder está nas mãos deles", explica a rapper, em rara entrevista, ao Estadão.

 

Ainda que a presença na plataforma de vídeo seja novidade para Flora, a artista possui mais de 3 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Ela é uma das principais referências de artista mulher na cena do rap e já viu outro hit seu, Teia, de 2021 (que tem mais de 20 milhões de streams), bombar no TikTok.

 

Atualmente, Flora, como artista independente, reflete que, mesmo com a repercussão de suas músicas, sua carreira ainda não "deslanchou". "Sou muito grata por tudo que conquistei até agora, mas, quando me perguntam quando minha carreira deslanchou, eu não sei responder direito. Tenho um público muito fiel, eu consigo viver bem com a minha música, mas 'deslanchar' para mim envolve mais coisas. Fiz algumas miniturnês pela Europa ao longo da minha vida, enchi boates em Portugal, em Barcelona… me apresentei em um clube pequeno em Londres, foram experiências legais, mas bem underground."

 

BOICOTES

 

A artista teve desentendimentos com outros grandes nomes da música e alega ter sofrido "muitos boicotes de várias formas". Apesar disso, o caráter atemporal de suas composições é inegável e, agora, ela quer dar as boas-vindas ao novo público que a conheceu a partir do sucesso de Piloto no TikTok.

 

"Acho incrível quando falam que o poder da minha música dribla a indústria. Porque, no fundo, quero que o meu trabalho continue sendo feito fora da caixa, mas, de certa forma, também caiba nela, e acho que é isso que está acontecendo. (...) É muito bom perceber que pode demorar, mas quando você é honesto com você mesmo e faz seu trabalho de coração, ele dá frutos sólidos."

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Um homem de 51 anos, com registro de CAC (sigla para Colecionador de armas de fogo, Atirador Desportivo e Caçador), atirou e matou dois jovens de 19 anos que o assaltaram na noite da última quarta-feira, 30, em São Paulo. O caso aconteceu na Avenida Portugal, na zona sul da cidade.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-SP), os dois suspeitos eram investigados pela morte do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, vítima de latrocínio em janeiro deste ano na Chácara Santo Antônio.

De acordo com a SSP-SP, o CAC foi abordado pelos dois rapazes em uma motocicleta. Os criminosos anunciaram o assalto e pegaram os celulares do homem e do filho dele, que também estava presente.

Conforme o registro, os assaltantes chegaram a efetuar um disparo, que não atingiu o CAC. O homem, então, reagiu e baleou os dois suspeitos, que morreram no local.

Depois da ocorrência, a Polícia Militar encontrou um veículo abandonado e apreendeu a arma do CAC e o revólver calibre .38 dos suspeitos. O carro também foi apreendido. A Secretaria não deu detalhes sobre o envolvimento do automóvel com o caso.

O CAC chegou a ser autuado por porte ilegal de arma de fogo de fogo. Ele pagou a fiança e foi liberado na sequência. "A ocorrência foi registrada no 27º Distrito Policial (Campo Belo), que requisitou exames periciais", afirmou a SSP-SP. A reportagem não localizou a defesa do homem.

Morte de delegado

O delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior estava de folga e andava pela rua Amaro Guerra - de camiseta, bermuda e chinelo - quando foi abordado por um criminoso armado, próximo de uma obra. Ele roubou os pertences e revistou Belarmino, que também possuía uma arma.

Na sequência, o homem atirou quatro vezes contra a vítima e fugiu do local em uma motocicleta em posso da arma e do celular de Belarmino. Imagens de câmeras de monitoramento gravaram a ocorrência.

Cerca de 10 dias antes do crime, Josenildo Belarmino tinha recebido a notícia de que tinha passado em um concurso para delegado para atuar em Recife, Pernambuco, seu Estado natal. Com 32 anos, ele estava em vias de pedir a exoneração da Polícia Civil de São Paulo para assumir o novo cargo.

O deputado estadual Delegado Olim (PP) sofreu um assalto na manhã desta quinta-feira, dia 1º, na Vila Olímpia, bairro nobre da zona sul de São Paulo. Antônio de Assunção Olim, de 66 anos, que é ex-policial civil, foi abordado por um ladrão armado com revólver e teve que entregar o relógio da marca Rolex que levava no pulso. O suspeito fugiu em uma moto vermelha. A reportagem entrou em contato com o deputado e aguarda retorno.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) informou que a Polícia Civil realiza diligências para identificar e localizar o suspeito do roubo.

De acordo com o registro policial, o parlamentar transitava de carro pela rua Casa do Ator, na Vila Olímpia, quando seu veículo foi abordado pelo suspeito, que chegou ao local de motocicleta, com o rosto coberto pelo capacete.

Armado com um revólver, o homem anunciou o assalto e exigiu a entrega do relógio. O deputado não reagiu e entregou seu Rolex ao homem armado. Após a ação, o suspeito fugiu levando o objeto - o preço de um relógio dessa marca oscila entre R$ 29 mil e R$ 69 mil. Até a manhã desta sexta-feira, 2, o ladrão não havia sido localizado.

O roubo foi registrado na 1ª Delegacia da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio (Disccpat), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Tentativa de assalto em 2022

O Deputado Olim faz parte da bancada da bala na Assembleia Legislativa de São Paulo, um grupo de parlamentares que defende a flexibilização nas leis que restringem o uso civil de armas de fogo.

Em março de 2022, o deputado estava em um carro com o atual delegado geral da Polícia Civil, Artur Dian, quando foram abordados por um suspeito, na Avenida Angélica, em Higienópolis. Dian reagiu e baleou o autor da abordagem. Na ocasião, Olim disse em sua rede social que o criminoso queria roubar o relógio deles.

Como mostrou o Estadão, bairros nobres da capital paulista, como a Vila Olímpia, na zona sul, e Pinheiros, na zona oeste, têm visto uma escalada de crimes roubos, geralmente praticados por suspeitos em motos. Os criminosos agem em dupla - cada um em uma moto -, ou sozinhos para não chamar a atenção, como aconteceu no caso do Deputado Olim.

Segundo a SSP, só este ano, mais de 2 milhões de motos foram vistoriadas por meio da Operação Impacto, com fiscalização de condutores e verificação de antecedentes criminais.

A Igreja do Quadrado de Trancoso, situada no distrito de Trancoso, em Porto Seguro (BA), foi arrombada e vandalizada na tarde da quarta-feira, dia 30. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver objetos sacros e móveis danificados no interior da construção, que é um dos principais símbolos históricos da região.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito é um homem de 25 anos, que fugiu após o crime e foi encontrado posteriormente junto a familiares, apresentando "comportamento agitado e discurso desconexo".

A Prefeitura de Porto Seguro se manifestou por meio de nota oficial, classificando o ato como um "desrespeito à memória, à cultura e ao patrimônio histórico do município". O prefeito Jânio Natal (PL) também publicou uma nota de repúdio nas redes sociais.

"As relíquias destruídas fazem parte da alma de nosso povo e da identidade de nosso País. Quero assegurar a todos que eu e a Prefeitura faremos tudo para que os danos sejam reparados", escreveu.

O suspeito foi encaminhado para atendimento médico e segue internado sob escolta da Polícia Militar. A Delegacia Territorial de Porto Seguro investiga o caso como dano qualificado contra o patrimônio.