Segundo dia de show do RBD no Rio tem relatos de arrastões; polícia nega ocorrências

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A volta do grupo mexicano RBD ao Brasil não tem sido apenas motivo de alegria para os fãs brasileiros que esperavam ansiosamente a turnê que reuniu novamente os integrantes Anahí, Christian Chávez, Christopher von Uckermann, Dulce María e Maite Perroni depois de 15 anos. Duas repórteres do RJ1, telejornal da TV Globo, relataram que presenciaram na madrugada do sábado, 11, arrastões, assaltos e correria nos arredores do Estádio do Engenhão e na Estação do Méier, no segundo dia da apresentação da banda no Rio de Janeiro, que aconteceu na noite da sexta-feira, 10. No primeiro dia de shows, no dia 9, os fãs já haviam reclamado de falta de policiamento e de arrastões perto do estádio.

A repórter Victória Henrique contou que viu um assalto após o show, dentro da estação de trem do Méier. Ela contou ainda que acionou a Polícia Militar e agentes da SuperVia, mas não obteve retorno.

"Um homem começou a abordar as pessoas na Estação do Méier com um simulacro de arma de fogo e um facão. Ele levou alguns celulares e pertences de uma passageira. Nós acionamos o botão de emergência do trem e entramos em contato com a polícia, mas nada foi feito", contou Victória, ao vivo, no telejornal.

A repórter Anna Beatriz Lourenço, que estava com Victória, também contou o que viu. "O policiamento estava apenas na saída do estádio, só em pontos bem próximos. Ao longo das estações estava tudo vazio. Quando o ladrão abordou uma passageira, todas as outras pessoas correram. Teve um corre, corre, as pessoas caíram por cima das outras, algumas chegaram a se machucar ".

A reportagem do Estadão entrou em contato com a Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro para perguntar sobre ocorrências na saída do show e se o efetivo de policiais foi maior do que no primeiro dia da apresentação, em função dos relatos de assaltos e arrastões.

A instituição enviou a seguinte nota:

"A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, de acordo com o Comandante do 3°BPM(Méier), não ocorreu acionamento para este tipo de ocorrência durante a atuação do policiamento no evento , no segundo dia de show da banda Rebelde, que aconteceu nesta sexta-feira (10), no estádio do Engenhão, Zona Norte do Rio de Janeiro. Vale destacar que, foi realizado um novo esquema de policiamento na região, após análise dos fatos relatados no primeiro dia de show e com isso, o patrulhamento foi intensificado nos principais pontos de acesso ao estádio, para garantir a segurança do grande público."

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A Justiça decretou a prisão preventiva de Danielle Bezerra dos Santos, casada com o investigador da Polícia Civil Rogério de Almeida Felício, o Rogerinho. Segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Danielle lavava dinheiro para criminosos. A reportagem tenta contato com a defesa dela.

O MP-SP diz que Danielle atuava "no contexto das atividades ilícitas da organização" para "lavagem de capitais do produto e proveito do crime de tráfico de drogas e outros crimes correlatos praticados por seus integrantes". Segundo a denúncia acatada pela justiça, ela teria atuado diretamente "para ocultar provas e objetos dos crimes ligados ao seu companheiro e também denunciado Rogério de Almeida Felício". A ordem de prisão saiu nesta quinta-feira, 17, mas ela está foragida.

Rogerinho, que está preso, trabalhou na segurança do cantor sertanejo Gusttavo Lima. Ele é um dos oito policiais civis acusados pelo MP de extorquir bens e dinheiro de Vinícius Gritzbach, delator do PCC, assassinado em novembro do ano passado, ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos.

Procurada pela reportagem, a defesa de Rogerinho avalia se vai se pronunciar. A Balada Eventos, escritório que administra a carreira artística de Gusttavo Lima, diz que Rogério prestou serviços em alguns eventos (shows) como integrante da equipe de segurança do artista, e que acompanha os desdobramentos do caso.

Empresas laranjas e ameaças de agressão

A apuração indicou que Danielle ajudava o marido a administrar contas abertas em nome de empresas "laranjas" para ocultar a origem do dinheiro ilícito. Antes de se casar com o policial civil, a mulher foi casada com Felipe Geremias dos Santos, o Alemão, responsável pelas operações do PCC em Santo André, Mauá e São José dos Campos, segundo a polícia. Alemão a deixou viúva em 2019.

Após a morte do faccionado, a viúva passou a cobrar os devedores dele com a ajuda do atual companheiro, Rogerinho. Em uma gravação, o policial diz a Danielle que vai pedir autorização para o PCC para cobrar os devedores de Alemão. E afirma que, caso seja autorizado, iria encostar uma viatura policial descaracterizada no bar do devedor e "dar um cacete nele".

As gravações obtidas pela investigação mostram um diálogo de Danielle com seu pai em que ela o orienta a depositar dinheiro na conta de uma empresa "laranja" que Rogério teria comprado. "Não tem vínculo nenhum com o CPF dele, com o meu CPF, então é uma conta que pode cair o quanto de dinheiro que for, entendeu? Pensa como se fosse uma conta de laranja. É essa conta, pode socar o quanto de dinheiro o senhor quiser que nunca vai ter problema nenhum."

'Rouba de quem rouba'

Em uma troca de mensagens por rede social, Danielle conversa com uma amiga e esta a questiona sobre o fato dela estar casada com um policial, após ficar viúva de um "bandido". A mulher de Rogerinho responde que "com polícia a hipocrisia é maior", pois "rouba de quem rouba e paga de santo".

As mensagens fazem parte da denúncia encaminhada pelo MP-SP à justiça, na qual Danielle é acusada pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. O MP-SP confirmou ter pedido a prisão de 12 denunciados, entre eles Danielle. O Tribunal de Justiça de São Paulo informou que os pedidos de prisão tramitam sob segredo de justiça.

Rogerinho foi denunciado por suspeita de "conluio entre agentes públicos, integrantes do PCC e operadores da facção", junto com dois delegados, seis investigadores, dois empresários e um advogado, além de Danielle. Os investigados podem responder por lavagem de capitais e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva.

Morte de Vinicius Gritzbach

O caso de Rogerinho e sua mulher tem ligação com as investigações sobre o assassinato de Vinicius Gritzbach, após ter feito um acordo de delação premiada com o MP-SP. Ele revelou os nomes de pessoas ligadas à facção criminosa e de policiais que extorquiam dinheiro dele.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, o policial Rogério não é investigado pela morte de Gritzbach, mas por outros crimes.

A Polícia Civil esclarece que o envolvimento de integrantes da instituição com o crime organizado é rigorosamente apurado pela Corregedoria, que colabora com as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público. "A instituição não compactua com os desvios de conduta. Todo agente que desobedecer os protocolos da instituição será rigorosamente punido", diz em nota.

Dois cavalos avaliados em R$ 3 milhões foram apreendidos nesta sexta-feira, 28, em um haras em Indaiatuba, no interior de São Paulo, em uma operação da Polícia Federal sobre a rede de tráfico internacional de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC) com a máfia italiana.

Os policiais fizeram buscas em Indaiatuba e em Santana de Parnaíba, na Grande SP. para aprofundar a investigação da Operação Mafiusi, deflagrada em dezembro de 2024. Provas apreendidas no final do ano passado levaram a novas suspeitas envolvendo a etapa de lavagem de dinheiro do esquema. Os endereços das buscas são ligados a operadores financeiros e a um líder do PCC.

A Justiça Federal mandou bloquear imóveis, contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados. O confisco decretado pela 23.ª Vara Federal de Curitiba atinge R$ 31,5 milhões.

Segundo a Polícia Federal, contas de passagem, empresas de fachada e transações imobiliárias vinham sendo usadas para lavar de dinheiro do tráfico de drogas.

Durante a Operação Mafiusi, a PF constatou o envio de toneladas de cocaína para a Europa, principalmente em carregamentos de louças sanitárias e madeiras para a Espanha. Também constatou voos lotados com até 1,5 tonelada de cocaína para aeroportos de Portugal e da Bélgica.

Com as temperaturas elevadas devido às ondas de calor, registros feitos com câmera termográfica mostram temperaturas acima de 50°C nos principais pontos de concentração dos blocos de carnaval de São Paulo. As fotografias foram tiradas na semana passada pelo movimento as Águas Vão Rolar, que reúne diversos blocos paulistas e cariocas. O calor intenso preocupa os organizadores dos cortejos.

No centro de São Paulo, a Praça Roosevelt registrou 50,3ºC, a República 55,9ºC, o Teatro Municipal 47,4ºC e o Shopping Light 49,3ºC.

A maior temperatura registrada foi no Largo da Batata, em Pinheiros, onde os termômetros chegaram a 59,9ºC. Ainda na zona oeste, na Avenida Sumaré, em Perdizes, estava 48,8ºC.

Na zona sul, a câmera termográfica marcava 59,4ºC no Parque Ibirapuera.

Para a Grande São Paulo, nos próximos dias, a temperatura deve ficar até 5 graus acima da média histórica. O mês de fevereiro já é um dos mais quentes registrados na cidade de São Paulo pelo Inmet em mais de 80 anos. E março também seguirá ritmo semelhante: a média histórica de temperatura máxima em São Paulo para março é de 28°C, mas a previsão é de que o mês comece oscilando entre 33°C e 34°C, devendo cair para 32°C na terça-feira, 4.

O calor intenso pode ocasionar pancadas de chuva, mas não deve haver chuva generalizada. Não há previsão de frente fria passando pela costa paulista até a Quarta-Feira de Cinzas.

O carnaval paulista será o maior do Brasil, com recorde de blocos. Ao menos 16 milhões de pessoas são esperadas durante os dias de folia neste ano. Além dos desfiles no Sambódromo, serão 601 blocos de rua.

Com a expectativa de muito calor, a Prefeitura de São Paulo diz que irá distribuir 2,2 milhões de copos de água em 158 tendas espalhadas pela cidade. O fornecimento previsto atende apenas 12,5% do público, ou seja, um copo de água para cada oito foliões.

A gestão municipal alega que irá colocar nas ruas 2 caminhões com torneira e 5 bebedouros para amenizar o calor. A ação será realizada em parceria com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Além disso, 18 caminhões-pipa também vão lançar jatos d'água para refrescar o público durante a folia.

Haverá pontos de distribuição de água também em cinco estações do Metrô de São Paulo:

- Estação Vila Madalena

- Estação República

- Estação Anhangabaú

- Estação Barra Funda

- Estação Sé