Bruna Surfistinha fala pela 1ª vez sobre acusação de abandonar animais; 'Fui proibida'

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A colunista Bruna Surfistinha, pseudônimo de Raquel Pacheco Machado de Araújo, deu sua versão sobre a acusação de abandono de animais que recebeu nos últimos dias. A síndica do prédio em que Bruna morava no centro de São Paulo fez a denúncia de maus-tratos e uma cachorra e três gatos foram resgatados pela polícia. Bruna, porém, disse que não entrava no apartamento por ter sido "proibida".

 

Um inquérito policial por Crimes contra a Fauna está aberto e corre em sigilo no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP). Vídeos divulgados pela ativista Luisa Mell e ONGs de amparo animal mostram o apartamento de Bruna cheio de urina e fezes espalhadas. As imagens também mostram os animais sendo alimentados, visivelmente com fome comendo a ração a bocadas.

 

No Instagram, Luisa Mell escreveu: "A Bruna Surfistinha estava residindo de aluguel em um apartamento no centro de SP, com quatro animais (um cão e três gatos) e os mesmos foram abandonados dentro do apartamento. Inicialmente ela aparecia eventualmente para alimentá-los, mas há mais de uma semana não aparece. Hoje [quinta-feira, 30 de novembro] a gerente predial do condomínio (que é a minha amiga que entrou em contato comigo pedindo ajuda) foi a delegacia fazer um B.O. e entraram no apartamento."

 

Neste sábado, 2, Bruna, que escreve para uma "plataforma de anúncios para acompanhantes" - como a própria organização se define, deu a própria versão. Ela publicou nos stories da rede social que por pelo menos três dias tentou entrar no apartamento, mas não conseguiu. Ela postou vídeos que a mostram digitando números em uma tranca eletrônica. "Hoje foi minha segunda tentativa, segunda noite que tentei entrar no meu apartamento, e fui proibida", afirmou em uma das gravações.

 

"E no terceiro dia eu acordei de manhã já com a notícia de que meus bichos estavam sendo retirados do apartamento. O maior absurdo é que tudo foi arquitetado para que eu me enquadrasse como uma criminosa por abandonar os meus bichos", disse a colunista de dentro de um carro.

 

Na sequência, Bruna mostra estar acompanhada de Natália dos Santos Oliveira Machado da presidente da ONG Promessa Fiel, para onde a cadela labradora da colunista foi levada. No vídeo, Bruna disse estar aliviada por saber que o animal está bem e Natália afirma que não pode deixa-la ver a cachorra por causa do processo na Justiça.

 

Ao G1, o advogado de Bruna, Luis Carlos Pileggi Costa, disse que "a história foi manipulada e distorcida". Segundo ele, os animais não tinham sido abandonados e estão saudáveis. De acordo com o advogado, a denúncia teria sido feita para forçar a saída da cliente do apartamento porque ela estava devendo o aluguel. "No mundo civilizado, você ingressa com ação, não chama polícia", afirmou.

 

"Bruna está num momento conturbado na vida financeira. Ela ficou sem energia elétrica e não estava dormindo no apartamento. Aí ela ficou na casa de terceiros e não pôde levá-los. Mas ela ia lá com frequência para cuidar dos bichinhos. Eles foram criados com muito amor e uma das gatas tem 10 anos. Mesmo que queira não tem como abandonar. Ia lá quase todos os dias. Teve um dia que teve lapso maior. Quando tem gato e cachorro grande, em apartamento pequeno, faz barulho, sujeira. Aquela quantidade de sujeira é compatível ao período. Não é ideal, mas é comum fazer isso na vida, quem tem que trabalhar, compromisso", declarou.

 

O Estadão tentou entrar em contato com Bruna para comentar o caso, mas não teve resposta até a publicação deste texto.

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Agentes do GATE especializados em negociação participaram da ação para convencer o homem a se entregar. Atiradores chegaram a ser posicionados para disparar contra o homem, caso fosse necessário, o que não ocorreu.

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A freira gaúcha Inah Canabarro Lucas, considerada a pessoa mais velha do mundo, morreu nesta quarta-feira, 30, em Porto Alegre, aos 116 anos. Nascida em 27 de maio de 1908, em São Francisco de Assis (RS), Inah era bisneta do general David Canabarro, figura proeminente da Revolução Farroupilha. Desde 1927, integrava a Congregação das Irmãs Teresianas, tendo dedicado sua vida ao magistério e à espiritualidade.

Durante sua longa trajetória, Irmã Inah testemunhou transformações significativas no mundo e na Igreja, atravessando duas guerras mundiais e convivendo com dez papas.

Como educadora, lecionou disciplinas como português, matemática, ciências, história, arte e religião em colégios teresianos no Rio de Janeiro, Itaqui e Santana do Livramento, cidade onde passou a maior parte de sua vida e é especialmente lembrada por ter fundado a banda marcial do Colégio Santa Teresa, composta por 115 instrumentos e que se apresentou em diversos locais do Brasil, Uruguai e Argentina. Além disso, colaborou na criação da banda marcial do Liceu Pomoli, em Rivera, no Uruguai.

Torcedora do Sport Club Internacional, fundado em 1909, Irmã Inah acompanhou de perto a história do clube desde seu início. Com sua morte, o título de pessoa mais velha do mundo passa a ser da inglesa Ethel Caterham, nascida em 21 de agosto de 1909, atualmente com 115 anos.