Angélica defende legalização do aborto no 'Roda Viva'

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A apresentadora Angélica fez sua estreia no programa Roda Viva nesta segunda-feira, 11, e defendeu a legalização do aborto. Durante sua participação no programa, ao ar pela TV Cultura, Angélica foi entrevistada por uma bancada exclusivamente feminina.

 

Ao ser questionada sobre o seu envolvimento com a causa feminista e o posicionamento sobre a descriminalização do aborto, a apresentadora refletiu: "Sou a favor da mulher ter escolha sobre o seu corpo. Ela tem que poder decidir isso". Na sequência, respondendo mais diretamente à pergunta, Angélica disse não ter dúvidas de que seja a favor da legalização.

 

"A gente vê a quantidade de meninas que deixam de estudar, que param de trabalhar por situações extremas também, [como] estupro", prosseguiu. "Acho que é uma decisão que as mulheres, cada vez mais, têm que poder tomar."

 

A apresentadora disse considerar ser positivo que as pessoas debatam mais sobre o tema e avaliou que as discussões sobre a descriminalização do aborto não devem se misturar com outros assuntos. "Eu sei que é difícil, mas a gente não tem que misturar [com] religião. A gente tem que ser prático nesse assunto", completou.

 

Abuso sexual

 

Durante o programa, Angélica também foi questionada sobre a decisão de expor um abuso sexual sofrido por ela durante a adolescência de um diretor de TV. A apresentadora falou sobre o assunto na série de entrevistas Angélica 50 & Tanto, do Globoplay, realizadas em comemoração aos seus 50 anos.

 

Segundo ela, a decisão veio após uma pré-entrevista feita com Chico Felitti, criador e diretor de conteúdo da atração. "Era o momento e, dentro do propósito do programa, fazia sentido eu revelar algumas coisas para iluminar coisas que são muito importantes para a gente iluminar", disse.

 

Angélica comentou que sabe que, quando dá uma declaração que gera surpresa, os temas podem virar uma pauta. "O papel é que as pessoas falem sobre o assunto", afirmou.

 

A apresentadora contou que, durante muito tempo, não sabia que o que havia sofrido era um abuso sexual, assim como seus pais. "Era tudo mais velado. [...] Quando vira um tabu, é complicado, porque as pessoas não falam", completou.

Em outra categoria

A musa da escola de samba Independente de Boa Vista, do Espírito Santo, morreu na tarde deste domingo, 23, aos 38 anos, horas depois de participar do desfile de carnaval capixaba do Grupo Especial durante a madrugada. Aline Bianca começou a passar mal na parte da tarde, foi encaminhada para o Hospital Meridional, no município de Serra, sofreu um enfarte e não resistiu. As informações foram confirmadas pela própria agremiação, nas redes sociais.

"É com imensa tristeza que comunicamos o falecimento de nossa querida Musa, Aline Bianca, ocorrido nesta tarde. Aline, que brilhou intensamente em nosso desfile e encheu nossos corações de alegria nesta madrugada, sofreu uma parada cardíaca e nos deixou de forma inesperada", informou o perfil da escola Independente de Boa Vista no domingo.

No comunicado, a musa é descrita como um mulher inspiradora, que tinha muita dedicação e paixão pelo samba. "Sua presença marcante e sua energia contagiante deixaram uma marca indelével em todos nós. Sua luz continuará a brilhar em nossas memórias e em nossos corações".

Aline Bianca era empresária, proprietária e fundadora do Aline Bianca Company & Hair, um salão de beleza localizado na cidade de Serra. Ela nasceu no Rio de Janeiro, mas morava e tinha seus negócios no Espírito Santo.

Aline iniciou sua carreira como manicure e se tornou nail designer antes de abrir o próprio empreendimento. O salão fundado por ela possuí mais de 100 colaboradores, segundo o site do estabelecimento. A empresária informava nas redes que outro espaço, ainda mais amplo, para 120 funcionários, estava em construção.

Em nota, o Aline Bianca Company & Hair disse que lamenta a morte da sua fundadora e pediu para que, neste momento, as pessoas evitem ligar para os familiares e amigos da empresária. "Assim que possível, traremos mais informações. Agradecemos o carinho e o respeito de todos".

Aline Bianca era casada com o empresário Rafael Aquino, do setor de venda de imóveis. Na manhã deste domingo, antes da morte da esposa, Aquino postou uma foto da empresária durante o desfile da Independente de Boa Vista e fez elogios à mulher.

"Minha musa, esplendor de encanto e luz, és a personificação da beleza que os deuses invejam e que os poetas jamais conseguiriam descrever em palavras. Tua presença é um espetáculo que hipnotiza, um sopro de arte viva que ilumina tudo ao redor. Nenhuma poesia, por mais sublime que seja, alcançaria a grandeza do teu brilho", disse o empresário.

O Papa Francisco dormiu durante a noite de domingo, 23, para segunda-feira, 24 e está descansando, informou nesta segunda o Vaticano. É o 10º dia de hospitalização do sumo pontífice, que teve uma infecção pulmonar que provocou os estágios iniciais de insuficiência renal. "A noite passou bem, o Papa dormiu e está descansando", diz o comunicado do Vaticano.

No final de domingo, médicos relataram que exames de sangue mostraram insuficiência renal inicial, mas que o quadro estava sob controle. Eles disseram que Francisco permanecia em estado crítico, mas que não havia experimentado nenhuma crise respiratória adicional desde sábado (22). Fonte: Associated Press.

O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor de livros como Feliz Ano Velho e Ainda Estou Aqui, que deu origem ao filme homônimo que concorre ao Oscar este ano, foi alvo de agressões neste domingo, 23, durante o bloco Acadêmicos do Baixo Augusta, um dos mais tradicionais do pré-carnaval paulistano.

Um rapaz arremessou uma lata de bebida e uma mochila na direção do escritor, que não se feriu. As agressões aconteceram no início do cortejo, que desce a Rua da Consolação, no centro da capital, partindo do cruzamento com a Avenida Paulista. Paiva é porta-estandarte do Baixo Augusta desde o ano de fundação do bloco, há 16 anos.

De acordo com a assessoria do Baixo Augusta, o autor das agressões não disse os motivos que o levaram a arremessar os objetos contra o escritor. O homem, que não foi identificado, foi retirado do cortejo, segundo os organizadores.

"O Acadêmicos do Baixo Augusta lamenta o ocorrido no início do bloco. Durante as homenagens ao Marcelo Rubens Paiva, fundador e porta estandarte do bloco há 16 anos, um folião jogou objetos na direção do Marcelo. Foi um susto, uma violência nunca vista. O triste ocorrido não apagou o brilho da homenagem", disse o bloco, em comunicado.

Vídeos que circulam nas redes mostram o momento em que a mochila é arremessada. O agressor, do lado de fora do cordão de isolamento, joga o objeto com força, que resvala na cabeça de Marcelo.

O escritor, que é cadeirante, se locomovia pela parte de dentro da área isolada e usava uma máscara da atriz Fernanda Torres, que interpretou Eunice Paiva (mãe de Marcelo) em Ainda Estou Aqui. Ele desvia da mochila, que parece não atingi-lo. Em outros registros, o suposto agressor ainda faz gestos obscenos contra o escritor e contra fotógrafos que registraram a cena.

Depois das agressões, ele permaneceu na festa por mais algumas horas, posou ao lado da atriz Alessandra Negrini, rainha do bloco, cantou ao lado de Wilson Simoninha, e retornou para a sua residência. A reportagem tentou contato com Marcelo Rubens Paiva, mas não havia obitido retorno até a publicação deste texto.

Para o canal GloboNews, da TV Globo, Paiva lamentou o episódio "O cara jogou mochila na cara, não entendi o que aconteceu. Já é meu 16º desfile e nunca fui atacado. Coisa estranha e não entendi o porquê. Jogar uma mochila na cara de um cadeirante, porta-bandeira que quer se divertir, que faz isso há 16 anos, não entendi esse grau de violência", disse o escritor.

A reportagem buscou contato com a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, e ainda aguardava um retorno até a publicação deste texto, o que acabou não ocorrendo. O espaço segue aberto

Em São Paulo, foram instalados 160 postos de atendimento e 30 torres de observação, principalmente nos 14 megablocos, que têm previsão de atrair cerca de 500 mil pessoas por dia. O Comando de Aviação da PM também será usado para sobrevoar a capital paulista com dois helicópteros Águia, com o objetivo de dar apoio às equipes em solo e atuar em alguma ocorrência de salvamento.

O Baixo Augusta é um dos 601 blocos de rua previstos para desfilar este ano, segundo a Prefeitura de São Paulo, que trata o carnaval paulistano como o maior do Brasil. O público estimado, conforme a gestão municipal, é de 16 milhões de pessoas. A previsão é de que as festas possam dar retorno econômico à capital de R$ 3,4 bilhões.