Prêmio APCA elege 'Vai na Fé', Ludmilla, Vera Holtz e Joca Reiners Terron entre os melhores

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A Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) fez uma assembleia-geral no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e elegeu os melhores de 2023 em diferentes áreas das artes. Com cerimônia marcada para 22 de abril, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, as categorias da premiação englobam artes visuais, cinema, dança, literatura, música popular, rádio, teatro, televisão.

 

A jornalista Maria Fernanda Teixeira, presidente da APCA, pontuou que 2023 foi um ano de retomada do setor. "Vimos as atividades artísticas e culturais retornando paulatinamente à rotina. A APCA esteve e continua atenta às mais variadas expressões das artes, de forma a sempre valorizar os artistas e profissionais que trabalham pela cultura no Brasil", disse.

 

Veja a lista completa dos vencedores abaixo:

 

Cinema

 

- Melhor Filme: Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho

- Melhor Direção: Paula Gaitán, por Luz nos Trópicos

- Melhor Roteiro: Noites Alienígenas, de Sergio de Carvalho, Camilo Cavalcanti e Rodolfo Minari

- Melhor Atriz: Vera Holtz, por Tia Virgínia

- Melhor Ator: Juan Paiva e Lucas Penteado, por Nosso Sonho

- Melhor Documentário: Incompatível com a Vida, de Elisa Capai

- Melhor Fotografia: Joana Pimenta, por Mato Seco em Chamas

 

Dança

 

- Espetáculo: Dança Pra Lua, Ivan Bernadelli, Cia. Jovem de Dança de Jundiaí.

- Coreografia/Criação: Vanessa Macedo, Concepção, coreografia e direção de Erga Omnes, Cia. Fragmento de Dança.

- Elenco: In SAIO Cia. de Arte, por MIÊDKA - Uma Metáfora do Encontro: Armando Aurich, Claudia Palma e Ana Mondini.

- Intérprete: Danielle Rodrigues, Laboratório Siameses, por Circo da Meia-Noite

- Prêmio Técnico: Alisson Amador e Lucas Brogiolo, Direção Musical de Fênix, Clarin Cia de Dança.

- Projeto/Programa/Difusão/Memória: Corpos Velhos - Pra que servem?, Portal MUD e Luis Arrieta.

- Prêmio Especial: Programação de Dança do Centro Cultural São Paulo, Curadoria de Mark Van Loo.

 

Literatura

 

- Romance: Onde Pastam os Minotauros, de Joca Reiners Terron (Todavia)

- Contos: Ninho, de Bethânia Pires Amaro (Record)

- Poesia: Veludo Rouco, de Bruna Beber (Companhia das Letras)

- Tradução: Guilherme da Silva Braga, por É a Ales, de Jon Fosse (Companhia das Letras)

- Ensaio: O Que é Meu, de José Henrique Bortoluci (Fósforo)

- Biografia: Baviera Tropical, de Betina Anton (Todavia)

- Infantil: Os Pombos, de Blandina Franco e José Carlos Lollo (Companhia das Letrinhas)

 

Música popular

 

- Grande prêmio da crítica: Jards Macalé

- Artista do ano: Ludmilla

- Disco do ano: Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua, Ana Frango Elétrico

- Artista revelação: Mateus Fazeno Rock

- Show do ano: Luiza Lian - 7 Estrelas | quem arrancou o céu?

- Projeto especial: Projeto Relicário (Selo Sesc)

- Menção Honrosa: Titãs - Encontro

 

Rádio

 

- Melhor programação: Rádio Baruk FM, com Afrânio Wanderley

- Melhor programa de rádio/podcast: CBN Noite Total, com Tânia Morales (CBN)

- Melhor Produção: Guilherme Cimatti, Rádio Bandeirantes

- Melhor sonoplastia: Podcast "Imagina Só - Histórias para crianças"

- Melhor profissional de rádio: Walkíria Brit, Alpha By Night (Alpha FM)

- Programação musical/cultural: Diversas, com Fabiana Ferraz (Cultura Brasil)

- Cobertura cultural: Festival The Town, pela Mix FM

 

Teatro

 

- Dramaturgia: Alan Mendonça, Cleydson Catarina, Naruna Costa e Uberê Guelè (Boi Mansinho e a Santa Cruz do Deserto)

- Direção: Ione de Medeiros (Vestido de Noiva)

- Ator: Marco Antônio Pâmio (A Herança 1 e 2)

- Atriz: Grace Gianoukas (Nasci Pra Ser Dercy)

- Espetáculo: A Aforista

- Prêmio especial: Companhia Antropofágica pelos 20 anos celebrados na Ocupação do TUSP

- Grande prêmio da crítica: Clara Carvalho por sua atuação como atriz, tradutora e diretora em 2023

 

Teatro infanto-juvenil

 

- Melhor espetáculo: A Grande Questão, da Cia. de Feitos

- Melhor direção: Marcelo Várzea e Erica Rodrigues, por Valentim Valentinho

- Melhor Dramaturgia: Sara Antunes, por Voz de Vó

- Melhor Adaptação: Bruno Gavranic e Grupo 59 de Teatro, por Um Dia, Um Rio

- Melhor elenco: Antonia Pethit, Alexia Twister e Athena Leto, por Alice no Pequeno Grande Quarto das Maravilhas

- Intérprete Revelação: Bibi Valverde, por Kafka e a Boneca

- Melhor desenho de luz: Matheus Brant, por Zebra sem nome

 

Televisão

 

- Novela: Vai na Fé (TV Globo)

- Ator: Milhem Cortaz/Os Outros (Globoplay)

- Atriz: Sophie Charlotte/Todas as Flores (Globoplay)

- Série Ficção: Os Outros (Globoplay)

- Série Documental/Documentário: Vale o Escrito (Globoplay)

- Revelação: Alice Carvalho/Cangaço Novo (Prime Video/02)

- Variedades: Avisa Lá Que Eu Vou/GNT

 

Artes visuais

 

- Arte Contemporânea: Thiago Honório - /Orações - Galeria Luisa Strina

- Arte: Uma Memória: A Coleção Imaginária de Paulo Kruczynski -Instituto Tomie Ohtake

- Contribuição à Arte Brasileira do Século XX: Ricardo e Ralph Camargo

- Exposição Internacional: Marc Chagall - Um sonho de amor - CCBB

- Exposição Nacional: Murilo Mendes Poeta Crítico: O Infinito Intimo - MAM

- Fotografia: Flieg - Tudo que é sólido - IMS

- Projeto Expográfico: Haron Cohen - Fé, Engenho e Arte: Os 3 Franciscos - Museu de Arte Sacra.

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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) identificou uma rede de laranjas e operadores que teriam sido usados pelas fintechs 2Go Instituição de Pagamento LTDA e a Invbank Solução de Pagamentos para lavar dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). O esquema é alvo da Operação Hydra, deflagrada nesta terça-feira, 25, em parceria com a Polícia Federal (PF).

Segundo a investigação, as fintechs direcionavam depósitos para contas de "laranjas" controladas pelas próprias empresas e, depois, transferiam o dinheiro para a compra de imóveis e outros bens ou para contas no exterior, dificultando a fiscalização por órgãos de controle, como o Banco Central e a Receita Federal.

"As referidas fintechs servem para dissimular e integrar recursos ilícitos na economia formal. Demonstrou-se que o capital que movimentam tem vínculo direto com pessoas físicas sem capacidade financeira lícita e com pessoas jurídicas de fachada, que sequer possuem local comercial e são registradas em nome de laranjas ou testas-de-ferro", diz um trecho da representação do Ministério Público que deu origem à operação.

O Estadão busca contato com as defesas.

Ao se debruçar sobre as movimentações financeiras das fintechs, as autoridades identificaram vultosas transações em nome de pessoas sem capacidade financeira. Uma delas é o servente de pedreiro Josenilson Urbano, que consta como dono de uma empresa, a Crédito Urbano, que enviou milhões à Invbank.

As movimentações da 2Go também revelaram ligações com pessoas e empresas suspeitas. Em 2024, a fintech recebeu R$ 5 milhões da MRB Intermediação e Negocios Digitais LTDA. O endereço registrado da empresa, em Sinop, Mato Grosso, não tem atividades comerciais.

A MRB recebeu, por sua vez, R$ 31,8 milhões da 4TPag, de Matie Obam, uma jovem de 23 anos dona de oito empresas, muitas delas sediadas no Tocantins, que movimentaram mais de R$ 500 milhões. Matie é investigada por lavagem de dinheiro, financiamento e custeio de tráfico de drogas.

Entre os destinatários do dinheiro da MRB estão a Upcambio Serviços Digitais LTDA, criada em 2019 por Bruno da Silva, preso em uma operação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal contra fraudes em criptomoedas.

A 2Go ainda recebeu R$ 7,7 milhões da AR Intermediações, uma empresa de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, que também não tem atividades comerciais no endereço registrado. A AR Intermediações, por sua vez, recebeu R$ 21,3 milhões da Adega Garagem, empresa registrada em nome de Mauricio Walter de Cordeiro. Segundo o MP, ele é apenas um "laranja" do esquema. Cordeiro recebeu em 2020 o auxílio emergencial pago pelo governo federal na pandemia de covid-19, ou seja, não teria capacidade financeiras para movimentações desse patamar.

"Trata-se de modus operandi típico de operadores financeiros incumbidos de lavar dinheiro ilícito: o responsável pela operação recebe o dinheiro, distribui-o entre diversas pessoas e, em contrapartida, tais pessoas direcionam os montantes recebidos para outras, a mando do operador, ou devolvem uma parte para a origem", afirma o MP.

As transações da 2Go envolveram ainda réus em processos criminais, inclusive por roubo.

Defesas

O Estadão busca contato com as defesas. O espaço está aberto para manifestações.

Pesquisa CNT divulgada nesta terça-feira, 25, mostra que 49,7% dos brasileiros são contrários à exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, enquanto 20,8% são favoráveis, e 16,5%, indiferentes. Segundo a pesquisa, 13% não souberam ou não responderam.

O levantamento indicou ainda que, entre os contrários à exploração, 43% creem que a região é de grande importância ambiental e deve ser preservada a todo custo. Para outros 25,6%, há riscos altos de desastres ambientais, como vazamentos de óleo; 13,5% dizem que o Brasil pode explorar petróleo em áreas menos sensíveis ambientalmente; 11,1% afirmam que a exploração não vai baixar o preço dos combustíveis; e 2,3% opinam que o número de empregos gerados pode ser insuficiente para justificar os impactos.

Entre os favoráveis à exploração, 37,2% dizem que a operação pode gerar empregos e movimentar as economias local e nacional. Outros 20,4% dizem que o petróleo é um recurso energético estratégico para o desenvolvimento do País; 18% creem que o Brasil tem tecnologia para explorar com segurança e responsabilidade ambiental; 17,5% veem que a exploração pode contribuir para reduzir o preço dos combustíveis; e 5,5% dizem que outros países já exploram petróleo em áreas próximas.

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira, 25, que mais de 60 milhões de unidades da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue serão ofertadas anualmente a partir de 2026.

O anúncio ocorreu em meio a rumores sobre a saída de Nísia Trindade da pasta. No evento, a ministra fez um discurso emocionado sobre vacinas e foi ovacionada pelo público. Ela e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, presente na cerimônia, não mencionaram mudanças no ministério.

A produção da vacina será viabilizada por uma parceria entre o Instituto Butantan e a empresa WuXi Biologics, com investimento previsto de R$ 1,26 bilhão.

O Butantan submeteu o pedido de registro da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2024 e aguarda o parecer do órgão. Se aprovada, a Butantan-DV será a primeira do mundo em dose única e poderá ser aplicada em pessoas de 2 a 59 anos.

Nos ensaios clínicos, o imunizante demonstrou 79,6% de eficácia geral para prevenir casos de dengue sintomática e uma proteção de 89% contra dengue grave ou com sinais de alarme.

Com a produção do imunizante, o objetivo do governo é ampliar a proteção contra a doença. O Brasil foi o primeiro País do mundo a oferecer um imunizante contra a dengue na rede pública, a vacina Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda. Mas, devido ao número limitado de doses, só crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de 521 municípios selecionados foram inicialmente incluídos no programa de vacinação.

Imunizações contra o VSR

O ministério também informou que pretende produzir no Brasil a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) por meio do Programa de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Para isso, uma parceria entre o Butantan e a Pfizer permitirá a fabricação de até 8 milhões de doses anuais. A ação começou em 2023 e segue até 2027.

Segundo o ministério, estima-se que o projeto vai evitar cerca de 28 mil internações anuais relacionadas a complicações do VSR. O primeiro fornecimento da vacina para o SUS está previsto para o segundo semestre de 2025. A estratégia adotada pela pasta inclui a negociação de preços com os produtores, incorporação de anticorpos contra o vírus para bebês prematuros e oferta da vacina para gestantes.

Insulina

O governo anunciou ainda a fabricação nacional da insulina Glargina como parte do PDP do ministério. O projeto envolve a produção nacional do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) pela Fiocruz e a ampliação da fabricação do produto final pela Biomm, empresa que recebeu o registro para a produção de insulina Glargina.

A parceria pode possibilitar a produção de 70 milhões de unidades anuais até o final do projeto. O produto está previsto para chegar ao SUS no segundo semestre de 2025.