Filmes clássicos encontram espaço na internet e São Boas opções para o feriado

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Das coreografias inesquecíveis de Cantando na Chuva até a tensão palpável de Janela Indiscreta, de Hitchcock, no qual cada olhar revela segredos obscuros, a diversidade de opções de grandes clássicos do cinema no streaming pode ser o antídoto perfeito contra o tédio.

A nossa lista traz ainda o intenso romance de Hiroshima, Meu Amor, e a energia vibrante de West Side Story com a rivalidade entre gangues em Nova York. Mas esses são só alguns exemplos. Seja na busca por uma fuga emocional ou uma jornada pelas complexidades humanas, essas 11 obras-primas vão transportar os espectadores para um outro mundo, dentro de casa - e longe dos agitos do carnaval.

1. Cantando na Chuva

Lina Lamont (Jean Hagen) brilha em Hollywood na era do cinema mudo, mas a transição para o som ameaça a sua carreira. A voz não convence o público no novo formato falado. Eis que surge Kathy Selden (Debbie Reynolds) para dublá-la e Lina luta para mantê-la no anonimato, enquanto Don Lockwood (Gene Kelly) e Cosmo Brown (Donald O'Connor) apoiam a amiga dubladora em busca do merecido reconhecimento. Disponível na HBO Max e no Oldflix.

2. Janela Indiscreta

O filme retrata L.B. Jeffries (James Stewart), um fotógrafo confinado em casa após um acidente. A companhia é a namorada sofisticada, Lisa (Grace Kelly), e Stella (Thelma Ritter), a funcionária. Sem ocupação, Jeff espia os vizinhos com uma câmera e uma lente teleobjetiva. A janela, uma metáfora do cinema, revela as vidas alheias, refletindo o próprio ato de assistir a filmes. Disponível no Oldflix e, para aluguel, no Amazon Prime Video e na Apple TV+.

3. Bye Bye Brasil

Salomé, Lorde Cigano e Andorinha viajam com a Caravana Rolidei, levando espetáculos para comunidades distantes da TV. Os artistas ambulantes conectam-se com o Brasil esquecido, trazendo entretenimento e magia para os mais humildes. Disponível no Globoplay.

4.Era Uma Vez em Tóquio

Um casal de idosos, interpretado por Chieko Higashiyama e Chisu Ruy, visita os filhos em Tóquio. O filho é médico, a filha, esteticista, mas mal têm tempo para os pais, imersos nas própria vidas frenéticas. Os netos são mimados, complicando mais a situação. A nora viúva, Setsuko Hara, se torna o consolo dos velhos. Em uma cena tocante, ela testemunha a emoção dos sogros diante da foto do filho morto. O tema do diretor Yasujiro Ozu é a rotina e a carência de afeto na vida moderna. Disponível no Belas Artes à la Carte.

5. Hiroshima, Meu Amor

Uma atriz francesa e um arquiteto japonês têm um breve, porém intenso romance em Hiroshima, assombrados pelas memórias da Segunda Guerra Mundial. Dirigido por Alain Resnais, o filme aborda temas como memória, trauma e amor, mergulhando nas profundezas da alma humana. Disponível no Oldflix, e no Globoplay+Telecine.

6. Assim Caminha a Humanidade

O ator James Dean brilha como Jett Rink, um homem em busca de poder e riqueza no Texas do pós-guerra. O filme acompanha a história de amor entre ele, Leslie (Elizabeth Taylor) e Bick (Rock Hudson), enquanto exploram temas de ambição, lealdade e os conflitos sociais da época. Dirigido por George Stevens. Disponível para aluguel ou compra na Apple TV+ e no Amazon Prime Video.

7.Rastros de Ódio

O enigmático Ethan Edwards (interpretador por John Wayne) retorna da guerra para a casa do irmão. A presença dele revela um amor não correspondido pela cunhada. No entanto, ele tem uma natureza individualista evidente e se torna um outsider, pronto para renunciar à própria felicidade pelo bem do irmão. Esse é o drama de um herói fordiano, marcado pela grandeza dos derrotados do diretor John Ford. Disponível na HBO Max.

8. Jules e Jim - Uma Mulher para Dois

No filme de François Truffaut, acompanhamos a relação entre os amigos inseparáveis Jules, Jim e Catherine. Ambientado na Paris do início do século 20, o filme narra a trajetória desses personagens envolvidos em um triângulo amoroso marcado por paixão, amizade e conflitos. Com uma narrativa inovadora e sensível, o longa explora temas como liberdade, desejo e os limites do amor. Disponível no Globoplay+Telecine e no Amazon Prime Video+Telecine.

9. Duas vezes Marilyn Monroe

Em Quanto Mais Quente Melhor, dois músicos de jazz testemunham o Massacre do Dia de São Valentim (1929) e, para fugir, se travestem de mulheres e se juntam a uma banda feminina na Flórida. Disponível no Amazon Prime+MGM e, para aluguel ou venda, no Apple TV e no Amazon Prime Video. Já O Pecado Mora ao Lado (foto) traz uma das mais marcantes cenas da carreira da atriz. Ela interpreta uma jovem que mexe com a fantasia de um vizinho . Direção de Billy Wilder. Disponível no Star+.

10. O Mensageiro do Diabo

Durante a Grande Depressão nos EUA, um homem esconde dinheiro roubado na boneca da filha, fazendo-a jurar segredo. Condenado à morte, confessa tudo ao companheiro de cela, o falso reverendo Harry Powell. Ao ser solto, o reverendo seduz a viúva do homem, Shelley Winters, apenas pelo dinheiro. O filho desconfia dele e tenta proteger a família. Disponível para aluguel ou compra no Amazon Prime Video e na Apple TV+

11. Amor, Sublime Amor (West Side Story)

Dirigido por Jerome Robbins e Robert Wise, com música de Leonard Bernstein, o filme nos leva a uma Nova York palco de um intenso conflito entre gangues rivais, os Jets e os Sharks, representando os jovens brancos e latinos, respectivamente. No meio dessa rivalidade, surge um amor proibido entre Tony, ex-líder dos Jets, e Maria, irmã do líder dos Sharks. Inspirado em Romeu e Julieta, de Shakespeare, o musical brilha com coreografias vibrantes e uma trilha sonora inesquecível, explorando temas de amor, violência e preconceito na América urbana dos anos 1950. Disponível no Amazon Prime Video+MGM e, para aluguel, na Apple TV+ e no YouTube e Amazon Prime Video.

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), chegou no período da tarde desta segunda-feira, 24, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para se reunir com o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Paes disse a jornalistas que o assunto do encontro é o controle da Linha Amarela, uma das vias expressas mais importantes do Rio de Janeiro e objeto de ação na Corte.

Barroso é relator do caso e está em suas mãos decidir sobre a manutenção de decisão liminar que suspendeu o cancelamento do contrato firmado com a Lamsa para gestão da Linha Amarela.

Em 2019, o então prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, cancelou o contrato de concessão firmado com a Lamsa para a gestão da via expressa, sem pagamento de indenização prévia. O contrato tinha validade até 2037. O cancelamento foi suspenso por liminar do ministro Luiz Fux em 2021, e o contrato segue vigente.

Em novembro, o Supremo decidiu que a matéria é constitucional e, portanto, de competência da Corte.

Entenda

O argumento de Crivella para encampação da Linha Amarela (ou seja, a retomada pelo poder público de um serviço já concedido à iniciativa privada) foi que o contrato não previa a indenização prévia e que havia "grave risco de lesão à ordem pública" na manutenção da concessão devido ao preço do pedágio e à suposta existência de desequilíbrio contratual em favor da concessionária, em patamar de R$ 1,6 bilhão (em valores nominais).

A matéria foi alvo de vaivém nos últimos anos, com liminares favoráveis e contrárias à Lamsa no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A última decisão no STJ foi para autorizar a encampação. Essa liminar foi contestada pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), que acionou o Supremo para barrar o cancelamento do contrato ou participar do devido processo administrativo para obter a indenização devida.

De início, o ministro Luix Fux, então presidente do Supremo, negou a reclamação, entendendo que a matéria seria infraconstitucional. Em 2021, ele reconsiderou sua posição e deu liminar favorável à Lamsa, para suspender o processo de encampação. Essa liminar segue vigente.

Fux chegou a enviar o caso para a conciliação entre a Lamsa e a prefeitura do Rio, mas as partes não chegaram a uma solução consensual e a ação voltou a julgamento.

Uma decisão da Justiça transfere uma área equivalente a mais de mil campos de futebol do Parque Nacional do Iguaçu, que pertence à União, para o Estado do Paraná. Estão nesta área nada menos que o trecho brasileiro das Cataratas do Iguaçu e o luxuoso Hotel das Cataratas, instalado no local desde 1958. Ainda cabe recurso, mas se a decisão for mantida, parte das verbas obtidas com o turismo nas Cataratas, que hoje vão para a União, ficarão para o Estado.

A decisão foi dada no último dia 5 pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em uma ação movida pela União. O governo do Paraná considerou a decisão uma "grande vitória" do Estado. A Advocacia-Geral da União (AGU) diz que já foi intimada da sentença e vai entrar com recurso. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que detém a gestão do parque, disse que acompanha a questão e fornece as informações à AGU. Já a gestão do Polo Cataratas vê ameaça ao título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido pelas Nações Unidas.

O parque do Iguaçu é o segundo mais visitado do País, atrás apenas do Parque Nacional da Tijuca, no Rio, que tem o Corcovado e o Cristo Redentor. As cataratas, incluídas entre as sete maravilhas naturais do mundo, receberam 1,9 milhão de visitantes no ano passado, procedentes de 180 países.

A ação foi proposta em 2018 pela União pedindo o cancelamento de um registro feito pelo governo paranaense no cartório de Foz do Iguaçu, no qual alegava ter o domínio da área de 1.085 hectares. Já o governo federal alegou que se tratava de terra devoluta - sem uso privado - e, portanto, da União. A justiça de Foz do Iguaçu decidiu em favor da União, mas o Paraná entrou com recurso, levando o caso ao TRF.

"A área em disputa foi doada pela União a um particular chamado Jesus Val em 1910. Nove anos depois, o Estado comprou a área dessa pessoa e registrou no cartório de Foz do Iguaçu, fatos reconhecidos pelos desembargadores do TRF. É uma grande vitória do Paraná", diz o procurador Júlio da Costa Aveiro.

A AGU alega que na Constituição de 1988 foram mantidos como bens de domínio da União as "terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras", estabelecendo que "a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional". Diz ainda que o Estado do Paraná não tem o domínio de fato da área que afirma ser sua.

Na decisão, o relator, desembargador Luiz Antonio Bonat, entendeu que, no momento em que a área foi titulada pelo particular, deixou de ser terra devoluta e que, portanto, a compra pelo governo do Paraná foi válida. O voto foi acompanhado pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto e Gisele Lemke.

Conforme a PGE, a decisão representa um grande potencial financeiro ao Paraná. Uma das possibilidades é a destinação de parte das receitas da concessionária que administra os serviços turísticos do Parque do Iguaçu para o Estado. Atualmente, elas são direcionadas para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão da área total do parque.

Já a gestão local do parque diz, em nota, que a decisão do TRF focou apenas o interesse econômico, sem levar em conta os contratos que envolvem a gestão de toda a unidade. "Entendemos que isso tornaria os contratos nulos, causando imensos transtornos à operação turística, que precisaria ser interrompida até que a desafetação da área seja completada para que o Estado assuma a gestão do território." Ainda segundo a gestão, se não for revista, a medida pode prejudicar o turismo internacional. "O cancelamento do título de patrimônio natural da humanidade concedido pela Unesco é certo", diz.

Embora a área em disputa seja de pouco mais de mil hectares, o parque todo possui 169 mil hectares, na fronteira com a Argentina.

O governo do Paraná contesta a alegação de ameaça ao título de patrimônio da humanidade, lembrando que o Brasil aderiu à convenção da Unesco de 1972, de proteção ao patrimônio cultural e natural reconhecido internacionalmente. "Os compromissos envolvem toda a Federação, incluindo Estados e municípios, sem especificar que um bem declarado patrimônio mundial deva ser administrado ou pertencer exclusivamente à União", disse.

Em Foz do Iguaçu, o monitor de turismo Sandro Eudes Oliveira, que acompanha grupos em visitas às cataratas, diz que se preocupa com o futuro da atividade. "A gente ouve falar que, com a mudança haverá mais recursos para Foz, mas eu espero que não fique mais difícil trabalhar no parque, porque hoje já é complicado conseguir permissão."

A Câmara de Foz do Iguaçu vai realizar uma audiência pública para discutir os impactos da decisão judicial no município. "Eu chamei uma audiência pública para a gente discutir um dispositivo que permita que parte dos 7% que o Estado terá nas receitas do parque venha para Foz do Iguaçu", diz o vereador Bosco Foz (PL), autor da convocação.

Além das cataratas e do hotel cinco estrelas, o parque abriga 390 espécies de aves, 175 de peixes e 158 de mamíferos, inclusive uma das maiores populações de onças-pintadas que ainda vivem livres no Brasil. O animal é o símbolo do parque. A unidade de conservação tem a estrutura atual desde a retirada do último grupo de colonos, em 1978.

Mais de um milhão de alunos de escolas e instituições de ensino superior católicas de todo o Brasil iniciaram nesta segunda-feira, 24, uma rede de orações pela saúde do papa Francisco. O pontífice, de 88 anos, está internado desde o último dia 14 com pneumonia bilateral e seu estado de saúde é considerado "crítico" pelo Vaticano.

A Associação Nacional de Educação Católica (Anec) convocou os estudantes, seguindo as orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do próprio Vaticano. A orientação é que, todos os dias, a partir das 17h em Brasília (21h em Roma), se dediquem a orações pela recuperação do Santo Padre, unindo-se às preces noturnas conduzidas na Praça São Pedro.

A Comissão Episcopal de Liturgia da CNBB divulgou uma oração específica pela saúde do papa: "Senhor Deus, vosso servo, o papa Francisco, tornou-se para nós 'testemunha dos sofrimentos de Cristo'. Nós vos suplicamos, vinde em seu auxílio, aliviando suas dores, na esperança da pronta recuperação da sua saúde, para continuar nos confirmando na fé".

A CNBB sugeriu também o acréscimo da oração em todas as rezas dos fiéis em todas as missas e celebrações e pediu às escolas e instituições de ensino que tiverem condições que organizem missas especiais para o papa.

A Anec representa grandes redes de ensino no Brasil, como a Rede Salesiana de Escolas, Rede Marista Brasil, Rede La Salle, Rede Jesuíta e as Pontifícias Universidades Católicas (PUC) - reunindo mais de 1,5 milhão de alunos em todo o País. A associação pediu ainda às instituições que registrem esses momentos e compartilhem em suas redes sociais com as hashtages #eurezopelopapa, #rezemospelopapa e #SomosEducaçãoCatólica.

As manifestações serão encaminhadas ao Vaticano como demonstração do carinho e apoio da comunidade educativa brasileira ao Santo Padre.