Paul McCartney revela origem de verso de 'Yesterday' e arrependimento por conversa com mãe dele

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Após seis décadas desde o seu lançamento, a música Yesterday, dos Beatles, teve seu verdadeiro significado revelado recentemente por Paul McCartney. Durante o podcast A Life in Lyrics, no qual o lendário músico revisita as histórias por trás de suas composições mais famosas, McCartney compartilhou a inspiração por trás de uma parte comovente da letra da canção.

 

De acordo com ele, o verso "I said something wrong" ("Eu disse algo errado") foi inspirado por um momento de arrependimento em que ele zombou de sua mãe por soar "chique demais" nas palavras. "Lembro-me muito claramente de um dia me sentindo muito envergonhado porque envergonhei minha mãe", recordou McCartney no último episódio.

 

Nascido em Liverpool, o músico, então, explicou que sua mãe, Mary, era uma enfermeira de origem irlandesa e falava de maneira "sofisticada" em comparação com o restante da família.

 

Ele lembrou de ter chamado sua atenção por isso enquanto estava no quintal de sua casa de infância. "Eu sei que ela disse algo como 'Paul, você pode perguntar a ele se ele está indo...' Eu respondi 'Asrk? Asrk? É ask (perguntar), mãe.' E ela ficou um pouco envergonhada. Lembro-me depois de pensar 'Deus, eu queria nunca ter dito isso'. E isso ficou comigo. Depois que ela morreu, pensei 'Ah, droga, eu realmente queria...'".

 

McCartney, que tinha 24 anos quando escreveu a música, disse que inicialmente rejeitou a sugestão de alguém de que a música foi inspirada na morte de Mary, por câncer, quando ele tinha 14 anos.

 

Yesterday é uma das músicas mais tocadas de todos os tempos e foi incluída no Grammy Hall of Fame em 1997.

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Depois de uma apuração emocionante, decidida no último jurado, a Rosas de Ouro é a campeã do carnaval de São Paulo de 2025. Na apuração das notas dos desfiles do grupo especial, realizada nesta terça, 4, a tradicional escola, heptacampeã do grupo especial, terminou a disputa com 268.8 pontos e vai levar para sua quadra, na Freguesia do Ó, o oitavo título da sua história.

Com um desfile carregado na cor de rosa, marca registrada da Rosas de Ouro, a agremiação encantou o público do começo ao fim: com uma comissão de frente simulando uma máquina caça-níquel, símbolo da jogatina, até o quarto e último carro alegórico, que trazia personagens importantes como a dupla Mário e Luigi, criações ícones da empresa Nintendo, desenvolvedora de aparelhos e jogos de videogame.

A Tatuapé terminou a disputa na segunda colocação, seguida de Gaviões da Fiel, Mocidade Alegre e Camisa Verde e Branco. As cinco melhores agremiações voltam ao Sambódromo do Anhembi para participar do desfile das campeãs no próximo sábado, dia 8 de março.

Mancha Verde e a Unidos do Tucuruvi foram as escolas que tiveram a menor pontuação entre todas. As agremiações ficaram na 14ª e 13ª colocações, respectivamente, e foram rebaixadas. No ano que vem, elas desfilarão pelo grupo de acesso I.

A apuração das notas seguiu a ordem dos critérios estabelecidas em sorteio: enredo, bateria, samba-enredo, mestre-sala e porta-bandeira, comissão de frente, harmonia, alegoria, fantasia e evolução. Assim como nos últimos anos, cada quesito foi avaliado por quatro jurados. A nota mais baixa foi descartada.

Um acidente entre duas motos aquáticas na praia de Guaratuba, em Bertioga, litoral norte de São Paulo, provocou a morte de um homem de 46 anos e deixou outras três pessoas feridas na tarde desta segunda-feira, 3.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de São Paulo, uma das vítimas foi socorrida por uma ambulância de um condomínio próximo à praia. As outras três foram removidas da água pelos bombeiros e levadas para receber os primeiros socorros e transferidas até um hospital.

No primeiro atendimento médico, no condomínio próximo à praia, foi constatado que o homem de 46 anos, resgatado na água pelos bombeiros, estava em parada cardiorrespiratória. Ele morreu no local.

As outras três pessoas foram encaminhadas até um pronto-socorro e não há informações sobre o estado de saúde. Identidade, idade e sexo das três vítimas não foram revelados.

O maior iceberg do mundo está encalhado há quatro dias a cerca de 80 quilômetros da Geórgia do Sul, na Antártida, evitando uma possível colisão com a ilha britânica - um santuário da vida marinha e importante local de reprodução animal. O anúncio foi feito pelo grupo de pesquisa British Antarctic Survey, nesta terça-feira, 4.

O iceberg A23a tem uma área de 3.360 quilômetros quadrados - mais de duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo - e pesa quase um bilhão de toneladas. O bloco de gelo estava se afastando da Península Antártida, em direção à Ilha Geórgia do Sul desde dezembro, impulsionado por poderosas correntes oceânicas.

Havia temores de que o iceberg pudesse colidir com a Geórgia do Sul ou encalhar em águas rasas, mais perto da ilha, o que poderia interromper o suprimento de alimentos para filhotes de pinguins e focas.

"Se o iceberg continuar encalhado, esperamos que não afete significativamente a vida selvagem local", afirmou o oceanógrafo Andrew Meijers, do British Antartic Survey, responsável pelo monitoramento do A23a via satélite, em entrevista à BBC.

"Nas últimas décadas, os inúmeros icebergs que seguiram essa rota pelo Oceano Antártico se fragmentaram, se dispersaram e acabaram derretendo rapidamente. No entanto, à medida que um iceberg se parte em pedaços menores, as operações de pesca na região se tornam mais difíceis ou potencialmente perigosas", acrescentou o pesquisador.

O encalhe do A23a é o mais recente capítulo de uma história que remonta a 1986, quando o mega bloco de gelo se desprendeu da plataforma Filchner-Ronne. Durante três décadas, ele ficou preso no fundo do mar, ainda próximo à plataforma. Mas, desde então, começou a se deslocar para o norte, ao longo da costa da Península Antártida.

No ano passado, ele ficou preso em um vórtice oceânico durante oito meses. Em dezembro, o iceberg se libertou do vórtice e parecia seguir inexoravelmente rumo às ilhas Geórgia do Sul, numa velocidade de aproximadamente 30 quilômetros por dia.

"O destino de todos os icebergs é morrer", afirmou em entrevista à BBC o pesquisador Huw Griffiths, que se encontra em um navio de pesquisa polar britânico na Antártida. "É muito surpreendente ver que o A23a durou tanto tempo e perdeu apenas um quarto de sua área."

Originalmente, o iceberg tinha 3.900 quilômetros quadrados, mas ao se deslocar em direção a mares mais quentes foi perdendo grandes blocos de gelo.

"Provavelmente ele deve ficar mais ou menos onde está, até que mais pedaços comecem a se desprender", disse Andrew Meijers. "Em vez de um bloco de gelo puro e intacto, o iceberg já apresenta cavernas sob as suas bordas. Se o gelo por baixo estiver corroído pelo sal, ele vai se desintegrar sob estresse, e talvez vá para um lugar mais raso."

Entretanto, no local onde o iceberg esbarra na plataforma continental, vivem milhares de minúsculas criaturas marinhas, como corais, lesmas e esponjas do mar.

"Todo o seu universo está sendo destruído por uma enorme placa de gelo que está raspando o fundo do mar", explicou Griffiths. "A curto prazo isso pode ser considerado catastrófico para essas espécies, mas é parte do ciclo natural da vida na região; enquanto destrói um lugar, ele fornece nutrientes e alimentos em outra parte."

Os icebergs se formam quando grandes blocos de gelo se desprendem de geleiras no continente. Eles são formados por água doce e levam nutrientes para o mar. O ciclo de vida dos icebergs é um processo natural, mas a expectativa de pesquisadores é que as mudanças climáticas acabem por acelerar o processo, à medida que a Antártida esquenta e se torna mais instável.

Ou seja, mais icebergs podem se desprender das vastas camadas de gelo do continente e derreter em uma velocidade mais acelerada, interrompendo padrões de vida selvagem e pesca na região.