Roseana Murray escreve poema após ataque de pitbulls e filho rebate 'pedradas' por falar do SUS

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A escritora e poeta Roseana Murray, de 73 anos, escreveu seu primeiro poema após ser atacada por três cães da raça pitbull. Ela perdeu o braço direito no ataque, que aconteceu em Saquarema, região dos lagos do Rio de Janeiro, em 5 de abril.

 

Nesta segunda-feira, 15, Roseana publicou o poema em seu perfil no Instagram, disse que o escreveu direto da CTI do Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, onde está internada, e explicou que ditou o texto para sua irmã, Evelyn Kligerman. Leia:

 

"Um anjo varreu a tristeza da casa.

 

Com suas asas feitas

 

de alguma coisa que não conhecemos.

 

Varreu como varrem ruas e praças.

 

Juntou tudo em suas mãos,

 

soprou, soprou, soprou."

 

O ataque

 

Roseana foi socorrida em estado grave pelo Corpo de Bombeiros por volta das 6h13 da manhã do dia 5, e encaminhada, de helicóptero, ao HEAT, onde passou por cirurgias. Na segunda-feira, 8, a escritora já respirava sem a ajuda de aparelhos e fazia fisioterapia. Na última sexta, 12, o hospital informou que ela estava "lúcida, conversando e se alimentando normalmente" e mantinha "quadro estável, com boa evolução", embora sem previsão de alta.

 

Três pessoas, que cuidavam dos cachorros, foram presas em flagrante por maus-tratos a animais no mesmo dia da ocorrência. Contudo, Kayky Dantas, Ana Beatriz Dantas e Davidson dos Santos receberam alvará de soltura na quarta-feira, 10, segundo a Justiça do Rio de Janeiro. Eles perderam a tutela dos animais.

 

Filho se pronuncia sobre 'pedradas' por falar do SUS

 

Na manhã desta terça-feira, 16, o filho de Roseana, Guga Murray, fez um desabafo sobre "pedradas" recebidas por falar do SUS, pelo qual a mãe recebe o tratamento após o ataque. "Temos recebido uma infinidade de mensagens de apoio e solidariedade. Isso acalenta o coração. Também recebo alguma que outra 'pedrada' por não estar com a faca entre os dentes exigindo punições e responsabilidades", escreveu.

 

"Hoje nos acusaram de estarmos nos 'vendendo' ao poder público. Obviamente isso passa longe de qualquer realidade plausível. O SUS salvou a vida da minha mãe e estaremos eternamente gratos. De qualquer forma, quem pensa que estamos vendendo algo, esquece do sacrifício altíssimo e diário que minha mãe pagará pelo resto de sua vida e que cada um de nós estaríamos dispostos a doar nosso próprio braço direito para ela, se isso fosse possível", continuou.

 

Murray, que é professor de música, ainda disse que o "verdadeiro furo jornalístico não é a tragédia, e sim a recuperação incrível que [sua] mãe está tendo". Ele afirma que a "omissão e ineficácia" de órgãos públicos em diversas esferas é "crônica", mas a recuperação de Roseana é "um ponto fora da curva".

 

"As responsabilidades serão apuradas independentemente ao nosso desejo, mas esse é um processo longo no qual a família não irá se envolver. Há uma investigação em curso. No momento estamos apenas sobrevivendo como podemos. Não podemos escolher o que a vida nos coloca por diante, mas temos alguma escolha de como vamos lidar com isso. Minha mãe escolheu viver, sonhar e plantar um jardim de esperança em cada um de nós. Viveremos e sonharemos junto com ela. É o mínimo que podemos fazer", completou.

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Fernanda Torres não ganhou o Oscar de melhor atriz por sua atuação em Ainda Estou Aqui, mas nem bem o carnaval chegou ao fim e ela já pode ser anunciada a inspiração campeã das fantasias da festa no País.

Na manhã desta segunda-feira, 3, os foliões do bloco Charanga do França, que percorre ruas da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, manifestavam por meio dos figurinos a revolta com a derrota de Torres (e a felicidade com a vitória do longa de Walter Salles).

O estudante de economia Iamã Rodrigues, de 26 anos, se fantasiou de estatueta do Oscar pela primeira vez. A escolha tinha uma dupla função: "Eu já estava com isso na cabeça. Ou vai ser protesto, ou vai ser celebração. Tem que celebrar a Fernanda pelo menos", contou ao Estadão.

Todo pintado de dourado, o jovem incorporou um troféu indignado. "Não é possível que roubaram o sonho de um País pela segunda vez e dentro de uma mesma família. Totalmente injustiçada. Mas feliz pelo melhor filme".

As amigas Carla Barbiere e Carol Lima foram fantasiadas de Pikachu, do Pokemón, em referência ao vídeo no qual Fernanda Torres diz se sentir "um Pikachu" por ter sido aclamada na CCXP, a Comic Con Experience. A fala é uma das muitas da atriz que foram transformadas em memes de sucesso. Ela inclusive levou um broche do personagem para a cerimônia e o assunto rendeu até explicações para a imprensa internacional.

"Apesar de totalmente roubada, a gente ainda está se sentindo um Pikachu. Afinal, Oscar teve - pelo menos um", disseram as foliãs.

Quem não estampava a revolta com a premiação - e/ou a admiração por Torres - no corpo segurava bandeiras e máscaras com o rosto da atriz.

O bloco também soube usar a temática a seu favor. Os integrantes vestiam uma camiseta azul com a imagem de Fernanda segurando um saxofone e os dizeres: "Totalmente Charangada".

O papa Francisco "dormiu bem durante toda a noite" e segue com quadro de saúde estável, informou o Vaticano nesta segunda-feira, 3. O sumo pontífice está internado desde o dia 14 de fevereiro devido a um caso de bronquite, que evoluiu para uma pneumonia bilateral.

Na noite do domingo, 2, a Santa Sé informou que o estado do pontífice é "estável". Ele não apresentou novos episódios de broncoespasmo desde a sexta-feira, 28, mas seu prognóstico segue reservado.

Devido à crise, Francisco precisou alternar entre ventilação mecânica não invasiva e oxigenoterapia de alto fluxo. Mas apesar de não haver consequências em relação à crise da última sexta, seu quadro clínico segue sendo "complexo".

O pontífice, que recentemente descartou a possibilidade de renunciar, não fez nenhuma aparição pública desde sua internação. No domingo, ele agradeceu aos fiéis por suas orações em uma mensagem escrita por ocasião da oração do Ângelus.

A Polícia Militar de São Paulo registrou 162 ocorrências relacionadas ao carnaval neste fim de semana em todo o Estado. De acordo com a corporação, 32 foram de natureza criminal. Ao todo, os agentes detiveram 35 pessoas e apreenderam 32 celulares. Também foram apreendidos uma arma de fogo e uma arma branca.

Durante a folia, os policiais têm se fantasiado para se misturar nos blocos e identificar furtos de celular. Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), três homens foram presos e 11 celulares foram recuperados no domingo, 2, por agentes disfarçados.

Uma das policiais que participou da ação vestia uma fantasia de "cena do crime", com faixas usadas para isolar a área de um delito.

O uso de agentes fantasiados faz parte de uma estratégia da SSP em que, desde o ano passado, agentes se infiltram entre os foliões para identificar e prender criminosos que se aproveitam da aglomeração. De acordo com o governo, o uso de disfarces facilita a atuação da polícia.