Rock in Rio anuncia dia exclusivamente brasileiro com atrações de sertanejo, samba, rock e MPB

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O Rock in Rio, festival de música cuja décima edição acontece de 13 a 15 e de 19 a 22 de setembro no Rio de Janeiro, terá um dia da programação apenas com artistas brasileiros: 21 de setembro, sábado, quando 73 atrações já estão confirmadas, distribuídas por 14 gêneros musicais ou estilos.

 

Será a primeira vez que artistas da música sertaneja vão se apresentar no festival - que, embora desde a primeira edição não se restrinja ao rock, ganhou fama por oferecer atrações internacionais desse gênero e até agora nunca havia dado espaço àquele que hoje é o estilo mais ouvido do País.

 

A principal atração sertaneja será a dupla Chitãozinho & Xororó, mas também vão se apresentar Ana Castela, Luan Santana, Simone Mendes, Junior (filho de Xororó) e a Orquestra Heliópolis. Os shows acontecerão no Palco Mundo.

 

Nesse mesmo palco haverá rock (representado por Capital Inicial, Detonautas, NX Zero, Pitty, Rogério Flausino e Toni Garrido), MPB (Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Majur, Margareth Menezes e Ney Matogrosso) e trap (Cabelinho, Felipe Ret, Kayblack, Matuê, Orochi, Ryan SP e Veigh).

 

No Palco Sunset haverá samba (Zeca Pagodinho, Alcione, Diogo Nogueira, Jorge Aragão, Maria Rita e Xande de Pilares), pop (Duda Beat, Glória Groove, Jão, Luísa Sonza e Lulu Santos) e rap (Criolo, Djonga, Marcelo D2, Rael e Karol Conká).

 

A Global Village será o palco da bossa nova (Roberto Menescal, Wanda Sá, Leila Pinheiro e Bossacucanova, com participação especial de Cris Delano), soul (Banda Black Rio, Claudio Zoli e Hyldon) e jazz (Léo Gandelmann, Jonathan Ferr, Antônio Adolfo e Joabe Reis).

 

O Espaço Favela será palco do funk (Livinho, MC Don Juan, MC Dricka, MC Hariel, MC Ig e MC PH), do Baile de Favela (Buchecha, Cidinho e Doca, Funk Orquestra, MC Carol, MC Kevin O Chris e Tati Quebra Barraco) e da música clássica (Nathan Amaral e Orquestra Jovem da Sinfônica Brasileira).

 

O Espaço New Dance Order vai ser palco da música eletrônica, com Mochakk e três duelos musicais: Beltran x Classmatic, Eli Iwasa x Ratier e Maz x Antdot.

 

Nos demais dias, o Rock in Rio mescla músicos e bandas estrangeiras, como Deep Purple, Mariah Carey e Ed Sheeran, e brasileiras, como Ivete Sangalo, Belo, Iza, Planet Hemp, Os Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho.

 

O Dia Brasil foi anunciado nesta segunda-feira, 29, durante evento para a imprensa na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro. Cada ritmo ou estilo terá, no total, aproximadamente uma hora e meia de shows, e cada atração vai cantar cerca de três músicas, segundo a organização.

 

"Quando começou o Rock in Rio eu queria reunir todas as tribos. Então estamos repetindo isso com a música brasileira. O sertanejo, o pop, o rock, o trap, bossa nova. Um vai convidar o outro. É muito emocionante. Vocês vão ver isso no Rock In Rio. Vai ser um dia muito emocionante", disse Roberto Medina, o criador do festival, que comemora 40 anos na edição de setembro (embora na data ainda faltem quatro meses para se completar as quatro décadas, já que o primeiro evento ocorreu de 11 a 20 de janeiro de 1985).

 

Durante o evento também foi anunciada a música Deixa o Coração Falar, composta por Zé Ricardo, que é curador do festival, para esta edição do Rock in Rio.

 

O clipe teve a participação de artistas como Ivete Sangalo, Iza, Ludmilla, Alcione, Mart'nália, Daniela Mercury e Rael. A arrecadação com direitos autorais da música serão revertidos para um projeto filantrópico que, em parceria em parceria com as entidades Ação da Cidade e Gerando Falcões e o apoio dos patrocinadores do Rock in Rio, pretende transformar favelas brasileiras pelo projeto Favela 3 D (Digital, Digna e Desenvolvida).

 

A primeira a ser apoiada será a favela do morro da Providência, no centro do Rio, onde 250 famílias serão atendidas.

 

Atrações internacionais do Rock in Rio 2024

 

Entre os artistas internacionais já confirmados para a edição de 2024 estão Akon, 21 Savage, Travis Scott, Katy Perry, NE-YO, Shawn Mendes, Mariah Carey, Gloria Gaynor, Ed Sheeran, Charlie Puth, Tyla e Joss Stone.

 

A venda de ingressos para o Rock in Rio 2024 começa no dia 23 de maio, através do site da Ticket Master Brasil.

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Um homem condenado por estupros foi preso na manhã desta sexta-feira, 10, na Rua Florêncio de Abreu, no centro da capital paulista, após reconhecimento facial por câmeras do Programa Smart Sampa, da Prefeitura Municipal de São Paulo.

Fernando Bispo da Silva, de 52 anos, foi identificado quando andava de bicicleta na região da Rua 25 de Março. Em seguida, agentes da Guarda Civil Metropolitana realizaram a abordagem e o encaminharam ao 8º Distrito Policial, no Brás, onde ele permanece à disposição da Justiça.

Segundo a Polícia Civil, Silva é acusado de violentar pelo menos 17 mulheres em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Em 2006, ele foi condenado a 73 anos de prisão pelos estupros, e estava foragido desde outubro do ano passado.

Silva é um dos 398 foragidos da Justiça capturados com a ajuda do Smart Sampa, que contribuiu para a prisão de 1.532 criminosos em flagrante e a localização de 29 pessoas desaparecidas nos seis primeiros meses de funcionamento, segundo informações da Prefeitura de São Paulo.

Primeira prisão

Silva foi preso em 2006, em um ponto de ônibus onde costumava abordar suas vítimas. De acordo com as investigações, o criminoso agia sempre da mesma forma: encapuzado e armado com um facão, ele abordava as mulheres que desembarcavam do ônibus e as levava para um matagal próximo ao ponto.

"Na época da primeira prisão houve bastante repercussão. A maior parte das vítimas trabalhava no aeroporto internacional de Cumbica e morava em condomínios do Parque Cecap, próximos ao aeroporto. Elas desciam no ponto de ônibus onde foram atacadas", acrescentou a gestão municipal.

A cidade de São Paulo não deve registrar temporais ao longo deste fim de semana, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura. A expectativa é que as pancadas de chuva típicas desta época deem trégua pelo menos até meados da próxima semana, retornando a partir de quinta-feira, 16.

Neste sábado, 11, a previsão indica que as temperaturas devem se elevar rapidamente, com máxima de 27 ºC. O dia termina com aumento da nebulosidade, mas sem previsão de chuva.

Para domingo, 12, a meteorologia sinaliza um dia de sol entre nuvens e sem previsão de chuvas significativas. A temperatura máxima deve ser um pouco menor, em torno dos 24 ºC.

Veja a previsão para os próximos dias na cidade de São Paulo:

- Sábado: entre 16 ºC e 27 ºC;

- Domingo: entre 18 ºC e 24 ºC;

- Segunda-feira: entre 18 ºC e 24 ºC;

- Terça-feira: entre 18 ºC e 27 ºC.

Desabrigados em Peruíbe após fortes chuvas

A cidade de Peruíbe registrou vários pontos de inundação depois das fortes chuvas registradas nos últimos dias. O município decretou situação de emergência na quinta-feira, 9, e ao menos 465 pessoas estão desabrigadas, de acordo com a Defesa Civil do Estado de São Paulo.

Segundo o balanço divulgado na manhã deste sábado, 11, pelo órgão estadual, o acumulado de chuvas nas últimas 72 horas na cidade foi de 280 mm.

Áreas de instabilidade no Estado

O sábado começou com sol entre poucas nuvens e temperaturas amenas em todo o Estado de São Paulo.

De acordo com a Defesa Civil, ao longo do dia, a temperatura sobe e áreas de instabilidade somadas ao corredor de umidade da Amazônia favorecem a ocorrência de pancadas de chuva isoladas no território paulista, principalmente no período da tarde.

"Há condição para pancadas de chuva de moderada a forte intensidade acompanhadas de raios e rajadas de vento, especialmente nas regionais que fazem divisa com Paraná e Mato Grosso do Sul", acrescenta o órgão estadual.

Uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Mato Grosso quer converter florestas antes consideradas pertencentes à Amazônia em vegetação classificada como do Cerrado. Caso a medida seja sancionada pelo governador Mauro Mendes (União), o porcentual de reserva legal, ou seja, a área onde o desmate é proibido, cairá de 80% para 35%. O texto foi aprovado na quarta-feira, 8, por 15 votos a 8.

Na prática, segundo ambientalistas, a mudança deixará uma área maior suscetível ao desmatamento. Isso porque com a queda do porcentual de reserva legal, produtores rurais poderão expandir suas áreas agrícolas sobre a vegetação.

O projeto de lei complementar 18/2024 foi apresentado originalmente pelo Executivo, em maio do ano passado, para fazer um ajuste na escala de mapas utilizada como base pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente para operar o Cadastro Ambiental Rural (CAR). O projeto, no entanto, sofreu diversas alterações durante a tramitação, o que acabou desfigurando a proposta.

O texto aprovado, de autoria do deputado Nininho (PSD), traz uma nova redação para a lei que cria definições para áreas que seriam classificadas como floresta, pertencentes ao bioma Amazônia, e as que seriam enquadradas como Cerrado.

O dispositivo diz que serão definidas como "floresta" as áreas com predominância de vegetação "com as médias de alturas totais a partir de 20 metros, e que apresentem indivíduos com alturas máximas entre 30 (trinta) e 50 (cinquenta) metros". Já "as áreas com predominância de indivíduos com a média das alturas totais até 20 metros" serão classificadas como Cerrado.

O deputado Lúdio Cabral (PT) chegou a apresentar outro substitutivo para suprimir a redação e preservar a proposta original do Executivo, mas o texto não passou.

Milhões de hectares vulneráveis

Um estudo feito pelo Observatório Socioambiental de Mato Grosso afirma que a mudança permitiria o desmatamento de 5,2 milhões de hectares. Em nota, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) cita o levantamento e classifica como "retrocesso" a aprovação da lei na assembleia. Segundo o Ipam, a perda de florestas acentua as mudanças climáticas.

"Estudos científicos já demonstraram que não é mais necessário derrubar nenhuma árvore para ter mais produtividade no campo. Em muitos casos, os ganhos podem dobrar ou até triplicar apenas restaurando áreas degradadas ou reutilizando pastos abandonados", afirma no comunicado o diretor-executivo do Ipam, André Guimarães.

Após a repercussão negativa da lei, o deputado Nininho afirmou em nota publicada em seu site que a legislação proposta atende as exigências feitas pelo Supremo Tribunal Federal para identificação de biomas.

"O projeto não aumenta nem incentiva o desmatamento no Estado. Estamos adequando o que já foi decidido pelo STF e adotando dados mais precisos do IBGE, em conformidade com o projeto original enviado pelo próprio Governo do Estado", argumentou no comunicado.

Procurado pelo Estadão neste sábado, 11, o deputado não se manifestou sobre o tema. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso também não se posicionou até o momento. O espaço permanece à disposição.