Paul Auster, estrela literária dos EUA, morre aos 77 anos

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Paul Auster, o prolífico romancista, memorialista e roteirista que ganhou fama na década de 1980 com sua reanimação pós-moderna do romance noir e que resistiu para se tornar um dos escritores nova-iorquinos mais importantes de sua geração, morreu de complicações de câncer de pulmão em sua casa no Brooklyn, nos EUA, na noite desta terça-feira, 30. Ele tinha 77 anos. Além de sua esposa, Auster deixa sua filha, Sophie Auster; sua irmã, Janet Auster, e um neto.

 

Auster era frequentemente descrito como um "superstar literário" nos noticiários. O Times Literary Supplement, da Grã-Bretanha, certa vez o chamou de "um dos escritores mais espetacularmente inventivos dos Estados Unidos".

 

Embora tenha nascido em Nova Jersey, ele se tornou indelevelmente ligado aos ritmos da cidade que adotou, que foi uma espécie de personagem em grande parte de sua obra - especialmente no Brooklyn, onde se estabeleceu em 1980, em meio às ruas forradas de carvalhos e pedras marrons no bairro de Park Slope.

 

À medida que sua reputação crescia, Auster passou a ser visto como um guardião do rico passado literário do Brooklyn, bem como uma inspiração para uma nova geração de romancistas que se aglomeraram no bairro na década de 1990 e posteriormente.

 

Sua carreira começou a decolar em 1982, com o livro de memórias "A invenção da solidão", uma reflexão assombrosa sobre seu relacionamento distante com o pai recentemente falecido. Seu primeiro romance, "Cidade de Vidro", foi rejeitado por 17 editoras antes de ser publicado por uma pequena editora na Califórnia em 1985. No Brasil, os seus livros são publicados pela Companhia das Letras.

 

O livro se tornou a primeira parte de sua obra mais famosa, "A Trilogia de Nova York", três romances posteriormente reunidos em um único volume. Ele foi listado como um dos 25 romances mais importantes da cidade de Nova York dos últimos 100 anos em um resumo da T, a revista de estilo publicada pelo The New York Times.

 

Seus romances também incluem obras aclamadas pela crítica: "Moon Palace" (O Palácio da Lua, de 1989), sobre a odisseia de um estudante universitário órfão que recebe uma herança de milhares de livros; "Leviathan" (Leviatã, de 1992), sobre um escritor que investiga a morte de um amigo que se explodiu enquanto construía uma bomba; "The Book of Illusions" (O Livro das Ilusões, de 2002), sobre um biógrafo que explora o misterioso desaparecimento de seu objeto de estudo, um astro do cinema mudo.

 

Outras criações notáveis do romancista americano

 

Entre seus livros de memórias estão "Hand to Mouth" (Da Mão para a Boca, de 1997), sobre suas primeiras lutas como escritor, e "Winter Journal" (Diário de Inverno, de 2012), que, embora escrito na segunda pessoa, foi um exame das fragilidades de seu corpo envelhecido.

 

Também publicou "The Brooklyn Follies" (Desvarios no Brooklyn, de 2006), que fala da história de um homem prestes a completar sessenta anos, doente, aposentado compulsoriamente e recém-separado.

 

"Nathan Glass só quer achar um lugar tranquilo para morrer. O reencontro com seu sobrinho, porém, lança Glass e sua família numa história repleta de reviravoltas e aventuras, que trazem a marca de Paul Auster, um dos grandes escritores americanos da atualidade", segundo descrição do livro feita pela Companhia das Letras, editora que publica livros dele no Brasil.

 

Reconhecimento em outros países

 

Auster levou para casa vários prêmios literários da França. "A primeira coisa que você ouve ao se aproximar de uma leitura de Auster, em qualquer lugar do mundo, é francês", observou a revista New York em 2007. "Auster é apenas um autor de best-sellers por aqui, mas é uma estrela do rock em Paris."

 

Na Grã-Bretanha, seu romance de 2017, "4321", que examinou quatro versões paralelas do início da vida de seu protagonista - como Auster era, um menino judeu nascido em Newark em 1947 - foi selecionado para o Man Booker Prize.

 

Publicações mais recentes

 

Auster continuou prolífico, publicando vários livros nos últimos anos, incluindo "Burning Boy: The Life and Work of Stephen Crane" (2021) e "Bloodbath Nation" (2023), uma meditação arrepiante sobre a violência armada americana.

 

Seu último romance, "Baumgartner", foi lançado no ano passado. Como observou a romancista Fiona Maazel no The New York Times Book Review, a publicação está repleta de muitos toques clássicos de Auster que lembram suas obras anteriores: O protagonista masculino sério e livresco, as instabilidades narrativas. Mas também é um romance que reflete as lutas internas de um autor em seus últimos anos, lidando com a idade e o luto.

 

No final das contas, ele publicou 34 livros, contabilizando os trabalhos mais curtos que foram posteriormente incorporados a livros maiores, incluindo 18 romances e várias memórias aclamadas e trabalhos autobiográficos variados, além de peças de teatro, roteiros e coleções de histórias, ensaios e poemas. O escritor americano teve suas obras traduzidas em mais de 40 idiomas. (Com agências internacionais).

 

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A Enel SP atualizou para 250 mil o número de clientes sem energia elétrica em sua área de concessão, após o temporal que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde desta terça, 7. No início da tarde, a concessionária chegou a registrar 650 mil clientes impactados pelo evento climático.

Segundo a Enel, a normalização de parte desses consumidores ocorreu em meia hora, e até as 19h pelo menos 400 mil unidades consumidoras tiveram o serviço normalizado.

A empresa informou, ainda, que a chuva que causou danos à rede elétrica teve ventos de até 80 quilômetros por hora (km/h). As regiões mais afetadas pelo evento foram as zonas sul e leste da capital paulista, e parte da região do ABC.

Erivan Gomes, comandante da Guarda Civil Municipal de Osasco, acredita que a mudança na escala de trabalho teria provocado um surto emocional no guarda civil Henrique Marival de Souza, que matou a tiros o secretário adjunto de Segurança e Controle Urbano da cidade, Adilson Custódio Moreira, de 53 anos. O crime ocorreu na noite de segunda, 6, após reunião dentro da sede da prefeitura.

"Houve um descontentamento da parte dele por sair de uma função burocrática administrativa, que ele estava em uma escala de segunda a sexta, das 8h às 17h, e passaria a executar uma escala de 12 por 36 - trabalhar 12 horas e descansar 36", disse. Gomes falou com a imprensa na porta do velório do secretário. O corpo de Moreira é velado na sede da Prefeitura de Osasco.

Segundo o comandante, não havia histórico de desentendimentos entre o secretário e o guarda. "Ele nunca foi submetido a investigação, o que desencadeou foi na hora, no local. A gente não sabe o que tem de ordem familiar, financeira."

"Nós temos nossas questões pessoais. Penso que talvez ele tenha colocado na balança e desencadeou, ele teve esse start da ordem emocional e acabou cometendo essa tragédia."

Ele ainda alega que os relatos de que o guarda já teria apontado a arma para outro inspetor em uma reunião nunca foram investigados. "Isso é conversa de corredores, isso nunca foi de certa forma documentado." O comandante afirma que Henrique Marival de Souza trabalhava internamente e não fazia parte da equipe de segurança do prefeito, mas participou da campanha política.

"Ele não fazia a segurança nem da primeira-dama nem do prefeito. Nós não temos nenhum impeditivo legal de manifestar politicamente falando. Ele trabalhava de segunda a sexta e final de semana a gente acompanhava a campanha, a gente estava nas caminhadas, nas carreatas, isso é normal. Penso que, talvez, por estar de forma direta, ele acreditava que teria alguma questão no futuro governo. Mas em momento nenhum essa questão foi tratada ou prometida."

Discussão após reunião

De acordo com o comandante, a reunião aconteceu entre o secretário e mais 12 a 14 guardas civis que seriam realocados de função. "Moreira não estava armado, até porque era o grupo (com o qual) ele já trabalhava e a conversa foi totalmente tranquila", disse Gomes.

Conforme a conversa avançou, os guardas foram saindo da sala, cientes de suas novas funções, e ficou apenas Sousa, que reclamou da mudança.

Segundo o comandante, Sousa disse que estava sozinho na sala com o secretário quando a conversa começou a ficar mais tensa. Os dois estavam sentados, um em frente ao outro. Ao perceber que não haveria um acordo, o secretário teria levantado da cadeira em que estava. Neste momento, Sousa agarrou a arma e efetuou os disparos. "Foram alguns tiros", disse o comandante, sem confirmar a quantidade.

Gomes diz ainda que escutou os disparos e foi em direção à sala do secretário. Ele foi o primeiro a chegar ao local e iniciou as negociações com o guarda até a chegada do Gata. Durante as conversas, ele revela que pedia informações sobre o secretário adjunto. "Em um dado momento eu falei: preciso saber como está o Moreira. Ele falou: aqui dentro só tem eu, ele e o demônio".

Funcionário público há mais de 25 anos e ex-guarda-civil municipal, Adilson Custódio Moreira estava na gestão havia oito anos. Ele foi Secretário de Segurança e Controle Urbano de Osasco entre 2018 e 2019, na administração do ex-prefeito Rogério Lins (Podemos). Seguiu na pasta como secretário adjunto e foi mantido no cargo pela atual administração, de Gerson Pessoa (Podemos).

Um engavetamento envolvendo 10 veículos no trecho sul do Rodoanel Mário Covas, em São Paulo, provocou a morte de uma idosa de 93 anos e deixou outras 21 pessoas feridas, no começo da tarde desta terça-feira, 7.

O acidente ocorreu na altura do quilômetro 63 da pista, próximo a região do Grajaú, extremo sul da capital paulista. A ocorrência envolveu, ao menos, 10 veículos, entre carros, carretas, utilitárias e caminhões, de acordo com a SPMar, concessionária responsável pelo trecho.

Todas as faixas chegaram a ser interditadas para a atuação das equipes. A vítima estava dentro de um veículo utilitário modelo Ranger, que tombou por conta do acidente.

O engavetamento provocou congestionamento de cerca de 10 quilômetros (entre o km 72 ao 63). Por volta das 15h30, as três faixas já haviam sido liberadas, e apenas o acostamento ainda estava interditado. Mesmo assim, ainda havia lentidão entre o km 73 ao o km 63.

"Do total de 22 vítimas, uma foi a óbito e outras duas foram encaminhadas ao Hospital de Urgência de São Bernardo em estado moderado", informou a SPMar.

Segundo as estimativas da empresa, que também opera o trecho leste do Rodoanel, 334 mil veículos passaram pelas duas pistas no feriado de Ano Novo, entre 30 de dezembro e 1º de janeiro. Não foram registrados acidentes graves no período.

Já no Natal, entre os dias 23 e 26 de dezembro, a SPMar registrou um fluxo de 543.073 veículos - 378.933 no trecho Sul e 164.140 no trecho Leste . Na data, foram registrados 13 acidentes, todos com vítimas leves, e sem casos graves ou mortes.