Paula Fernandes: 'A sensualidade está ligada à libertação'

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"Estou como uma legítima trabalhadora de home office, usando blazer e pijamas", brinca Paula Fernandes ao surgir na câmera durante a coletiva online o novo EP, Qual Amor Te Faz Feliz?, lançado nesta quinta, 13.

 

A cantora parece mais segura. Assume a sensualidade desde o início da carreira atribuída a ela -naquela época, contra sua vontade. Ela ainda evitava a imprensa, diziam.

 

Hoje, quer passar por cima desses estigmas. Na entrevista, sorri constantemente, não foge das perguntas e assume tratar o novo EP como um reflexo da "fase empoderada".

 

No primeiro single do novo EP, Anota Aí, Paula canta sobre fazer falta na vida de um antigo amor. A superação diante de uma desilusão amorosa ganhou força no feminejo de nomes como Marília Mendonça, e também reflete no atual momento da cantora.

 

Nova era

 

A nova vida de solteira foi inspiradora: "Estou descobrindo o prazer de ter amor-próprio. É base pra tudo que estou fazendo - até das fotos sensuais". Ela se refere às fotos mais "ousadas" publicadas em suas redes na última semana, incomuns para quem a acompanha.

 

Confira aqui

 

Preconceitos do sertanejo

 

Em 2009, quando Paula Fernandes emplacou o primeiro hit nacional, Pássaro de Fogo, aos 24 anos (ela começou a cantar aos 9), era a única representante feminina do sertanejo entre as mais tocadas nas rádios. "Entrei num mercado dominado por duplas masculinas, num sistema todo preparado para homens", diz.

 

Apesar dos avanços, diz que o cenário ainda é desfavorável às mulheres - facilmente perceptível no line up das maiores festas do gênero no País. "Sinto falta de ver uns rostinhos femininos pelos outdoors de shows que vejo por aí. É só aquela fileeeira de homem" E provoca: "Aviso aos empresários: contratem mais mulheres!".

 

Para ela, a dificuldade de renovação é reflexo cultural do próprio gênero. "O sertanejo, por si só, já teve uma penetração difícil em outros estados. E, como era predominantemente masculino, foi ainda mais difícil para nós". Sentia-se estranha por ser uma voz única, artista solo, em um gênero consagrado por duplas - Leonardo e Daniel, por exemplo, passaram a cantar solo após a morte de seus companheiros, Leandro e João Paulo, assim como aconteceu com algumas duplas caipiras.

 

Quando surgiu, o sertanejo universitário dominava as paradas. Com canções românticas e bucólicas, Paula era um fenômeno fora da curva.

 

Desde então, vem lidando com a fama como pode. Do melhor jeito possível, claro. No fim da coletiva, revela arrepender por ter se calado enquanto especulavam sobre sua vida: "Quando minha carreira explodiu, tive de amadurecer rápido. Se eu tivesse rede social naquela época, não teria me calado para críticas e fake news. Teria coragem de olhar pra câmera e dizer 'eu não sou essa pessoa".

 

E como é Paula Fernandes? "Eu sou discreta, introspectiva. Como pelas beiradas, como todo mineiro", diz. Na nova era da carreira, quer tomar as rédeas da própria imagem.

Em outra categoria

A polícia francesa encontrou no Rio Sena o corpo do fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, que estava desaparecido desde o dia 26 de novembro do ano passado, em Paris, na França. O corpo foi encontrado no último dia 4, mas devido ao estado de decomposição, foram necessários exames de DNA para confirmar a identidade.

De acordo com as primeiras informações repassadas pela polícia a amigos do fotógrafo, não havia sinais de violência no corpo.

A família de Sousa, que mora em Belo Horizonte, foi informada do encontro do corpo pelo Itamaraty.

Ao Estadão, o Ministério das Relações Exteriores confirmou a morte de Sousa. "Ontem, 9/1, o Consulado-Geral do Brasil em Paris recebeu, com pesar, informação da polícia francesa sobre o falecimento do mencionado nacional brasileiro. O Itamaraty, por meio do Consulado em Paris, está em contato com familiares e permanece à disposição para prestar assistência consular", disse, em nota.

A reportagem entrou em contato com familiares de Sousa e aguarda retorno. O Estadão também procurou a polícia de Paris para obter mais informações.

Flávio de Castro Souza, também conhecido como Flávio Carrilho, era sócio do estúdio fotográfico Toujours Fotografia, de Lucien Esteban, em Paris, e tinha viajado para capital francesa no dia 1º de novembro de 2024.

Ele iria fazer fotos de um casamento e realizar outros serviços para o estúdio.

O brasileiro estava com o voo de volta para o Brasil marcado para o dia 26 de novembro. Ele chegou a fazer o check-in on-line, mas não embarcou.

Segundo mensagens de celular que enviou para os amigos, ele teria sofrido uma queda no Rio Sena, quando estava em um ponto turístico conhecido como Ilha dos Cisnes. Socorrido, ele foi levado para um hospital próximo e se recuperou, mas perdeu o voo.

O brasileiro chegou a acertar com a administradora do imóvel que estava ocupando para ficar mais um dia no local. Depois, desapareceu e não deu mais notícias. Seu celular foi encontrado em uma floreira, em frente a um restaurante.

Imagens de câmeras analisadas posteriormente indicaram que ele mesmo depositou o celular no local. As causas da morte são investigadas pela polícia francesa.

A empresária Mireylle Fries, de 41 anos, permanece internada em estado grave. Ela é uma das vítimas socorridas com vida após o acidente aéreo que provocou a explosão de um avião de pequeno porte em Ubatuba, litoral paulista, na manhã da quinta-feira, 9. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo nesta sexta-feira, 10.

O Hospital Regional do Litoral Norte, referência para o atendimento aos pacientes de municípios do litoral norte, informou, por meio da secretaria, que também recebeu o marido dela, Bruno Almeida Souza, e os dois filhos do casal, de 4 e 6 anos.

"O estado de saúde das crianças e do homem é estável, e o quadro da mulher é considerado grave", disse a secretaria.

As quatro vítimas foram atendidas, inicialmente, na Santa Casa de Ubatuba. Entretanto, durante a tarde de quinta-feira, foram transferidas para o hospital de referência de Caraguatatuba.

Ainda de acordo com a prefeitura de Ubatuba, em solo, uma mulher que passava pelo local do acidente, foi correr e acabou torcendo o pé.

O piloto Paulo Seghetto, que conduzia a aeronave, não resistiu ao impacto e morreu no local.

O avião partiu do Aeroporto Municipal de Mineiros (SWME), em Goiás, e tentou pousar no Aeroporto Estadual de Ubatuba (SDUB).

No entanto, ultrapassou a pista, atravessou o alambrado e seguiu em direção à Praia do Cruzeiro, onde explodiu.

O avião de pequeno porte pertencia à família Fries, fazendeiros de Goiás.

Um incêndio atingiu a área externa do hospital o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, localizado no campus da USP, por volta das 7h50 desta sexta-feira, 10.

A brigada de incêndio do hospital foi acionada e o incêndio foi extinto pelos Bombeiros por volta das 10h. De acordo com o HC, causou apenas danos materiais. Não há vítimas nem atendimentos por queimadura e fumaça.

Segundo comunicado emitido pela superintendência do hospital, o fogo foi provocado por uma falha no circuito elétrico de baixa tensão da subestação 02, localizada em um pavilhão mecânico no subsolo do prédio, em local isolado em relação às áreas de internação e atendimentos ambulatoriais.

O primeiro e segundo andar foram evacuadas pela gestão do hospital de acordo com a avaliação dos bombeiros dos locais atingidos por fumaça, que poderiam oferecer riscos à saúde dos pacientes.

Ao Estadão o capitão do 9º Grupamento de Bombeiros, Fernando Roberto, afirmou que "não há mais risco algum" e que o público está retornando de acordo com a gestão do hospital.

Nove pacientes de áreas mais críticas, como os do centro cirúrgico e em recuperação anestésica no Centro de Terapia Intensiva (CTI) adulto, no primeiro andar, foram transferidos. A internação acontece do terceiro andar em diante.

Cinco pacientes foram pra unidade de emergência do HC no centro de Ribeirão, três para o Hospital Estadual de Serrana, que faz parte do complexo hospitalar do Hospital das Clínicas, e um foi transferido para o Hospital Santa Lydia, com a cooperação da Secretaria Municipal de Saúde.

Procedimentos eletivos marcados para hoje estão sendo reagendados. A enfermaria não foi afetada e está em funcionamento normal, segundo afirma o superintendente em exercício Hilton Ricz.

Atendimentos ambulatoriais estão "absolutamente mantidos" na tarde de sexta-feira e cirurgias de urgência estão ocorrendo em uma outra unidade dentro do hospital. Os agendamentos para segunda-feira também devem ocorrer normalmente.

"Não teve nenhum comprometimento dos pacientes que estão internados, exceto a necessidade de deslocar alguns daqui de dentro por segurança", afirma Ricz.

As áreas de administração, nutrição e informática foram afetadas por falta de energia elétrica e irão retomar as atividades à medida em que forem liberadas pelas equipes de Engenharia Elétrica e de Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho.

O superintendente afirma que a parte elétrica está quase 100% restabelecida e a previsão é que as atividades sejam totalmente restabelecidas até o fim da tarde de sexta.

Ricz afirma que a causa da falha no gerador que foi o foco de incêndio ainda não foi definida. "Nunca teve esse tipo de ocorrido aqui dentro, é uma coisa inédita na história do Hospital das Clínicas. Isso está sendo apurado e, assim que tiver informações, vamos divulgar e deixar tudo esclarecido", disse.