Zeca Baleiro reclama de horário no festival Turá e diz que verá novela em vez de show sertanejo

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Zeca Baleiro e Chico César foram uma das primeiras atrações do primeiro dia do Festival Turá neste sábado, 29. Eles entraram no palco por volta das 14 horas para apresentar o show do álbum Ao Arrepio da Lei, projeto que gravaram juntos.

Na primeira pausa do roteiro para falar com o público, que ainda chegava ao Parque do Ibirapuera, onde o festival ocorre, Zeca se dirigiu à plateia e agradeceu a presença: "Eu sei que vocês vieram mais cedo para o show do Chitãozinho & Xororó, mas agradeço, mesmo assim". O show dos sertanejos está marcado para as 20h25.

"Eu não sou o curador do festival. Se fosse, não escalaria nosso show para duas da tarde. Isso é hora de comer", continuou Zeca. Em seguida, perguntou para Chico César se ele estava curtindo. O parceiro foi econômico no "sim" e disse que iria esperar para assistir ao show dos sertanejos.

"Eu não vou ficar. Vou para casa assistir Renascer. Estou viciado na novela. Mas só por isso não vou ficar", afirmou Zeca. Em seguida, ele anunciou a canção Ao Arrepio da Lei, que tem versos contra o sistema. "Essa música é meio country. Tem tudo a ver com Chitãozinho & Xororó".

Mais para frente, ao cantar Telegrama , disse que era uma canção "tão popular quanto Evidencias", hit dos sertanejos.

Zeca e Chico, além do repertório do álbum, cantaram músicas de suas carreiras solos. Entre elas, um medley com Da Taça, Lenha, Proibida Pra Mim e Onde Estará Meu Amor, que empolgou o público. Outra preferida da plateia foi Fogo nos Fascistas, composição de Chico César.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste domingo, 17, que não é preciso escolher entre meio ambiente ou economia, mas que é possível tratar das duas coisas ao mesmo tempo. Ele também destacou ser o primeiro presidente americano em exercício a visitar a Floresta Amazônica e afirmou estar "comprometido" em salvá-la.

"Não precisamos escolher entre o meio ambiente e a economia, nós podemos fazer as duas coisas, como fizemos no meu país. Não é segredo que sairei do governo em janeiro, mas deixarei ao novo presidente as instruções do que podemos fazer", afirmou Biden nesta tarde, durante discurso em Manaus (AM), após visita ao Museu da Amazônia e sobrevoo de helicóptero sob a floresta. Ele chegou ao Brasil pouco depois do meio-dia, e deve seguir para as reuniões do G20, no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente dos Estados Unidos, "alguns querem atrasar a resolução da energia verde", mas ele destaca que ela "está a caminho e sabemos que ninguém pode revertê-la". A questão, diz Biden, é quais governos ficarão pelo caminho dessa revolução e quais vão abraçar a oportunidade oferecida.

Biden disse que, a cada minuto, "o mundo queima uma quantidade imensa de florestas", mas que os Estados Unidos estão lutando para reverter o desflorestamento até 2030. "No meu país, estamos preocupados em conservar uma área de florestas e de águas em uma área maior que o Uruguai", acrescentou.

Além disso, o presidente americano afirmou estar trabalhando com parceiros para trazer ações que impactem e reduzam as mudanças climáticas. "Nós todos sabemos que podemos fazer muito mais, e devemos fazer muito mais, no nosso país e no exterior", diz. "A luta para salvar nosso planeta é uma luta pela humanidade, para as gerações que virão."

Biden anunciou que os Estados Unidos vão mobilizar centenas de milhões de dólares para ajudar empresas no reflorestamento da Amazônia e também lançou uma coalizão de financiamento no Brasil que trará US$ 10 bilhões. E, conforme anunciado mais cedo pela Casa Branca, o presidente reforçou os US$ 50 milhões adicionais para o Fundo Amazônico. Além disso, Biden disse querer lançar uma nova base para conservação internacional.

Estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram filmados ofendendo com palavras de cunho racista os alunos da USP, a Universidade de São Paulo, durante os Jogos Jurídicos realizados neste final de semana, na cidade de Americana, interior de São Paulo.

Nas imagens, que circulam nas redes sociais, é possível ver um integrante da torcida da PUC-SP gritando a palavra "cotista" aos estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Outros envolvidos usam a palavra "pobre", e uma menina chega a fazer gestos obscenos contra os uspianos.

A situação aconteceu durante uma partida de handebol entre as duas universidades, no último sábado, 16. A organização dos jogos, em conjunto com as instituições participantes, decidiu banir a torcida da PUC-SP até o restante das competições, que se encerram neste domingo, 17.

"Chegou ao nosso entendimento que as devidas ações já foram feitas contra os agressores visando assegurar que os atos racistas registrados sejam investigados e responsabilizados conforme a lei", informou a página oficial dos Jogos Jurídicos, em comunicado.

Em uma nota conjunta, as diretorias das duas faculdades e os centros acadêmicos de ambos os cursos - XI de Agosto e 22 de Agosto - repudiaram o gesto e descrevem as cenas como "episódios lamentáveis". A reitoria da PUC-SP ainda não se manifestou.

"Durante o evento, um grupo de alunos da Faculdade de Direito da PUC-SP proferiu manifestações preconceituosas contra estudantes da Faculdade de Direito da USP, utilizando o termo "cotistas" de forma pejorativa. Essas manifestações são absolutamente inadmissíveis e vão de encontro aos valores democráticos e humanistas, historicamente defendidos por nossas instituições", diz o comunicado.

As entidades signatárias afirmam que vão apurar o caso e responsabilizar os envolvidos "de maneira justa e exemplar". Dizem também que, diante do ocorrido, se comprometem a implementar protocolos para fortalecer ouvidorias, promover a educação antirracista e assegurar um ambiente inclusivo para os estudantes.

"Além da responsabilização dos envolvidos, é indispensável avançarmos na direção de políticas preventivas e de acolhimento", afirma a nota. "Estamos determinados a transformar este episódio em um marco para o fortalecimento de uma cultura de respeito, equidade e inclusão em nossas instituições", concluem as entidades.

Em nota publicada às 17h41, a Reitoria da PUC diz repudiar "com veemência toda e qualquer forma de violência, racismo e aporofobia, e lamenta profundamente o episódio ocorrido".

No texto, a direção ainda afirma que manifestações discriminatórias "são vedadas pelo Estatuto e pelo Regimento da Universidade, além de serem inadmissíveis e incompatíveis com os princípios e valores de nossa Instituição".

"A Reitoria determinou à Faculdade de Direito a apuração dos fatos, com o rigor necessário, a partir das normas universitárias e legais, promovendo a responsabilização e conscientização dos envolvidos. A PUC-SP promove a inclusão social e racial, por meio de programas de bolsas na graduação e na pós-graduação, bem como de permanência dos estudantes bolsistas. Além disso, participa desde a criação das políticas públicas de inclusão como o PROUNI e o FIES.

"Na atual gestão da Reitoria também foram incluídos letramento racial na formação dos docentes e, principalmente, foi implementado programa de ação afirmativa para contratação exclusiva de docentes negros até que atinjam o número correspondente ao percentual da população negra em São Paulo definida pelo IBGE. Por fim, nos solidarizamos com os estudantes ofendidos e com todos que presenciaram esse episódio intolerável. Na PUC-SP combatemos o racismo a partir de uma perspectiva antirracista ativa."

A USP decidiu adotar o sistema de cotas para o ingresso na universidade em 2017, passando a ser implementado a partir do ano seguinte. Ficou definido que 50% das vagas abertas para estudar na instituição seriam destinadas a alunos de escolas públicas. Desse porcentual, 37% dos 50%, são voltadas para candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI).

Conforme os dados da USP, informados em maio deste ano, a universidade possui 60 mil estudantes de graduação, sendo que 45,1% que cursaram o ensino médio exclusivamente em escolas públicas e 23,2% se autodeclaram pretos, pardos e indígenas.

Bancada feminista do PSOL na Câmara diz que vai acionar MP-SP sobre o caso

Em uma postagem nas redes sociais, a covereadora Leti´cia Le´, da bancada Feminista do PSOL, na Câmara de Vereadores de São Paulo, criticou o episódio e disse que irá acionar o Ministério Público. "É um absurdo que estudantes negros não possam estar em espaço de lazer e de recreação da universidade sem serem ofendidos e sem sofrerem racismo", disse a parlamentar.

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"Por isso, a gente, da Bancada Feminista, está acionando o Ministério Público para que esse absurdo seja investigado e que os estudantes que proferiram essas ofensas sejam punidos", acrescentou. O MP-SP foi procurado pela reportagem, mas não deu retorno até a publicação do texto.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou neste domingo, 17, que o Fundo Amazônia receberá uma nova doação da Noruega, no valor de US$ 60 milhões, o equivalente a cerca de R$ 348 milhões.

O Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima (MMA).

"Trata-se de mais uma demonstração importante da confiança do mundo e, em especial, da Noruega, do compromisso do governo do presidente Lula com a redução do desmatamento, com a preservação da Amazônia e com a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. A Noruega é um país com quem temos uma longa parceria e que segue se fortalecendo", afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota distribuída à imprensa.

A nova doação foi anunciada pelo primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, neste domingo, 17, durante a Conferência Global Citizen Now: Rio de Janeiro, na capital fluminense.

O Fundo Amazônia atingiu a marca de R$ 882 milhões em aprovações de projetos neste ano, segundo o banco de fomento.