Férias: Um guia de novidades em filmes, séries e livros para as crianças curtirem julho em casa

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As férias de julho chegaram e, com elas, um novo desafio: como entreter as crianças e fazer elas aproveitarem o tempo livre em casa? Não há nada melhor do que estimular o gosto cultural dos pequenos desde cedo e, por sorte, os lançamentos do streaming e da literatura não deixam a desejar.

 

O Estadão separou as melhores novidades de filmes, séries e livros de junho e julho. Há opções para os mais diversos interesses e idades: filmes de heróis, animes, comédia nacional, série sobre unicórnios.

Também há uma dica de filme para os adolescentes e um livro para os apaixonados por cinema que querem entender mais sobre a sétima arte. Confira abaixo.

 

Filmes

 

Ultraman: A Ascensão (Netflix)

No filme, o astro de beisebol Ken Sato precisa assumir a identidade de Ultraman após um ataque de monstros em Tóquio. Ao mesmo tempo, ele precisa cuidar de uma bebê Kaiju de 10 metros que respira fogo. A direção é de Shannon Tindle. A animação chegou à Netflix no dia 14 de junho.

 

Dois é Demais em Orlando (Telecine)

Uma comédia para assistir em família, Dois é Demais em Orlando acompanha João (Eduardo Sterblitch), um homem apaixonado pelo mundo do Jurassic Park que viaja a Orlando para ver um Velociraptor de perto. Ele, porém, recebe um pedido inusitado da chefe: levar o filho dela aos Estados Unidos e entregá-lo ao pai. O longa estreou em março nos cinemas e chegou ao Telecine na última sexta, 28.

 

O Imaginário (Netflix)

Com direção do renomado animador Yoshiyuki Momose, de A Viagem de Chihiro, o anime infantil acompanha a menina Amanda e seu amigo imaginário, Rodger. O personagem precisa enfrentar desafios ao chegar à Cidade dos Imaginários, lugar onde vivem amigos inventados e esquecidos. Baseado no livro Os Imaginários (Ed. Escarlate), de A. F. Harrold, a produção faz refletir sobre luto, amor e o poder da imaginação. Estreia na Netflix na próxima sexta, 5.

 

Patos! (Prime Video)

A trama acompanha a família Mallard, que se vê refém da rotina em um lago da Nova Inglaterra. A mãe, Pam, resolve inspirar a família a encontrar novos rumos em uma viagem à Jamaica, passando por Nova York. A experiência faz com que eles descubram mais sobre o mundo e sobre si mesmos. O roteiro é de Mike White e a direção, de Benjamin Renner. O filme chegou aos cinemas em janeiro e estreia no Prime Video na próxima quinta, 4.

 

Uma Astronauta Quase Perfeita (Prime Video)

Indicação para os adolescentes, Uma Astronauta Quase Perfeita acompanha Tiffany "Rex" Simpson, que sempre sonhou em ir para o espaço. Com a ajuda da melhor amiga, Nadine, ela consegue uma vaga no treinamento para astronautas da Nasa. O longa é escrito e dirigido por Liz W. Garcia e estrelado por Emma Roberts. Estreia na Prime Video na próxima quinta, 4.

 

As Múmias e o Anel Perdido (Prime Video)

A história acompanha três múmias que vivem em uma cidade subterrânea no Egito antigo. Eles precisam viver uma aventura em Londres enquanto procuram um anel ancestral da Família Real das Múmias, roubado pelo arqueólogo Lorde Carnaby. A direção é de Juan Jesús García Galocha e o roteiro, de Jordi Gasull e Javier Barreira. O longa chegou aos cinemas no ano passado, está disponível na Max e estreia na Prime Video no próximo dia 14.

 

Séries

 

Lupi e Baduki (Max)

A série acompanha Lupi, uma loba-guará extrovertida, e Baduki, um bicho-preguiça criativo, para falar sobre temas como empatia, diversidade, inclusão e identidade. Com 13 episódios, a produção ainda destaca animais da fauna brasileira. A criação é de Reynaldo Marchesini. Lupi e Baduki chegou ao catálogo da Max no dia 17 de junho.

 

Academia Unicórnio: Capítulo 2 (Netflix)

A segunda parte de Academia Unicórnio chegou à Netflix. A série acompanha Sophia, que precisa proteger a Ilha Unicórnio quando uma força sombria ameaça destruir o lugar. Na segunda parte, a Ilha Unicórnio é presenteada com uma nova magia, o que faz com que a protagonista comece a investigar se isso tem ligação com o desaparecimento do pai. A nova temporada estreou na última quinta, 27.

 

Franjinha e Milena Em Busca da Ciência (Max)

Inspirado no universo de Mauricio de Sousa, Franjinha e Milena Em Busca da Ciência ganha uma segunda temporada. Agora, Franjinha, Milena e Bidu precisam lidar com o desafio de construir uma biosfera após serem selecionados para o desafio "Partiu Vida em Marte!". Ao todo, são oito episódios que abordam temas como desertificação, desmatamento e efeito estufa. A nova temporada chega ao catálogo da Max no dia 8 de julho.

 

Livros

 

O primeiro gato no espaço e a pizza (quase) impossível (Baião)

Primeiro volume de uma série de quadrinhos, O Primeiro Gato no Espaço e a Pizza (Quase)Impossível, de Mac Barnett, com ilustrações de Shawn Harris, acompanha um gato que precisa salvar o mundo. O Primeiro Gato no Espaço é o único capaz de impedir que ratos comam a lua. Lançado no dia 7 de junho, o livro é indicado para crianças a partir de 8 anos. Quanto: R$ 69,90.

 

Não apronte, Mastodonte! (Editora Jujuba)

Em Não Apronte, Mastodonte!, de Micaela Chirif, com ilustrações de Issa Watanabe, uma criança precisa cuidar do seu mastodonte. Escovar os dentes, tomar banho e ir dormir podem ser tarefas difíceis, mas nada muda o amor entre os dois personagens. O livro foi publicado no dia 14 de junho e é indicado para crianças de 0 a 3 anos. Quanto: R$ 64.

 

Manual do Jovem Cineasta (Ciranda Cultural)

Para os futuros cineastas, Manual do Jovem Cineasta é um bom estímulo para aprender mais sobre o que está por trás dos grandes filmes do cinema. Escrito por Rafael Barioni e Vivian Caroline Lopes, com ilustrações de Sergio Magno, o livro traz dicas de efeitos especiais, jogos de câmera e roteiros. Publicado no dia 5 de junho, ele é indicado para crianças maiores de 12 anos. Quanto: R$ 39,90.

 

A Detetive Canina (Sextante)

Também há lançamentos literários para as crianças apaixonadas por cães. Vencedor do Prêmio Books Are My Bag Readers Awards, o livro de Julia Donaldson, com ilustrações de Sara Ogilvie, acompanha a Detetive Bela, capaz de descobrir mistérios farejando itens perdidos. Agora, ela precisa desvendar onde foram parar todos os livros de uma escola. Lançada no dia 3 de junho, a publicação é indicada para crianças de 3 a 6 anos. Quanto: R$ 69,90.

 

Almanacão da Turma da Mônica (Panini)

Publicado em junho, o novo Almanacão da Turma da Mônica traz diversas histórias do universo de Maurício de Sousa, além de atividades para as crianças se divertirem durante as férias. Quanto: R$ 22,90.

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A Andreani Logística anunciou nesta terça-feira, 29, a suspensão dos serviços prestados à Fundação Butantan, incluindo o armazenamento de insumos utilizados na produção de vacinas. O centro de pesquisa, por sua vez, afirma que o contrato com a empresa foi encerrado dentro do prazo previsto e nega qualquer interrupção inesperada.

A versão da Andreani, no entanto, é diferente. Segundo a empresa, o contrato original teve vigência de abril de 2023 a abril de 2024, com solicitação da fundação para que a operação fosse mantida por mais seis meses, enquanto uma nova licitação era elaborada. A previsão era de que a prorrogação se encerrasse em 30 de setembro. Em agosto, porém, o Butantan já havia selecionado a empresa Simas Logística como vencedora da concorrência.

Em 30 de setembro, a fundação teria enviado à Andreani uma prorrogação unilateral do contrato até abril de 2025 - decisão que a empresa afirma que não aceitou nem assinou. "Estamos prestando serviço sem contrato. Não existe negócio unilateral, e o Butantan agiu de forma arbitrária. Isso está sendo discutido em juízo", afirma a Andreani.

A disputa pela gestão logística, armazenamento e distribuição de vacinas já foi levada ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), após a Andreani, segunda colocada no certame, contestar a legalidade da contratação da Simas. Um dos principais pontos de questionamento é a transparência do processo. Segundo a Andreani, o edital exigia a apresentação de uma licença que comprovasse a atuação da empresa em São Paulo - o que facilitaria a logística -, mas o documento da Simas não foi disponibilizado, mesmo após solicitação formal.

Outro ponto de crítica da Andreani é o que considera "falta de preparo da nova operadora". De acordo com a empresa, nas últimas 48 horas, equipamentos do Butantan que estavam sob sua guarda foram transferidos para uma fazenda da fundação e não para instalações da Simas, em um movimento que comprovaria a ausência de estrutura adequada.

A Andreani afirma que a única movimentação solicitada até o momento foi essa. A denúncia foi levada ao Ministério Público.

Embora o início oficial das atividades da Simas estivesse previsto para 17 de abril, a Andreani afirma que continuou recebendo cargas. "De 1º até 28 de abril, recebemos 340 paletes de insumos, sendo 40 apenas na segunda-feira, 28", afirma. A empresa também alega que nenhum desses materiais foi retirado até agora - versão contestada pelo Butantan, que informa já ter transferido 900 paletes para a nova operadora.

Segundo a Andreani, os serviços vêm sendo mantidos sem contrato e com valores determinados de forma unilateral pelo Butantan. A empresa afirma que, a partir desta quarta-feira, 30, deixará de receber novos insumos e de transportar cargas já armazenadas - função que também está sob sua responsabilidade - caso não seja apresentado um cronograma detalhado de transferência, amparado legalmente, com respeito aos valores comerciais anteriormente pactuados e acesso completo à documentação do processo licitatório.

A empresa afirma ainda que o imbróglio coloca em risco a integridade dos insumos. Ela assegura que as cargas sob seus cuidados seguirão armazenadas e refrigeradas, mas se recusa a receber novos insumos para armazenamento ou a realizar o transporte dos que já estão armazenados.

O que diz o Butantan?

A Fundação Butantan afirma que a Simas Logística, vencedora da licitação, dispõe de um galpão já qualificado e começou a receber insumos desde 3 de abril - informação que, assegura, foi previamente comunicada à Andreani.

Inicialmente, a fundação afirma que foram encaminhados materiais não refrigerados e, a partir de 30 de abril, a nova operadora também passará a receber insumos refrigerados. "Mais de 900 paletes já foram transferidos para as instalações da Simas, e a previsão é de que toda a migração seja concluída até o fim de maio", diz o Butantan.

O centro de pesquisa também destaca que o contrato com a Andreani foi firmado por inexigibilidade de licitação - modalidade diferente de uma contratação emergencial - e foi prorrogado unilateralmente com base na Lei 14.133/2021. "A empresa segue prestando serviços até o encerramento do contrato, em 30 de abril. Após essa data, caberá à Andreani permitir a retirada do restante dos materiais, já que a Simas está plenamente capacitada para armazenar e operar com os insumos", afirma.

A fundação assegura que não há risco de interrupção na produção de vacinas, especialmente considerando que a entrega das doses contra gripe ao Ministério da Saúde já foi concluída e que essa produção, a de maior volume do Butantan, só será retomada no segundo semestre, como ocorre regularmente.

A instituição também defende a regularidade do processo licitatório. Afirma que todo o procedimento foi conduzido com transparência e dentro da legislação, sendo reiteradamente validado por decisões judiciais favoráveis, e acrescenta que a Simas teria apresentado uma proposta com preço 45% inferior ao da segunda colocada, gerando uma economia estimada em R$ 72 milhões. "O que ocorreu, portanto e simplesmente, foi que a Andreani perdeu uma licitação", afirma o Butantan.

Segundo a fundação, a Andreani apresentou diversos recursos, todos sem sucesso. Além do recurso administrativo indeferido no âmbito do próprio Butantan, a empresa teve três pedidos de liminar negados pela Justiça - dois já em segunda instância - e teve indeferido também, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), o pedido de suspensão do certame. O processo ainda está em fase de instrução para julgamento do mérito, mas relatório técnico da fiscalização do TCE concluiu pela regularidade da licitação e improcedência da representação feita pela empresa.

Um metalúrgico de 22 anos morreu baleado durante discussão no trânsito em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, na madrugada do domingo, 27. O autor do tiro fugiu e não havia sido identificado até a publicação desta reportagem, segundo a polícia.

Patrick da Silva Brito morava em Diadema e na noite de sábado, 26, foi à festa de aniversário de um amigo em São Bernardo do Campo. Ao fim do evento, na madrugada de domingo, pegou carona com um amigo que também mora em Diadema. Durante o trajeto, enquanto passavam por uma rua próxima do Corredor ABD, se depararam com um carro parado na via, impedindo a passagem. Fora do veículo, um casal discutia.

O amigo de Patrick, que dirigia um Citroen C4 Cactus branco, buzinou pedindo passagem. O homem responsável pelo outro veículo sacou um revólver e disparou dois tiros na direção do motorista, segundo foi registrado na Polícia Civil.

Quando o amigo de Patrick percebeu a reação do rapaz, manobrou e tentou fugir, mas um dos tiros atingiu a nuca de Patrick. O amigo saiu com o veículo rumo a um hospital e, no caminho, encontrou guardas-civis municipais e pediu ajuda. Patrick chegou vivo ao hospital, mas não resistiu.

O caso está sendo investigado pelo Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil em São Bernardo do Campo, segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado. Até a noite de terça-feira, 29, o autor dos tiros não havia sido identificado.

Ainda hoje, muitos órgãos para transplante são transportados em embalagens que usam o gelo para manter refrigeração, sem controle preciso da temperatura. Pensando nisso e em outras demandas baseadas na realidade brasileira, pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveram uma embalagem inteligente que promete mudar esse cenário.

O produto é equipado com um sistema de monitoramento em tempo real, via internet, que permite rastrear o órgão e detectar qualquer queda ou alteração de temperatura durante o transporte. A embalagem, além disso, possui uma autonomia de até 6 horas e conexão de backup para garantir a continuidade do processo em situações adversas.

"Ela tem várias funcionalidades para dar um suporte em tempo real e garantir que esses órgãos e tecidos sejam transportados na temperatura adequada, diferentemente do gelo, em que não temos controle algum", detalha Bartira de Aguiar Roza, coordenadora do projeto e professora da Escola Paulista de Enfermagem da Unifesp. "O objetivo é reduzir perdas e otimizar o trabalho."

De acordo com a professora, existe uma perda estimada de 5% dos órgãos que são transportados a uma longa distância. As caixas, ela explica, precisam passar por diferentes ambientes, como aeroportos e táxis, onde muitas vezes a temperatura do ar-condicionado não é suficiente para manter a refrigeração adequada.

"Além disso, existem os requisitos de segurança, de rastreabilidade. Existem produtos que são transportados com alta tecnologia, mas, quando falamos de órgãos humanos, estamos transportando com iglu de gelo. Precisamos responder várias demandas, não só a demanda de perdas, mas também assegurar a rastreabilidade", diz.

A inovação é mais cara do que as embalagens padrão. A estimativa é de que chegue ao mercado por um valor entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. "Mas, comparando com caixas desenvolvidas em outros países, é mais barata", assegura a pesquisadora. "Caixas (estrangeiras) que ainda usam gelox, mas são rastreadas são vendidas por R$ 80 mil no Brasil. Desenvolvemos o produto para ter uma caixa nossa, da qual possamos nos orgulhar e que, sobretudo, seja mais barata."

Recentemente, foi concluída a etapa de validação pré-clínica da nova embalagem por meio de um estudo de caso-controle. Nessa fase, foi feita uma comparação entre o modelo atualmente utilizado no Brasil e a proposta desenvolvida pelos pesquisadores. Segundo Bartira, os resultados demonstraram que a nova embalagem é segura para o transporte de órgãos e tecidos destinados a transplantes.

O produto ainda deve passar por outros testes com órgãos humanos e a expectativa é que esteja disponível no mercado no início de 2026. A embalagem começou a ser desenvolvida em 2017, sem nenhum tipo de apoio financeiro, e em 2020 recebeu um aporte da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

A tecnologia foi desenvolvida pela Unifesp, por meio da Escola Paulista de Enfermagem e da Escola Paulista de Medicina, em parceria com a São Rafael Câmaras Frigoríficas, Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) e o Centro de Tecnologia em Embalagem para Alimentos do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL).