Leandro, do 'Casamento às Cegas', se defende de acusação de estupro

Variedades
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Leandro Marçal, participante do Casamento às Cegas que foi acusado de estupro por Ingrid Santa Rita em um dos episódios e está sendo investigado pela Polícia Civil, se pronunciou pela primeira vez desde que o último episódio do reality show foi ao ar. Ele negou as acusações, fez críticas à Netflix e à Endemol, que produzem o programa, e afirmou que tomará medidas legais sobre o caso. As partes citadas ainda não se manifestaram sobre as acusações de Leandro.

 

O participante manifestou seu pesar "por todas essas acusações caluniosas, ressaltando que sempre respeitei a sra. Ingrid Santa Rita, jamais cometendo quaisquer atos ilícitos, o que será cabalmente provado."

 

Leandro disse que "Jamais pratiquei quaisquer fatos que me foram imputados", e que eles "não condizem com as trocas sempre consensuais que tivemos durante o matrimônio".

 

Ele ainda alega que a edição do Casamento às Cegas por parte da Netflix e Endemol não incluiu "a defesa que fez às acusações que lhe foram realizadas" por Ingrid, insinuando que ele teria se silenciado, "o que não condiz com a verdade".

 

"Declaro ainda que todas as providências legais em face desta calúnia, difamação e injúria serão tomadas por minha assessoria jurídica", concluiu Leandro Marçal, que afirmou que em breve pretende fazer uma "manifestação pública".

 

O Estadão buscou contato com a assessoria de Ingrid Santa Rita, Netflix e Endemol, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

 

O que aconteceu entre Leandro e Ingrid do 'Casamento às Cegas'

 

A polêmica veio à tona no último episódio da temporada, lançado na quarta-feira, 10, em que os participantes voltam depois de meses para comentar os desdobramentos dos relacionamentos construídos no Casamento às Cegas.

 

Foi durante essa dinâmica que Ingrid afirmou ter sido abusada enquanto estava casada com Leandro. Segundo ela, o parceiro sofria de disfunção erétil e não quis procurar ajuda: "Eu te protegi e te acolhi. Mas, quando fomos para a minha casa, você quis se resolver sozinho".

 

Ingrid detalhou que ele a esperava dormir para tentar resolver seu problema erétil. "Eu pedi para você não me tocar. Pedi mais de uma vez, Leandro. Você não me respeitava. Você não me ouvia, você queria resolver o seu problema erétil com você. Era o teu ego, tuas mentiras, tua proteção. Você só queria manter o casamento da sua forma suja", desabafou.

 

A participante disse ainda que as atitudes de Leandro lhe causaram problemas de saúde. "Minhas filhas me encontraram no chão, tendo crise de pânico, pedindo pelo amor de Deus para você não tocar no meu corpo. Eu pedi para você não me tocar".

 

Ela voltou a falar sobre o assunto na quinta, 11, em um vídeo publicado nas redes sociais. "Desde que nos separamos eu não o vi mais, até o dia do reencontro. Conforme a data foi chegando eu comecei a ter crises de pânico, comecei a ser medicada e a passar na psiquiatria e psicologia, porque eu sabia que eu iria encontrar com o Leandro", disse em um trecho. Leia mais aqui.

 

A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Osasco, na Grande São Paulo, está investigando o personal trainer Leandro Marçal, ex-participante do reality Casamento às Cegas, da Netflix, por estupro, violência psicológica e doméstica. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) em nota enviada ao Estadão neste sábado, 13.

 

O que disse Leandro no 'Casamento às Cegas'

 

Ainda durante o Casamento às Cegas, Leandro falou sobre o desabafo de Ingrid: "Nossa relação nunca foi amistosa, nunca foi saudável de fato, nós nunca conseguimos nos conectar, de fato. Na parte sexual, pegou muito. Em determinado momento, fiz exame, fui procurar ajuda, entender o que estava acontecendo. Nós entendemos que não era um problema físico, era um problema psicológico".

 

Ele deu sua versão sobre o problema de ereção e assumiu o erro. "Na parte sexual, eu nunca falei que fui certo. Sim, eu fui errado em tentar resolver um problema dentro do nosso relacionamento que era o polo principal, de você falar: '50% do relacionamento é sexo, precisamos ajustar isso'."

 

"Busquei ajuda, sim, só que as coisas não são rápidas assim. Quando eu já estava nessa, nós já estávamos ali para o meio no final. O nosso relacionamento já estava realmente horrível. A parte sexual foi um problema nosso, sim, de eu achar que isso daqui será o que resolverá o problema do relacionamento", continuou Leandro Marçal.

 

O participante do Casamento às Cegas ainda pediu desculpas, e destacou que o matrimônio tinha outros problemas: "Nosso relacionamento realmente não deu certo. Peço desculpa como eu já te pedi diversas vezes. Entendo o que foi o meu erro, mas entendo também que um relacionamento é feito a dois. Nosso relacionamento não terminou naquela semana. Nosso relacionamento já tinha terminado, você só não teve coragem de dizer que não queria mais".

 

Confira a íntegra do que diz Leandro Marçal, do 'Casamento às Cegas' clicando aqui.

Em outra categoria

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), chegou no período da tarde desta segunda-feira, 24, ao Supremo Tribunal Federal (STF) para se reunir com o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso. Paes disse a jornalistas que o assunto do encontro é o controle da Linha Amarela, uma das vias expressas mais importantes do Rio de Janeiro e objeto de ação na Corte.

Barroso é relator do caso e está em suas mãos decidir sobre a manutenção de decisão liminar que suspendeu o cancelamento do contrato firmado com a Lamsa para gestão da Linha Amarela.

Em 2019, o então prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, cancelou o contrato de concessão firmado com a Lamsa para a gestão da via expressa, sem pagamento de indenização prévia. O contrato tinha validade até 2037. O cancelamento foi suspenso por liminar do ministro Luiz Fux em 2021, e o contrato segue vigente.

Em novembro, o Supremo decidiu que a matéria é constitucional e, portanto, de competência da Corte.

Entenda

O argumento de Crivella para encampação da Linha Amarela (ou seja, a retomada pelo poder público de um serviço já concedido à iniciativa privada) foi que o contrato não previa a indenização prévia e que havia "grave risco de lesão à ordem pública" na manutenção da concessão devido ao preço do pedágio e à suposta existência de desequilíbrio contratual em favor da concessionária, em patamar de R$ 1,6 bilhão (em valores nominais).

A matéria foi alvo de vaivém nos últimos anos, com liminares favoráveis e contrárias à Lamsa no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A última decisão no STJ foi para autorizar a encampação. Essa liminar foi contestada pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), que acionou o Supremo para barrar o cancelamento do contrato ou participar do devido processo administrativo para obter a indenização devida.

De início, o ministro Luix Fux, então presidente do Supremo, negou a reclamação, entendendo que a matéria seria infraconstitucional. Em 2021, ele reconsiderou sua posição e deu liminar favorável à Lamsa, para suspender o processo de encampação. Essa liminar segue vigente.

Fux chegou a enviar o caso para a conciliação entre a Lamsa e a prefeitura do Rio, mas as partes não chegaram a uma solução consensual e a ação voltou a julgamento.

Uma decisão da Justiça transfere uma área equivalente a mais de mil campos de futebol do Parque Nacional do Iguaçu, que pertence à União, para o Estado do Paraná. Estão nesta área nada menos que o trecho brasileiro das Cataratas do Iguaçu e o luxuoso Hotel das Cataratas, instalado no local desde 1958. Ainda cabe recurso, mas se a decisão for mantida, parte das verbas obtidas com o turismo nas Cataratas, que hoje vão para a União, ficarão para o Estado.

A decisão foi dada no último dia 5 pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em uma ação movida pela União. O governo do Paraná considerou a decisão uma "grande vitória" do Estado. A Advocacia-Geral da União (AGU) diz que já foi intimada da sentença e vai entrar com recurso. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que detém a gestão do parque, disse que acompanha a questão e fornece as informações à AGU. Já a gestão do Polo Cataratas vê ameaça ao título de Patrimônio Natural da Humanidade, concedido pelas Nações Unidas.

O parque do Iguaçu é o segundo mais visitado do País, atrás apenas do Parque Nacional da Tijuca, no Rio, que tem o Corcovado e o Cristo Redentor. As cataratas, incluídas entre as sete maravilhas naturais do mundo, receberam 1,9 milhão de visitantes no ano passado, procedentes de 180 países.

A ação foi proposta em 2018 pela União pedindo o cancelamento de um registro feito pelo governo paranaense no cartório de Foz do Iguaçu, no qual alegava ter o domínio da área de 1.085 hectares. Já o governo federal alegou que se tratava de terra devoluta - sem uso privado - e, portanto, da União. A justiça de Foz do Iguaçu decidiu em favor da União, mas o Paraná entrou com recurso, levando o caso ao TRF.

"A área em disputa foi doada pela União a um particular chamado Jesus Val em 1910. Nove anos depois, o Estado comprou a área dessa pessoa e registrou no cartório de Foz do Iguaçu, fatos reconhecidos pelos desembargadores do TRF. É uma grande vitória do Paraná", diz o procurador Júlio da Costa Aveiro.

A AGU alega que na Constituição de 1988 foram mantidos como bens de domínio da União as "terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras", estabelecendo que "a faixa de até cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional". Diz ainda que o Estado do Paraná não tem o domínio de fato da área que afirma ser sua.

Na decisão, o relator, desembargador Luiz Antonio Bonat, entendeu que, no momento em que a área foi titulada pelo particular, deixou de ser terra devoluta e que, portanto, a compra pelo governo do Paraná foi válida. O voto foi acompanhado pelos desembargadores João Pedro Gebran Neto e Gisele Lemke.

Conforme a PGE, a decisão representa um grande potencial financeiro ao Paraná. Uma das possibilidades é a destinação de parte das receitas da concessionária que administra os serviços turísticos do Parque do Iguaçu para o Estado. Atualmente, elas são direcionadas para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão da área total do parque.

Já a gestão local do parque diz, em nota, que a decisão do TRF focou apenas o interesse econômico, sem levar em conta os contratos que envolvem a gestão de toda a unidade. "Entendemos que isso tornaria os contratos nulos, causando imensos transtornos à operação turística, que precisaria ser interrompida até que a desafetação da área seja completada para que o Estado assuma a gestão do território." Ainda segundo a gestão, se não for revista, a medida pode prejudicar o turismo internacional. "O cancelamento do título de patrimônio natural da humanidade concedido pela Unesco é certo", diz.

Embora a área em disputa seja de pouco mais de mil hectares, o parque todo possui 169 mil hectares, na fronteira com a Argentina.

O governo do Paraná contesta a alegação de ameaça ao título de patrimônio da humanidade, lembrando que o Brasil aderiu à convenção da Unesco de 1972, de proteção ao patrimônio cultural e natural reconhecido internacionalmente. "Os compromissos envolvem toda a Federação, incluindo Estados e municípios, sem especificar que um bem declarado patrimônio mundial deva ser administrado ou pertencer exclusivamente à União", disse.

Em Foz do Iguaçu, o monitor de turismo Sandro Eudes Oliveira, que acompanha grupos em visitas às cataratas, diz que se preocupa com o futuro da atividade. "A gente ouve falar que, com a mudança haverá mais recursos para Foz, mas eu espero que não fique mais difícil trabalhar no parque, porque hoje já é complicado conseguir permissão."

A Câmara de Foz do Iguaçu vai realizar uma audiência pública para discutir os impactos da decisão judicial no município. "Eu chamei uma audiência pública para a gente discutir um dispositivo que permita que parte dos 7% que o Estado terá nas receitas do parque venha para Foz do Iguaçu", diz o vereador Bosco Foz (PL), autor da convocação.

Além das cataratas e do hotel cinco estrelas, o parque abriga 390 espécies de aves, 175 de peixes e 158 de mamíferos, inclusive uma das maiores populações de onças-pintadas que ainda vivem livres no Brasil. O animal é o símbolo do parque. A unidade de conservação tem a estrutura atual desde a retirada do último grupo de colonos, em 1978.

Mais de um milhão de alunos de escolas e instituições de ensino superior católicas de todo o Brasil iniciaram nesta segunda-feira, 24, uma rede de orações pela saúde do papa Francisco. O pontífice, de 88 anos, está internado desde o último dia 14 com pneumonia bilateral e seu estado de saúde é considerado "crítico" pelo Vaticano.

A Associação Nacional de Educação Católica (Anec) convocou os estudantes, seguindo as orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do próprio Vaticano. A orientação é que, todos os dias, a partir das 17h em Brasília (21h em Roma), se dediquem a orações pela recuperação do Santo Padre, unindo-se às preces noturnas conduzidas na Praça São Pedro.

A Comissão Episcopal de Liturgia da CNBB divulgou uma oração específica pela saúde do papa: "Senhor Deus, vosso servo, o papa Francisco, tornou-se para nós 'testemunha dos sofrimentos de Cristo'. Nós vos suplicamos, vinde em seu auxílio, aliviando suas dores, na esperança da pronta recuperação da sua saúde, para continuar nos confirmando na fé".

A CNBB sugeriu também o acréscimo da oração em todas as rezas dos fiéis em todas as missas e celebrações e pediu às escolas e instituições de ensino que tiverem condições que organizem missas especiais para o papa.

A Anec representa grandes redes de ensino no Brasil, como a Rede Salesiana de Escolas, Rede Marista Brasil, Rede La Salle, Rede Jesuíta e as Pontifícias Universidades Católicas (PUC) - reunindo mais de 1,5 milhão de alunos em todo o País. A associação pediu ainda às instituições que registrem esses momentos e compartilhem em suas redes sociais com as hashtages #eurezopelopapa, #rezemospelopapa e #SomosEducaçãoCatólica.

As manifestações serão encaminhadas ao Vaticano como demonstração do carinho e apoio da comunidade educativa brasileira ao Santo Padre.