Conheça outras redes sociais que podem abrigar os órfãos do antigo Twitter

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A rede social X, o antigo Twitter, deixou de funcionar no Brasil à meia-noite deste sábado, 31, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a suspensão da empresa no País. Na internet, usuários brasileiros relataram falhas no acesso à plataforma.

No sábado, 17, o X já havia encerrado suas operações no Brasil, após o STF decidir pela suspensão de contas da rede social que disseminassem discurso de ódio e desinformação. Para Elon Musk, dono do X, a decisão configuraria censura e, por isso, ele anunciou o encerramento das atividades no País. Apesar do fim dos escritórios, a empresa garantiu que os usuários continuariam tendo acesso à plataforma normalmente.

A decisão de Moraes de suspender o X após o empresário Elon Musk, dono da plataforma, se recusar a nomear um representante para responder pela empresa no Brasil. Ele afirma que a plataforma tentou se esquivar da jurisdição brasileira "com a declarada e criminosa finalidade de deixar de cumprir as determinações judiciais". A empresa alega que as decisões do STF violariam a legislação e que seus funcionários no País vinham sendo ameaçados de prisão.

A suspensão "imediata, completa e integral" vale até o X nomear um responsável (pessoa física ou jurídica) pelas operações no território brasileiro e também pagar as multas impostas pelo STF por descumprir bloqueios a perfis na rede social. O valor ultrapassa R$ 18 milhões.

Com a suspensão, o Estadão traz uma lista de redes sociais similares ao saudoso Twitter que podem ser boas alternativas para os usuários que preferirem migrar de plataforma.

Threads

Rede social mais recente de Mark Zuckerberg, o Threads surgiu em julho do ano passado para ser a rede de microblogs da Meta, que também comanda apps como Instagram, WhatsApp e Facebook. A principal motivação para a plataforma foi uma sequência de mudanças feitas por Elon Musk no X que não agradou os usuários, como o foco em ferramentas apenas para assinantes do Twitter Blue.

Para interagir no Threads, que já acumula mais de 265 milhões de downloads, é necessário que o usuário tenha um perfil no Instagram e baixar o aplicativo próprio da plataforma. Para publicar, o usuário deve acessar a opção central da parte inferior da tela e a partir daí pode começar a escrever uma publicação ou anexar uma mídia no ícone do clipe.

Ainda, os usuários podem fazer publicações de até 500 caracteres, publicar fotos e vídeos e compartilhar conteúdos de amigos. O aplicativo também permite que os usuários migrem suas listas de seguidores e nomes de conta existentes do Instagram.

Em uma atualização recente da versão para desktop da rede social, o usuário poderá ver dados de seu público de seguidores como gênero, idade e localização, similar a funções já existentes no Instagram. Os novos recursos estão disponíveis para contas a partir de 100 seguidores e devem agradar, principalmente, criadores de conteúdo.

Mastodon

O Mastodon chegou a ser considerado um dos candidatos a "novo Twitter". Segundo o Google Trends, a popularidade mundial dessa rede social cresceu 157% após a demissão em massa de funcionários do Twitter em novembro de 2022, logo após Musk assumir a empresa.

Criada em 2016, essa é uma rede social descentralizada, gratuita, sem publicidade e de código aberto - podendo ser aprimorada pelos próprios usuários ou desenvolvedores externos.

Para interagir no Mastodon, você deve ingressar em um servidor (administrado por uma organização, uma pessoa ou até por um grupo de pessoas) e as políticas de moderação dentro desses servidores dependem de cada administrador, apesar de existirem regras gerais que devem ser seguidas pelos servidores. É possível interagir em mais de um servidor e até criar o seu próprio, além de ser possível, também, seguir outros usuários.

No Mastodon, as publicações são chamadas de toots, limitadas a 500 caracteres cada. Assim como no Twitter, é possível publicar fotos, vídeos ou até arquivos de áudio e subir hashtags.

O aplicativo está disponível tanto para dispositivos Apple quanto para Android. Para criar uma conta, basta clicar aqui e seguir as instruções do site quanto a interesses e idioma.

Bluesky

Bluesky é uma rede social que está sendo desenvolvida desde 2019 pelo cofundador do Twitter, Jack Dorsey. Lançada com o sistema de convites, onde apenas usuários que já estavam na plataforma podiam convidar amigos, a rede é, agora, aberta para qualquer pessoa criar uma conta.

O aplicativo é bem parecido com o Twitter, tendo a mesma formatação, mas em uma versão mais minimalista. As funções são praticamente as mesmas: é possível fazer publicações em texto, com no máximo 256 caracteres, e em imagens, assim como excluir seus posts e curtir, comentar e repostar as publicações de outros usuários.

Há uma página de pesquisa e sugestões de pessoas para seguir, além de um espaço para ver as notificações que receber. Não há um espaço para enviar mensagens privadas para outros usuários. Além disso, diferente do Twitter, no Bluesky não é possível publicar vídeos e nem áudios. A rede social, assim como o Mastodon, também tem código aberto e descentralizada.

Reddit

O Reddit já é uma plataforma de fórum mais antiga e conhecida, lançada em 2005. A diagramação do site não é igual ao Twitter; para interagir, é possível acessar comunidades de bate-papo chamados "subreddits" para diversos interesses, como música, anime ou política, por exemplo.

Durante as conversas nas comunidades, é possível iniciar uma discussão, fazer votações e até criar novos tópicos nas discussões em aberto. Assim como no Mastodon, cada subreddit tem sua própria política de moderação e regras que devem ser seguidas pelos membros.

Discord

Outra rede social conhecida é o Discord. Lançada em 2015, essa é uma plataforma de bate-papo por vídeo, áudio e, também, por texto.

Para interagir no Discord, você deve ter um convite para ter acesso a um servidor e, lá, participar das discussões. Você pode fazer parte de vários servidores e até criar o seu próprio.

É um aplicativo bem amplo e versátil, onde você pode administrar o seu servidor da forma que preferir, adicionando ícones e mudando o nome dos integrantes do servidor.

Além disso, é possível iniciar conversas podendo compartilhar arquivos de vídeo, áudio e imagem, além de poder até fazer transmissões ao vivo para os membros. Pelo seu caráter multimídia, é uma ferramenta conhecida na comunidade gamer.

O Discord está disponível tanto para computadores quanto para dispositivos móveis.

Facebook e Tumblr: volta às origens?

Com todas essas novas opções de rede sociais, nem cogitamos a possibilidade de retornar aos aplicativos que já não estão mais no repertório do público mais jovem. Mesmo assim, não é possível negar o sucesso dessas redes sociais há uns anos. Então, por que não retornar às origens?

Criado por Mark Zuckerberg em 2004, o Facebook pode estar em baixa entre os usuários mais jovens, mas continua sendo a maior rede social do mundo. A plataforma tem como princípio a conexão mútua de pessoas: as amizades são adicionadas apenas se os dois usuários aceitarem um convite - uma das únicas com a lógica, atualmente.

O feed do Facebook permite publicar fotos, vídeos e textos, além das reações nas publicações de amigos, chat individual e em grupo, transmissões ao vivo e ferramentas de gerenciamento de negócios. Mas nem sempre foi assim: no início, era apenas possível ver as publicações dos amigos acessando seus perfis pessoais. Mais tarde, Zuckerberg foi o responsável por adicionar o botão de "curtida" na plataforma, padrão que se repetiu em basicamente todas as outras plataformas.

Já o Tumblr, popular nos anos 2010, ficou conhecido como uma mistura de blog e Twitter, onde é possível publicar vídeos, imagens e textos mais longos, mas também compartilhar o conteúdo de outras pessoas. Por lá, usuários também conseguem comentar a publicação alheia, assim como repostar com comentários - igual os retuítes, do X.

A plataforma de interface azulada permite que o usuário siga outros perfis e tenha seguidores, além de oferecer uma caixa de mensagens privadas para conversas.

Além disso, todas as publicações aparecem em um blog à parte do feed, como se fosse um site, que pode ser personalizado individualmente para cada usuário - os famosos "temas" em códigos HTML bombaram na plataforma e foram responsáveis por perfis dedicados e serviços específicos para mudar a cara do próprio site.

Para fazer uma conta no Tumblr, é preciso ter uma conta de e-mail e logar com um usuário e senha. A manutenção do perfil é gratuita.

Se você passou longe da rede social, mas quer ativar uma conta por lá, é necessário ter uma conta de e-mail e cadastrar senha e número de telefone. O Facebook também oferece como opção padrão a verificação de autenticidade em dois fatores.

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Um vídeo que mostra um robô humanoide agindo de forma agressiva contra engenheiros em uma fábrica na China viralizou nas redes sociais nos últimos dias. As imagens registram o momento em que o equipamento, um Unitree H1, entra em colapso durante uma fase de testes e começa a se mover violentamente, atingindo os profissionais e derrubando equipamentos.

A gravação, publicada originalmente na rede social X no domingo, 4, mostra o robô pendurado em um guindaste de construção. Dois engenheiros observam suas funções quando o modelo começa a agitar braços e pernas de forma descontrolada, atingindo um dos homens e provocando a queda de um monitor.

Segundo a Unitree Robotics, fabricante do modelo, o episódio foi causado por uma falha de programação e não representa uma ação intencional do robô. A empresa classificou o acontecido como um acidente durante testes.

O caso reacendeu o debate sobre a segurança de robôs humanoides em ambientes de trabalho. Embora falhas em códigos sejam comuns, especialistas destacam a importância de protocolos mais rígidos na fase de testes e no uso comercial desses equipamentos.

Nas redes sociais, internautas compararam o robô ao "Exterminador do Futuro" e especularam, sem fundamento, uma revolta das máquinas, hipótese descartada por profissionais da área. A Unitree ainda não divulgou o local exato ou a data do ocorrido.

O que o robô é capaz de fazer?

O Unitree H1 é um robô humanoide de 1,80 metro e cerca de 70 quilos. Equipado com motores de alto torque, é capaz de caminhar e correr em terrenos irregulares, com velocidade que pode ultrapassar os 5 metros por segundo, um recorde entre robôs de seu porte.

Com sensores como LiDAR 3D e câmeras de profundidade, o H1 tem visão 360° e pode subir escadas, evitar obstáculos e interagir de forma autônoma com o ambiente. Ele foi projetado para executar tarefas variadas, como manutenção industrial, apoio em saúde, atividades de entretenimento e pesquisa.

Também é capaz de realizar movimentos complexos, como dançar, pular e manter o equilíbrio após empurrões. Sua bateria de 864Wh é removível, permitindo longos períodos de operação contínua.

Graças ao design modular, o robô serve como plataforma de pesquisa em robótica e inteligência artificial (IA), sendo usado por instituições acadêmicas e centros de inovação ao redor do mundo.

Confira o vídeo aqui

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) discute um conjunto de medidas regulatórias que pode, entre outros pontos, permitir reajustes extras em planos individuais, superando o teto fixado pela própria agência.

Uma nova proposta foi apresentada no fim de abril, após as primeiras sugestões de mudança na norma, divulgadas no ano passado, serem submetidas a uma consulta pública.

Para especialistas em defesa do consumidor, as alterações feitas na proposta inicial beneficiam o setor privado em detrimento dos usuários.

"Essas mudanças pontuais sugeridas pela agência se alinham muito mais a interesses do mercado e a pleitos que as operadoras vêm apresentando ao longo dos anos do que às regras do Código de Defesa do Consumidor", critica Marina Paullelli, advogada do programa de Saúde do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec).

Representante das maiores operadoras de planos de saúde do País, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) classificou as mudanças como uma "minirreforma regulatória" e defendeu maior debate (leia mais abaixo).

A ANS submeteu a proposta à área jurídica e, posteriormente, voltará a analisar o texto na diretoria colegiada. Ao Estadão, a agência afirmou que a proposta está acompanhando o fluxo dos processos e que não há um prazo determinado para cumprimento das etapas.

Nesta quarta-feira, 7, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado realizará uma audiência pública para debater recentes decisões da agência e discutir eventuais impactos sobre os usuários de planos de saúde.

Planos individuais

A possibilidade de aplicação de reajustes extras em planos individuais é um dos principais alvos da mudança regulatória em debate. Atualmente, o aumento de mensalidade é limitado a um índice fixado pela ANS. Há uma demanda antiga das empresas para que haja a possibilidade de reajustar preços acima desse teto.

A proposta mais recente, apresentada em reunião no fim de abril, flexibiliza critérios e contrapartidas para a revisão técnica, como é chamada a aplicação de reajuste nos planos dessa modalidade. Caso ela seja aprovada, as medidas passariam a valer em 2026.

Marina argumenta que o reajuste por revisão técnica é contrário ao que diz o Código de Defesa do Consumidor. "Não deveria ser autorizado em nenhuma hipótese porque permite uma alteração unilateral do contrato", diz. Além disso, a mudança pode colocar o consumidor numa posição de desvantagem e em uma situação financeira preocupante.

Um dos pontos mais criticados é a redução dos prazos para que as empresas avisem os consumidores que aplicarão o reajuste. No projeto inicial, a previsão era de que isso fosse feito em 90 dias. Agora, a ANS baixou o período para 60 dias.

Os critérios para que empresas estejam aptas a aplicar o reajuste também foram modificados. Antes, elas deveriam apresentar as seguintes características:

Desequilíbrio econômico-financeiro da carteira total há três anos;

Desequilíbrio na carteira individual no mesmo período;

Venda ativa de planos individuais.

Na versão atualizada, a agência retirou a primeira exigência, deixando apenas as duas últimas.

A proposta mais recente incluiu ainda medidas que não tinham sido abordadas pela agência, como a periodicidade do reajuste e o porcentual máximo:

Reajuste limitado a 20% ao ano, considerando o impacto do porcentual já fixado pela ANS e do aumento extra;

Valores maiores do que 20% devem ser diluídos ao longo de três ou cinco anos;

A revisão técnica só pode ser aplicada de cinco em cinco anos;

Clientes com plano há menos de cinco anos da data da concessão da revisão não serão submetidos ao reajuste.

Segundo Marina, a diluição do valor de reajuste não diminui o problema. "Medida semelhante de diluição dos valores já aconteceu durante a pandemia e uma pesquisa do Idec mostrou como isso foi prejudicial ao consumidor", aponta. O estudo do instituto mostrou que, nos planos individuais, a diluição do reajuste causou um aumento médio anual de até 34,99%.

Planos coletivos

Inicialmente, a ANS trabalhava com a possibilidade de ampliar o escopo dos planos de saúde coletivos de até 29 vidas para 1.000 vidas. O aumento desse número poderia gerar uma diluição do risco ao contratar um plano, fazendo com que os reajustes fossem mais equilibrados.

Mas, após a consulta pública, a agência baixou para 400 vidas o limite de cobertura e justificou que a ideia é chegar de forma progressiva ao patamar de 1.000 vidas.

"Não fica muito clara a razão dessa mudança ou como se pretende atingir progressivamente o patamar de mil vidas", observa Marina.

O que diz o setor

Cerca de 52 milhões de brasileiros utilizam planos de saúde. A regulamentação do setor é uma queda de braço entre empresas e órgãos de defesa do consumidor.

Atualmente, um projeto de lei que altera significativamente a regulação da saúde suplementar está parado no Congresso. Há quase 20 anos, propostas legislativas tentam alterar regras do mercado sem sucesso. Nesse contexto, as mudanças promovidas pela ANS ganham contornos ainda mais relevantes.

Em comunicado enviado à reportagem, a FenaSaúde afirmou que a agência promove uma "minirreforma regulatória" com as mudanças propostas. A entidade cita a amplitude, abrangência e profundidade das alterações sugeridas e afirma que é necessário "um debate mais detido" sobre o tema, considerando seus impactos sobre as operadoras e os beneficiários.

"Em especial, consideramos que ainda é necessário para as propostas apresentadas até aqui melhor embasamento atuarial, jurídico e econômico, com o objetivo de assegurar a sustentabilidade do setor e a garantia da assistência à saúde", diz a FenaSaúde.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) também reiterou a necessidade de haver "as devidas e adequadas análises técnicas de cada uma das propostas comentadas pela ANS, considerando seus impactos de forma individualizada e com foco na sustentabilidade do setor".

No último sábado, 3, o governo de Portugal anunciou que notificará 18 mil imigrantes em situação irregular para que deixem o país. Segundo o ministro da presidência, António Leitão Amaro, a medida começará a ser implementada já nesta semana, com a emissão de 4.574 notificações iniciais. Os notificados terão um prazo de 20 dias para saída voluntária. Após esse período, poderão ser removidos de forma coercitiva.

A decisão ocorre em meio à campanha eleitoral antecipada para o pleito de 18 de maio, sendo o endurecimento das políticas migratórias uma das principais bandeiras da Aliança Democrática, coalizão de centro-direita que busca a reeleição.

Quais imigrantes poderão ser afetados?

Os alvos da medida são imigrantes que tiveram seus pedidos de residência negados pela Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) por não atenderem aos critérios legais. Muitos desses processos estavam parados há meses ou anos. Amaro destacou ainda que parte dos afetados já possuía ordens de saída da Europa emitidas por outros países ou teve solicitações rejeitadas por envolvimento em situações criminais.

Em entrevista à rádio portuguesa Observador, Amaro declarou que cerca de dois terços dos 18 mil pedidos são de cidadãos oriundos da Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Butão.

O número de notificações pode aumentar, já que Portugal acumula cerca de 110 mil pedidos de residência ainda pendentes de análise. Mas, é importante frisar que, caso o imigrante tenha cidadania portuguesa ou esteja com o visto de estudante ou de trabalho em situação regular, não há motivo para se preocupar.

Os brasileiros serão afetados?

Apesar de os brasileiros representarem a maior comunidade estrangeira no país - cerca de 35% dos 1,04 milhão de imigrantes em Portugal, segundo dados da AIMA -, apenas uma pequena parcela deverá ser impactada, conforme noticiado pelo jornal Público. O embaixador do Brasil em Lisboa, Raimundo Carreiro, acompanha a situação de perto.

Procurado pelo Estadão, o embaixador afirmou que a expectativa é de que o número de brasileiros atingidos pela medida seja baixo. "Estou em contato preliminar com a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), e a informação é que o número de brasileiros é baixo, são casos específicos, sem detalhar", explicou.

O que acontece após a notificação?

Após a notificação do governo, a pessoa tem até 20 dias para deixar voluntariamente o país. Caso isso não aconteça, o governo poderá forçar a expulsão.

Artur Girão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da AIMA, disse também à rádio Observador que, após serem notificados, os residentes ilegais podem recorrer do indeferimento dos pedidos, mas que o prazo seguirá correndo durante o trâmite.

Por que isso está acontecendo agora?

Ao todo, 1.728 estrangeiros foram barrados nas fronteiras de Portugal no ano passado (1.727 deles em aeroportos), e os brasileiros correspondem a 85% desse total. Em 2023, foram barradas 373 pessoas - e os brasileiros corresponderam a 48%.

A Embaixada do Brasil em Portugal ainda não sabe dizer quantos brasileiros serão impactados pela medida.

O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.