Rodrigo Faro fala sobre filme como Silvio Santos: 'Queria muito que ele tivesse assistido'

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O filme Silvio, cinebiografia de Silvio Santos (1930-2024), estrelado pelo ator e apresentador Rodrigo Faro, tem estreia programada para a próxima quinta-feira, 12. Na noite desta segunda-feira, 2, Faro falou sobre o projeto no evento de pré-estreia do longa, que contou com uma exibição especial no Kinoplex Rio Sul, na zona sul do Rio de Janeiro.

Em entrevista à revista Quem, ele definiu o filme como o "maior desafio profissional" de sua vida. "Inicialmente, eu não aceitaria, mas quis falar com ele e ele foi extremamente carinhoso e generoso, me recebeu no camarim e disse que só responderia no palco do programa. Só fiz o filme por causa dele, porque ele gostou da ideia, me deu força, me ajudou muito", contou o apresentador.

A morte de Silvio Santos, aos 93 anos, ocorreu no dia 17 de agosto, pouco menos de um mês antes da data inicial de estreia do filme, motivo pelo qual eventos como pré-estreias, entrevistas coletivas e exibições do filme previamente agendados foram cancelados. A estreia também foi movida, de 5 para 12 de setembro.

Faro lamentou o fato do filme chegar às telonas após a morte do patriarca da família Abravanel, mas celebrou a chance de render homenagem ao dono do SBT.

"Pessoas que levam tanta alegria para a gente, como o Silvio, têm que ser homenageadas em vida. Queria muito que ele tivesse assistido a esse filme, mas Deus não quis assim. Essa estreia estava marcada desde janeiro, mas Deus quis escrever essa história, que esse filme virasse então uma grande homenagem", afirmou.

O longa é também uma retomada da carreira de Rodrigo Faro como ator. O apresentador da Hora do Faro integrou o elenco de novelas da Globo entre 1997 e 2007, incluindo obras como O Cravo e a Rosa, Alma Gêmea, América e O Profeta.

Quando perguntado sobre seu futuro profissional, o ex-integrante do grupo musical Dominó afirmou que considera antiético alinhar trabalhos com outras emissoras enquanto seu contrato com a Record, que termina no fim deste ano, ainda está em vigor.

"Só deixo a Record o dia que a Record chegar para mim e falar: 'Rodrigo, não dá mais. A gente não quer mais, segue sua vida'. Aí sim. O dia em que isso ocorrer, aí eu vou sentar quem sabe com a Globo, quem sabe com o SBT, quem sabe com a Band, com qualquer emissora", declarou.

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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou a presença de norovírus em amostras de fezes humanas de pacientes atendidos na Baixada Santista, onde houve grande aumento no número de casos de virose nas últimas semanas. O material foi coletado nos municípios de Guarujá e Praia Grande, e analisado pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL).

Apesar da identificação do vírus, a secretaria afirmou que serão realizadas mais investigações para identificar a origem exata do surto no litoral paulista. "Estas informações são importantes para orientar o tratamento aos pacientes. No entanto, estamos investigando, em conjunto com a Cetesb, Sabesp e os municípios da Baixada Santista, a fonte que causou esta infecção", disse em nota Regiane de Paula, coordenadora em saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças.

Na última sexta-feira, 3, a Prefeitura do Guarujá informou ter acionado a Sabesp para investigar possíveis vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da Enseada que poderiam estar relacionados ao aumento de casos de virose na cidade, onde famílias inteiras relataram ter passado mal.

Extremamente contagioso

De acordo com o infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) Ralcyon Teixeira, o norovírus é um patógeno extremamente contagioso e "o principal vilão" quando o assunto são surtos de gastroenterite, com sintomas como diarreia e vômitos.

Normalmente, o vírus é transmitido por via fecal-oral, ou seja, a partir do contato com materiais manipulados sem os devidos cuidados com a higiene. Entre as situações de transmissão, destacam-se: consumir bebidas ou alimentos contaminados; tocar em objetos ou superfícies contaminadas e depois colocar os dedos sujos na boca; compartilhar alimentos ou utensílios de cozinha com uma pessoa infectada ou comer alimentos manipulados por ela.

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Nesse sentido, a prevenção envolve medidas de higiene e atenção à escolha de bebidas e alimentos:

- lavar bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar;

- evitar alimentos malcozidos;

- manter os alimentos bem refrigerados, com atenção especial às temperaturas dos refrigeradores e geladeiras dos supermercados;

- evitar tomar banho de mar nas 24 horas seguintes à ocorrência de chuvas;

- levar os próprios lanches (corretamente armazenados) durante passeios ao ar livre;

- observar a higiene dos estabelecimentos comerciais;

- não consumir gelo, "raspadinhas", "sacolés", sucos e água mineral de procedência desconhecida.

Tratamento

Segundo a secretaria, a norovirose é uma doença considerada clinicamente autolimitada, com duração média de três dias. Os sintomas mais frequentes são náusea, vômito, diarreia e dor abdominal. Também podem ocorrer dores musculares, cansaço, dor de cabeça e febre baixa.

O principal tratamento é a hidratação, e crianças e idosos precisam de atenção especial. Evacuações muito frequentes e líquidas; dificuldade na hidratação com vômitos que não cedem; pele e boca secas e dificuldade em urinar são indicações de que se deve procurar o serviço de saúde.

A pasta ressalta ainda que nenhum medicamento deve ser tomado sem conhecimento e indicação médica.

A cidade de São Paulo ganhou um novo posto da Polícia Federal (PF) para emissão de passaportes. A unidade, inaugurada nesta quarta-feira, 8, fica localizada dentro do shopping Market Place, na Avenida das Nações Unidas, na zona sul da capital.

Os agendamento podem ser feitos no site da Polícia Federal, na aba "passaportes".

Segundo o shopping, o posto de emissão de passaporte fica na alameda de serviços do shopping, no andar -1, e a previsão é de que ele funcione de segunda a sexta-feira, das 10 às 18 horas.

O local tem capacidade para emitir até 160 passaportes diariamente. São Paulo é responsável por cerca de 20% das emissões do documento no País.

"A instalação de um posto na Zona Sul de São Paulo busca atender à alta demanda da região, ampliando a capacidade de emissão de passaportes e facilitando o acesso ao serviço para a população local", afirma a PF.

O prazo para agendamento de passaporte no Estado de São Paulo atualmente é de, em média, 2,6 dias, o menor tempo histórico registrado, segundo a Polícia Federal.

A expectativa do shopping Market Place é de receber grande público para emitir passaporte e resolver demandas relacionadas ao documento. A região do empreendimento, próxima à Berrini, Vila Olímpia e Brooklin, é conhecida por ser um centro de negócios. Até então, o posto para passaporte mais próximo fica em Moema, no shopping Ibirapuera.

Veja os postos que já existem em São Paulo para emissão de passaporte:

1.Departamento de Polícia Federal - Superintendência Regional SP: Rua Hugo D'Antola, 95 - Lapa;

2.Shopping Eldorado: Avenida Rebouças, 3970 - Pinheiros;

3.Shopping Ibirapuera: Av. Ibirapuera, 3103 - Moema;

4.Shopping Mooca: Rua Cap. Pacheco e Chaves, 313 - Mooca;

5.Shopping West Plaza: Av. Francisco Matarazzo, s/n - Barra Funda;

6.Santana Parque: Rua Conselheiro Moreira de Barros, 2780 - Santana.

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) denunciou por homicídio qualificado nesta quarta-feira, 8, os dois policiais militares que participaram da abordagem que resultou na morte do estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos. O jovem foi alvejado na barriga na madrugada de 20 de novembro na porta de um hotel em Vila Mariana, zona sul de São Paulo.

Os policiais denunciados são os agentes Guilherme Augusto Macedo, que atirou contra o estudante, e Bruno Carvalho do Prado, que chegou a ser derrubado ao chutar Marco Aurélio. A defesa de Macedo disse que não há requisitos característicos de prisão preventiva, já a de Prado não foi localizada.

De acordo com a denúncia, apresentada pela Promotoria de Justiça do IV Tribunal do Júri da Capital, houve "evidente abuso de autoridade e inobservância dos procedimentos operacionais padrão" durante a abordagem realizada pelos agentes.

O documento aponta ainda que os dois policiais teriam agido por "motivo torpe", em alusão às circunstâncias da ocorrência.

Em nota, o advogado de Macedo, João Carlos Campanini, argumentou que a "liberdade é regra do processo penal brasileiro, e apenas se deve decretar essa medida extrema quando de fato houver efetiva e imediata necessidade". "Guilherme está solto desde os fatos, vem colaborando com a Justiça e não representa qualquer perigo para as apurações". acrescentou.

Imagens de câmeras de segurança mostram que a abordagem ocorreu após o estudante dar um tapa no retrovisor da viatura dos PMs enquanto o veículo estava parado em um cruzamento. Macedo, então, sai do automóvel e vai atrás de Marco Aurélio, que entra no hotel onde estava hospedado.

Ainda no saguão, o policial consegue abordar a vítima, tentando segurá-la pelos braços. Neste momento, Prado também se aproxima do estudante, que fica encurralado.

Como mostram as imagens do circuito interno do hotel, Marco Aurélio tenta se defender de um chute segurando uma das pernas de Prado. Quando o policial cai, Macedo dispara uma só vez contra o estudante, atingindo-o no abdômen.

O universitário chega a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. A denúncia do MP indica que, enquanto um dos policiais causou a morte do jovem ao atirar contra ele, o outro prestou "auxílio moral e material para o crime", segundo nota da promotoria.

"É certo que os policiais agiram impelidos por motivo torpe, em retaliação ao tapa desferido pela vítima no retrovisor da viatura, empregando força letal contra pessoa que estava nitidamente alterada e desarmada, com evidente abuso de autoridade e inobservância dos procedimentos operacionais padrão", diz a denúncia.

"Além disso, o homicídio foi cometido com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, haja vista que os policiais estavam armados, em superioridade numérica e realizaram a abordagem de forma violenta, iniciando o confronto corporal com o suspeito", acrescenta outro trecho do documento.

A instituição afirmou que, na hipótese de a denúncia ser aceita pelo Judiciário, os acusados poderão responder por homicídio qualificado pelo motivo torpe e pela impossibilidade de defesa da vítima. Apesar de ter oferecido resistência, Marco Aurélio estava desarmado no momento da ocorrência.

A denúncia foi apresentada pelos promotores Estefano Kummer, Antonio Folgado e Enzo Boncompagni.

Como mostrou o Estadão, a Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), pediu na última sexta-feira, 3, a prisão preventiva do soldado da Polícia Militar Guilherme Augusto Macedo, responsável por efetuar o disparo em Marco Aurélio.

"O procedimento foi relatado à Justiça com pedido de prisão preventiva do autor do disparo por homicídio doloso eventual. O policial já havia sido indiciado no inquérito policial militar (IPM) por homicídio doloso e permanece afastado das atividades, assim como o PM que o acompanhava no dia do ocorrido", afirmou a Secretaria da Segurança Pública. "A autoridade policial aguarda a manifestação do Poder Judiciário", completa em nota.

'A vida de um ser humano vale um retrovisor de um policial?', questiona mãe de estudante

A morte de Marco Aurélio gerou revolta entre familiares e amigos. "A vida de um ser humano vale um retrovisor de um policial? A Polícia Militar de São Paulo está matando por um retrovisor?", questionou, em entrevista ao Estadão em novembro, a médica Silvia Mônica Cardenas Prado, mãe do estudante.

Marco Aurélio, filho caçula de Silvia, foi enterrado dois dias depois de ser morto, sob grande comoção. Estudante da Universidade Anhembi Morumbi, ele estava prestes a ir para o 6º ano do curso de Medicina. Sonhava em cursar pediatria, segundo os familiares.

No último domingo, 5, o pai do estudante de Medicina, Julio Cesar Acosta Navarro, publicou uma carta pública cobrando Justiça e celeridade nas investigações sobre a morte do filho. "Demora vergonhosa das investigações pela Polícia Civil, apesar da preocupação pública da sociedade e meios de comunicação, que resulta e promove mais crimes", escreveu.

Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Navarro tem cobrado continuamente a responsabilização dos policiais envolvidos na morte do filho.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) se manifestou após o caso. "Essa não é a conduta que a polícia do Estado de São Paulo deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. A Polícia Militar é uma instituição de quase 200 anos, é a polícia mais preparada do País e está nas ruas para proteger. Abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos", escreveu o governador no X, antigo Twitter.