Yasmin Brunet conta como Gabriel Medina terminou casamento: 'Olhando para o chão'

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Após falar sobre o término de seu casamento com o surfista Gabriel Medina, Yasmin Brunet se tornou um dos nomes mais comentados nas redes sociais na última semana. Os dois começaram a namorar em 2020 e oficializaram a união em 2022, mesmo ano em que se separaram. A modelo relembrou o momento durante sua participação no podcadt De Frente Com Blogueirinha.

 

A ex-BBB foi questionada se existe alguma chance de reconciliação entre os dois. "Óbvio que não, jamais. [Certeza] absoluta, principalmente pelo jeito que terminou", respondeu.

 

Ela revelou que o surfista terminou com ela olhando para o chão. "Eu não sei até hoje por quê [...] Ele não conseguia nem olhar na minha cara."

 

Blogueirinha ainda perguntou sobre uma suposta curtida do atleta em um vídeo antigo dos dois feito por fãs do ex-casal. A convidada desconversou o assunto e reforçou que não existe possibilidade dos dois voltarem.

 

Yasmin ainda ressaltou que não bloqueou o ex-marido em suas redes sociais, mas que os dois não se seguem. "Nesse relacionamento eu saí muito como louca porque não foi esclarecido muita coisa. Sempre levei a culpa", finalizou.

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A sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados desta quarta-feira, 27, precisou ser interrompida após tumulto durante reunião para votar proposta de emenda à Constituição (PEC) que pode acabar com as provisões de aborto legal no Brasil. Manifestantes feministas entraram no plenário da comissão e começaram a gritar palavras de ordem contra a PEC. "Criança não é mãe/Estuprador não é pai", entoaram. Uma deputada chegou a rezar a Ave Maria no meio da confusão.

Deputadas governistas se reuniram e chegaram a fazer um cordão em volta das manifestantes e acompanharam os gritos de "retira a PEC". A proposta tem previsão de ser votada ainda nesta quarta-feira.

A presidente da CCJ, Caroline de Toni (PL-SC), pediu que a Polícia Legislativa Federal expulsasse os manifestantes. A sessão foi interrompida por cerca de uma hora até a retirada do grupo que protestava.

As dezenas de manifestantes estavam na Câmara para participar de um seminário sobre enfrentamento à violência política de gênero e de raça, organizado pela deputadas Daiana Santos (PCdoB-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos, Ana Pimentel (PT-MG) e a ex-deputada Manuela d'Ávila.

Essa PEC é alvo de contestação de movimentos feministas. Texto publicado por nove organizações sociais argumenta que a proposição pode impedir a fertilização in vitro já que, no momento da implantação no útero após a fertilização, pode haver perda de embriões (em 2023, 110 mil embriões foram descartados nesse procedimento).

Entre outros argumentos, esse mesmo comunicado diz que a PEC acaba com as possibilidades de aborto legal, viola o direito de planejamento familiar, pode proibir pesquisas em embriões não implantados, impede o acesso a diagnósticos de pré-natal, impede acesso a técnicas de reprodução assistida, fortalece desigualdades raciais, viola direitos fundamentais.

A proposição foi protocolada em 2012 pelo deputado federal cassado Eduardo Cunha (Republicanos-RJ) e garante a inviolabilidade do direito à vida "desde a concepção". "A vida não se inicia com o nascimento e sim com a concepção", justificou Cunha à época. Hoje, o procedimento pode ser feito em caso de risco de morte à gestante, no caso de gravidez decorrida de um estupro ou caso o feto seja com anencefalia (má formação do cérebro).

Do lado oposicionista, parlamentares equiparam o aborto ao assassinato e defendem que a vida começa desde a concepção. "Dizem que não podemos trazer questões religiosas porque o Estado brasileiro é laico. Mas somos religiosos, sim, e a imensa maioria da população é conservadora", diz Eli Borges (PL-TO), que presidiu a Frente Parlamentar Evangélica no primeiro semestre deste ano. "A busca aqui é exatamente a palavra assassinato mesmo. Aliás, eu vou deixar muito claro que desde os primórdios da criação que sangue de inocentes é buscado."

Esse grupo chama a iniciativa de "PEC da Vida", enquanto governistas dizem que é a "PEC do Estuprador", já que mulheres não poderiam mais realizar a interrupção da gestação mesmo após terem sido estupradas.

Antes da confusão, dois assessores de deputados se desentenderam. Um assessor da deputada Samia Bomfim (PSOL-SP) diz ter sido agredido por assessor da liderança do PL. O caso foi parar na Delegacia de Polícia Legislativa (DEPOL).

O tema do aborto já tinha entrado na pauta do Legislativo federal neste ano, quando bolsonaristas promoveram um projeto de lei que equiparava o aborto feito após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio, estabelecendo penas de seis a 20 anos de prisão para a mulher que realizasse tal procedimento. A Câmara acelerou a tramitação desse projeto de lei no plenário em uma votação que durou cinco segundos.

Após fortes críticas de movimentos populares e de organizações da sociedade civil, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu, em junho, criar uma comissão representativa para discutir o projeto e afirmou que essa proposição ficaria para o segundo semestre do ano. Até então, essa comissão não teve nenhum avanço.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) tornou réus dois agentes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), batalhão de elite da Polícia Militar, pela morte de um homem de 36 anos em fevereiro deste ano em Santos, na Baixada Santista. Trata-se da primeira acusação contra policiais que participaram da Operação Verão, incursão que deixou ao menos 56 mortes no litoral paulista.

Conforme denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado (MP-SP), os PMs Diogo Souza Maia e Glauco Costa teriam forjado um confronto e dificultado a captação de imagens pelas câmeras corporais que usavam após matar o roupeiro Allan de Morais Santos. O recebimento da denúncia foi noticiado primeiramente pela GloboNews e confirmado pelo Estadão.

Procurada, a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) afirmou que a ocorrência foi investigada por meio de Inquérito Policial Militar (IPM), que foi encaminhado à Justiça. Segundo a pasta, os policiais envolvidos na ocorrência estão afastados do serviço operacional até o final do processo. A reportagem não localizou a defesa dos dois agentes, mas o espaço está aberto para manifestação.

Ao todo, ao menos 84 pessoas foram mortas no âmbito das operações Verão e Escudo, esta última deflagrada no fim de julho do ano passado na Baixada Santista. As incursões foram desencadeadas após a morte de dois PMs da Rota: Patrick Bastos Reis, de 30 anos, e Samuel Wesley Cosmo, de 35 anos. Os agentes foram alvejados, respectivamente, em 28 de julho do ano passado e em 2 fevereiro deste ano.

Após as mortes dos agentes, a Secretaria da Segurança Pública, sob a gestão de Guilherme Derrite, instaurou ações imediatas para buscar os envolvidos, mas as ofensivas foram marcadas por relatos de abuso feitos por moradores, parentes das vítimas e entidades dos Direitos Humanos.

No caso da Operação Escudo, a Justiça já aceitou algumas denúncias contra policiais - em um dos casos, outros dois PMs da Rota também teriam forjado um confronto.

Agora, uma primeira denúncia, obtida pelo Estadão, também é aceita contra PMs que atuaram no âmbito da Operação Verão. O caso que resultou na acusação ocorreu por volta das 18h40 do dia 10 de fevereiro perto da Praça José Lamacchia, no bairro do Bom Retiro. É a mesma região onde o policial Samuel Cosmo foi morto após ser alvejado durante patrulhamento.

Qual é a versão dada pelos policiais?

Conforme os promotores de Justiça Marcio Leandro Figueroa, Raissa Nunes de Barros Maximiliano, Daniel Magalhães Albuquerque Silva, Francine Pereira Sanches e Fábio Perez Fernandez, uma equipe da Rota se deslocou até o região do Bom Retiro sob a justificativa de que um suposto integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), vulgo "Príncipe", estaria transportando armamentos em um Jeep Compass.

Participaram da ocorrência cerca de sete viaturas da Rota, com aproximadamente 30 policiais militares de prontidão distribuídos entre elas. Os veículos estavam estacionados no Cemitério Municipal da Areia Branca antes de ir até o local.

O policial Diego Souza Maia afirmou em depoimento que, ao localizar o carro suspeito, desembarcou da viatura em que estava ordenando que o motorista descesse. O agente alegou que a vítima teria empunhado uma pistola com a mão direita e tentado fugir, o que fez com que ele disparasse quatro tiros de fuzil contra Allan.

Já Glauco Costa disse que, após os disparos iniciais feitos por Diogo Souza Maia, abrigado na frente da viatura, efetuou outros quatro disparos de pistola, momento que foi captado pela câmera operacional portátil (COP) utilizada pelo agente. A alegação é de que Allan teria reagido após os primeiros disparos, o que teria resultado em uma reação.

De acordo com a denúncia, quando os tiros cessaram, Glauco Costa recuou para o lado da viatura, momento em que o Diogo Souza Maia - que estava com a câmera operacional portátil descarregada - supostamente teria desarmado a vítima.

Passados cerca de 49 segundos, Glauco Costa voltou ao ponto onde havia feito os disparos e encontrou, no chão, uma pistola prateada de numeração raspada, cuja posse foi atribuída à vítima. Cerca de 23 minutos após os disparos, teria sido encontrado ainda um fuzil no porta-malas do carro da vítima.

Como promotores avaliaram o caso?

Segundo a denúncia, apresentada no último dia 18, o carro da vítima já havia tido a trajetória bloqueada por uma das viaturas, após rápida abordagem, quando os dois policiais começaram a atirar. Eles negam a hipótese de que Allan teria tentado fugir e que ele teria revidado aos disparos.

A perícia apontou que Allan de Morais Santos foi atingido por seis tiros. Entre outras lesões, os disparos causaram a fratura de ossos da face, fratura dos arcos costais, fratura exposta nas clavículas direita e esquerda e fratura nos braços direito e esquerdo.

A denúncia aponta que, não havendo ameaça, já que a vítima não tinha movimento nos seus membros superiores, os policiais teriam passado então a simular disparos, que depois seriam alegados como sendo de dentro para fora do veículo do ofendido, forjando uma troca de tiros entre eles e a vítima.

Segundo os promotores, passados cerca de oito segundos da ocorrência, foram realizados dois disparos de arma de fogo, que somente conseguiram ser percebidos porque duas câmeras operacionais portáteis capturaram os estampidos.

O Ministério Público apontou que, para encobrir os disparos simulados, além de Diogo Maia (que estava com a câmera portátil descarregada) ser o único responsável por se aproximar da vítima, o denunciado Glauco Costa "inclinou seu peito para o chão", de forma que sua COP usada por ele não filmasse o que se passava no interior do veículo.

Os promotores listaram ainda uma série de ações irregulares no atendimento à ocorrência. Em uma das viaturas, o documento descreve que todos os ocupantes, exceto um, estavam com as baterias das câmeras portáteis descarregadas. "A única COP gravando, para não filmar a aproximação da viatura na lateral direita do carro da vítima, foi deixada em cima do banco com a lente para baixo", diz a denúncia.

O documento descreve ainda condutas adotadas por outros agentes que acabaram dificultando a captação de imagens e uma melhor visualização da ocorrência. Em dado momento, um policial que tentou se aproximar do local dos disparos teria sido inclusive impedido por dois outros agentes, segundo mostram as imagens da câmera corporal de um dos Pms.

Já um outro policial militar, ao perceber a movimentação no carro de Allan após os disparos, para não captar a ação, chegou a andar de costas, enquanto outro agente obstruiu a sua câmera portátil com as mãos por mais de meia hora, segundo a denúncia. Nas imagens reunidas no documento, um agente aparece retirando a COP de um dos bolsos após o encerramento da ocorrência.

Diante das provas coletadas, o Ministério Público denunciou os policiais militares da Rota Diogo Souza Maia e Glauco Costa por homicídio qualificado, além de requerer a suspensão dos agentes. A reportagem ainda não encontrou a defesa dos acusados.

No último dia 21, o juiz Alexandre Betini, de Santos, aceitou as denúncias e aceitou parcialmente os pedidos: o magistrado determinou que os dois PMs denunciados passassem a fazer apenas trabalhos administrativos. Além disso, arquivou o processo contra outros dois agentes, que eram investigados por estarem na mesma viatura, porque eles não teriam participado efetivamente da morte.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que todos os casos de morte em decorrência de intervenção policial (MDIP) "são rigorosamente investigados pelas forças de segurança", com acompanhamento das respectivas Corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário.

Como mostrou o Estadão, a polícia paulista matou neste ano 496 pessoas entre janeiro e setembro, o maior número para o período desde 2020, quando houve 575 óbitos desse tipo. Desde o ano passado, a alta da letalidade pelas forças de segurança foi impulsionada por operações policiais na Baixada Santista e, neste mês, chamaram a atenção os casos de Ryan Andrade, de 4 anos, e do estudante de Medicina Marco Aurélio Acosta, de 22, baleado na Vila Mariana, zona sul da capital.

A secretaria não se posicionou especificamente sobre as causas do aumento na letalidade policial este ano, mas afirmou que é uma instituição legalista que atua com rigor e não tolera nenhum desvio de conduta dos seus agentes. Em razão disso, afastou os policiais envolvidos na ocorrência que vitimou o estudante de Medicina e "investiga, por meio de Inquérito Policial Militar (IPM), todas as circunstâncias do ocorrido". A Polícia Civil também apura o caso.

A implementação das escolas cívico-militar em São Paulo segue adiada para 2026, mesmo após a liberação do Supremo Tribunal Federal (STF). Na terça-feira, 26, o ministro Gilmar Mendes derrubou a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que impedia o avanço da proposta no Estado.

Nesta quarta-feira, 27, por meio de nota, a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou a informação, e disse que a consulta pública nas 300 escolas que mostraram interesse será retomada no próximo ano.

"A partir da decisão dessa terça-feira (26) do STF, a consulta pública nas 300 escolas que mostraram interesse pela adoção do modelo cívico-militar vai ser retomada em 2025. O objetivo é que a implementação aconteça no ano letivo de 2026. A consulta pública integra as ações estabelecidas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) para a discussão e o esclarecimento de dúvidas das comunidades escolares interessadas no formato", diz o texto.

Em agosto, o Tribunal de Justiça (TJ-SP) tinha suspendido o programa até que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgasse o tema em definitivo. À época, o TJ aceitou o argumento da Apeoesp, maior sindicato de professores da rede estadual. A entidade alega que questões relativas a essa modalidade de ensino são de competência federal.

Meses antes, em junho, o Ministério Público Federal já tinha classificado o modelo como inconstitucional, por não ter amparo na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A Advocacia Geral da União (AGU) também é contrária ao projeto.

Na decisão desta terça, Gilmar Mendes considerou que o Tribunal de Justiça de São Paulo invadiu a competência do STF ao suspender o modelo. Isso ocorreu porque a Lei Complementar 1.398/2024, que instituiu as escolas cívico-militares, também é questionada em processos que tramitam no Supremo, nas ADIs 7.662 e 7.675.

Entretanto, o ministro ressaltou que a decisão não envolve o mérito do debate sobre a constitucionalidade. Segundo ele, tal julgamento será feito em momento oportuno.

O programa prevê policiais militares da reserva como monitores em atividades extracurriculares. Os PMs não darão aulas do currículo comum, como Matemática ou Geografia. A adesão é voluntária, após consultas às comunidades escolares. Está prevista prioridade a unidades de maior vulnerabilidade socioeconômica, taxas de reprovação ou baixo rendimento em aprendizagem.

Especialistas têm ressalvas ao modelo. Eles afirmam que o formato não tem potencial de benefícios em escala para a rede pública, uma vez que atende número pequeno de unidades, e criticam a prioridade dada a militares, e não a educadores.