Bienal do Livro encerra 1º fim de semana com explosão de vendas e estandes lotados

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O primeiro fim de semana da 27ª Bienal do Livro de São Paulo termina neste domingo, 8, com bons indicadores para o mercado editorial. Editoras relataram um aumento expressivo de vendas em comparação com a última edição, em 2022. O crescimento chegou a até 120%. Já havia uma expectativa de alta nas vendas entre os organizadores do evento, que começou na última sexta, 6, e segue até o próximo domingo, 15. Antes mesmo do início, os ingressos para o segundo dia da edição já estavam esgotados.

 

O evento é realizado no Distrito Anhembi, espaço 15% maior que a Expo Center Norte, onde ocorreu a última edição. Mas a mudança não impediu reclamações de lotação. Usuários do Instagram, TikTok e Bluesky relataram que o local estava cheio e se queixaram das filas para conferir os estandes, especialmente das principais editoras.

 

A lotação do evento, porém, já é esperada nos finais de semana e também ocorreu nos outros anos. A Bienal do Livro de São Paulo espera receber, até o encerramento, mais de 660 mil pessoas. Em contato com o Estadão, a assessoria do evento não revelou qual foi o público nesses primeiros dias - o balanço é divulgado no último domingo da feira.

 

Explosão nas vendas

 

A fila para entrar no estande da Rocco, segundo a própria editora, chegou até as 21h no sábado, 7. No dia, o faturamento da empresa já havia ultrapassado o resultado do primeiro fim de semana de 2022, representando um aumento de 52%. "Foi a maior venda histórica da editora em um único dia numa edição da Bienal de São Paulo", informou.

 

As vendas para a HarperCollins também foram satisfatórias: os três dias de evento proporcionaram metade do faturamento de toda a edição de 2022. Para a Intrínseca, a comparação com a última edição, considerando apenas o sábado, significou um crescimento de 82%.

 

A Editora Planeta teve um resultado animador: as vendas em um período comparado de três dias ultrapassaram 120% dos valores da feira de 2022. Considerando as vendas computadas até as 14h30 do domingo, o Grupo Editorial Record já havia vendido mais do que a média de exemplares comercializados no primeiro fim de semana da última edição.

 

Segundo a Record, o faturamento foi impulsionado pelo fenômeno Colleen Hoover, escritora que teve o livro mais vendido do Brasil no ano passado e, recentemente, ganhou uma adaptação de seu maior sucesso, É Assim Que Acaba, para os cinemas.

 

Os gêneros romantasia, que une romance e universos fantásticos, e healing fiction, que traz histórias reconfortantes, também dominaram as vendas. Confira, abaixo, as listas de livros mais vendidos de algumas editoras presentes na Bienal.

 

Intrínseca

 

- Melhor do que nos filmes (Lynn Painter)

- Apostando no amor (Lynn Painter)

- Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong (Hwang Bo-Reum)

- Murdle (G. T. Karber)

- Impostora (R.F. Kuang)

- Manual de assassinato para boas garotas (Holly Jackson)

- Vou te receitar um gato (Syou Ishida)

- Mil vezes amor (Lynn Painter)

- Coraline (Neil Gaiman)

- Táticas do amor (Sarah Adams)

 

Rocco

 

- Powerless (Lauren Roberts)

- Amêndoas (Won-pyung Sohn)

- Quebrando o gelo (Hannah Grace)

- O Impulso (Won-pyung Sohn)

- A Hora da Estrela (Clarice Lispector)

- O Abismo de Celina (Ariane Castelo)

- As Vantagens de ser invisível (Stephen Chbosky)

- No Calor do Momento (Hannah Grace)

- Box Jogos Vorazes (Suzanne Collins)

- Lightlark (Alex Aster)

 

Planeta

 

- Quarta asa (Rebecca Yarros)

- Chama de ferro (Rebecca Yarros)

- As aventuras de Mike 1 (Gabriel Dearo e Manu Digilio)

 

HarperCollins

 

A editora não divulgou um ranking de mais vendidos, mas afirmou que os mais procurados foram os livros de J.R.R. Tolkien e de C.S. Lewis, com destaque para As crônicas de Nárnia.

 

A editora Harlequin, focada em romances, teve os livros mais procurados do estante, dentre eles: O despertar da lua caída, de Sarah A. Parker, Um salto para o amor, de Aione Simões, e Amor às causas perdidas, de Paola Aleksandra.

 

Na Thomas Nelson Brasil, de literatura cristã, o mais vendido foi o livro É para o meu bem, de Fernanda Witwytzky.

 

Grupo Editorial Record

 

A empresa também não divulgou um ranking, mas disse que o maior destaque foi o fenômeno Colleen Hoover. As autoras nacionais Babi A. Sette, de O beijo da neve, e Elayne Baeta, de O amor não é óbvio, estiveram entre os autores com os cinco livros mais vendidos da editora.

 

Como conseguir ingressos para a Bienal do Livro?

 

A venda de ingressos para a Bienal está disponível no site oficial do evento. As entradas custam R$ 35 (inteira) e R$ 17,50 (meia-entrada).

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O universitário Gabriel Alves Ferreira, de 22 anos, foi morto e teve seu corpo colocado na carcaça de uma geladeira abandonada numa avenida do bairro Barreto, em Niterói, na última sexta-feira, 3. Ele estava desaparecido desde a madrugada do dia 1, numa festa de réveillon no Ingá, outro bairro de Niterói. A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí investiga o crime.

Segundo a polícia, no dia 31 de dezembro Ferreira foi com quatro amigos à festa de réveillon promovida na praia de Icaraí. Depois, por volta das 3h30 do dia 1, o grupo seguiu para outra festa, no Morro do Palácio, no Ingá.

Durante essa celebração, um homem armado com um revólver começou a discutir com uma mulher, segundo testemunhas. Um dos amigos de Ferreira tentou intervir e levou uma coronhada. O universitário tentou apaziguar, mas a confusão só aumentou.

Segundo uma das versões, o revólver do homem caiu no chão e Ferreira teria tentado pegá-la, mas acabou rendido. Outra versão é a de que, após essa confusão, um grupo de traficantes tentou render Ferreira e seus amigos, e só Ferreira não conseguiu fugir.

Ele foi visto pela última vez por volta das 4h do dia 1, mas depois disso seu celular foi usado por criminosos que mandaram mensagens a amigos e familiares do universitário exigindo dinheiro, segundo a polícia.

No dia 1, familiares de Ferreira percorreram hospitais e foram até o morro do Palácio à procura do jovem, mas não conseguiram localizá-lo. O caso foi denunciado à Polícia Civil, que iniciou a investigação.

Dois dias após o sumiço, uma carcaça de geladeira foi abandonada em um viaduto na avenida do Contorno, no Barreto. Dentro dela estava o corpo de Ferreira - devido ao estado de decomposição do corpo, ele só foi identificado na terça-feira, 7.

A Polícia Civil não divulgou a possível causa da morte. Também não se sabe se o rapaz foi morto naquele mesmo dia. Em nota, a Polícia Civil afirma apenas que "a investigação está em andamento" e "os agentes realizam diligências para apurar a autoria e a motivação do crime".

Ferreira foi sepultado na quarta-feira, 8, no cemitério do Pacheco, no bairro homônimo, em São Gonçalo. O universitário, que não tinha antecedentes criminais, cursava Educação Física em uma faculdade particular e fazia bicos - já havia trabalhado como ajudante de frete e costumava ser contratado para atuar como goleiro de aluguel, segundo familiares.

Sua mãe sofre de fibromialgia, doença crônica que causa dores permanentes no corpo. Na tentativa de cuidar dela, o universitário já havia iniciado também a faculdade de Fisioterapia, que não cursava mais.

"Todos que conheciam ele o descreviam da mesma forma: Gabriel era alegria, energia, luz e bondade. Era fácil gostar dele. Não conhecia nenhuma pessoa que falasse 'não gosto do Gabriel'. Todos o amavam de graça. Foi o coração mais puro que conheci em 21 anos da minha vida", afirmou ao jornal O Globo a namorada de Ferreira, Maria Eduarda Casanova.

O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 10, o início do projeto executivo para a construção de uma terceira pista da Rodovia dos Imigrantes, que liga a região metropolitana de São Paulo à Baixada Santista. Ela deve ser implementada no trecho de serra sentido Cubatão, com 21,5 quilômetros de extensão e menor inclinação, permitindo o tráfego de veículos pesados. O projeto deve ser finalizado até 2026 e a previsão de entrega das obras é em 2031.

Conforme a gestão estadual, a obra deve ampliar em 145% a capacidade de tráfego de caminhões e ônibus e em 25% a capacidade total do sistema Anchieta-Imigrantes, hoje sobrecarregado. A autorização para a elaboração do projeto executivo foi concedida pela Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) e a execução será feita em parceria com a concessionária Ecovias. Ainda não há prazo para início das obras, nem orçamento previsto.

"Serão produzidos os projetos básico e executivo, que trarão as diretrizes para a realização da obra, como características precisas e indicação de técnicas de construção das estruturas, o prazo para a execução das obras e o custo total do empreendimento. Em paralelo, estão sendo cumpridas todas as etapas necessárias para o processo de licenciamento ambiental", diz o governo do Estado.

Conforme o projeto inicial, a nova pista terá duas faixas de rolamento e um acostamento com possibilidade de ser revertido em faixa de tráfego. Ela deve ir do quilômetro 43 da Rodovia dos Imigrantes (SP-160), com acesso pelo Rodoanel Mário Covas (SP-021), até o quilômetro 265 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055), próximo ao Polo Industrial de Cubatão. Também permitirá acesso ágil às Margens Direita e Esquerda do Porto de Santos.

A maior parte da nova pista deve ser em túneis - juntos, eles somarão 17 quilômetros, ou 80% de todo trajeto, conforme o governo. Se implementado conforme o projeto inicial, um dos túneis terá cerca de seis quilômetros, podendo se tornar o maior do Brasil. Outros quatro quilômetros serão de viadutos.

A inclinação média da pista será de 4%, "possibilitando o tráfego seguro de veículos pesados", segundo o Estado. Também haverá túneis paralelos de emergência e, considerando diversos cenários de tráfego, a pista poderá ser revertida para operar no sentido da capital sempre que houver necessidade (em feriados, o sistema Anchieta-Imigrantes já tem operações especiais voltadas para a subida e a descida da serra).

"Estamos dando um passo estratégico para o desenvolvimento logístico de São Paulo e do Brasil", disse o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na publicação de anúncio do projeto. "Além de fortalecer o turismo, a obra será essencial para acompanhar o crescimento previsto do maior porto do Brasil, garantindo mais fluidez e eficiência para o transporte de cargas e mais conforto para os motoristas que utilizam o sistema", afirmou.

"O Sistema Anchieta-Imigrantes recebe grande fluxo de veículos diariamente e essa demanda cresce ao longo dos anos. Agora estamos dando mais um passo para que essa obra tão importante para o Estado de São Paulo possa ser realizada. Estamos planejando ações estruturais de longo prazo para solucionar gargalos de mobilidade entre a Baixada Santista e o Planalto", afirmou o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.

A Enel Distribuição São Paulo respondeu à notificação da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP) sobre a queda de energia na terça-feira, 7. "Para os próximos três anos, a companhia aumentará ainda mais os recursos destinados à sua área de concessão em São Paulo, que chegarão a R$ 10,4 bilhões até 2027", afirma a nota.

Empresa privada de origem italiana de distribuição e comercialização de energia elétrica que atende a Região Metropolitana do Estado, a Enel argumenta que conseguiu restabelecer a energia para a maioria dos clientes afetados em até 30 minutos após o início da tempestade. E ressalta que o temporal não afetou apenas o sistema elétrico, mas também a estrutura urbana.

"O plano de ação da companhia inclui o reforço das equipes em campo de acordo com a previsão meteorológica, a contratação de mais eletricistas próprios, o aumento da disponibilidade da frota de geradores, a ampliação da capacidade nos canais de atendimento, dentre outras medidas", diz a nota.