Membro do BTS paga multa de R$ 62 mil por dirigir scooter alcoolizado

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Min Yoongi, o Suga, do grupo de k-pop BTS, teve de pagar uma multa de valor equivalente a R$ 62 mil por dirigir uma scooter elétrica alcoolizado no mês de agosto. As informações são da Reuters e foram divulgadas neste domingo, 29.

 

Na ocasião, o rapper de 31 anos caiu da motocicleta na frente de seu condomínio em Hannam, bairro de Seul, no início do mês de agosto. Ele realizou um exame de bafômetro e, segundo a agência de notícias Yonhap, a concentração de álcool em seu sangue era de 0,227% - bastante superior ao limite permitido, de 0,08%. Ele perdeu a licença para dirigir.

 

Quando o ocorrido se tornou público, Suga e a empresa responsável pelo BTS, a Big Hit Music, pediram desculpas. "Meu descuido está dificultando a vida de todos que se importam comigo. Tentarei não fazer nada errado novamente e viverei com arrependimento. Devido a esse incidente, danifiquei muito as memórias preciosas que fiz com os membros e fãs e coloquei muita pressão no nome do BTS", escreveu Suga em uma carta aberta, segundo a Billboard.

 

No dia 23 de agosto, ele se apresentou à polícia para prestar esclarecimentos. De acordo com a Reuters, alguns fãs, com raiva, colocaram coroas de flores fúnebres próximo à sede da empresa, junto de pedidos para que Suga deixasse a banda. Desde o ano passado, o cantor está cumprindo o alistamento obrigatório no exército da Coreia do Sul. A previsão é que suas obrigações terminem em junho do ano que vem.

 

De acordo com o pronunciamento inicial do rapper no dia 7 de agosto, que circulou pela imprensa, ele teria bebido em um jantar e andado de patinete elétrico para casa. "Achei que era uma distância curta e não percebi que não se pode andar de patinete elétrico enquanto se está embriagado", declarou. Mais tarde, a Big Hit Music esclareceu que se tratava, na verdade, de uma scooter.

 

"Pedimos desculpas por termos divulgado uma declaração apressadamente e sem examinar cuidadosamente as várias circunstâncias, o que causou confusão", afirmou a empresa. "Não houve intenção de minimizar o problema, como alguns sugeriram. Pedimos sinceras desculpas pela informação apressada e imprecisa fornecida inicialmente", disse o comunicado.

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O pai de um bebê de seis meses foi preso, na madrugada desta terça-feira, 22, após levar a criança ao hospital apresentando hematomas e fraturas pelo corpo, em Limeira, interior de São Paulo. Como a identidade do suspeito não foi divulgada, a reportagem não conseguiu contato com sua defesa.

O homem alegava que o bebê havia caído da cama durante a noite, mas os médicos que examinaram a criança constataram que as marcas e fraturas não eram compatíveis com a queda. À polícia, ele confessou que agrediu o filho porque ele não parava de chorar.

O homem, de 30 anos, que não teve a identidade divulgada pela polícia, chegou à Santa Casa da cidade levando a criança desmaiada. Ele disse que o bebê dormia sobre sua barriga quando resvalou para o lado e caiu da cama.

Os exames apontaram que a criança apresentava fraturas nos braços, fêmur e costela, como mostram os exames, além de perfuração pulmonar e hematomas pelo corpo. Desconfiando de maus-tratos, os policiais acionaram o Conselho Tutelar que, por sua vez, pediu apoio à Guarda Civil Municipal.

Segundo nota da GCM, ao ser confrontado pelos guardas, o pai acabou confessando que agrediu a criança devido ao choro constante. Ele foi conduzido ao plantão da Polícia Civil e preso em flagrante por lesão corporal de natureza grave. O investigado ficou em unidade de detenção e deve ser apresentado à Justiça em audiência de custódia ainda nesta terça.

À polícia, o homem contou que havia conhecido a mãe em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos. Como ela não conseguiu se livrar do vício, deixou o bebê sob os cuidados dele.

O Conselho Tutelar foi até a residência e constatou que o imóvel pertence a um amigo do suspeito, que o cedeu para o casal. A mãe da criança não tinha sido localizada até a manhã desta terça-feira.

Em meio aos debates da primeira Cúpula dos Procuradores-Gerais (PG20), no Rio, uma presença em particular pode colocar pressão no governo Lula e no Itamaraty para que a Procuradoria da República passe a integrar o grupo considerado como "o estado da arte" das iniciativas do Ministério Público em âmbito internacional. A parceria pode levar ao avanço das ações de combate ao crime organizado transnacional, inclusive contra o PCC e sua extensa atuação internacional.

A expectativa é a de que as tratativas e encaminhamentos do PG20 - que é realizado no Rio nesta semana, sob presidência da Procuradoria brasileira do G20 - destravem o aceite de um convite ao Brasil ainda no governo Bolsonaro, que parece ser "empurrado com a barriga" desde então.

A presença em questão é a de Boštjan Škrlec, vice-presidente da Eurojust - iniciativa que reúne os MPs de todo velho continente, além de 12 procuradores de países estratégicos. Em reunião bilateral realizada no PG20, Škrlec reiterou, ao procurador-geral da República Paulo Gonet, o convite para que o MPF passe a integrar a organização internacional.

Ao Estadão, ele afirmou que a Cúpula de PGRs é "mais uma confirmação" do compromisso do País em desenvolver parcerias internacionais no combate à crimes transnacionais. "A União Europeia espera logo continuar com as negociações", disse.

Segundo o vice-presidente da Eurojust, o acordo visado envolve a troca de informações operacionais e permite que o Brasil mantenha um procurador na sede do órgão em Haia, "onde os procuradores atuam lado a lado em investigações". Esses procuradores têm acesso a uma série de ferramentas únicas e tecnologia de ponta, garante.

Boštjan Škrlec afirma que investigações conjuntas aumentam exponencialmente a partir do momento em que um País é fisicamente representado na sede do grupo. Esse aumento tem relação com o fato de organizações criminosas operarem hoje em escala global, sendo necessário que as autoridades colaborem entre si além das fronteiras.

Na abertura do evento, Gonet afirmou que a expectativa é a de que o Brasil assine o acordo. O procurador destacou como a parceria entre os MPs que compõem o Eurojust permite uma troca de informações em tempo real, assim como a atuação conjunta das Procuradorias.

A comparação mais próxima da magnitude da Eurojust é com a Europol. A Polícia ainda tem uma instituição "mais alta" em nível internacional, a Interpol - a Polícia Internacional, com ramificação em quase 200 países.

No caso dos Ministérios Públicos, não há organização "mais importante" que a Eurojust, indica o vice-procurador geral da República Hindemburgo Chateaubriand Filho. "Não tem nada igual no mundo."

Hindemburgo explica que a Eurojust coordena toda a cooperação internacional entre os Ministérios Públicos da Europa e também com os países convidados a participar do grupo.

Atualmente doze países fora da União Europeia compõem o grupo: Albânia, Georgia, Noruega, Islândia, Moldova, Montenegro, Macedônia do Norte, Sérvia, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos.

Segundo o vice-PGR, a Eurojust tem critérios muito restritos para convidar países a participarem do grupo. Trata-se de uma instituição consolidada e amplamente reconhecida, com mais de 20 anos de atuação, e que convida países a integrarem a organização para ampliar as investigações sobre o crime organizado transnacional. O grupo coopera apenas com órgãos análogos.

O Ministério Público Federal já é um ponto focal da Eurojust, tendo participado de forças-tarefa intermediadas pela organização, como as que prenderam integrantes da máfia italiana. Essa parceria foi destacada inclusive por Škrlec, que citou a prisão de integrantes da Cosa Nostra - máfia que inspirou a trilogia O Poderoso Chefão - em outubro, no Rio Grande do Norte.

Segundo ele, as investigações que levaram à prisão de mafiosos italianos no Brasil começou em 2022 e incluiu bloqueios de valores e empresas no exterior.

Apesar de a Procuradoria já atuar, em algumas investigações intermediadas pela Eurojust, se o Brasil se tornar um membro participante do órgão inúmeras possibilidades de investigação seriam abertas, avalia Hindemburgo, considerando que a natureza do vínculo é mais forte. "Há uma diferença entre ser um convidado e ser sócio do clube. O nível da parceria cresce e claro que se abrem possibilidades", indica.

Segundo Hindemburgo, se o Brasil efetivamente se tornar um membro da Eurojust, as oportunidades se abrem especialmente para o combate do crime organizado e das grandes facções internacionais. A parceria poderia inclusive turbinar as investigações, em nível internacional sobre o PCC, que hoje tem uma atuação marcante em inúmeros países.

A maior facilidade em investigar esses crimes seria um resultado do maior diálogo entre o Brasil e outros países, considerando o acesso mais fácil e qualificado possibilitado pela Eurojust. "Cooperação pressupõe conhecimento e confiança. Você não coopera com quem você não conhece", explica Hidemburgo.

A aproximação seria, inclusive, física. Isso porque os países que integram a Eurojust mantêm um procurador representante da nação na sede em Haia. Isso permite que os integrantes dos MPs parceiros da instituição possam simplesmente bater à porta do gabinete de um procurador de outro país. A avaliação é a de que são criadas condições perfeitas para o diálogo, troca de informações ou resolução de dúvidas.

Convite

No MPF, a avaliação é a de que o convite veio após a entidade mapear a maneira como hoje operam as organizações criminosas, considerando o grande volume de crimes praticados com origem no País e destino na Europa. Além disso, a atuação do MPF como parceiro fez com que a instituição se mostrasse confiável, pensam integrantes da Procuradoria.

Outra questão que propiciou o convite - algo que sempre foi de interesse do Ministério Público Federal -, foi o fato de o Brasil ter desenvolvido uma legislação mínima que permite a relação almejada, em especial a instituição da Lei Geral de Proteção de Dados.

Para a formalização do ingresso do Brasil no Eurojust foi apresentado ao governo federal, via Ministério das Relações Exteriores, um convite, ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. À época, o chefe do Ministério Público Federal era o ex-procurador-geral da República Augusto Aras, antecessor de Gonet. Portugal presidia o Conselho da Europa.

O documento encaminhado ao MRE estabelece algumas condições para a parceria entre a Eurojust e o Brasil. Uma assinatura implicaria em um tratado internacional que, segundo Hindemburgo, é de "interesse óbvio" do Brasil. "(A parceria) não irá trazer um avanço miraculoso, mas uma vez parte do processo será desenvolvida a capacidade de atuação no combate ao crime organizado."

O Estadão apurou que a Agência Nacional de Proteção de Dados já deu parecer favorável à parceria entre o Brasil e a Eurojust. No entanto, o motivo de as negociações não terem deslanchado é considerado um "mistério". Até o impacto da Operação Lava Jato e a disputa de poder envolvendo a possibilidade de eventualmente haver um representante do MPF em Haia são aventados como possíveis entraves internos para as tratativas.

Nos bastidores, considera-se a negociação arrastada, com episódios que se destacam. Em um primeiro momento, por exemplo, o governo teria negado que teria havido uma proposta de acordo formal, o que foi posteriormente contrariado pelo ex-PGR Augusto Aras.

Em outra ocasião, que repercutiu muito no MPF, foi a sugestão, feita pela comissão que analisa a proposta, de o ponto focal da parceria do Brasil com o Eurojust ser a Advocacia-Geral da União, braço jurídico do Executivo, mesmo se tratando de uma organização de Ministérios Públicos.

A sensação interna na Procuradoria é a de que "se empurra o acordo com a barriga". A expectativa, com o encontro do PG-20 e a presença do vice-presidente da Eurojust é que pelo menos seja estabelecido um processo de convencimento em torno da importância de o Brasil participar do grupo.

"Eu ainda não consigo acreditar, mas tenho a sensação de que você vai voltar, voltar bem, com luz e com felicidade. Meu campeão conseguiu o primeiro ouro no esporte", escreveu a jovem Brenda Freitas, de 18 anos, namorada do atleta de remo Henry da Fontoura Guimarães, de 15 anos, uma das nove vítimas fatais do acidente de trânsito na noite de domingo, 20, na BR-376, em Guaratuba, no Paraná.

Como mostrou o Estadão, a equipe de remo do Projeto Remar para o Futuro havia acabado de ganhar sete medalhas na competição Campeonato Brasileiro Unificado, disputado na Raia Olímpica da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste capital paulista. Eles voltavam do campeonato rumo a Pelotas, no Rio Grande do Sul, sua cidade de origem, quando ocorreu a tragédia. A van em que estavam capotou e um caminhão os atropelou.

Brenda publicou em sua página no Instagram nesta segunda-feira, 21, um relato apaixonado, em que diz que Henry "foi e sempre será" o amor da sua vida. "Meu primeiro namorado", escreveu a jovem.

"Uma das pessoas mais fortes que conheci, passava por coisas horríveis e guardava tudo pra si, mas sempre com um sorriso no rosto e agitando todo mundo."

Junto ao texto, ela publicou uma série de fotos do casal e um vídeo de Henry brincando em uma cadeira de rodas. "Amor, sei que não adianta eu escrever isso, eu queria tanto te dar um último beijo, um último abraço, um último belisco… Mas eu sei e todos sabemos que você é um ser de muita, muita luz", disse.

Entenda o caso

O projeto Remar Para o Futuro é uma parceria entre prefeitura de Pelotas, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o Clube Centro Português 1º de Dezembro, criado em 2015. Eles voltavam de um campeonato de remo na USP quando houve uma colisão de trânsito seguida por um atropelamento.

Edgar Santana, titular da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba, falou sobre a dinâmica do acidente. "As informações preliminares apontam que três veículos estavam envolvidos: um caminhão teria colidido no fundo de uma van e a van teria colidido no fundo de um veículo de passeio. Na sequência, houve o capotamento da van, o caminhão teria passado por cima da van e as vítimas terminaram indo a óbito no local."

Sete atletas, mais o treinador da equipe e o motorista da van morreram no acidente. Um jovem de 17 anos e o motorista da carreta tiveram ferimentos leves e foram encaminhados para o Hospital São José, em Joinville, em Santa Catarina. O motorista de um terceiro veículo envolvido no acidente não ficou ferido.

O motorista do caminhão, de 30 anos, deve ser indiciado por homicídio culposo (não intencional), segundo a Polícia Civil do Paraná. Após passar por cuidados médicos, ele deveria ter prestado depoimento para a polícia sobre o ocorrido, mas até as 18 horas desta segunda-feira, 21, ainda não havia comparecido à delegacia. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do motorista.

Ainda no domingo, uma publicação feita por meio da academia de remo Tissot destacou a participação dos atletas na competição na USP, com medalhas conquistadas, assim como uma mensagem de agradecimento a todos que participaram desta jornada.

"Um cenário de incertezas com uma única convicção: nossos jovens estavam prontos para esse grande desafio. A gratidão é imensa a todos que fazem parte da nossa família e contribuem nesse processo duro, que não mede esforços para vencer as adversidades para fazer esporte de base no nosso projeto."