Filhos de Cid Moreira entram na Justiça após serem retirados de testamento

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O embate familiar que envolve Cid Moreira e os filhos, Rodrigo e Roger Moreira, ganhou um novo capítulo após a morte do apresentador na última quinta, 3, aos 97 anos. Cid excluiu os filhos do testamento e Rodrigo e Roger entraram com um pedido de abertura do inventário do pai reclamando da decisão. A informação foi confirmada pelo advogado de Rodrigo e Roger, Ângelo Carbone, ao Estadão neste domingo, 6.

 

Em contato também com o Estadão, o advogado Davi de Souza Saldaño, que representa Fátima Sampaio, viúva do apresentador, disse nesta segunda, 7, que o pedido de deserdação e exclusão de Rodrigo e Roger do espólio de Cid foram feitos "pela indignidade prevista no código civil". Saldaño ainda chama de "ações infundadas" os embates promovidos pelos filhos do apresentador e afirma que ambos foram acusados pelo Ministério Público pela prática de "denunciação caluniosa".

 

Em vídeo enviado à reportagem, Rodrigo Moreira diz que Cid Moreira "deixou de conhecer o melhor amigo dele, que sou eu". Ele alega que o apresentador não quis tentar uma reaproximação. "É um buraco que vai ficar dentro de mim para sempre", afirma.

 

O pedido de abertura de inventário descreve que Rodrigo e Roger seriam "pobres na expressão da palavra". Rodrigo afirma ter "resquícios psicológicos da falta do pai" e realizar acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Já Roger diz que o pai o "deixou em uma situação muito vulnerável, que continua até hoje". O advogado dos dois pede R$ 100 mil como valor da causa "até que seja apurado o patrimônio do finado".

 

Ângelo Carbone ainda alega que Fátima não teria direito à herança do apresentador por ter se casado com Cid em regime de separação total de bens. O advogado da viúva afirma que o casamento se deu por separação total de bens "em virtude da idade avançada" de Cid. "Justamente por isso, ele manifestou em testamento público, motivadamente, a vontade de deserdar os dois filhos, com base na indignidade prevista no Código Civil brasileiro, excluindo-os da sucessão", diz.

 

Carbone afirma que Rodrigo e Roger não foram ao enterro de Cid Moreira "para não causar mais divergências", mas disse que os dois irão celebrar uma missa de sétimo dia nesta terça, 8, na Catedral da Sé, em São Paulo. "Eles perdoam o pai e agora só buscam os seus direitos, como qualquer herdeiro faria", diz.

 

Entenda o caso

 

A relação de Cid com os filhos sempre foi conturbada. O jornalista se afastou de Rodrigo desde sua separação de Olga Verônica Radenzev, encontrando-o poucas vezes enquanto ele crescia. Já Roger, adotado pelo apresentador aos 20 anos, revelou ter sido deserdado pelo pai adotivo após se assumir homossexual.

 

O primeiro processo de Rodrigo contra Cid começou em 2006, quando o comerciante entrou na Justiça pedindo R$ 1 milhão por abandono afetivo do pai. Ele perdeu a ação e não tentou mais se reaproximar do ex-âncora do Jornal Nacional. Já Roger entrou na Justiça contra o pai por homofobia, abandono afetivo e evasão escolar, afirmando que Cid o teria incentivado a deixar os estudos.

 

Em 2021, os dois filhos do apresentador entraram com um processo na Justiça que pedia a interdição de Cid Moreira e a prisão de Fátima Moreira, alegando que a madrasta teria transferido cerca de R$ 40 milhões do marido para a própria conta e de parentes, além de ter vendido diversos imóveis do cônjuge e supostamente mantê-lo em cárcere privado. Tanto Cid quanto Fátima negaram as acusações. Roger e Rodrigo perderam os processos.

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A falta de energia elétrica ainda atinge 250 mil imóveis - entre casas e comércios - na Grande São Paulo, segundo atualização feita pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta terça-feira, 15. A quantidade de clientes afetados por municípios ainda está em apuração pela empresa.

A companhia diz que reforçou as equipes próprias em campo, recebeu apoio de técnicos de outras distribuidoras e deslocou profissionais de outros Estados. O governo federal determinou auditoria da empresa e deu nesta segunda-feira (14) prazo de três dias para que o serviço seja restabelecido.

Na segunda-feira, também anunciou que operadores de unidades da Enel de outros países foram convocados pela distribuidora para ajudar no trabalho de restabelecer a energia elétrica em São Paulo e em demais cidades da região metropolitana da capital, afetadas pelo temporal da sexta-feira, 11.

No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após a tempestade com ventania na noite de sexta-feira, com rajadas que chegaram a 107,6 km/h. As cidades mais afetadas foram São Paulo, Cotia e Taboão da Serra.

Até as 6h desta terça-feira, cerca de 1,8 milhão de clientes tiveram a energia restabelecida. "Técnicos da distribuidora seguem atuando para restabelecer o serviço para cerca de 250 mil clientes na região metropolitana de São Paulo", afirma a Enel.

O educador e escritor Arnaldo Niskier e a diretora-superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, são os ganhadores deste ano do Prêmio Professor Emérito - Troféu Guerreiro da Educação Ruy Mesquita. A premiação é uma iniciativa do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em parceria com o Estadão. Desde 1997, presta homenagem às personalidades que contribuem para melhorar a educação brasileira.

A cerimônia será nesta terça-feira, Dia do Professor, na sede do CIEE, no Itaim, zona sul da capital paulista. Entre os que já receberam o prêmio estão Ruth Cardoso, Miguel Reale, Esther de Figueiredo Ferraz, José Pastore, Hélio Guerra, Antônio Candido, Paulo Vanzolini, Fernando Henrique Cardoso e Raul Cutait.

O ano passado foi o primeiro em que a premiação foi dividida em duas categorias. O Prêmio Guerreiro da Educação reconhece aqueles que contribuíram significativamente para o ensino, mas não atuaram em sala de aula, enquanto o Prêmio Professor Emérito é dado a um docente. Os vencedores foram o atual secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Paulo, Vahan Agopyan, que recebeu o Prêmio Professor Emérito, e a empresária Viviane Senna, ganhadora do Troféu Guerreiro da Educação.

PREMIADOS

Em 2024, o Prêmio Guerreiro da Educação será dado a Laura, e o Prêmio Professor Emérito, a Niskier. Arnaldo Niskier é integrante da Academia Brasileira de Letras desde 1984 e foi presidente da entidade em dois mandatos. É professor aposentado de História e Filosofia da Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Inaugurou 88 escolas públicas do Rio de Janeiro e vendeu mais de 20 milhões de livros em 120 escritos até hoje.

Laura Laganá atua no Centro Paula Souza desde 1982. Lá, já foi professora de Matemática, coordenadora, diretora de unidade e, desde 2004, é diretora-superintendente. Ela foi uma das responsáveis pela expansão das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) para 340 municípios do Estado de São Paulo.

CERIMÔNIA DE 2023

Durante a premiação do ano passado, Vahan Agopyan e Viviane Senna destacaram a relação da educação com a economia e o desenvolvimento nacional. "O professor é o gestor do futuro, que vai levar o País a atingir o seu pleno potencial", disse a presidente do Instituto Ayrton Senna na ocasião. "O Brasil tem de entender que investimento em educação é economia", disse Agopyan.

Viviane ficou marcada como a primeira a receber o Prêmio Guerreiro da Educação. Na cerimônia, ela lembrou do irmão, o piloto tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna, que morreu em 1994. A pedido dele, ela fundou com a família o Instituto Ayrton Senna, organização sem fins lucrativos. Agopyan atribuiu o Prêmio Professor Emérito ao privilégio de ter feito parte de equipes "excelentes" e "vitoriosas". "Que contribuíram para o aprimoramento do ensino superior no nosso País e até influenciaram o exterior."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um funcionário da Enel Distribuição São Paulo, de 52 anos, morreu após ser atingido por um galho de árvore no fim da tarde de sábado, 12. Ele estava trabalhando para restabelecer a energia elétrica na Estrada de Perus, no bairro Parque Anhanguera, zona norte da capital paulista, de acordo com a companhia no momento em que foi vítima do acidente. A ocorrência foi registrada por volta das 18 horas.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, um supervisor da empresa compareceu na delegacia ainda na noite do mesmo dia e contou que sua equipe estava realizando a poda de uma árvore, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a capital e a região metropolitana. Naquele momento, um dos trabalhadores teria sido atingido por um dos galhos da árvore, se desequilibrou e caiu.

"A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Perus, onde não resistiu e faleceu", disse a SSP.

Em nota, a Enel disse que lamenta profundamente a morte do eletricista da companhia, durante os trabalhos de recuperação da rede de distribuição. A empresa afirma que "está em contato com a família do colaborador para prestar todo o apoio necessário neste momento".

A Enel disse que está apurando as circunstâncias do acidente e reforça "seu compromisso com rigorosos padrões de segurança" em todas as operações da empresa.

O caso foi registrado como morte suspeita no 33° Distrito Policial de Pirituba e encaminhado ao 46° DP (Perus), área dos fatos.

Ainda há moradores sem luz

A falta de energia elétrica ainda atinge 250 mil imóveis - entre casas e comércios - na Grande São Paulo, segundo atualização feita pela Enel Distribuição São Paulo na manhã desta terça-feira, 15. Na capital paulista, são cerca de 172 mil clientes impactados. No pico do apagão, mais de 2,1 milhões ficaram sem luz após a tempestade registrada na noite de sexta-feira. As cidades mais afetadas foram São Paulo, Cotia e Taboão da Serra.