Morre Christopher Ciccone, irmão caçula de Madonna

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A cantora Madonna prestou uma homenagem emocionante a Christopher Ciccone, seu irmão caçula, no domingo, 6, após a morte do dançarino. Segundo informações da Associated Press, Christopher, que tinha 63 anos, morreu na sexta, 4. Ele foi vítima de um câncer.

 

Madonna disse que o irmão "foi o ser humano mais próximo dela durante tanto tempo". Ele chegou a aparecer em clipes da cantora, como Lucky Star, e a dirigir turnês importantes da carreira da artista, como a Blond Ambition e a The Girlie Show.

 

"Eu cresci com um entendimento de que éramos diferentes e a sociedade seria dura conosco por não seguir o 'status quo'", escreveu Madonna em uma publicação feita no Instagram em que mostrou diversos registros ao lado de Christopher. "Nós pegamos nas mãos um do outro e dançamos pela loucura de nossa infância. De fato, a dança foi uma supercola que nos uniu."

 

A cantora descreveu o início da carreira dos dois, afirmando que a dança os "salvou". Os irmãos foram criados no Meio-Oeste norte-americano e o irmão encontrou nas aulas de ballet, com um professor que também se chamava Christopher, "um espaço seguro para ser gay". "Era uma palavra que não era dita e nem sussurrada onde vivemos", disse Madonna.

 

Quando a artista se mudou para Nova York para tentar a vida como dançarina, o irmão a seguiu. "Nós devoramos arte e música e cinema como animais famintos. [...] Nós dançamos em meio à loucura da epidemia de Aids. Fomos a funerais e choramos, e fomos dançar", contou ela.

 

Madonna citou a importância de Christopher para suas turnês e sua carreira. "Nós desafiamos a Igreja Católica Romana, a polícia, a moral e todas as figuras de autoridade que atrapalhavam a liberdade artística", escreveu.

 

Ela completou citando o talento do dançarino. "Ele foi um pintor, poeta e visionário. Eu o admirava. Ele tinha um gosto impecável. E uma língua afiada, que às vezes era usada contra mim, mas eu sempre o perdoei", afirmou.

 

A cantora descreveu que "os últimos anos foram difíceis" e que os irmãos deixaram de se falar por um tempo. Quando Christopher ficou doente, porém, eles retomaram o contato. "Fiz o meu melhor para mantê-lo vivo o máximo possível. Ele estava com tanta dor no fim. Mais uma vez, demos as mãos. Fechamos os olhos e dançamos. Juntos. Estou feliz que ele não esteja mais sofrendo. Nunca haverá ninguém como ele. Eu sei que ele está dançando em algum lugar."

 

Anthony Ciccone, irmão mais velho de Madonna, morreu no ano passado

 

No ano passado, Madonna também se despediu de Anthony Ciccone, seu irmão mais velho. Anthony, que chegou a viver em situação de rua e a enfrentar o alcoolismo, segundo o jornal britânico Daily Mail, morreu aos 66 anos. Conforme o TMZ, ele sofreu uma insuficiência respiratória causada por um tumor na orofaringe.

 

À época, Madonna também publicou uma homenagem ao irmão nas redes sociais. "Obrigada por ter me surpreendido quando jovem e ter me apresentado Charlie Parker, Miles Davis, budismo, taoismo, Charles Bukowski, Richard Brautigan, Jack Kerouac, pensamento expansivo e fora da caixa. Você plantou muitas sementes importantes", escreveu a cantora nos stories.

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O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse que terá uma reunião às 11h30 desta terça-feira (15) com o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes. Na pauta está a fiscalização do regulador sobre o serviço da Enel Distribuição São Paulo.

A Aneel recebeu o pedido do para reunião presencial em São Paulo. O diretor-geral da Aneel reforçou que o regulador está disponível para prestar todas as informações "necessárias para os órgãos públicos e de controle" sobre o trabalho de fiscalização na concessão da Enel SP.

Por volta das 10h50, os diretores da Aneel estavam em reunião pública. Na segunda-feira, 14, o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a CGU faça uma "auditoria completa" no processo de fiscalização da Aneel em relação à concessionária Enel SP.

Ledo engano se você acredita que utilizar inteligência artificial (IA) em sala de aula se resume ao ChatGPT. As possibilidades que a inteligência artificial oferece estão em todos os níveis da educação, desde dar mais eficiência para os professores até auxiliar na compreensão dos alunos e ajudar no desenvolvimento de habilidades socioemocionais.

Esse movimento já está em curso em instituições de todo o País. Uma pesquisa do Instituto Semesp, realizada com 444 professores da educação básica em março de 2024, mostra que 74,8% dos docentes enxergam a tecnologia e a IA como aliadas no ensino. No entanto, enquanto a tecnologia acelera o acesso à informação, os professores também percebem que ela traz diversos desafios como a dispersão dos alunos.

Curiosamente, apesar do reconhecimento de seus benefícios, apenas 39,2% dos professores afirmam utilizar essas ferramentas com regularidade em sala de aula. Esse dado evidencia que há uma distância entre o potencial da tecnologia e sua implementação cotidiana.

Carlota Boto, diretora da Faculdade de Educação da USP, acredita que essa lacuna se deve à complexidade do uso da IA, que vai além de ser uma simples ferramenta técnica. Para ela, a IA tem o poder de redefinir o modo como o conhecimento é acessado e compartilhado. "A inteligência artificial pode ser uma aliada valiosa no preparo das atividades em sala de aula, mas, para que isso ocorra de forma eficaz, é preciso que o professor tenha domínio tanto da ferramenta quanto do conteúdo a ser trabalhado."

Essa transformação, para ela, exige que os docentes reavaliem as práticas pedagógicas, desafiando tradições e abraçando a inovação. "A primeira questão a ser pensada é o repertório: o que estamos ensinando e como isso se conecta com o mundo em transformação? É importante respeitar as tradições pedagógicas, mas também integrar novos conteúdos que dialoguem com as demandas atuais."

E de agora em diante?

Na era da IA generativa, o impacto dessa tecnologia é notável na produção de conteúdo. Anderson Soares, coordenador do primeiro bacharelado em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (UFG), observa que "a geração de conteúdo sempre foi algo muito artesanal, mas a IA generativa permite criar músicas, textos e materiais de forma automática". "Isso abre caminho para que os alunos atuem mais no campo criativo e menos nas tarefas manuais."

Para Soares, essa nova realidade oferece oportunidades que promovem ações cooperativas e colaborativas, essenciais para o desenvolvimento das competências do futuro. No entanto, o avanço tecnológico também traz um desafio significativo: como trabalhar as habilidades socioemocionais em um ambiente altamente tecnológico?

Para Guilherme Cintra, diretor de inovação e tecnologia da Fundação Lemann, a resposta está na criatividade e na capacidade do professor de criar um ambiente de troca real entre os alunos. "A nossa capacidade de criar e manter relações verdadeiras será o que nos distinguirá das máquinas", afirma, destacando que o professor precisa ser mais do que um transmissor de conhecimento, atuando como facilitador de interações humanas e reflexões profundas.

Além disso, o sistema educacional como um todo precisa se adaptar para apoiar os professores nessa transformação. "Não podemos esperar que os professores assumam sozinhos a responsabilidade de toda essa mudança", diz Cintra. Repensar a formação dos docentes, o currículo e a gestão escolar é essencial para que a tecnologia seja usada de forma eficaz, sem sobrecarregar os educadores.

Para o especialista Anderson Soares, embora a tecnologia possa otimizar o aprendizado e personalizar o ensino, o desenvolvimento de habilidades humanas fundamentais como empatia, trabalho em equipe e criatividade ainda depende da capacidade do educador de criar relações significativas. "A educação tem um papel essencial para nos mostrar como tecnologia não vai resolver nenhum problema por nós, mas que a resolução ainda compete ao ser humano, ainda compete a nossas habilidades socioemocionais."

Integração

Lucas Chao, especialista em IA e educador no Colégio Santa Cruz, demonstra como a tecnologia pode ser uma poderosa aliada no processo de ensino. Ele ministra uma eletiva de inteligência artificial no ensino médio da escola em São Paulo, que aborda desde a história até as aplicações mais avançadas da tecnologia, incluindo programação em Python e criação de conteúdo com IA generativa. "O curso vai além do ensino técnico; ele desafia os alunos a refletir criticamente sobre as implicações éticas da IA."

Paralelamente, no ensino fundamental 2, Chao lidera uma oficina chamada CodingLab, focada em letramento digital e desenvolvimento de jogos, onde introduz conceitos de IA de maneira prática e crítica. Ele enfatiza a importância de "pensar sobre" a IA, questionando os resultados e visões gerados por ferramentas como ChatGPT e Gemini. Lucas investiga se as representações produzidas por essas ferramentas carregam preconceitos ou vieses.

Uso de IA só funciona no contexto de troca entre aluno e mestre

Mas, afinal, a IA pode substituir o papel do professor? Segundo Guilherme Cintra, diretor de inovação e tecnologia da Fundação Lemann, a interação humana continua sendo fundamental para um aprendizado eficaz. "Usar uma ferramenta por si só, sem um contexto de troca com humanos, em que exista uma relação no centro do processo, não basta", afirma.

Existem diversas ferramentas de IA que podem potencializar o papel dos professores em suas atividades. A PeerTeach, por exemplo, conecta alunos para colaboração, personalizando o aprendizado. Já a Letrus corrige redações, liberando tempo para que os professores se dediquem a atividades mais estratégicas, como identificar as necessidades individuais de cada aluno. "A inteligência artificial, quando bem usada, centraliza o processo na relação humana e permite a adaptação para diferentes contextos. Isso é não substituir o professor", diz ele.

A distribuidora Enel São Paulo informou nesta terça-feira, 15, que 220 mil imóveis da Grande São Paulo continuam sem energia elétrica desde a tempestade de sexta-feira, dia 11. A concessionária afirma que suas equipes "seguem atuando no restabelecimento da energia a clientes que ingressaram chamados ao longo dos últimos dias", declarou em nota enviada às 12h12 desta terça. Do total, 147 mil unidades consumidoras sem luz estão na capital paulista, 6,5 mil ficam em Diadema e outras 5 mil em São Bernardo do Campo.