Caio Bonfim foi lateral da base do Brasiliense antes de seguir a família no atletismo

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A marcha atlética entrou na vida de Caio Bonfim muito cedo, já que seus pais são do atletismo. Hoje com 32 anos, ele não está cansado da vida de atleta, não à toa chegou a Paris para disputar sua quarta Olimpíada e ganhou a medalha de prata nesta quinta-feira. O Brasil nunca havia subido ao pódio na modalidade. Nascido em Sobradinho, no Distrito Federal, ele é filho da octocampeã brasileira de marcha atlética de Gianetti Bonfim e de João Sena, ex-técnico da sua mãe.

 

Antes de se dedicar ao mesmo ofício que os pais, teve de superar problemas de saúde na infância. Com apenas sete meses de vida, teve meningite, da qual se recuperou sem sequelas. Pouco tempo depois, aos dois anos, sofreu com carência de cálcio porque não podia ingerir leite, devido à sua intolerância a lactose. A fragilidade óssea começou a entortar as pernas do menino, que foram realinhadas por meio de cirurgia.

 

A operação foi tão bem-sucedida que Caio flertou com o futebol no início de sua trajetória esportiva. Com as pernas realinhadas, ele jogou nas categorias de base do Brasiliense, time que já jogou a Série A do Campeonato Brasileiro e foi vice-campeão da Copa do Brasil em 2002. Era lateral-esquerdo.

 

Mas o atletismo se tornou forte concorrência ao futebol aos 13 anos, quando fez seus primeiros testes na modalidade, a pedido do pai. Caio acabou decidindo pelo esporte da família. E, aos 16 anos, em 2007, entrou de vez na marcha atlética.

 

Sem a sombra dos problemas de saúde, Caio pôde construir uma carreira vitoriosa na categoria, que exige muito por seus movimentos específicos e longa distância das provas. Ao longo do caminho, também teve de lidar com preconceito, já que era comum fazerem troça da movimentação feita com os quadris para competir na marcha. "Para de rebolar e vai trabalhar", chegou a ouvir durante treinamentos.

 

"Essa prova aí, parece que nós estamos brincando de rebolar? Vai rebolar 20km, cara! Tem gente que pergunta: 'Qual o intuito dessa prova?' É uma competição de quem caminha mais rápido e ganha de você correndo", brincou Caio, após a medalha de prata em Paris-2024.

 

Ao longo dos anos, o envolvimento com o esporte só aumentou. Praticamente a família toda está envolvida com a marcha. Eles coordenam o Centro de Atletismo de Sobradinho (CASO), na cidade do Distrito Federal. O projeto social atende 200 crianças e jovens, mas também dá atenção ao alto rendimento. Entre os talentos revelados estão Gabriela Muniz e Max Batista, que competiu ao lado de Caio na marcha atlética na capital francesa - ficou em 39º.

 

MOTIVAÇÃO PARA IR ALÉM DOS RESULTADOS JÁ OBTIDOS

Mesmo depois de tantos anos competindo, Caio continua motivado. "Às vezes o atleta não quer mais, aí vai desanimando, vai fazendo outras coisas. A idade mudou, mas a vontade de querer treinar e trabalhar, essa paixão pelo processo, aumentou. Você mentalmente vai conseguindo manter uma rotina sólida e um trabalho consistente para continuar evoluindo", disse em entrevista ao site oficial da Olimpíada.

 

Boa parte da motivação do atleta de 32 anos vem dos filhos Miguel, 5, e Théo, 2, e da mulher, Juliana Bonfim. "O Miguel fez eu me alimentar bem, porque ele tem alergia à proteína do leite, então precisa comer certinho", explicou. "O Théo me ensinou a dormir melhor, porque ele dorme muito cedo. E, se eu não dormisse junto, perigava não dormir. O atleta é fogo, relaciona tudo à performance. Meus filhos me ajudaram e minha esposa, Juliana, que me dá todo apoio", completou.

 

O que faltava para Caio Bonfim era justamente uma medalha olímpica. Bronze nos Mundiais de 2017 e 2023, também é dono de duas pratas e dois bronzes em Jogos Pan-Americanos. Chegou aos Jogos Olímpicos de Paris como detentor do recorde sul-americano (1h19min52s) e ocupando a terceira colocação do ranking mundial.

 

Nos Jogos Olímpicos, estreou com o 39º lugar em Londres-2012, antes de fazer história ao ser quarto colocado no Rio-2016, até então, a melhor posição do País na história da marcha atlética, a cinco segundos do medalhista de bronze Dane Bird-Smith, da Austrália. Nos Jogos de Tóquio, ficou em 13º.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.