Homem é morto a facadas em assalto no Parque Ecológico do Tietê; suspeito tentou roubar celular

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Um homem de 37 anos foi morto a facadas durante uma tentativa de assalto, na noite desta quinta-feira, 4, no Parque Ecológico do Tietê, no bairro Vila Santo Henrique, zona leste de São Paulo.

O homem caminhava por uma trilha, quando foi abordado por outro homem que tentou roubar seu celular. A vítima foi esfaqueada e chegou a ser socorrida, mas não resistiu. O suspeito, de 41 anos, foi preso em flagrante.

O local fica próximo à estação de trem Engenheiro Goulart, que estava fechada naquele horário. De acordo o registro policial, testemunhas relataram que o homem saiu do parque gritando que havia sido assaltado por um homem armado com uma faca. Ele apresentava ferimentos nos braços e nas pernas. A vítima chegou a descrever o agressor antes de desmaiar. A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrências.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), no local foi constatado que a vítima estava caminhando pela Via Parque, quando foi abordada pelo criminoso, que tentou roubá-lo. Na ação, o homem foi esfaqueado. A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Em diligências, os PMs localizaram o autor do crime escondido em uma área de mata e o detiveram. Ele estava com as roupas sujas de sangue. Segundo a SSP, testemunhas o reconheceram como o autor do crime. O suspeito foi levado para a delegacia e permaneceu à disposição da Justiça. O caso foi registrado como tentativa de roubo no 24° Distrito Policial, na Ponte Rasa.

Vítimas de latrocínios

A capital paulista teve alta de 23,2% nos latrocínios em 2024, com 53 vítimas no período. Em janeiro deste ano, este crime desacelerou, e, em fevereiro, manteve a tendência de queda. Mas uma onda de crimes violentos - incluindo em bairros de classe média alta, como Pinheiros, na zona oeste, e Itaim-Bibi, na zona sul - tem assustado os paulistanos, como mostra o Radar da Criminalidade, ferramenta exclusiva do Estadão.

Em fevereiro, a médica Marília Dalprá, de 67 anos, sofreu uma tentativa de assalto ao sair para caminhar no Parque Continental, zona oeste Ela teve quatro costelas quebradas e parte do pulmão comprometida. "'Deu para ouvir o barulho das minhas costelas quebrando", disse ao Estadão.

No mesmo mês, o ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, morto a tiros perto do Parque do Povo, no Itaim-Bibi, zona sul - foi um dos cinco casos registrados em fevereiro. Ele estava em sua bicicleta quando foi abordado por dois assaltantes. "A pessoa (ladrão) não teve coragem nem de olhar no olho dele para falar 'me entrega o celular'", disse ao Estadão a enfermeira Jaquelini Santos, de 40 anos, viúva da vítima. Três suspeitos foram presos pelo crime.

Entre outros casos de latrocínio marcados pela brutalidade, estão as mortes do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, de 32 anos, durante assalto no bairro Chácara Santo Antônio, na zona sul, e de Vitor Rocha e Silva, de 23 anos, baleado em assalto em Pinheiros, zona oeste.

A Secretaria da Segurança afirma que segue intensificando as ações de combate aos roubos cometidos com uso de violência que podem evoluir para latrocínio.

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O Instituto Moreira Salles de São Paulo inaugura neste sábado, dia 12, a exposição Arquipélago Imaginário, que faz uma retrospectiva do trabalho do fotógrafo paraense Luiz Braga. Em mais de 50 anos de carreira, ele registrou, sobretudo, paisagens, indivíduos, costumes e tradições do Pará.

São 258 fotografias, 190 delas jamais exibidas. A exposição é dividida em nove núcleos, um deles só com fotos em preto e branco, além de imagens do Círio de Nazaré, do cotidiano ribeirinho, da arquitetura das casas de palafitas e da Rodovia Transamazônica. A curadoria é de Bitu Cassundé e de Maria Luiza Meneses.

Arquipélago Imaginário

Fotografia de Luiz Braga

IMS Paulista. Av. Paulista, 2.424. Abre sáb. (12). 3ª a dom., 10h/20h. Gratuito. Até 31/8

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho vai disputar a Palma de Ouro no próximo Festival de Cannes com O Agente Secreto, anunciou na quinta-feira, 10, 0 diretor-geral do evento, Thierry Frémaux. Além dele, o cineasta iraniano Jafar Panahi, o americano Wes Anderson, a francesa Julia Ducournau e os irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne também vão exibir seus novos filmes na 78ª edição do festival, que será realizada entre 13 e 24 de maio, na França.

Seis diretoras estão entre as duas dezenas de cineastas que tiveram filmes selecionados para a mostra competitiva de Cannes. Outros nomes que estarão na competição principal são Richard Linklater e Ari Aster, nome recente do terror.

Kleber Mendonça Filho já disputou a Palma de Ouro de Cannes com Bacurau (2019) e Aquarius (2016). O diretor celebrou a participação em Cannes: "É a combinação perfeita: encerra a realização do filme e inaugura a sua trajetória. Estou feliz com O Agente Secreto. É uma história muito brasileira e, por isso mesmo, é um filme do mundo todo".

CONVIDADO

Com O Agente Secreto, o cineasta aborda a história recente do Brasil, com um thriller ambientado em 1977, durante a ditadura militar. Na trama, Marcelo (Wagner Moura) é um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz. Ele logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.

Este ano, o Brasil é o país convidado de honra do Mercado do Filme, realizado em paralelo ao festival.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O reencontro entre irmãos que não se veem há 25 anos é o ponto de partida da peça Entre Irmãos, protagonizada por Otávio Martins e Fernando Pavão, que entra em cartaz no dia 16 no Teatro da Faap.

Com texto de Martins, o espetáculo coloca os dois irmãos frente a frente no velório do pai. O mais velho deles abdicou de suas paixões e desejos para cuidar da família, enquanto o outro saiu para desbravar o mundo e se tornou um premiado fotojornalista.

Diante de um conflito, eles se deparam com uma revelação que os obriga a dialogar. A direção é de Marcos Damigo.

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O drama retrata um casal em crise e em processo de separação. No palco, os atores Paula Cohen e Jiddu Pinheiro, dirigidos por Pedro Granato. Entre o dilema com que os dois se deparam está a única filha do casal, que depende de um consenso sobre com qual dos dois ela ficará após o divórcio.

A peça, criada pelo francês Pascal Rambert, estreou em 2022 na Espanha. No Brasil, ganha vida a partir da tradução de Jiddu Pinheiro e também reflete questões centrais do contexto atual, como um mundo em desconstrução e o questionamento de comportamentos opressivos.

Entre Irmãos

Teatro Faap. R. Alagoas, 903.

4ª e 5ª, 20h. R$ 120. De 16/4 a 5/6

Finlândia

Teatro Uol. Av. Higienópolis, 618,

4ª e 5ª, 20h. R$ 80. De 16/4 a 29/5

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.