MME aposta em produção nacional de SAF para enfrentar gargalo de oferta

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A oferta ainda restrita de combustível sustentável de aviação (SAF) é apontada como o principal gargalo da descarbonização do setor aéreo. De olho nisso, o Ministério de Minas e Energia (MME) abriu nesta sexta-feira, 14, a consulta pública da minuta de decreto que vai regulamentar produção, certificação e uso do biocombustível no País. A estratégia é estruturar uma cadeia produtiva nacional e ampliar a escala de fabricação, segundo o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da pasta, Renato Dutra.

O Brasil é um dos maiores produtores de biomassa do mundo e tem tradição consolidada em biocombustíveis, o que, segundo especialistas, dá ao País condições para avançar como referência na produção de SAF. A meta, porém, é que esse avanço ocorra também na esfera produtiva e não apenas no fornecimento de insumos.

"A nossa visão é produzir SAF no Brasil, não mandar matéria-prima para fora para eles produzirem lá", disse Dutra após um painel sobre SAF promovido na COP30.

A minuta em consulta estabelece o arcabouço regulatório para produção e certificação e reúne instrumentos para fomentar a oferta, como linhas de pesquisa financiadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), modalidades específicas de financiamento e incentivos proprietários. "Esses mecanismos refletem a necessidade de desenvolver uma cadeia que ainda está se formando", afirmou o secretário.

Dutra negou que a formação desse mercado não ficará concentrada na Petrobras, preocupação levantada por parte do setor que poderia, segundo críticos, pressionar preços. Para ilustrar a diversidade de iniciativas, citou projetos em desenvolvimento fora da estatal: o da Acelen, na Bahia, voltado à domesticação da macaúba; e a conversão completa da refinaria privada do Rio Grande do Sul em biorrefinaria. "Além disso, houve o anúncio de uma planta com tecnologia ATJ durante a visita do presidente Lula à China", disse.

O secretário ponderou que a indústria ainda está em formação. "A consulta pública existe justamente para aperfeiçoar a proposta depois de ouvir todo mundo", afirmou, lembrando que o decreto foi construído ao longo de quase um ano de debates no Conexão SAF, organizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com mais de 40 reuniões envolvendo diversos representantes do setor.

Dutra comparou a trajetória inicial do SAF ao início do Proálcool, que completa 50 anos. "Quando o Proálcool começou, parecia pequeno. Hoje é o que é. A gente acredita que o SAF pode seguir um caminho parecido, porque o Brasil tem matéria-prima como poucos países no mundo", disse.

Certificação

A minuta prevê duas rotas de certificação, nacional e internacional, definidas conforme a finalidade do uso do SAF. "Para cumprir um mandato internacional, a empresa usa o certificado internacional; para o mandato nacional, não é preciso. O essencial é garantir a sustentabilidade", explicou. Ele ressaltou que as metas do Corsia e as metas brasileiras têm finalidades distintas e não se sobrepõem.

A proposta alinha o Brasil ao Corsia, mecanismo global da Organização da Aviação Civil Internacional que se torna obrigatório em 2027, e define requisitos de elegibilidade, rastreabilidade e metas de redução de emissões.

*A repórter viajou a convite da Motiva, idealizadora da Coalizão pela Descarbonização dos Transportes

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No universo de Harry Potter, a varinha agora é um batedor de bolo; e o caldeirão virou forma de confeiteiro. Tudo graças ao reality Harry Potter: Bruxos da Confeitaria, que acaba de estrear sua segunda temporada, disponível na HBO Max e no Discovery Home & Health.

O programa traz de volta os irmãos James e Oliver Phelps - eternos Fred e George Weasley - como apresentadores.

E se você está se perguntando como é para eles voltar aos cenários de Hogwarts depois de todos esses anos, eles têm a resposta na ponta do garfo. "É divertido voltar, porque sabemos o que isso significa para as pessoas", conta James. "Temos muita sorte de fazer parte disso."

Oliver complementa: "Eu sei como os fãs brasileiros são apaixonados, porque estive em São Paulo há alguns anos".

A nova temporada mantém a fórmula inicial: oito duplas de confeiteiros competem em desafios que exigem criatividade, técnica impecável e, claro, muito sabor. A estreia conta com um episódio especial de duas horas, em que o Chapéu Seletor distribui as equipes entre as quatro casas de Hogwarts. A partir daí, é cada casa por si - e o Grande Salão para todos.

"A segunda temporada começa exatamente onde a primeira parou em termos de nível dos competidores", garante James. "O padrão está incrível este ano."

Entre as novidades, estão cenários inéditos - como a Rua dos Alfeneiros e áreas do Gringotes - e convidados especiais que vão despertar a nostalgia dos fãs: os atores Warwick Davis (Professor Flitwick), Afshan Azad (Padma Patil) e Devon Murray (Seamus Finnigan).

Os irmãos Phelps não são confeiteiros profissionais - e não fazem questão de fingir que são. Mas a experiência de apresentar o programa virou uma verdadeira escola. "Aprendi que há certos níveis de habilidade, e eu estou aqui, enquanto esses confeiteiros estão lá em cima, muito, muito acima", brinca Oliver, gesticulando para baixo.

Tempo é tudo

A vantagem? Poder fazer perguntas que o público em casa também faria. "Por que você está usando esse método? Por que nessa sequência?", exemplifica Oliver. "Você nota que esses profissionais sabem muito mais sobre timing. Na confeitaria, tempo é tudo. É preciso garantir que as coisas terminem ao mesmo tempo, que tenham tempo para esfriar ou temperar."

Oliver comemora: "Você tem a base de fãs de Harry Potter, mas também tem quem gosta de programas de confeitaria. É incrível poder unir os dois mundos."

James vai além e diz que o programa pode inspirar famílias a criarem as próprias memórias na cozinha. "Algumas pessoas me contaram que assistem com a família e depois vão juntos fazer bolos."

A segunda temporada tem uma final especial, que celebra os 20 anos do filme Harry Potter e o Cálice de Fogo, com as duplas finalistas criando peças monumentais e saborosas, inspiradas no objeto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Altas Horas deste sábado, 15, traz como convidados Belo, Pablo do Arrocha, Raul Gazolla, Aguinaldo Silva, Déa Lúcia e a banda Os Pitais, projeto que conta com nomes como Andreas Kisser e João Gordo.

Belo, que agora trabalha como ator na novela das 9 da Globo, Três Graças, comenta o papel na história de Aguinaldo Silva: "O Misael bebe e eu nunca bebi na vida. Meu pai era alcoólatra. Quando minha mãe disse que eu estava a cara dele, percebi que tinha dado certo."

Entre as músicas cantadas no programa de hoje estão Quem Será, Mega Sena, Porque Homem Não Chora e Tomara, Whisky a Go-Go, Primeiros Erros, Tempo Perdido e Aluga-se.

O Altas Horas de hoje vai ao ar a partir das 22h25, na TV Globo, logo após a exibição da novela Três Graças.

O ator Tony Ramos falou sobre como faz para se comunicar com seu cachorro surdo, Zeca, durante entrevista ao É de Casa, da Globo, neste sábado, 15. Ele relembrou como surgiu o diagnóstico e revelou que busca fazer gestos para que o pet o compreenda. "Como falar com o Zeca? A gente percebeu que fazia [bate no próprio corpo gerando som para chamar atenção do animal]: 'Aí, não! Aí, não!' E ele, nem 'tchum'. Coisa esquisita."

A dica foi dada por um adestrador, que passou um fim de semana na casa e alertou-o de que o cão teria algum problema auditivo. Tony e sua mulher, Lidiane, levaram Zeca para fazer exames.

"Surdo de nascença. A Lidiane começou a buscar informações e comunicação com o cão. Ela foi conversando, tem esse dom. E eu fui aprendendo com ela. Quando eu volto do trabalho, por exemplo, ele chora na minha perna. Eu fico olhando aquilo, me comove. Aí falo com ele. Faço assim [Ramos gesticula como se levasse comida à boca]: 'Quer papar?'", prossegue.

Tony Ramos ainda afirmou ser "'cachorreiro' desde sempre", e lamentou também a perda de outra cadela, Mel, durante a pandemia, em 6 de setembro de 2020.

Segundo ele, o luto foi tamanho que não pretendia adotar novos cães, até que a enfermeira que cuidava de sua sogra lhe ofereceu dois filhos de uma ninhada, o já citado Zeca e a sua irmã, Eva.