Dez fatos (e polêmicas) que marcaram o BBB 21

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Tretas, polêmicas, romances, muitas lágrimas, discussões sérias (e outras nem tanto), personagens marcantes. O BBB 21, cujo vencedor será conhecido nesta terça-feira, 4, - Juliette, Camilla ou Fiuk - entregou para o telespectador tudo o que se espera de um reality show.

O Big dos Bigs, com o número recorde de 20 participantes e 100 dias de confinamento, faturou alto com publicidade: já antes da estreia, a previsão era de um faturamento de R$ 550 milhões para a TV Globo, 50% a mais que a edição anterior. Nos últimos episódios, o intervalo comercial do programa custava mais de R$ 500 mil.

Mas, para o telespectador, não importa o tamanho do faturamento, e sim o entretenimento que ele proporciona. Por isso, reunimos aqui 10 fatos que marcaram esta edição do programa.

Cultura do cancelamento

Uma pauta foi discutida desde os primeiros dias de programa: a cultura do cancelamento. Pipoca e Camarote não esconderam o medo de serem julgados pelo tribunal da internet e cancelados quando saíssem do reality show. O assunto foi tema até de um dos Jogos da Discórdia da edição.

Isso não impediu, no entanto, que os próprios participantes "cancelassem" um membro do elenco logo nas primeiras semanas. O tratamento dado pelos brothers a Lucas Penteado revoltou o telespectador - e fez com que Lucas, mesmo desistindo do programa e sendo o segundo integrante a sair, depois de Kerline, ganhasse a admiração do público e contratos publicitários.

Recordes de rejeições

Antes do BBB 21, a recordista de rejeição num paredão triplo do BBB era Patrícia Leitte (BBB 18), com 94,26% dos votos. Patrícia foi superada três vezes só nesta edição. A primeira vez foi por Nego Di (98,76%) - Patrícia até brincou com o fato, entregando a coroa virtualmente a ele depois da eliminação.

Mas o reinado do humorista gaúcho durou pouco: logo ele foi superado por Karol Conká, que teve 99,17% dos votos recebidos. Viih Tube saiu com 96,69% e entrou para o top 3 de rejeições. Mesmo sem quebrar recordes, Projota também foi eliminado com uma rejeição alta, de 91,89%.

Alguns beijos, poucos romances

Selinhos entre os participantes foram comuns na edição, mas não houve grandes romances nesta edição. Arthur e Carla Diaz viveram uma relação atribulada, que não emplacou com o público - a declaração de amor da atriz de joelhos na volta do paredão falso, com um "Partiu" como resposta fez o telespectador sofrer de vergonha alheia.

Thaís e Fiuk se beijaram, mas a relação não foi além e os dois não chegaram a ser um casal. Arcrebiano - que prefere ser chamado de Bill, embora o público goste mesmo de chamá-lo de Arcrebiano - e Karol Conká se beijaram, mas o romance não apenas não engatou como gerou atritos e constrangimentos (dentro e fora da casa).

O beijo que realmente conquistou o público foi entre Gil e Lucas. Mas os brothers puseram em dúvida as intenções e a bissexualidade de Lucas. O fato foi o estopim para o ator pedir para sair do programa, depois de dias de desentendimentos com os brothers.

Racismo em pauta

A discussão sobre o racismo permeou toda a edição do BBB. Foi a edição com o maior número de participantes negros - 9, ao todo. E muitas polêmicas em torno do tema. Lucas Penteado propôs aos brothers negros uma união para eliminar os brancos primeiro, causando a primeira grande revolta da casa com o ator. O colorismo entrou em pauta quando Nego Di disse que Gil não podia se considerar negro, pois tinha a pele clara. Lumena levantou a discussão sobre privilégio branco.

Mais recentemente, Rodolffo comparou o cabelo de João à peruca do castigo do Monstro, que era de um homem das cavernas. João acabou desabafando sobre o episódio durante o Jogo da Discórdia, e Camilla de Lucas passou horas explicando ao cantor sertanejo porque aquele tipo de comparação era racista e não poderia ser feita. Rodolffo não pareceu entender muito bem, e Tiago Leifert voltou a explicar o significado do Black Power na cultura negra depois do encerramento da votação, na terça-feira.

O BBB das duplas

Poucos romances, mas muitas duplas marcaram esta edição. Sarah e Gil, Camilla de Lucas e João, Caio e Rodolffo (Os 'Bastião'), Projota e Arthur, Viih Tube e Thaís formaram os grandes "casais" do BBB 21 e protagonizaram cenas de grande companheiros e extrema emoção - principalmente quando seus pares deixaram a casa. Depois que Sarah saiu, Gil se aproximou mais de Fiuk, e o momento em que os dois pularam nus na piscina para celebrar a volta de um paredão foi memorável.

Tretas memoráveis

Enquanto algumas tretas causaram tristeza e desconforto ao telespectador, outras arrancaram gargalhadas e fizeram o público vibrar. O episódio em que Karol Conká manda Lucas sair da mesa para "comer em paz" foi um dos mais difíceis de assistir e contribuiu bastante para a eliminação recorde da rapper.

Outro episódio em que a cantora esteve envolvida deixou Gil descontrolado - ou melhor "indignado"-, e foi angustiante ver o desespero do economista por ver sua palavra ser desacreditada. Nesse mesmo dia, Karol brigou também com Camilla de Lucas. "Aqui dentro tem outra braba", respondeu Camilla.

Outras brigas viraram memes maravilhosos. "Não vou perder pra basculho não", disse Gil para Pocah. Vestida de samambaia por causa do castigo do Monstro, Pocah cobrou satisfação dos brothers por ter sentado em pêlos pubianos deixados no vaso sanitário. No começo, o grupo tentou se manter sério, mas logo todos caíram na gargalhada.

Dummies nos holofotes

Os dummies, assistentes mascarados que auxiliam nas provas, não deveriam chamar a atenção. Mas nesta edição eles se destacaram. Carla Diaz usou suas habilidades de atriz para voltar à casa depois do paredão falso não apenas vestida como um deles, mas também agindo de acordo. Boninho também usou a vestimenta para acompanhar o show de Pabllo Vittar e Preta Gil - os próprios brothers desconfiaram daqueles dummies que dançavam e curtiam o show e especularam quem poderia estar por baixo da fantasia.

Sexualidade

Esta edição também foi diversa na sexualidade. João e Gil se declaram homossexuais; Lumena, lésbica; Karol Conká e Pocah já afirmaram ser bissexuais em entrevistas, antes de entrar na casa. Kerline se declarou bissexual depois de sair.

A primeira grande confusão na casa, inclusive, começou quando alguns dos homens se maquiaram e desfilaram. Caio fez trejeitos afeminados, o que desagradou Lumena por desrespeitar a comunidade transexual.

Apesar disso, quando Lucas Penteado beijou Gil, sua bissexualidade foi colocada em dúvida até mesmo por participantes LBTQIA+. Lumena acusou o ator de usar o episódio para "se promover" em torno da pauta da diversidade. Juliette disse que o brother "não se decidia", mas João deu uma aula sobre bissexualidade.

Em outro episódio, Rodolffo disse a Sarah que não poderia levar Fiuk para as baladas de Goiás por ele usar vestido. O comentário magoou Gil, que colocou o sertanejo no paredão naquela semana e rachou a aliança entre duas duplas: "os bastião" e Gil e Sarah.

Novo vocabulário

Algumas expressões usadas pelos brothers acabaram incorporadas no vocabulário do público. "Basculho", "cachorrada", "indignado", "o Brasil tá lascado" - todos ditos por Gilberto - caíram nas graças do público. Fica a dica para o próximo elenco: é bom já ir pensando em um bordão.

Spin-off de BBB

Pela primeira vez, o programa ganhou uma espécie de "spin-off": o documentário A Vida Depois do Tombo, feito em tempo recorde sobre a vida da campeã de rejeição da história do BBB, a rapper Karol Conká. O documentário foca nos passos da rapper depois da saída da casa, e como fatos de sua vida podem ter influenciado seu comportamento na casa.

O reality que substituirá o BBB, No Limite, também pode ser considerado uma espécie de spin-off. Com estreia em 11 de maio, ele terá apenas ex-BBBs no elenco - incluindo Arcrebiano, do BBB 21.

Em outra categoria

Registros de ligações do celular de Betsy Arakawa, esposa do ator Gene Hackman, indicam que ela estava viva um dia depois da data estimada de sua morte. A informação foi confirmada na última segunda-feira à NBC News pelo gabinete do xerife de Santa Fé, Novo México.

O histórico de ligações encontrado pelas autoridades locais no aparelho telefônico da pianista aponta que ela tentou pedir ajuda antes de morrer. A mulher fez três ligações para uma clínica médica particular chamada Cloudberry Health na manhã do dia 12 de fevereiro. No mesmo dia, à tarde, a clínica retornou a ligação, mas Betsy não atendeu.

Questionada sobre a linha do tempo do caso, uma porta-voz do gabinete do xerife de Santa Fé, Denise Womack Avila, disse que as autoridades não haviam determinado o dia e a hora da morte de Betsy, mas reconheceu que a informação divulgada era a de que suas últimas atividades haviam sido no dia 11 de fevereiro.

Conforme a equipe médica, os registros do celular da mulher ainda não estavam nas mãos dos investigadores quando uma entrevista coletiva informou a causa das mortes de Betsy e Gene Hackman.

No último dia 7 de março, as autoridades revelaram que Betsy morreu pelos efeitos do hantavírus, que causa uma doença respiratória e está associado a fezes de roedores, aos 65 anos. Já Hackman teria morrido uma semana depois, vítima de doença cardíaca. A médica-legista-chefe Heather Jarrel informou que a doença de Alzheimer foi um fator contribuinte para a morte do ator.

As mortes de Hackman e Arakawa foram consideradas como sendo de causas naturais, mas a polícia de Santa Fé ainda não concluiu a investigação, com o objetivo de fazer uma linha do tempo com informações obtidas dos celulares coletados na casa. "O caso é considerado aberto até que tenhamos as informações necessárias para fechar a linha do tempo", disse uma porta-voz à Associated Press.

Uma homenagem de Rachel Zegler à atriz Adriana Caselotti, dubladora de Branca de Neve na animação original de 1937, gerou polêmicas no Instagram. A protagonista do live-action que chega aos cinemas nesta quinta-feira, 20, foi criticada por referenciar o filme original, que já chamou de "datado" em uma ocasião anterior.

Na publicação, Rachel compartilhou uma foto sua caracterizada como a Branca de Neve em um estilo mais clássico, em que replica uma fotografia de Caselotti referenciando a animação. "Eu precisava prestar homenagem à Branca de Neve original, senhorita Adriana Caselotti, a quem devo tudo", escreveu na legenda.

Nos comentários, no entanto, muitos questionaram a ideia. "Você fala mal do filme e depois ele é sua inspiração", escreveu um. "É sério que você quer fazer homenagem agora, depois de todas as coisas ruins que você andou dizendo sobre o filme? Um pouco tarde para mim", criticou outro.

Mesmo assim, outros seguidores elogiaram a atriz e, sobretudo, o penteado usado para a foto, que se assemelha ao de Branca de Neve e os Sete Anões: "É esse o estilo de cabelo que você deveria ter usado no filme", opinou uma terceira pessoa. "Por que não fizeram o seu cabelo assim para o filme?", questionou outra.

Com Rachel Zegler e Gal Gadot, Branca de Neve vem envolto a polêmicas desde o anúncio da escalação das atrizes. Zegler, cuja família tem origem colombiana, foi alvo de comentários racistas nas redes sociais, e a onda de ódio aumentou quando ela apontou, em seu perfil no X, que o príncipe "literalmente persegue a princesa" na animação de 1937.

"Eu interpreto os sentimentos das pessoas como uma paixão pelo filme", declarou em entrevista à Vogue México, a respeito das críticas. "Que honra fazer parte de algo que desperta tanto a paixão nas pessoas. Nem sempre teremos os mesmos sentimentos que as outras pessoas ao nosso redor, tudo o que podemos fazer é dar o nosso melhor."

Dirigido por Marc Webb (O Espetacular Homem-Aranha, 500 Dias com Ela), o novo Branca de Neve sugere um novo olhar para a história da primeira princesa da Disney.

Confira o trailer

A atriz Fernanda Montenegro agradeceu nesta quarta, 19, ao público que foi assistir a Vitória nos cinemas. O longa, protagonizado por ela, estreou no topo das bilheterias na semana passada.

"A essa altura da minha vida, me coube fazer essa personagem. Eu estou muito agradecida ao acaso, ou a Deus, ou aos deuses", disse Fernanda em um vídeo publicado no Instagram.

Confira aqui

A trama do filme é baseada na história verídica de Joana da Paz, aposentada que desmascarou uma quadrilha de traficantes e policiais corruptos na Ladeira das Tabajaras, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em 2004.

Fernanda também celebrou o recente sucesso de produções brasileiras. "As plateias estão lotadas. É um momento especial para o cinema brasileiro, com tanto acerto, com tanta presença de público nos nossos cinemas, assistindo aos nossos filmes brasileiros", comentou.

"Por mais que eu fale, eu não dou conta da minha emoção", disse a atriz. "Muito obrigada pela presença da plateia que tem vindo ver Vitória. Uma história de coragem, de resistência."

O longa estreou na última quinta, 13. O roteiro é baseado no livro Dona Vitória da Paz, de Fábio Gusmão, jornalista que noticiou o caso.