Rio proíbe uso de celular em escolas: quais países têm restrições do tipo?

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A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a proibição do uso de celulares e dispositivos eletrônicos em escolas públicas municipais, por meio de decreto publicado no Diário Oficial nesta terça-feira, 2. A medida entrará em vigor em 30 dias e revoga a normativa anterior, que limitava o uso dos aparelhos apenas dentro da sala de aula.

Agora, os estudantes estão proibidos de utilizar celulares tanto dentro como fora da sala durante a explicação do professor, na realização de trabalhos individuais ou em grupo, e até mesmo durante os intervalos. Exceções estão previstas para casos específicos, como alunos com deficiência ou condições de saúde que dependam do uso desses dispositivos.

A decisão foi embasada em consulta pública realizada pela Secretaria Municipal de Educação, que teve a participação de mais de 10 mil contribuições. Os resultados mostraram que 83% dos participantes foram favoráveis à proibição, 11% parcialmente favoráveis e 6% contrários.

O decreto se baseia em relatórios da Organização Mundial da Saúde, Unesco e estudos de países como Bélgica, Espanha e Reino Unido. Dados do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa) da OCDE, por exemplo, apontam uma correlação negativa entre o uso excessivo de tecnologias e o desempenho acadêmico.

Segundo o estudo, "45% dos alunos relataram que se sentem nervosos ou ansiosos se seus telefones não estivessem perto deles, em média, nos países da OCDE, e 65% relataram serem distraídos pelo uso de dispositivos digitais em pelo menos algumas aulas de matemática."

Além disso, a proibição ressalta a preocupação com o bem-estar dos estudantes, citando estudos da Unesco que associam maior tempo de tela à piora do bem-estar, ansiedade e diagnósticos de depressão.

Durante o período de 30 dias até a implementação da medida, a Secretaria de Educação conduzirá atividades de adequação e regulamentação nas escolas. A proibição, que busca minimizar os impactos do uso excessivo de tecnologia na educação e no bem-estar dos estudantes, se alinha a práticas adotadas internacionalmente.

De acordo com o Relatório Global de Monitoramento da Educação 2023 da Unesco, França, Itália e Holanda estão entre os países que já adotaram alguma restrição ao uso de celulares em escolas.

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O cantor e compositor Gilberto Gil traz para São Paulo Tempo Rei, sua turnê de despedida das grandes apresentações. O primeiro show ocorre nesta sexta-feira, 11, no Allianz Parque. Gil também se apresentará no sábado, 12, e nos dias 25 e 26 de abril. A previsão é que Gil leve 150 mil pessoas nos quatro dias de apresentações. Ainda há ingressos para alguns setores e camarotes (veja informações mais abaixo).

Nessa turnê, Gil se concentra em músicas que lançou entre os anos 1960 e 1980. A lista inclui seus grandes hits de carreira, como Palco, Tempo Rei, Vamos Fugir, Não Chores Mais e Andar Com Fé.

O cantor também abre espaço para músicas que há tempos estavam fora de suas apresentações, entre elas, Rock do Segurança, Se Eu Quiser Falar com Deus e A Gente Precisa Ver o Luar.

A surpresa fica por conta dos convidados especiais que Gil tem chamado a cada apresentação. Em Salvador, onde a tour estreou, o cantor recebeu Margareth Menezes e BaianaSystem. No Rio de Janeiro, os eleitos foram Caetano Veloso, Marisa Monte, Lulu Santos e Anitta. Em São Paulo, a expectativa é que a cantora Maria Rita apareça no palco para cantar com Gil.

Confira o setlist, com base nas apresentações em Salvador e Rio de Janeiro:

Palco

Banda Um

Tempo Rei

Eu só quero um xodó

Em vim da Bahia

Procissão

Domingo no parque

Cálice

Bate macumba

Back in Bahia

Refazenda

Refavela

Não chore mais

Extra

Vamos fugir

A novidade

Realce

A gente precisa ver o luar

Punk da periferia

Rock do segurança

Se eu quiser falar com Deus

Drão

Estrela

Esotérico

Expresso 2222

Andar com fé

Emoriô

Toda menina baiana

Bis

Esperando na janela

Aquele abraço

Gilberto Gil - Tempo Rei

11 e 12, 25 e 26/4, 20h

Onde: Allianz Parque. Av. Francisco Matarazzo, 1705, Água Branca.

Quanto: R$ 280/R$ 530 (baixa disponibilidade; camarotes oficiais vão de R$ 900 a R$ 2.200).

Ted Kotcheff, cineasta conhecido por Rambo: Programado Para Matar (1982) e Um Morto Muito Louco (1989), morreu na última quinta-feira, 10, aos 94 anos. A carreira do diretor inclui títulos de diferentes gêneros, tendo comandado filmes como Troca de Maridos (1988), estrelado por Burt Reynolds, Um Homem à Beira de Um Ataque de Nervos (1992), com Tom Selleck, e À Queima Roupa (1995), com Charles Bronson.

Nascido em 1931 em Toronto, no Canadá, Kotcheff chegou a ser preso nos Estados Unidos nos anos 1950, acusado de ser comunista. Exilado, o diretor se mudou para Londres, na Inglaterra, onde dirigiu peças de teatro e programas para a televisão por mais de uma década.

Kotcheff venceu um BAFTA, prêmio dedicado a produções britânicas para o cinema e para a TV, em 1972, por Edna, the Inebriate Woman, da BBC. Em 1974, ele voltou ao Canadá, onde dirigiu o filme O Grande Vigarista, estrelado por Richard Dreyfuss.

Nos anos 1990, ele foi procurado pelo produtor Dick Wolf, com ele criou Lei & Ordem: Unidade de Vítimas Especiais, série da NBC que ele produziu por 13 temporadas, tendo escalado Christopher Meloni e Mariska Hargitay para interpretar os protagonistas após testar mais de 27 mil atores. Kotcheff dirigiu sete episódios da produção, inclusive o 100º capítulo, que foi ao ar originalmente em 2003.

A esposa de Kotcheff, Sylvia Kay, que ele dirigiu em Pelos Caminhos do Inferno (1971), morreu em 2019, aos 82 anos.

Um documentário sobre a vida e a carreira do diretor, intitulado The Apprenticeship of Ted Kotcheff, está atualmente em produção.

Um mural feito em 1969 por Emiliano Di Cavalcanti foi vendido por cerca de R$ 8 milhões durante a SP-Arte 2025. A obra foi um dos destaques do evento, a maior feira de arte moderna e contemporânea da América Latina, e passou 56 anos como decoração do hall de entrada de um edifício na orla da praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro.

A pintura, que tem mais de 2 metros de altura, estava na feira por intermédio da galeria Galatea, que negociou a sua venda logo no primeiro dia do evento. O comprador foi um colecionador de arte, mas sua identidade não foi divulgada.

"É uma tela que mostra um pouco da vida carioca, mas tem uma mistura ali com Bahia que você não sabe exatamente onde você está, mas tem todo esse gingado do Di Cavalcanti, e foi arrematada no primeiro dia de feira, nas primeiras horas, na verdade, por um colecionador que não quis perder tempo", contou Tamara Perlman, diretora da SP-Arte, em entrevista ao Jornal Hoje, da TV Globo.

A pintura, sem título, é considerada uma das maiores do artista modernista, com cerca de 277x231cm de medida emoldurada, e foi feita sob encomenda de uma construtora, para ser instalada no Edifício Machado de Assis, um condomínio de luxo localizado na Avenida Atlântica, onde ficou por mais de 5 décadas.

É justamente o nome do prédio que levou Di Cavalcanti a se inspirar em Capitu e em outras obras do escritor brasileiro para criar a composição, cujos destaques são as cores fortes e a riqueza em detalhes que remetem a elementos de brasilidade, como a Mata Atlântica. O mural foi exposto para visitação pela primeira vez durante a SP-Arte.