Chuva forte e prolongada no RS afeta fase final da safra de soja e logística de escoamento

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As fortes chuvas no Rio Grande do Sul já afetam a produção agrícola do Estado, sobretudo áreas de arroz e de soja. "O que está no campo foi impactado", disse à reportagem o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Silveira Pereira.

Segundo ele, a situação da oleaginosa é a que mais preocupa, pois há muitas lavouras debaixo d'água, que certamente terão a produtividade comprometida. "A soja tem um limite de umidade para aguentar", disse Pereira. "Com muita água, os grãos vão dilatar, precisamos de sol."

De acordo com ele, ainda há cerca de 40% a oleaginosa a ser colhida. No caso do arroz, entre 20 e 30% das lavouras ainda se desenvolvem.

O governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), declarou estado de calamidade pública após 134 municípios gaúchos terem sido afetados.

A situação na região central é muito preocupante, disse o dirigente da Farsul. Cidades como Santa Maria, Candelária e Lageado foram fortemente afetadas. Também há sérios impactos na região das Missões, no noroeste.

Segundo Pereira, há relatos até mesmo de colheitadeiras boiando e de silos inundados. "É uma tragédia", disse.

Ele lembrou que os produtores gaúchos não esperavam uma safra recorde de soja, pois a produtividade foi afetada pela estiagem em janeiro e fevereiro, mas esta seria uma safra superior à dos últimos anos, quando a seca reduziu significativamente a produção.

A situação também preocupa na metade sul do Estado. Na região de Bagé, 70% da soja ainda não foi retirada do campo. Em relação ao arroz, a situação é menos preocupante, disse o dirigente, pois a lavoura do cereal é irrigada e por mais resistentes a inundações. "De qualquer maneira, estamos apreensivos", disse.

A logística também foi fortemente comprometida, segundo Pereira. Com estradas obstruídas por barreiras e pontes que caíram, a distribuição de bens de consumo, combustíveis e a entrega de gêneros alimentícios já está afetada, disse.

Na região serrana, municípios como Caxias do Sul e Banto Gonçalves, importantes polos de produção de hortifrutis, também foram atingidos.

Além disso, também haverá interrupção dos carregamentos de soja. "Contratos negociados para serem entregues em junho ou julho já estão sendo renegociados para serem entregues em agosto", disse um corretor de grãos de Passo Fundo (RS).

Todos esses efeitos pegam os produtores gaúchos em um momento em que estão bastante descapitalizados, afirmou o dirigente da Farsul. "Tivemos problemas com o trigo e perdemos cerca de 30 milhões de toneladas de grãos devido à seca na última safra", afirmou. "As duas últimas colheitas foram ruins. Esse é um golpe muito grande, temos receio de falta de recursos para saldar compromissos já assumidos."

O dirigente diz que a Farsul vai acompanhar e avaliar os acontecimentos dos próximos dias antes de anunciar medidas de apoio aos produtores. "Sabemos que o Manual de Crédito Agrícola (MCR) prevê esse tipo de situação, mas ainda é muito cedo para termos uma dimensão dos prejuízos e anunciarmos qualquer medida."

A Emater/RS, empresa do governo local responsável pelo acompanhamento da produção agrícola do Estado, disse que ainda está levantando informações sobre os prejuízos. "O Sistema de Registro de Perdas (Sisperdas) está aberto para que sejam lançadas as informações", disse a assessoria de comunicação do órgão.

Segundo a empresa, os dados serão divulgados pelo governo do Estado. No momento, de acordo com a empresa, as equipes da Emater estão trabalhando no atendimento e apoio às famílias e comunidades atingidas, com atenção para o deslocamento de pessoas desabrigadas ou na iminência de perderem suas casas.

Conforme dados mais atualizados da Emater, divulgados no último dia 25, a colheita de soja atingia 66% da área plantada no Rio Grande do Sul, com 28% das plantas em estágio de maturação e 6% em enchimento de grãos. No boletim, a empresa informou que as chuvas da semana passada já tinham reduzido o ritmo dos trabalhos de campo. Para o arroz, a colheita atingia 70% da área.

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Vale Tudo estreia nesta segunda-feira, 31. O remake traz diversos personagens já conhecidos do público, em versões adaptadas com algumas diferenças. Confira abaixo quem é quem e os principais nomes do elenco da novela.

Entre os protagonistas estão Raquel (Taís Araújo) e Maria de Fátima (Bella Campos). Mãe e filha, vivem em Foz do Iguaçu. Interessada em ascender socialmente e encantada por César (Cauã Reymond), ela vai ao Rio de Janeiro após pegar a maior parte da herança deixada pelo avô, Salvador (Antonio Pitanga).

Sua mãe, então, vai atrás da filha e se muda para a capital fluminense, em Vila Isabel, onde encontrará personagens diversos, como Poliana (Matheus Nachtergaele) e Aldeíde (Karine Teles). Ela também se apaixonará por Ivan (Renato Góes), funcionário que aceita um cargo baixo cargo na empresa TCA, mas almeja voos maiores.

Também vivem na região Consuelo (Belize Pombal), Jarbas (Leandro Firmino), André (Breno Ferreira), Jessica Marques (Daniela), Lucimar (Ingrid Gaigher), Vasco (Thiago Martins), Jorginho (Rafael Fuchs) e Gilda (Letícia Vieira).

Os Roitman e TCA

O núcleo da família Roitman envolve os donos da empresa TCA, sendo focados principalmente na figura de Odete (Débora Bloch), que vive fora do Brasil e acaba tendo que retornar ao País que detesta em determinado momento da trama. Marco Aurélio (Alexandre Nero), ex-marido de Heleninha (Paolla Oliveira), é quem comanda as coisas na empresa, tendo Freitas (Luis Lobianco) como braço direito.

Marco e Helena, que tem problemas com o alcoolismo, são pais do jovem Tiago. Ainda há espaço no núcleo para Afonso (Humberto Carrão), outro filho de Odete Roitman, e Celina (Malu Galli), a quem a matriarca tem confiança, e o mordomo Eugênio (Luis Salém).

Agência Tomorrow

Ainda há destaque para a Agência Tomorrow - na versão original de Vale Tudo, uma revista de moda - que gerencia conteúdos de influenciadores. Lá trabalham Renato (João Vicente), Solange (Alice Wegmann), Sardinha (Lucas Leto), Marieta (Cacá Ottoni) e Suzana (Bruna Aiiso).

Personagens e atores do elenco de 'Vale Tudo'

- Raquel (Taís Araújo)

- Maria de Fátima (Bella Campos)

- Ivan (Renato Góes)

- Afonso Roitman (Humberto Carrão)

- Odete Roitman (Débora Bloch)

- Helena Roitman (Paolla Oliveira)

- Tiago Roitman (Pedro Waddington)

- Marco Aurélio Roitman (Alexandre Nero)

- Freitas (Luis Lobianco)

- Carlos (Felipe Ricca)

- Cecília (Maeve Jinkings)

- Aldeíde (Karine Teles)

- Poliana (Matheus Nachtergaele)

- Celina (Malu Galli)

- César (Cauã Reymond)

- Consuelo (Belize Pombal)

- Daniela (Jessica Marques)

- Mordomo Eugênio (Luis Salém)

- Eunice (Edvana Carvalho)

- Fernanda (Ramille)

- Flávia (Ywyzar Guajajara)

- Gilda (Letícia Vieira)

- Jarbas (Leandro Firmino)

- Jorginho (Rafael Fuchs)

- Laís (Lorena Lima)

- Leila (Carolina Dieckmann)

- Luciano (Licínio Januário)

- Lucimar (Ingrid Gaigher)

- Marieta (Cacá Ottoni)

- Renato (João Vicente de Castro)

- Rubinho (Julio Andrade)

- Sardinha (Lucas Leto)

- Olavo (Ricardo Teodoro)

- Solange (Alice Wegmann)

- Vasco (Thiago Martins)

- Suzana (Bruna Aiiso)

- André (Breno Ferreira)

- Bartolomeu (Luis Melo)

- Bruno Meireles (Miguel Moro)

Preta Gil participou do Domingão Com Huck deste domingo, 30. Ela cantou duas músicas, Brasil (tema da novela Vale Tudo) e Sinais de Fogo. A artista também falou sobre seu estado de saúde - ela passa por tratamentos após diagnóstico de um câncer no intestino em 2023.

A cantora foi elogiada por Luciano Huck: "Você está dando uma lição de vida para muita gente que está enfrentando o câncer. Você virou farolete, luz, de que dá para enfrentar com um sorriso, força, mesmo quando tudo parece estar muito escuro. Vou falar um palavrão. Você é f***, Preta. Que bom que está aqui."

Preta Gil fez um discurso emocionado: "Obrigada. Só gratidão de poder estar passando pelo que estou passando, que não é fácil, com apoio da minha família, dos amigos, dos médicos, podendo me tratar com dignidade."

"Agora entro numa fase difícil, complicada. Porque aqui no Brasil a gente já fez tudo que podia. Agora as minhas chances de cura estão fora do Brasil, é para lá que eu vou para voltar para cá curada e poder voltar a fazer o que amo, voltar a cantar, vir aqui, ser jurada, brincar com minha neta, meus sobrinhos, ver o meu filho."

"Tenho muita coisa a fazer aqui, nessa vida. Então me recuso a aceitar que se findou para mim agora. Acho que ainda tenho uma caminhada. Fé, ciência e amor. Acreditar nas novas oportunidades que tem fora do Brasil. Se tenho esse privilégio, e sei que sou uma mulher privilegiada e tenho essa condição, eu vou, porque tenho muito amor à vida, a isso aqui. Sei que temos que aprender a lidar com a finitude", concluiu Preta Gil.

O Lollapalooza Brasil já não é mais o mesmo. Se antes um público alternativo desembolsava uma boa grana para assistir às maiores bandas indie dos anos 2010, agora o festival se tornou mais mainstream com os principais nomes do pop.

Mas, neste domingo, 30, a banda Foster The People levou o Lollapalooza "raiz" ao Palco Budweiser, o principal do festival, ao se apresentar pela quinta vez no Brasil. O grupo é um dos principais nomes da leva indie de 15 anos atrás e tocou no palco antes de Justin Timberlake.

Estava claro que era Timberlake a quem o público esperava. Em grande parte do show, os presentes assistiam à apresentação da banda norte-americana de braços cruzados, tiravam fotos ou aproveitavam para descansar depois de um dia intenso.

O Foster The People resolveu fazer o "arroz com feijão". Recentemente, o grupo lançou o álbum Paradise State of Mind com o mesmo estilo contagiante e as letras sombrias de Mark Foster. Mesmo com apenas Mark sobrando da formação original, a banda optou por concentrar boa parte do setlist em seu primeiro disco de estúdio, Torches.

Mas nem a nostalgia foi suficiente para puxar a plateia. Até pérolas como Sit Next To Me fizeram o público permanecer indiferente.

Mark até tentou arriscar frases em português - com direito a "obrigado" e "cantem comigo". Foi apenas com a controversa Pumped Up Kicks, que já fez a banda até cogitar a deixar de tocá-la nos shows pela letra que descreve um ataque em uma escola, que a plateia se juntou e elevou os celulares para filmar cada segundo.

Com o show, a banda mostrou que ainda é interessante: abusou de intervalos instrumentais e de efeitos de voz. Tocou também a ótima Lost In Space, do novo álbum.

Ficou claro, porém, que o público do festival não é mais o mesmo da última década. "Oito anos é muito tempo", disse Mark pouco antes do fim do show sobre o tempo em que a banda demorou para voltar ao País. Ele está certo.