Nos EUA, candidatos 'dividem' palco em Carolina do Norte e Wisconsin nesta quarta-feira

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Os candidatos à presidência dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, escolheram locais próximos para atrair votos nesta quarta-feira, 30, com as agendas dos rivais quase se cruzando. Os rivais têm compromissos nos Estados de Carolina do Norte e Wisconsin, ambos considerados swing states ou Estados pêndulos, onde não há uma predominância eleitoral e cujo resultado das urnas é essencial para a escolha do futuro presidente dos EUA.

Tanto é que os candidatos têm reforçado a agenda nestes Estados na reta final da campanha às eleições presidenciais americanas, que acontecem no próximo dia 5 de novembro. Além de Carolina do Norte e Wisconsin, Pensilvânia, Michigan, Geórgia, Arizona e Nevada completam o grupo de sete Estados chamados de swing states decisivos na corrida à Casa Branca.

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, visitará três Estados pêndulos nesta quarta-feira. Ela tem agenda em Harrisburg, na Pensilvânia, e Raleigh, na Carolina do Norte, de acordo com a agenda oficial divulgada pela campanha. Depois, viaja para a Universidade de Wisconsin-Madison, onde fará um comício, e deve atrair personalidades como a cantora de pop Gracie Abrams, além de um show com a banda Mumford & Sons.

Já o ex-presidente Donald Trump tem dois eventos previstos para esta quarta. No início da tarde, participa de um comício em Rocky Mount, na Carolina do Norte. Depois, vai a Green Bay, em Wisconsin, em evento que deve contar com a participação do ex-jogador de futebol americano Brett Favre.

Trump tentou manter distância da polêmica envolvendo uma piada de cunho racista ao povo de Porto Rico, território associado aos EUA. Sob pressão de aliados, o republicano disse na terça-feira que não conhece o comediante que fez os comentários durante o seu comício, em Nova York, que classificou como um "festival de amor".

Tony Hinchcliffe comparou Porto Rico a uma "ilha flutuante de lixo". "Não tenho ideia de quem ele é", disse Trump, em entrevista à Fox News. "Provavelmente ele não deveria estar lá", acrescentou.

Enquanto isso, Harris defendeu que "é hora de virar a página do drama e do conflito, do medo e da divisão", em discurso em Washington, na noite de terça. Prometeu trabalhar para todos os americanos e lembrou que o ex-presidente esteve no mesmo lugar para incentivar um ataque ao Capitólio há quase quatro anos.

Nas bolsas de apostas, Trump segue como favorito à vitória. A Polymarket aponta que o republicano tem 67% de chances de vencer contra 33% da rival democrata. Já na plataforma PredictIt, Trump é visto como vencedor por 60%, enquanto 45% responderam sim para possível vitória de Harris.

As pesquisas de opinião, por sua vez, indicam uma corrida apertada para chegar à Casa Branca. Trump e Harris aparecem empatados nos Estados de Arizona e Nevada, de acordo com novo levantamento da CNN, conduzido pela SSRS e publicado na terça-feira.

Mais de 55 milhões de americanos já votaram antecipadamente para as eleições presidenciais nos EUA, de acordo com dados do Laboratório Eleitoral da Universidade da Flórida. Em dois dias, o número saltou 10 milhões. Mais de 29 milhões eleitores preferiram fazer a sua escolha pessoalmente. Quase 26 milhões votaram por correspondência, sendo que mais de 65,6 milhões requisitaram a possibilidade de votar à distância.

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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) assassinada há mais de seis anos em um atentado político que marcou o País, falou em entrevista ao podcast O Assunto, do G1, sobre o momento em que chegou ao local do crime.

Nesta quarta-feira, 30 de outubro, teve início o júri popular dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de assassinar a vereadora e o motorista Anderson Gomes em 2018. Os dois, que já admitiram participação no crime e estão presos desde 2019, participam de forma remota do julgamento do 4º Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Anielle disse na entrevista que, ao chegar ao bairro Estácio, zona central do Rio, naquela noite de 18 de março, viu a irmã "para o lado de fora do carro, com o rosto e a cabeça bem desconfigurados". A ministra afirmou que recebeu uma resposta "inusitada" de um policial militar ao questionar sobre se a irmã havia sido vítima de um assalto.

"Recebi uma resposta muito inusitada que, naquele momento, foi um choque de realidade: 'Não, não está com cara de ter sido um assalto. Também, ela estava falando mal de um monte de gente no Twitter', inclusive da PM", disse Anielle.

Concluída em março deste ano, a investigação da Polícia Federal (PF) sobre o crime apontou que os mandantes foram o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). O relatório da apuração aponta ainda o envolvimento de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, tanto no planejamento como atuando para proteger os irmãos.

Ao longo do julgamento que começa nesta quarta, serão ouvidas nove testemunhas - sete indicadas pelo Ministério Público estadual e duas pela defesa de Lessa.

A investigação apontou que a atuação da vereadora contrariava interesses do crime organizado na grilagem de terras na zona oeste do Rio, o que teria motivado o mando do crime. Enquanto o grupo sobre o qual os irmãos Brazão tinha influência atuava para regularizar as terras para fins comerciais, a vereadora e seu grupo política queriam usar os terrenos para fins sociais, de moradia popular.

A presidente do Podemos, Renata Abreu (SP), anunciou o apoio de sua bancada na Câmara à candidatura do líder do Republicanos, o deputado federal Hugo Motta (PB), à sucessão de Arthur Lira (PP-AL).

O pronunciamento ocorreu nesta quarta-feira, 30, após uma reunião da bancada com Motta. Na ocasião, Abreu ressaltou a parceria do Podemos e do Republicanos na Câmara.

"Estamos muito felizes pela parceria, pela afinidade, sua juventude, seu brilho nos olhos", afirmou Renata Abreu. "Crescemos juntos de mãos dadas, e essa parceria precisa continuar."

Por sua vez, Motta agradeceu Abreu pelo "reforço" do Podemos e disse que o partido contribuirá para uma "candidatura vitoriosa".

"Nossa candidatura ganha a chegada de um partido que contribui não só numericamente, mas qualitativamente, em prol de uma presidência da convergência", afirmou Motta. "Montaremos um bloco forte e majoritário na Casa para, não só pensando nas eleições de fevereiro próximo, mas para termos compromisso com a população brasileira."

Pouco antes do anúncio, a bancada do Podemos havia se reunido com o adversário de Motta, o líder do União, Elmar Nascimento (BA). Interlocutores do parlamentar baiano dizem ainda acreditar que, como o voto é secreto, será possível obter o apoio de alguns deputados da bancada.

Motta conta com o apoio de Lira e da bancada do PP, além do próprio Republicanos. As demais legendas ainda discutem se apoiarão a sua candidatura.

O blogueiro Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira, começou a trabalhar como motorista de aplicativo em Orlando, nos Estados Unidos. "Estou gostando muito. Não deixarei de fazer jornalismo, mas tenho prioridades, contas e não faço acordo com criminosos", publicou em uma conta no Instagram na segunda-feira, 28. "Quem estiver por Orlando, Flórida, estou na área."

Em outra publicação, desta terça-feira, 29, o blogueiro bolsonarista aparece em um vídeo dirigindo um carro da Tesla e provoca o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Morares. "Chupa Xandão", diz, enquanto conversa com passageiros. Ele é alvo de dois inquéritos na Corte, o das fake news e o das milícias digitais.

Na legenda da publicação, Allan dos Santos agradece ao empresário Elon Musk, que é dono da montadora de veículos e protagonizou conflitos com Moraes em relação a sua outra empresa, o X (antigo Twitter).

Já em novo vídeo, publicado nesta quarta-feira, 30, Allan dos Santos respondeu a um comentário que questionava quantas leis de trânsito ele teria infringido durante a gravação em que provocou Moraes. Nas imagens, o blogueiro aparece dirigindo sem as mãos no volante e dançando. Ele disse que o carro possui piloto automático e dirige sozinho. "Terceiro mundo é f...", afirmou.

Allan dos Santos, blogueiro bolsonarista que se classifica como "o jornalista mais perseguido do mundo", está foragido nos Estados Unidos desde 2021 e já teve diversas contas banidas de redes sociais por divulgar notícias falsas. Alexandre de Moraes já pediu sua extradição no âmbito do inquérito das fake news, mas os EUA já disseram que não vão tomar a medida.