Trump volta a acusar governo Biden de fraudar dados de emprego sem apresentar provas

Internacional
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O ex-presidente e candidato à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, voltou a acusar o governo Joe Biden de fraude nos dados de emprego no país sem apresentar provas. "Eles criaram empregos falsos e ajustaram no mês passado e criaram outros 112 mil empregos falsos. Eles queriam entrar na eleição com uma imagem decente e um denunciante nos falou sobre a manipulação dos dados de emprego", acusou Trump, em comício em Gastonia, Carolina do Norte, ameaçando Biden a 20 anos de prisão.

Trump citou os dados do payroll de outubro, divulgados ontem pelo Departamento do Trabalho do país, que mostraram a criação de 12 mil empregos em outubro, e sugeriu que os dados tenham sido fraudados. "Ontem foi anunciado que a economia dos Estados Unidos criou 12 mil empregos, um dos piores relatórios de empregos de todos os tempos. É a ruína do nosso país. Perdemos quase 100 mil empregos na indústria.

Mesmo os 12 mil de outubro provavelmente são um número falso, provavelmente entramos em números negativos (de geração de emprego)", disse Trump. Ele não apresentou nenhuma evidência que comprove a denúncia de irregularidade nas estatísticas oficiais do governo.

O ex-presidente repetiu seu lema de campanha de que vai tornar a "América grande de novo" e acusou a adversária Kamala Harris de destruir São Francisco, onde ela foi procuradora-geral da cidade. "Não vamos deixá-la fazer isso com os Estados Unidos. Se minha oponente soubesse como consertar a economia, já teria consertado nos quatro anos que está lá", criticou, afirmando que o país está no início de uma crise semelhante à de 1929.

Ele também acusou Kamala de querer aumentar impostos. "Eu vou cortar maciçamente os impostos para trabalhadores e pequenas empresas", disse. Trump também reclamou das acusações de que ele é uma ameaça à democracia. "É isso que ela está dizendo", afirmou. O ex-presidente comentou ainda sobre as políticas contra imigração ilegal e prometeu restaurar as fronteiras.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira, 6, às 15 horas (de Brasília), no Palácio do Planalto, de uma reunião com ministros e secretários-executivos. Estarão no encontro o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin e os ministros da Casa Civil, Rui Costa; das Relações Exteriores, Mauro Vieira; da Fazenda, Fernando Haddad, dos Transportes, Renan Filho; de Minas e Energia, Alexandre Silveira; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

Também participam do encontro os secretários-executivos do Ministério da Agricultura e Pecuária, Irajá Rezende de Lacerda, e do Ministério das Cidades, Helder Melillo.

O encontro tratará de compromissos para combater as mudanças climáticas, as chamadas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, em inglês), em meio à expectativa pela 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29).

Lula também terá uma reunião, às 16h30, de divulgação dos dados Prodes sobre a redução do desmatamento na Amazônia e no Cerrado e de assinatura do Pacto pelo Cerrado.

A Câmara aprovou nesta terça-feira, 5, um requerimento de urgência para acelerar a tramitação do projeto de lei com novas regras para o uso de emendas parlamentares ao Orçamento da União. Foram 360 votos a favor e 60 contra.

Após a aprovação do requerimento de urgência, o plenário da Câmara iniciou, já nesta terça, a votação do texto. Se for aprovado, o texto segue para o Senado. A proposta é de autoria do deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA), aliado do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), e relatada pelo líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA).

O objetivo de deputados e senadores é convencer o Supremo a liberar a execução das emendas. O repasse desses recursos está suspenso desde agosto, quando Dino determinou que o Congresso e o governo dessem mais transparência e rastreabilidade para o envio das verbas aos municípios. A decisão do magistrado abriu uma crise entre os Poderes e, desde então, representantes do Legislativo, Executivo e Judiciário têm negociado uma saída.

O relator do projeto publicou seu parecer na noite desta terça, com algumas mudanças em relação ao texto inicial proposto pelo deputado petista. Uma delas foi a inclusão de um dispositivo que veda "impedimentos técnicos" para a execução de emendas parlamentares que não sejam também aplicados aos recursos em poder do Executivo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parabenizou o novo secretário-geral da Interpol, o delegado da Polícia Federal (PF) Valdecy Urquiza, pelo cargo. Confirmado nesta terça-feira, 5, para o posto, Urquiza assume o mandato em 2025.

Pelo X (antigo Twitter), Lula desejou "uma excelente gestão no combate ao crime organizado" ao brasileiro, que será o primeiro cidadão de um país em desenvolvimento a chefiar a organização internacional de mais de 100 anos.

A confirmação de Urquiza ocorreu durante a Assembleia Geral da entidade, realizada em Glasgow, na Escócia. Lula destacou que o novo secretário-geral foi eleito com 96% dos votos dos presentes e disse que a chegada dele ao cargo demonstra "confiança no Brasil".

"Esta é a primeira vez que um brasileiro ocupa o cargo mais alto da Interpol, o que demonstra a confiança no Brasil e o respeito à Polícia Federal", afirmou o presidente.

O delegado foi eleito em junho pelo Comitê Executivo da Interpol, em Lyon, na França, onde fica a sede da organização. Na época, a PF afirmou que a eleição foi fruto de coordenação entre a corporação, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo a corporação, a campanha de Urquiza, iniciada em junho de 2022, foi baseada "na promoção da diversidade e da modernização da Interpol, bem como no fortalecimento da transparência e da integridade da organização, com vistas a reforçar seu papel crucial na cooperação policial e no combate ao crime em todo o mundo".

Fundada em 1923, a organização facilita a cooperação entre polícias globais atuando contra o crime organizado.

O cargo de secretário-geral da Interpol é crucial na administração da organização. Cabe a ele liderar o corpo executivo da instituição, formado por mais de 1 mil profissionais, entre homens e mulheres que atuam nas atividades estratégicas e operacionais da Interpol.

Urquiza assumirá o posto em 2025 para um mandato de cinco anos, prorrogáveis por mais cinco. Atualmente, o delegado é vice-presidente para as Américas da Interpol, eleito pelos 195 países-membros em 2021 para o mandato que se estendeu até este ano.