Líderes internacionais parabenizam Trump por provável vitória nas eleições dos EUA

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Líderes internacionais congratularam Donald Trump como presidente eleito dos EUA através de mensagens no X (antigo Twitter) nesta quarta-feira, 6. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, destacou que "a Itália e os EUA são nações irmãs, unidas por uma aliança inabalável, valores comuns e amizade histórica. É um vinculo estratégico, que estou segura que nos iremos fortalecer ainda mais".

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, também expressou felicitações a Donald Trump. "Parabéns presidente eleito Trump na sua histórica eleição vitoriosa". Ele também apontou que "como os aliados mais próximos, ficamos ombro a ombro em defesa dos nossos valores compartilhados de liberdade, democracia e cooperação".

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, deu os parabéns a Donald Trump "pela sua impressionante vitória". Ele destacou que lembra a reunião que teve com o republicano em setembro, quando trataram em detalhes da parceria estratégica entre seu país e os EUA e "formas para colocar um fim na agressão da Rússia à Ucrânia".

Ele apontou que aprecia o compromisso de Trump de defender a "paz através da força" em temas globais. "Este é exatamente o principio que pode praticamente tornar mais próxima a paz à Ucrânia", escreveu.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, expressou congratulações "ao meu amigo" Donald Trump pela sua vitória e almeja "renovar nossa colaboração para fortalecer ainda mais" a parceria estratégica entre o seu país e os EUA. "Juntos, vamos trabalhar para o benefício do nossos povos e promover a paz global, estabilidade e prosperidade", disse.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Mark Rutte, expressou que a liderança de Trump "novamente será fundamental para manter nossa aliança forte" e ressaltou que tem o objetivo de trabalhar com ele na OTAN para "avançar a paz através da força".

Por outro lado, o presidente da França, Emmanuel Macron, manifestou no X que conversou com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, e destacou que "iremos trabalhar por uma Europa mais unida, forte e soberana neste novo contexto. Ao cooperar com os Estados Unidos da América e defendendo nossos interesses e valores".

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O vereador Ricardo Teixeira (União Brasil) tem sido discreto e evitado comentar publicamente a possibilidade de se tornar o presidente da Câmara Municipal de São Paulo a partir de 2025. Ele se tornou o favorito para suceder a Milton Leite (União Brasil) após o prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB) vetar o nome de Rubinho Nunes (União Brasil). Antes da eleição, Rubinho era o nome mais cotado; ele, no entanto, trocou de lado e apoiou a candidatura de Pablo Marçal (PRTB).

Teixeira é visto como um parlamentar experiente, com 16 anos de Câmara e boa relação tanto com a base governista quanto com a oposição. Ele foi secretário de Mobilidade e Trânsito de Nunes por quase dois anos, o que lhe permitiu fazer campanha como o "pai" da Faixa Azul para motos, e também integrou o primeiro escalão durante a gestão Fernando Haddad (PT).

O petista chegou a exonerá-lo duas vezes após decisões judiciais determinarem que Teixeira não poderia ser secretário em razão de uma condenação anterior por improbidade administrativa quando atuava na Dersa, antiga estatal paulista responsável por administrar rodovias. As sentenças foram revertidas em segunda instância, e Teixeira voltou à administração Haddad.

Ao Estadão, a assessoria de imprensa do vereador disse, em nota, que não havia impedimento jurídico para que ele fosse secretário, "tanto que Ricardo Teixeira foi candidato a vereador e deputado federal nas eleições seguintes (2016, 2018, 2020 e 2024)".

Acerto

O nome do vereador do União Brasil ganhou força diante da falta de alternativas para que o acordo firmado entre o partido, o MDB e o PL seja cumprido. Com Nunes na cabeça de chapa, o União aceitou que o coronel da reserva Ricardo de Mello Araújo (PL) fosse o candidato a vice. Em troca, obteve o compromisso de que o prefeito, o MDB e o PL apoiariam um nome da sigla para presidir a Câmara.

Reeleito, Nunes indicou que o acerto está de pé, mas declarou que não aceita a indicação de Rubinho. O prefeito disse ainda que deseja que o próximo presidente da Câmara Municipal não seja um vereador de primeiro mandato. Teixeira, até agora, é o único a se encaixar na exigência. "O Ricardo Teixeira é bom, já tem experiência", afirmou Nunes, na semana passada.

A tese do prefeito, contudo, não é unanimidade. Milton Leite, que, além da Câmara, preside o União Brasil em São Paulo, afirmou em entrevista à rádio Bandeirantes que qualquer vereador pode comandar a Casa. Ele decidiu se aposentar da política após quase 30 anos no Legislativo municipal.

"Imaginemos que nenhum vereador do União fosse reeleito. Eu abriria mão da vaga para a presidência? Naturalmente, não", disse Leite. "Não estou aqui descartando Ricardo Teixeira nem outro nome. Faremos a construção junto com todas as bancadas."

Teixeira tem dito que a maioria da bancada é que escolherá o candidato do União e que todos os colegas de partido têm condições de exercer o cargo. O processo é acompanhado de perto por João Jorge (MDB) e Isac Félix (PL), que nutrem esperança de serem os candidatos governistas.

Parlamentares da oposição avaliam que Teixeira possui o perfil adequado para presidir a Câmara, destacando sua capacidade de honrar acordos e ouvir diferentes lados. Vereadores do PT manifestaram preocupação com a possibilidade de um presidente "com forte viés ideológico", como Rubinho Nunes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou nesta quarta-feira, 6, que o Palácio do Planalto vai tentar retomar a previsão de bloqueio de emendas no projeto que trata das novas regras para uso desses recursos. A medida foi retirada de última hora do texto durante a votação na Câmara. A proposta agora precisa ser analisada pelo Senado.

O projeto apresentado pelo deputado Rubens Pereira Jr. (PT-MA) autorizava o bloqueio de dotações de emendas parlamentares até a mesma proporção aplicada às demais despesas discricionárias. O relator do texto, Elmar Nascimento (União Brasil-BA), retirou esse item de seu relatório final. A versão aprovada prevê apenas o contingenciamento de emendas.

O contingenciamento de recursos do Orçamento da União é feito quando há frustração de receitas na arrecadação federal. Já o bloqueio é necessário quando a despesa sobe acima do permitido pelas regras fiscais. O bloqueio é mais difícil de ser revertido e acontece com mais frequência. Por isso, o Congresso quis evitá-lo no caso das emendas.

"Tem um aspecto que temos que ajustar, porque parece que não passou bloqueio de emendas, passou contingenciamento. Para o governo, é adequado que as emendas parlamentares possam ser bloqueadas, como qualquer outro recurso orçamentário é passível de ser bloqueado. Essa alteração vamos dialogar no Senado para ver se é possível e o texto retornar à Câmara", disse Randolfe, que se reúne nesta quarta-feira, 6, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para definir a data de votação do projeto na Casa - a expectativa é que seja na semana que vem.

"O governo preferiria que ficasse o termo bloqueio", ressaltou o senador. Randolfe disse que a versão do projeto que passou na Câmara foi a "possível" diante das exigências de transparência e rastreabilidade para as emendas que foram feitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Deputados e senadores tentam convencer o Supremo a liberar a execução das emendas ao Orçamento. O repasse desses recursos está suspenso desde agosto, quando o ministro Flávio Dino determinou que o Congresso e o governo dessem mais transparência e rastreabilidade para o envio das verbas aos municípios. A decisão do magistrado abriu uma crise entre os Poderes e, desde então, representantes do Legislativo, Executivo e Judiciário têm negociado uma saída.

Emendas parlamentares são recursos no Orçamento da União que podem ser direcionados pelos deputados e senadores a seus redutos eleitorais. Hoje, existem três modalidades: as emendas individuais, a que cada deputado e senador tem direito, as de bancada estadual e as de comissão. As duas primeiras são impositivas, ou seja, o pagamento é obrigatório, embora o governo controle o ritmo da liberação.

A proximidade de um desfecho para o impasse sobre as emendas parlamentares provocou uma disputa na Câmara. O deputado Zé Vitor (PL-MG) apresentou um projeto alternativo, após parlamentares considerarem pró-governo demais o texto de Pereira Jr.

Esse cenário reflete o "cabo de guerra" entre Executivo e Legislativo por influência no Orçamento da União. Deputados agiram para tentar impedir que o Palácio do Planalto reassuma muito controle sobre a destinação dos recursos, o que inclui a retirada da previsão de bloqueio.

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara a partir do ano que vem, disse nesta quarta-feira, 6, que a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos "causa um momento de euforia" nos movimentos de direita para as próximas eleições. Motta, no entanto, evitou comentar se o resultado eleitoral nos EUA poderia levar a uma pressão a favor da anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump.

Para o líder do Republicanos no Câmara, a vitória de Trump "causa um ânimo maior aos movimentos de direita no País".

"A pauta dos movimentos de direita no mundo são bastante conectadas. Quando há, de qualquer líder político em um país amigo ou vizinho, a concepção de que houve uma vitória do pensamento que elas defendem, causa um momento de euforia para o próximo período eleitoral do País. É natural", declarou.

Questionado se esse resultado poderia ter algum impacto concreto na comissão que avalia a anistia aos processados pelos atos de 8 de janeiro, Motta se esquivou.

"A condução da comissão deve começar nos próximos dias. comissão vai trabalhar com serenidade e fazer o trabalho que tem que ser feito para debater um tema importante como esse", declarou.

O deputado avaliou, no entanto, que nada deve mudar na relação comercial do Brasil com os Estados Unidos, apesar das posições diferentes de Luiz Inácio Lula da Silva e de Donald Trump no espectro ideológico.

"Acredito que seja o momento em que o Brasil precisa se consolidar cada vez mais em suas relações internacionais. Não acredito que o país comprometa suas relações com os EUA por uma questão política ideológica. Sempre defendemos que o interesse do País está acima de qualquer interesse partidário. O Brasil saberá se posicionar através do Itamaraty", afirmou.