PIB do Reino Unido cresce 0,1% no 3º trimestre, menos do que o esperado

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2024 ante os três meses anteriores, segundo dados preliminares divulgados hoje pelo ONS, como é conhecido o escritório de estatísticas do país. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,3% no período.

Na comparação anual, o PIB britânico teve expansão de 1% entre julho e setembro. Neste caso, a projeção da FactSet era de ganho de 1,1%.

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O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, foi alvo nesta quinta-feira, 6, da Operação Panaceia, da Polícia Federal, que investiga suspeita de desvios de recursos da Saúde em Goiás entre os anos de 2012 e 2018, período em que o tucano era governador do Estado. Policiais federais fizeram buscas na casa dele, em Goiânia.

Perillo negou irregularidades durante seus mandatos e classificou a ofensiva como "cortina de fumaça" e "factoide". "Não encontraram e não encontrarão nada contra mim", afirmou o ex-governador, em nota. "Estão tentando criminalizar movimentações lícitas e legais e todas declaradas aos órgãos competentes."

A Comissão Executiva Nacional do PSDB se manifestou em defesa do presidente do partido. "Causa estranhamento que uma investigação leve tanto tempo para ser iniciada. Mais que estranhamento, causa também indignação", afirma o comunicado da legenda.

Foram cumpridos ontem 11 mandados de busca e apreensão - dez deles em Goiânia e um em Brasília. A 11.ª Vara Federal do Distrito Federal também determinou o sequestro de mais de R$ 28 milhões dos investigados na Panaceia.

De acordo com a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), os indícios de irregularidades identificados envolvem a gestão de dois hospitais estaduais que são referência em atendimentos de urgência e emergência, o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e o Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin).

Subcontratação

O inquérito foi aberto depois de uma denúncia anônima. Segundo as investigações, os supostos desvios eram operados pelo Instituto Gerir, uma organização social (OS) contratada para fazer a gestão dos hospitais. A organização social recebeu mais de R$ 900 milhões em recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de contratos com o Estado de Goiás.

O Instituto Gerir é suspeito de ter subcontratado - por meio de contratos de terceirização falsos - empresas ligadas a políticos e a seus próprios administradores. Com isso, parte do dinheiro público retornava ao grupo sob investigação, aponta a PF. Os documentos fraudados seriam usados para justificar, no papel, a transferência de recursos.

O Estadão procurou o Instituto Gerir, mas não havia obtido uma resposta até a publicação deste texto.

Esses contratos de terceirização tinham objetos genéricos - alguns semelhantes -, sem definição de especificações das atividades. Isso, de acordo com a CGU, tornou impossível a fiscalização da execução dos serviços. Os investigadores analisaram notas fiscais e documentos extraídos do sistema de prestação de contas do governo estadual.

Os crimes investigados na Operação Panaceia são peculato, corrupção ativa e corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas em caso de condenação podem ultrapassar 40 anos.

Embate

A operação da PF motivou um novo embate entre Perillo e o atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), cotado como presidenciável na eleição de 2026. Os políticos trocaram ataques públicos, por meio de notas divulgadas à imprensa.

O presidente do PSDB disse que a ofensiva foi "encomendada" e acusou Caiado de "usar o poder do Estado" para persegui-lo. O dirigente tucano afirmou ainda que a operação é uma "cortina de fumaça" para desviar a atenção das denúncias que ele vem apresentando contra o atual governo que envolvem, por exemplo, a venda do Estádio Serra Dourada e a construção do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora).

"Eles sabem da minha inocência e idoneidade. Nunca fiz o que narram. Mas agora extrapolaram todos os limites e com extrema crueldade. Estão fazendo uma operação por supostos 'fatos' acontecidos há 13 anos. É estranho que só agora, quando faço denúncias contra o atual governo, é que resolvem realizar essa operação. Em política não existem coincidências", disse Perillo.

Resposta

Caiado reagiu e chamou as declarações do ex-governador do Estado de "piada", além de afirmar que é alvo de "ataques rasteiros". Segundo comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação de Goiás, Perillo age dessa forma para "esconder desvios de recursos públicos durante seus mandatos e ataca "grosseiramente duas instituições respeitadas como a PF e a CGU".

"Em 1.613 caracteres, Marconi Perillo não consegue dar a mínima explicação para as denúncias. O ex-governador age de forma dissimulada. O governador Ronaldo Caiado não vai responder ao investigado. Ele é quem deve explicações à Justiça", afirma a nota do atual Executivo estadual.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta, 6, a regulação do que chamou de "imprensa digital" e a participação do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) no debate sobre o assunto. O petista não foi claro ao explicar o que seria "imprensa digital" - se seriam sites jornalísticos hospedados na internet ou plataformas digitais de redes sociais, como X e Facebook.

"Nós precisamos regular essa chamada imprensa digital. Não é possível que, em uma imprensa escrita, o cidadão falou uma bobagem e é punido. Tem lei para isso. No digital, não tem lei. Os caras acham que podem fazer o que quiser, xingar, provocar, incentivar morte, promiscuidade. E não tem nada para punir. Não é possível que um cidadão ache que possa interferir na cultura de outros países", afirmou o presidente durante entrevista concedida às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.

A Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto esclareceu depois que Lula defendeu a regulação de plataformas digitais. Ao Estadão/Broadcast, a pasta afirmou que não é a primeira vez que o presidente manifesta preocupação com a atuação das plataformas e que isso não tem relação com conteúdo jornalístico da imprensa convencional.

Atuação

As publicações em redes sociais, no entanto, já são passíveis de punição. Em 2022, por exemplo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atuou contra várias publicações que considerou desinformação e mandou as plataformas retirarem posts do ar.

Influenciadores também já foram condenados a pagar indenizações a políticos por publicações consideradas ofensivas ou difamatórias - como no caso envolvendo Felipe Neto e o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

Responsabilidade

Lula disse entender que "todo mundo tem direito à liberdade de expressão" e destacou o papel dos outros Poderes na discussão do tema. "Nosso Congresso Nacional tem responsabilidade e vai ter que colocar isso para regular; se não for o caso, a Suprema Corte vai ter que regular. É preciso moralizar."

"Todo mundo tem direito à liberdade de expressão, mas isso não é utilizar meios de comunicação para canalhices, para mentir todo santo dia. Isso bagunça a economia, o varejo. É preciso que haja seriedade. Defendo a regulação com a participação da sociedade, porque ninguém quer proibir a liberdade de expressão. Quanto mais liberdade, mais responsabilidade", declarou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vereador Rubinho Nunes (União Brasil) apresentou nesta quarta-feira, 5, um projeto de lei para submeter a aprovação popular os trajetos dos blocos de rua em São Paulo. Atualmente, é a Prefeitura que define as vias pelas quais as agremiações podem passar no Carnaval.

De acordo com o vereador, o objetivo é resgatar o protagonismo do cidadão sobre o que ocorre em sua rua. "A discricionariedade da Prefeitura na designação destes locais transforma o feriado em pesadelo para milhares de famílias", afirma.

Para ele, os blocos causam impacto para moradores e comerciantes nas regiões em que desfilam. "Segurança, perturbação do sossego e mobilidade são os principais problemas", diz.

A proposta prevê que seja realizada consulta popular com os moradores e comerciantes das vias públicas "atingidas pelas incomodidades das festividades momescas", assim como nas vias adjacentes. Os resultados teriam que ser divulgados até 60 dias antes da data do desfile, que estaria autorizado com a aprovação da maioria simples, ou seja, de 50% mais um dos moradores e comerciantes consultados.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o Carnaval de rua teve 767 blocos inscritos até o fim de janeiro. O número é o maior desde 2020, antes da pandemia, que teve 644 inscritos.

A previsão é que sejam realizados 860 desfiles no período que considera o pré-Carnaval (22 e 23 de fevereiro), Carnaval (1º e 4 de março) e pós-Carnaval (8 e 9 de março).