Musk culpa democratas por ataques à Tesla e liga protestos a medidas contra fraudes no governo

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O CEO da Tesla, Elon Musk, afirmou ter ficado surpreso com os protestos contra sua montadora de veículos elétricos nos Estados Unidos e atribuiu as manifestações violentas a democratas e à esquerda norte-americana.

 

"Foi um choque para mim perceber que estamos nesse nível de ódio real e de violência da esquerda", disse Musk em entrevista à Fox News. "Achava que a esquerda, os democratas, eram o partido da empatia, o partido que se importa com os outros. Mas eles estão incendiando carros, lançando coquetéis molotov e atirando em concessionárias", acrescentou. "Estão simplesmente destruindo Teslas."

 

Nas últimas semanas, concessionárias, estações de recarga e veículos da Tesla têm sido alvos de uma onda de ataques.

 

Musk classificou os atos como "insanos" e sugeriu que as manifestações estão relacionadas às suas medidas à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge).

 

"Quando você tira o dinheiro que eles estão recebendo de forma fraudulenta, ficam muito irritados. Querem me matar porque estou impedindo essa fraude. E querem prejudicar a Tesla porque estamos combatendo o terrível desperdício e a corrupção no governo", afirmou o executivo.

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A Câmara dos Deputados instalou nesta quarta-feira, 19, a nova gestão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com a presidência do deputado federal Paulo Azi (União-BA). Formalmente, o parlamentar foi eleito por 54 votos, mas era o único candidato, devido a um acordo entre os líderes partidários, fixado na terça-feira, 18.

Azi substitui a deputada Caroline de Toni (PL-SC) no cargo.

Mais importante comissão da Câmara, a CCJ discute a admissibilidade constitucional de propostas legislativas antes da análise do plenário. O colegiado tem 66 membros.

"Tenho a exata noção da honra que é dirigir os trabalhos dessa que é considerada por muitos a comissão mais importante desta Casa, mas ao mesmo tempo tenho a exata consciência da responsabilidade", declarou Azi.

Ele prosseguiu: "Tenham de mim alguns compromissos que quero assumir com as senhoras e senhores parlamentares: este presidente não deixará de buscar esforços para que cada membro possa exercer sua atividade parlamentar na mais alta plenitude."

Segundo Azi, é preciso dar atenção especial às matérias do Poder Executivo e ouvir "a voz das ruas".

O deputado acrescentou que cada parlamentar terá "liberdade", mas será "cobrado" pela atenção e respeito com os colegas. "Sei que esta comissão, que tem, independente de suas atribuições, é a porta de entrada de todos os projetos que vêm tramitar no Poder Legislativo. Sei que é preciso que a comissão possa adquirir protagonismo", afirmou.

Azi também afirmou que o privilégio à apreciação de requerimentos de urgência "limita o debate e o aperfeiçoamento dos diversos projetos que tramitam na Casa" e lembrou a promessa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que as comissões voltem a ser o ambiente de aprimoramento das matérias legislativas.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para rejeitar recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos generais Walter Braga Netto e Mário Fernandes que queriam excluir os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin do julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre suposta tentativa de golpe de Estado.

A análise começou nesta quarta-feira, 19, no plenário virtual, e deve ser encerrada na quinta-feira, 20.

Votaram para manter os ministros no julgamento o presidente da Corte e relator, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin - os ministros envolvidos nos pedidos não votaram nas análises dos próprios impedimentos.

O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para os dias 29 e 30 de abril o julgamento da denúncia contra mais um núcleo de acusados de planejar um golpe de Estado. A análise foi liberada pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, na noite de ontem. Esse foi o terceiro grupo de acusados que teve o julgamento liberado por Moraes.

A Primeira Turma vai julgar a denúncia contra o núcleo 1 na próxima semana, nos dias 25 e 26 de março. Também já foi agendada a data do julgamento do núcleo 3, composto predominantemente por militares, para o dia 8 de abril.

O grupo de acusados que terá a denúncia analisada em 29 e 30 de abril se refere ao "núcleo 2" da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Compõem esse núcleo:

- Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF);

- Filipe Garcia Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL);

- Marcelo Costa Câmara, coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

- Mário Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência na gestão de Bolsonaro;

- Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal (PF);

- Fernando de Sousa Oliveira, delegado da PF.

De acordo com a denúncia da PGR, os acusados do núcleo 2 foram responsáveis por gerenciar o plano do golpe elaborado pela organização criminosa (que compõe o núcleo 1, supostamente liderado por Bolsonaro). Já o núcleo 3, segundo a PGR, promoveu "ações táticas para convencer e pressionar o Alto Comando do Exército a ultimar o golpe".