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Número de mortos em Mianmar passa de 3 mil

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O terremoto de 28 de março deixou 3.354 mortos e 4.508 feridos, com 220 desaparecidos, segundo novos números divulgados pela imprensa estatal neste sábado, 5.

Mais de uma semana após o desastre, muitas pessoas ainda estão sem abrigo e a ONU estima que mais de 3 milhões foram afetados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Após passar mal em viagem ao Nordeste, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido nesta sexta-feira, 11, a um procedimento no estômago e tratamento clínico para alívio de dores abdominais. Até a noite de ontem, ele seguia internado no Hospital Rio Grande, em Natal, para onde foi transferido da cidade de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte.

No fim da tarde, em rede social, Bolsonaro publicou uma foto e ressaltou que seu quadro de saúde é estável, com boa evolução clínica e ausência de febre. Ele disse que teve problemas no intestino delgado, e os descreveu como consequência das cirurgias que realizou após sofrer uma facada durante a campanha eleitoral de 2018. Por enquanto, afirmou, não há necessidade de intervenção cirúrgica.

"Momentos assim nos lembram da fragilidade da carne e da fortaleza que vem da fé, da família e daqueles que permanecem ao nosso lado, mesmo à distância", publicou o ex-presidente no Instagram, agradecendo a "médicos, enfermeiros e a eficiência no transporte realizado pela Polícia Militar do Rio Grande do Norte". E completou: "Com a ajuda dos médicos e a proteção de Deus, em breve estarei de volta, pronto para retomar minha missão de percorrer as cinco regiões do Brasil".

Em entrevista ao Estadão, o médico Antônio Luiz Macedo disse que a possibilidade de cirurgia "não está totalmente descartada". Ele acompanha o caso do ex-presidente desde 2018 e está em contato a equipe que atende Bolsonaro em Natal. O ex-presidente é tratado com antibióticos, está recebendo cuidados de hidratação, controle da pressão arterial e remoção de líquido do estômago por meio de sonda nasogástrica. Macedo avaliou que as dores sentidas por Bolsonaro podem ter sido causadas por alimentos mal mastigados, o que teria provocado o quadro de semioclusão intestinal, diagnosticado pelos médicos em Natal.

Emergência

O ex-presidente estava participando de uma turnê pelo Nordeste, apelidada de "Rota 22". O objetivo da excursão é se aproximar do eleitorado da região, onde ele foi derrotado no último pleito por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em todos os nove Estados com margem expressiva de votos.

Sentindo dores abdominais, Bolsonaro deu entrada, pela manhã, no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz. Com pouco menos de 40 mil habitantes, a cidade fica a 116 quilômetros da capital potiguar. Segundo informações da instituição, após o atendimento de urgência, o ex-presidente foi caminhando para uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que o levou até o estádio de futebol do município. De lá, um helicóptero o conduziu para o Hospital Rio Grande, em Natal.

Bolsonaro já realizou cinco cirurgias abdominais desde 2018, além de outras intervenções médicas por complicações associadas à facada.

Antes do incidente de ontem, a última intercorrência havia sido em maio do ano passado, quando ele teve de ser atendido às pressas em um hospital de Manaus (AM).

Segundo um dos filhos do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), seu pai vinha sentindo dores abdominais ao longo da manhã, mas escolheu não cancelar as agendas. "No percurso, não aguentando mais as dores, foi levado ao hospital de Santa Cruz (RN), onde foi avaliado com reflexos de aderências (consequências permanentes da facada que sofreu) e, então, foi sedado para exames", escreveu o vereador no X.

Na mesma rede social, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), disse que determinou "total empenho e a adoção de todas as providências necessárias por parte das equipes das Secretarias de Saúde e de Segurança Pública do Rio Grande do Norte para prestar assistência ao ex-presidente da República". Mais tarde, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), também comentou o episódio.

'Consternado'

Em nota, o PL disse estar "profundamente consternado com o ocorrido". A "Rota 22" foi idealizada por Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado e ex-ministro de Bolsonaro. O Estado de Marinho foi escolhido para marcar o início da turnê pelo Nordeste, cujos próximos passos serão redefinidos a partir da recuperação do ex-presidente.

Bolsonaro foi vítima de uma facada durante um evento da campanha à Presidência da República em Juiz de Fora (MG), em 2018. O então candidato foi atendido na cidade mineira e transferido para São Paulo. Desde então, ele já enfrentou uma série de complicações associadas àquele ferimento. Na mais recente, antes do atendimento de ontem, ele foi internado na capital amazonense, também com dores abdominais. Ele participava de agendas do PL no Estado e teve de ser transferido para São Paulo para dar sequência ao tratamento. À época, ficou internado por 13 dias no Hospital Vila Nova Star.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Itamaraty afastou nesta sexta-feira, 11, um servidor da pasta que sugeriu, em reunião sobre a contenção dos indígenas que se manifestaram em frente ao Congresso Nacional, que a polícia deveria "descer o cacete" se eles fizessem "bagunça". O Estadão apurou com pessoas próximas do ministério que o funcionário é Aldegundes Batista Miranda, motorista oficial das Relações Exteriores. Ele não foi encontrado para se manifestar. O espaço está aberto.

Segundo o Itamaraty, o homem foi identificado e o caso foi encaminhado para a corregedoria da pasta para "apuração de responsabilidade". O ministério disse também "deplorar o ocorrido" e esclareceu que Aldegundes "não foi instruído a manifestar-se nos termos noticiados".

A reunião ocorreu nesta quinta-feira, 10, e foi organizada pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). O encontro se deu antes de indígenas serem repelidos pela Polícia Legislativa com gás de pimenta. A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), que acompanhava a manifestação, também foi ferida.

Em uma gravação da reunião, que foi feita virtualmente, Aldegundes, sem mostrar o rosto, diz: "Você queria deixar o pessoal descer logo? Deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça". Um defensor dos indígenas que estava discursando e foi interrompido pelo servidor do Itamaraty denunciou a fala e pediu a gravação do encontro.

Segundo a Câmara dos Deputados, em nota, cerca de mil indígenas romperam a linha de defesa da Polícia Militar do DF, derrubando os gradis e invadindo o gramado do Congresso. Ainda segundo a Casa, a situação foi controlada e o policiamento da Câmara e do Senado foram reforçados.

"O acordo com o movimento indígena, que reúne lideranças de diferentes etnias do país, era que os cerca de 5 mil manifestantes chegassem apenas até a Avenida José Sarney, anterior à Avenida das Bandeiras, que fica próxima ao gramado do Congresso. Mas, parte dos indígenas resolveu avançar o limite", disse a assessoria da Câmara em nota.

Já a Secretaria de Polícia do Senado afirmou que devido a um "avanço inesperado" dos indígenas, teve que contê-los "sem grandes intercorrências". "Ressaltamos que a dissuasão foi realizada exclusivamente por meios não letais e a ordem foi restabelecida", disse.

A Articulação Nacional dos Povos Indígenas (Apib), associação nacional dos indígenas que organiza um acampamento em Brasília de onde eles marcharam até o Congresso, afirmou que os atos fizeram parte de uma "violência institucional disseminada".

"Ontem, durante reunião convocada pela SSP-DF, para tratar da organização da marcha do dia de hoje, um participante não-identificado proferiu manifestação de cunho racista e de incitação à violência: "deixa descer logo… deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça"', afirmou a Apib em nota.

Célia Xakriabá, que é indígena e estava participando da manifestação, alega ter sido atingida pelo gás de pimenta atirado pela Polícia Legislativa. Em um vídeo publicado nas redes sociais dela, a deputada briga com os policiais ao falar que era parlamentar.

"Eu sou deputada, por que você jogou spray de pimenta em mim? Meu olho está morrendo de dor", gritou a parlamentar no vídeo publicado nas redes sociais.

Aldegundes, integrava a carreira do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo e exercia uma função administrativa do Setor de Proteção a Pessoas e ao Patrimonio (SEPRO) da Divisão de Recursos Logísticos do Itamaraty.

Segundo o Portal da Transparência, Aldegundes recebe um salário bruto de R$ 6.284,66, além de R$ 698,66 em gratificações mensais. A nomeação dele como motorista oficial do Itamaraty foi publicada em maio de 2022, ainda no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

MP abre investigação sobre violência policial e mira servidor do Itamaraty

Também nesta sexta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) determinou a abertura de uma investigação preliminar para investigar a "violência policial sofrida pelos indígenas" presentes na manifestação. Uma das exigências do MP é que Aldegundes seja identificado e que o vídeo e o áudio da reunião organizada pela SSP-DF seja encaminhado para o Núcleo Civil Extrajudicial (Nucive).

O MP solicitou também que sejam entregues gravações captadas pelas câmeras da Praça dos Três Poderes.

"A garantia das liberdades expressivas encontra-se assentada no reconhecimento de uma sociedade plural e democrática, que destaca a importância da participação social, especialmente daqueles historicamente silenciados, como os povos indígenas, bem como exige maiores níveis de transparência estatal e não discriminação" diz o documento assinado nesta sexta.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, sem vetos, a Lei da Reciprocidade, que estabelece critérios para que o Brasil responda a medidas unilaterais adotadas por países ou blocos econômicos que afetem a competitividade internacional do País. O projeto de lei foi aprovado na semana passada pelo Senado e Câmara, em regime de urgência, como uma resposta ao "tarifaço" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A sanção foi confirmada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, mas o texto da lei só deve ser publicado no Diário Oficial da União (DOU) de segunda-feira, 14.

A Lei estabelece critérios para que o Poder Executivo suspenda concessões comerciais, investimentos e obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual.

Tal suspensão deve se dar em "resposta a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira". Essa medida deve ser utilizada em caráter excepcional, quando as demais alternativas forem consideradas inadequadas.

O texto prevê ainda que as contramedidas sejam, na medida do possível, proporcionais ao impacto econômico causado pelas ações dos países ou blocos internacionais. Também serão necessárias consultas diplomáticas para mitigar ou anular os efeitos das medidas e contramedidas. Além disso, ficam estabelecidas consultas públicas para a manifestação das partes interessadas.

Nesta sexta-feira, 11, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à BandNews que o presidente Lula adotou a "posição mais sóbria possível" em relação às tarifas, e destacou que o Congresso aprovou a lei da reciprocidade muito rapidamente, para "sinalizar para os Estados Unidos que nós não podemos ser tratados como parceiro de segunda classe."

Na quarta-feira, o presidente Lula afirmou que o Brasil irá "dar reciprocidade". Ou nós vamos para a Organização Mundial do Comércio (OMC) brigar, onde é o direito da gente brigar, ou a gente vai dar reciprocidade. É o mínimo que se espera de um país, que tenha dignidade e soberania". Lula deu as declarações em Tegucigalpa, Honduras, a jornalistas, em meio à cúpula dos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, por sua vez, vem dizendo que o governo não pretende usar essa legislação no momento e vai insistir no "diálogo e negociação".