Equador realiza segundo turno disputado entre esquerda e direita neste domingo

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O Equador realiza o segundo turno das eleições presidenciais neste domingo, 13, entre o atual presidente conservador, Daniel Noboa, e a advogada de esquerda Luisa González.

Tanto Noboa quanto González prometeram aos eleitores soluções para as extorsões, assassinatos, sequestros e outros crimes que se tornaram comuns no país após a pandemia. No primeiro turno, realizado em fevereiro, Noboa ganhou 44,17% dos votos, enquanto González obteve 44%.

Analistas esperam que os resultados deste domingo tenham uma margem muito apertada. As urnas abrem às 7h no horário local e fecham às 17h. Os resultados iniciais são esperados duas horas após o fechamento das urnas.

Mais de 13 milhões de pessoas estão aptas a votar, o que é obrigatório para adultos até os 65 anos e opcional para aqueles de 16 e 17 anos e mais de 65 anos.

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta segunda-feira, 14, que é necessário ter um "olhar atencioso" para a PEC da Segurança e criticou as corregedorias das polícias dizendo que não é preciso ter alguém "falando de punição" aos agentes o tempo todo.

"É importante que o governo tenha a iniciativa […] mas tem algumas questões que é preciso corrigir, como, por exemplo, a questão das corregedorias. Você trazer órgãos de instituições externas pra cuidar ou para opinar, a questão da corregedoria, não é o que a gente precisa. O que a gente precisa é de uma Polícia Civil, Polícia Federal, Polícia Militar, polícias municipais, atuando, evidentemente, sem excessos. Isso é óbvio, ninguém defende de excessos, mas não é estar o tempo inteiro recriminando ou achando algum problema pra poder fazer a punição", afirmou o prefeito durante o lançamento da Frente Nacional do Combate ao Crime Organizado, na Câmara Municipal de São Paulo.

Segundo ele, as punições poderiam desencorajar os agentes a irem às ruas para fazer o enfrentamento ao crime.

O evento foi organizado por integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) e comandado pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil), que apresentou um pacote de projetos de lei contra a criminalidade.

As propostas foram separadas entre temas: combate cultural, econômico e estrutural. Entre os cerca de 20 projetos estão um PL contra flanelinhas, CPI do aborto, e internação compulsória.

O ato também contou com a participação do secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando, do deputado federal Kim Kataguiri (União), do coordenador do MBL, Renan Santos, entre outros vereadores de todo o País que protocolaram o Projeto Anti-Oruam, que veda as prefeituras de fecharem contratações com artistas que façam apologia ao crime.

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL), e o vice-prefeito, coronel Mello Araújo (PL), estavam confirmados no evento, mas não compareceram. Segundo interlocutores, o braço direito do governador Tarcísio de Freitas teve um atraso na agenda anterior e seguiu direto para um evento familiar. Mello Araújo informou ao Estadão que também sofreu um atraso na agenda.

O tema da segurança pública tem sido a principal pauta da gestão Nunes, que já indicou interesse de se lançar ao Executivo estadual, gerando atritos com o governador Tarcísio. A indicação de ex-prefeitos da região metropolitana de São Paulo, como Orlando Morando, para cargos nas secretarias municipais também foi visto como um sinal do interesse do prefeito de disputar o pleito, fortalecendo sua relação com outros municípios.

A recuperação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após uma cirurgia de 12 horas no intestino será longa, e não há previsão de alta. A informação foi dada pela equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, na manha desta segunda, 14. "Vai ser um pós-operatório muito prolongado. Não há previsão de alta nesta semana", afirmou o cardiologista Leandro Echenique. "Não temos grande expectativas de uma evolução rápida", completou o especialista em cirurgia geral Cláudio Birolini.

A cirurgia de laparotomia exploradora à qual Bolsonaro foi submetido começou às 10h de domingo e se estendeu até a noite. Os profissionais de saúde descreveram o procedimento como "complexo, trabalhoso" apesar de esperado, e o resultado, como "excelente" e "bastante satisfatório".

Inflamação

Na primeira avaliação médica após a chegada a Brasília - na sexta-feira passada -, Bolsonaro estava estável, mas a tomografia identificou um quadro de distensão abdominal e ele apresentava uma elevação dos marcadores inflamatórios (a presença no sangue da proteína C-reativa, ou PCR, indica o nível de inflamação no organismo): enquanto o normal é 1 mg/dL, o dele chegou a 150 mg/DL.

Com isso, os médicos optaram pela cirurgia. Birolini, que conduziu a operação, descreveu a situação do abdome como "hostil, com múltiplas cirurgias prévias, aderências causando um quadro de obstrução intestinal, e uma parede abdominal bastante danificada em função da facada e das cirurgias prévias".

Os médicos levaram duas horas de cirurgia mais quatro ou cinco horas de liberação de aderências para acessar a cavidade abdominal de Bolsonaro. Na segunda etapa, foi preciso pensar uma "estratégia para a reconstrução" do órgão. "Só para ter uma ideia, a liberação dessas aderências é feita de forma milimétrica, liberando um intestino que tem três metros e meio", afirmou Birolini. "O intestino dele estava bastante sofrido, o que nos leva a crer que ele já vinha de um quadro de suboclusão há alguns meses."

Echenique relatou que a equipe médica encontrou "muitas aderências" na parede intestinal. As próximas 48 horas serão importantes para que os especialistas verifiquem eventuais intercorrências, como aumento do risco de infecções, de trombose e coagulação do sangue, e da necessidade de medicamentos para controlar a pressão arterial.

Após os primeiros dois dias, haverá uma segunda fase do pós-operatório. Os médicos disseram que será preciso "deixar o intestino descansar, desinflamar, retomar sua atividade, para só depois pensar em alimentação via oral". O ex-presidente vai se alimentar com uma nutrição na veia por enquanto. Questionado se Bolsonaro vai precisar usar uma bolsa de colostomia, que já foi necessária em casos operatórios anteriores, Birolini disse que, "a princípio, não".

'Voltaremos'

Ontem, o ex-presidente usou as redes sociais para agradecer os apoios. Em uma publicação no X (antigo Twitter), Bolsonaro afirmou que seu estado de saúde "é estável, mas a recuperação exige cuidados intensivos e será gradual". "No momento, ainda não há previsão para minha alta. Meus mais sinceros agradecimentos para todos neste momento. Um forte abraço em cada um e repito: voltaremos!", escreveu. (COLABOROU RAYANDERSON GUERRA)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Partido Liberal (PL) protocolou na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, 14, um requerimento de urgência para o projeto de anistia aos implicados pelo 8 de Janeiro. O documento tinha 262 assinaturas, sendo 146 de deputados federais de partidos que compõem a base do governo Lula. O número representa mais da metade (56%) das assinaturas coletadas pela liderança do PL. O União Brasil é responsável por 40 delas, seguido por Progressistas (35), Republicanos (28), PSD (23) e MDB (20).

Todos esses partidos têm quadros chefiando ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A relação de apoio ambíguo - tanto ao Executivo quanto ao projeto da oposição - fez o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL, acelerar a formalização do requerimento de urgência.

"Amigos, acabo de dar entrada ao requerimento de urgência do PL da Anistia, com 264 assinaturas, devido às notícias recebidas que o governo está pressionando os deputados a retirar assinaturas, mudei a estratégia e agora está protocolado o documento e público todos que assinaram. O governo não vai nos pegar de surpresa mais", informou, em nota, o líder do PL.

Depois, ele disse que duas das assinaturas haviam sido invalidadas pela Câmara, totalizando um total de 262 - ainda assim mais que o mínimo necessário para garantir sua eventual aprovação, 257 votos.

'Perfis'

A ideia anterior de Sóstenes era esperar até a semana que vem para tentar coletar ainda mais assinaturas, aproveitando que o feriado da Sexta-feira Santa e da Páscoa costuma esvaziar Brasília. Antes de protocolar o requerimento, ele havia dito ao Estadão que pretendia passar os próximos dias ouvindo líderes para "analisar os perfis dos deputados e de suas votações".

A anistia a todos os envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram os prédios dos três Poderes, na capital federal, é prioridade do ex-presidente e seu entorno. O Placar da Anistia do Estadão registrava 204 deputados a favor da proposta.

Na semana passada, Bolsonaro afirmou, num almoço fechado com advogados, que nem a modulação, nem a redução das penas dos acusados e condenados no episódio interessam a ele, mas sim uma "anistia ampla, geral e irrestrita". Ele disse ter havido um "ponto de inflexão" na articulação pela anistia com o voto do ministro Luiz Fux no julgamento que o tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Na sessão, Fux falou da possibilidade de as penas serem reduzidas.

A articulação avançava enquanto o ex-presidente permanecia internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital DF Star, em Brasília. Ele teve de se submeter a uma cirurgia para desobstrução do intestino após sentir fortes dores na região abdominal durante uma viagem ao Rio Grande do Norte. Segundo os médicos, sua recuperação deverá ser demorada e não há previsão de alta para os próximos dias.

Parlamentares que foram ao hospital na manhã de ontem disseram ao Estadão que o estado de saúde de Bolsonaro não afeta em nada os planos dos congressistas que atuam a favor do projeto de anistia. Os aliados dizem acreditar que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautaria o requerimento tão logo ele fosse apresentado com as assinaturas necessárias.

Um requerimento de urgência, se aprovado, acelera a tramitação de uma proposta legislativa, levando a votação diretamente para o plenário.

Para isso, é necessária a maioria simples na votação. O sistema da Câmara invalidou duas assinaturas. Segundo Sóstenes, houve uma mudança procedimental no processo da coleta de assinaturas que envolveu o caso dele mesmo e do líder da oposição na Casa, Zucco (PL-RS).

Atos

Neste ano, a oposição mobilizou duas manifestações pedindo que a matéria seja votada na Câmara. A primeira, em março, reuniu 18,3 mil pessoas no Rio, segundo dados do Monitor do Debate da Universidade de São Paulo (USP); a segunda, na Avenida Paulista, neste mês, reuniu 44,9 mil, de acordo com números do mesmo monitor.

A proposta está emperrada desde o ano passado. Quando estava prestes a ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida à época pela bolsonarista Caroline de Toni (PL-SC), o então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criou uma comissão especial para debater o texto - o que freou o trâmite da matéria.

A solução encontrada neste ano é a votação da urgência, que esbarrou na resistência do agora presidente da Casa, Hugo Motta. Na campanha, Motta prometeu a líderes que deixaria de votar corriqueiramente requerimentos de urgência, como fazia seu antecessor, de modo a valorizar o trabalho das comissões.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.