Ucrânia recebe 'sinais' dos EUA com plano para encerrar guerra, mas viagem de Witkoff é incerta

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A Ucrânia recebeu "sinais" sobre um plano dos EUA para encerrar a guerra com a Rússia, e o líder ucraniano, Volodimir Zelenski, se reunirá com oficiais do exército americano em Kiev e viajará para a Turquia para negociações nesta semana, de acordo com a Reuters. Anteriormente, o The Wall Street Journal havia informado que o presidente norte-americano, Donald Trump, enviou uma delegação de membros do alto escalão do Pentágono para a capital ucraniana para conversas e, dentre os nomes, o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, estaria presente no encontro em território turco.

 

No entanto, durante a manhã, a Axios noticiou que a viagem de Witkoff foi adiada. Citando o Kremlin, a agência russa RIA disse que o representante norte-americano pode chegar na Rússia "a qualquer momento" e será bem-vindo.

 

A russa Tass ainda afirmou, citando informações do porta-voz do líder russo, Dmitry Peskov, que Moscou e Washington não estão trabalhando em nenhum novo desdobramento de acordo ucraniano, em comparação com os acordos alcançados no Alasca.

 

Não houve conversas presenciais entre representantes de Kiev e Moscou desde a reunião em Istambul, na Turquia, em julho. Nas últimas semanas, os dois lados têm trocado violências, e as forças ucranianas tem buscado atingir instalações russas de energia.

Em outra categoria

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o governo "errou" ao se posicionar de forma contrária à aprovação do projeto de lei antifacção. A declaração ocorreu em entrevista à Rádio CBN nesta quarta-feira, 19, na manhã seguinte à votação que teve 370 favoráveis e 110 contrários ao parecer do deputado Guilherme Derrite (PP-SP).

"Eu penso que o governo ontem foi infeliz quando ficou contra a proposta, porque o deputado Derrite teve a sensibilidade, e eu pude mediar isso enquanto presidente da Câmara, na construção de uma proposta que fosse viável do ponto de vista técnico e legislativo e não colocasse, por exemplo, em risco a nossa soberania", disse.

Na sequência, Motta disse que "narrativas" do governo "foram caindo por terra" no decorrer da tramitação da proposta. "Na hora em que o governo decide, politicamente, ficar contra, eu penso que o governo errou, porque essa é uma pauta da sociedade brasileira", afirmou.

O presidente da Câmara disse também que a aprovação do projeto não se tratou de derrotar ou votar a favor do governo e alegou ter buscado o diálogo com autoridades do Palácio do Planalto. Para o parlamentar, no entanto, a sociedade concorda com a votação, e o governo está indo contra o que a sociedade espera.

"O governo ter ficado contra, na minha avaliação, foi meramente por narrativa, foi meramente pensando na questão eleitoral. E eu acho que a sociedade, ao final, está ao lado daquilo que a Câmara fez", afirmou.

Em certo momento da entrevista, Motta subiu o tom: "Aqueles que não tiveram coragem de votar a favor da proposta têm que se justificar hoje pela manhã por que ficaram contra aquilo que o povo brasileiro quer". O deputado acrescentou: "O que a Câmara fez ontem foi realizar a vontade do povo brasileiro, e quem votou contra tem que hoje dar a sua cara a tapa para dizer por que ficou contra a matéria, e não ficar criando narrativas inverídicas".

Motta quer aprovar PEC da Segurança no plenário antes do recesso

O presidente da Câmara dos Deputados afirmou também que pretende aprovar a PEC da Segurança Pública no plenário antes do recesso parlamentar de fim de ano. A PEC é uma proposta do governo para institucionalizar a integração entre as forças de segurança federais, estaduais e municipais. O presidente da Câmara disse que o relator do texto, Mendonça Filho (União-PE), garantiu que entregará a proposta aprovada em comissão especial até 4 de dezembro.

"Imediatamente a essa aprovação na comissão, nós levaremos a matéria ao plenário e queremos, antes do final do ano, antes do recesso parlamentar de final de ano, aprovar a PEC da Segurança Pública no plenário da Câmara dos Deputados", disse.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta quarta-feira, 19, que os deputados que votaram contra o projeto de lei antifacção, devem apresentar justificativas. "Quem votou contra tem que hoje dar a sua cara a tapa para dizer por que ficou contra a matéria e não ficar criando narrativas inverídicas", afirmou em entrevista à Radio CBN.

De autoria do próprio governo Luiz Inácio Lula da Silva, o PL foi aprovado nesta terça-feira, 18, sem votos de petistas. Integrantes do partido divergiram da construção do novo texto do relator Guilherme Derrite (PP-SP), que alterou a redação original, e votaram maciçamente contra a proposta.

O relator apresentou seis versões do texto ao longo de duas semanas - a última protocolada pouco antes do início da discussão em plenário. As mudanças atenderam aos pedidos do governo Lula. Mesmo assim, petistas continuaram críticos e tentaram adiar a votação, mas foram derrotados. A proposição agora vai ao Senado.

O placar foi de 370 votos a favor, 110 contra e três abstenções. Ao exibir o placar, quem celebrou foi a oposição, grupo do qual Derrite faz parte. O novo texto, que endurece penas a faccionados, teve amplo apoio de parlamentares do PL e do Centrão.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), designado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) para relatar na Casa o PL Antifacção, disse nesta quarta-feira, 19, em entrevista à GloboNews que "os ruídos" sobre a Polícia Federal (PF) serão resolvidos no Senado. Ele avaliou que é preciso chegar a um texto "consensual" e que o conteúdo aprovado nesta terça-feira, 18, pela Câmara dos Deputados já está muito próximo do que a PF pretende.

"Vamos entregar um texto apto a ser votado no Senado ainda este mês e, com certeza (com as alterações que serão feitas) deverá voltar à Câmara dos Deputados", adiantou Vieira, que também faz parte do colegiado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado.

A Câmara aprovou o projeto de lei antifacção, nos termos do substitutivo apresentado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Governistas reclamaram das atribuições da PF e de questões relacionadas ao financiamento da corporação. O texto-base foi aprovado por 370 votos a 110, e a redação final da proposta foi chancelada em votação simbólica. A proposta que cria o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado no Brasil vai agora ao Senado, sob relatoria de Vieira.

Após a aprovação na Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que no debate sobre o texto "não existiram heróis e vilões". "Políticos podem fazer valer suas narrativas, mas verdadeiro vilão é o crime organizado e o herói é o povo brasileiro", afirmou. Segundo Mota, a Câmara 'faz história' por entregar uma "resposta dura contra criminosos".

A votação contou com resistência da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que agora se prepara para tentar modificar pontos do texto no Senado, especialmente quanto à destinação dos bens do crime para fundos federais. Governistas tentaram adiar a deliberação e votar o projeto original encaminhado à Câmara, mas sem sucesso.