Incêndio no Japão deixa uma pessoa morta e destrói ao menos 170 casas

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Bombeiros e helicópteros do exército combateram um incêndio nesta quarta-feira, 19, que devastou um bairro no sudoeste do Japão, matando uma pessoa, ferindo outra e forçando a retirada de mais de 170 pessoas.

 

Um homem na casa dos 70 anos estava desaparecido e os bombeiros encontraram posteriormente um corpo, possivelmente do homem desaparecido, e uma mulher na casa dos 50 anos sofreu ferimentos leves, informou a equipe de resposta a desastres da prefeitura de Oita.

 

Dezenas de carros de bombeiros e mais de 200 bombeiros foram mobilizados para combater o incêndio, que ainda não estava totalmente controlado quase 20 horas após seu início. A Força Terrestre de Autodefesa enviou dois helicópteros do Exército UH1 para prestar auxílio.

 

Pelo menos 170 casas foram danificadas ou destruídas pelo fogo, informou a equipe de resposta a desastres. A área residencial atingida pelo incêndio fica próxima à região costeira de Oita, conhecida pela pesca de cavala, mas não perto dos populares resorts de águas termais da província, chamados onsen, nem das casas históricas com telhados de palha.

 

O incêndio começou na noite de terça-feira, 18, durante fortes ventos, perto de um porto de pesca na cidade de Oita, na ilha principal de Kyushu, no sul do país. As chamas se alastraram para uma floresta, afetando cerca de 4,9 hectares, informou a Agência de Gestão de Incêndios e Desastres. As autoridades ainda estão investigando a causa do incêndio e como ele se alastrou, disse a agência.

 

Imagens da televisão japonesa mostraram a fumaça subindo de extensas áreas com casas destruídas e danificadas, embora as chamas alaranjadas já não fossem visíveis por volta da meio-dia. A prefeitura de Oita informou que cerca de 260 residências permaneciam sem energia elétrica na tarde de quarta-feira, pelo horário local. Uma moradora disse à agência de notícias Kyodo que fugiu rapidamente, levando consigo muitos de seus pertences, porque o fogo "se alastrou num piscar de olhos".

 

A primeira-ministra do país, Sanae Takaichi, publicou uma declaração na rede social X oferecendo condolências aos afetados pelo incêndio e prometendo "fornecer o máximo apoio". (Com informações da Associated Press)

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o governo "errou" ao se posicionar de forma contrária à aprovação do projeto de lei antifacção. A declaração ocorreu em entrevista à Rádio CBN nesta quarta-feira, 19, na manhã seguinte à votação que teve 370 favoráveis e 110 contrários ao parecer do deputado Guilherme Derrite (PP-SP).

"Eu penso que o governo ontem foi infeliz quando ficou contra a proposta, porque o deputado Derrite teve a sensibilidade, e eu pude mediar isso enquanto presidente da Câmara, na construção de uma proposta que fosse viável do ponto de vista técnico e legislativo e não colocasse, por exemplo, em risco a nossa soberania", disse.

Na sequência, Motta disse que "narrativas" do governo "foram caindo por terra" no decorrer da tramitação da proposta. "Na hora em que o governo decide, politicamente, ficar contra, eu penso que o governo errou, porque essa é uma pauta da sociedade brasileira", afirmou.

O presidente da Câmara disse também que a aprovação do projeto não se tratou de derrotar ou votar a favor do governo e alegou ter buscado o diálogo com autoridades do Palácio do Planalto. Para o parlamentar, no entanto, a sociedade concorda com a votação, e o governo está indo contra o que a sociedade espera.

"O governo ter ficado contra, na minha avaliação, foi meramente por narrativa, foi meramente pensando na questão eleitoral. E eu acho que a sociedade, ao final, está ao lado daquilo que a Câmara fez", afirmou.

Em certo momento da entrevista, Motta subiu o tom: "Aqueles que não tiveram coragem de votar a favor da proposta têm que se justificar hoje pela manhã por que ficaram contra aquilo que o povo brasileiro quer". O deputado acrescentou: "O que a Câmara fez ontem foi realizar a vontade do povo brasileiro, e quem votou contra tem que hoje dar a sua cara a tapa para dizer por que ficou contra a matéria, e não ficar criando narrativas inverídicas".

Motta quer aprovar PEC da Segurança no plenário antes do recesso

O presidente da Câmara dos Deputados afirmou também que pretende aprovar a PEC da Segurança Pública no plenário antes do recesso parlamentar de fim de ano. A PEC é uma proposta do governo para institucionalizar a integração entre as forças de segurança federais, estaduais e municipais. O presidente da Câmara disse que o relator do texto, Mendonça Filho (União-PE), garantiu que entregará a proposta aprovada em comissão especial até 4 de dezembro.

"Imediatamente a essa aprovação na comissão, nós levaremos a matéria ao plenário e queremos, antes do final do ano, antes do recesso parlamentar de final de ano, aprovar a PEC da Segurança Pública no plenário da Câmara dos Deputados", disse.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta quarta-feira, 19, que os deputados que votaram contra o projeto de lei antifacção, devem apresentar justificativas. "Quem votou contra tem que hoje dar a sua cara a tapa para dizer por que ficou contra a matéria e não ficar criando narrativas inverídicas", afirmou em entrevista à Radio CBN.

De autoria do próprio governo Luiz Inácio Lula da Silva, o PL foi aprovado nesta terça-feira, 18, sem votos de petistas. Integrantes do partido divergiram da construção do novo texto do relator Guilherme Derrite (PP-SP), que alterou a redação original, e votaram maciçamente contra a proposta.

O relator apresentou seis versões do texto ao longo de duas semanas - a última protocolada pouco antes do início da discussão em plenário. As mudanças atenderam aos pedidos do governo Lula. Mesmo assim, petistas continuaram críticos e tentaram adiar a votação, mas foram derrotados. A proposição agora vai ao Senado.

O placar foi de 370 votos a favor, 110 contra e três abstenções. Ao exibir o placar, quem celebrou foi a oposição, grupo do qual Derrite faz parte. O novo texto, que endurece penas a faccionados, teve amplo apoio de parlamentares do PL e do Centrão.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), designado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) para relatar na Casa o PL Antifacção, disse nesta quarta-feira, 19, em entrevista à GloboNews que "os ruídos" sobre a Polícia Federal (PF) serão resolvidos no Senado. Ele avaliou que é preciso chegar a um texto "consensual" e que o conteúdo aprovado nesta terça-feira, 18, pela Câmara dos Deputados já está muito próximo do que a PF pretende.

"Vamos entregar um texto apto a ser votado no Senado ainda este mês e, com certeza (com as alterações que serão feitas) deverá voltar à Câmara dos Deputados", adiantou Vieira, que também faz parte do colegiado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado.

A Câmara aprovou o projeto de lei antifacção, nos termos do substitutivo apresentado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Governistas reclamaram das atribuições da PF e de questões relacionadas ao financiamento da corporação. O texto-base foi aprovado por 370 votos a 110, e a redação final da proposta foi chancelada em votação simbólica. A proposta que cria o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado no Brasil vai agora ao Senado, sob relatoria de Vieira.

Após a aprovação na Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que no debate sobre o texto "não existiram heróis e vilões". "Políticos podem fazer valer suas narrativas, mas verdadeiro vilão é o crime organizado e o herói é o povo brasileiro", afirmou. Segundo Mota, a Câmara 'faz história' por entregar uma "resposta dura contra criminosos".

A votação contou com resistência da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que agora se prepara para tentar modificar pontos do texto no Senado, especialmente quanto à destinação dos bens do crime para fundos federais. Governistas tentaram adiar a deliberação e votar o projeto original encaminhado à Câmara, mas sem sucesso.