Trump reafirma investimento da Arábia Saudita, defende tarifas e sugere mentiras de Powell

Internacional
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O presidente dos EUA, Donald Trump, agradeceu o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, por manter os laços próximos entre as duas nações e reafirmou o aumento do investimento saudita em Washington para US$ 1 trilhão, em discurso no Fórum de Investimentos EUA-Arábia Saudita nesta quarta-feira.

Na ocasião, o republicano mencionou que a nomeação da Arábia Saudita como a aliada mais importante fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é "um sinal de confiança". "A relação entre EUA e Arábia Saudita está ainda melhor porque tiramos a 'nuvem' do Irã, que era horrível e sauditas tiveram que conviver por muito tempo", alegou.

Trump defendeu que desde quando assumiu o comando da Casa Branca pela segunda vez foi o melhor período "que qualquer presidente já teve" e que é preciso continuar. Para ele, as tarifas são a melhor coisa que já aconteceu com os EUA e, por conta da política comercial adotada, as outras nações voltaram a respeitar os norte-americanos.

Sobre o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), o presidente dos EUA sugeriu "mentiras" pelo presidente do BC, Jerome Powell, e mencionou seu desejo de nomear o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, como chefe da instituição monetária. "Bessent quer continuar no Tesouro, mas o trabalho no Fed é o mais fácil possível. No caso do 'cara' Powell atual, ele dá as informações erradas porque não tem a mínima ideia de nada", disparou.

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, excluiu do calendário da Corte o julgamento que trata sobre a chamada "uberização". O início estava previsto para o dia 3 de dezembro e ainda não foi marcada uma nova data.

A discussão é sobre a existência de vínculo empregatício de motoristas de aplicativo com as plataformas. O julgamento, que tem repercussão geral, deve definir as balizas para a análise de todos os casos que tratam sobre a temática na Justiça.

A Corte vai discutir o tema por meio de um recurso da Uber contra decisão da Justiça do Trabalho que entendeu que a relação de um motorista com a plataforma cumpria os requisitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), reconhecendo o vínculo de emprego e determinando o pagamento de encargos trabalhistas. A empresa responde a cerca de 21 mil processos sobre o tema na Justiça do Trabalho.

O deputado estadual do Paraná Renato Freitas (PT) foi flagrado em vídeos trocando agressões físicas com um homem na rua no Centro de Curitiba, na manhã desta quarta-feira, 19. O Estadão apurou que o deputado tem uma suspeita de fratura no nariz. Em nota, a assessoria do deputado informou que ele passa por atendimento médico, e deve se pronunciar oficialmente após realizar exames.

As imagens da briga, que estão circulando nas redes sociais, mostram o deputado discutindo com o homem em uma calçada da Rua Vicente Machado. Freitas está acompanhado de outro rapaz, que chega a se envolver rapidamente na briga.

"Deixa eu, deixa eu", diz o deputado ao rapaz que o acompanha. "Então vamos, bonitão. Vamos, bonitão", fala ao se dirigir ao homem com quem brigava. Na sequência, Renato acerta dois chutes no homem e depois leva um soco no rosto.

O homem deixou o deputado sangrando. "Vem, 'piazão'. Tá sangrando já? Tá sangrando já?", debocha. Freitas responde: "Então começou. Se eu tô sangrando começou", afirma o deputado. Renato também é chamado de "vereador do PSOL" e questionado pelo homem: "Não é você o famosinho?".

Em outro vídeo, os dois aparecem trocando agressões em cima de uma faixa de pedestres. A briga termina do outro lado da rua, depois que o deputado dá um golpe 'mata-leão" no homem e eles são separados por pessoas que passavam pelo local.

O Estadão entrou em contato com as polícias Civil e Militar do Paraná e aguarda retorno. Até a publicação desta reportagem, o homem que brigou com o deputado não havia sido identificado.

Quebra de decoro

Em nota, a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) informou no início da tarde desta quarta-feira que havia recebido quatro representações por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Renato Freitas.

"Os processos serão encaminhados ao Conselho de Ética, a instância competente para avaliar a responsabilidade e julgar a conduta do deputado", afirmou a Alep. Freitas é um dos membros do conselho.

O Estadão apurou que ao menos uma representação contra o deputado partiu de um vereador de Curitiba e que as outras foram assinadas por parlamentares.

Histórico polêmico

Renato Freitas acumula episódios de enfrentamentos a políticos e também com integrantes de forças de segurança. Em 2021, quando era vereador em Curitiba, ele foi preso duas vezes. Uma por desobediência e resistência e outras por suspeita de agressão. Em 2022, Freitas chegou a ter o mandato cassado.

Na Alep, ele foi punido Mesa Diretora após acusação de ter facilitado a entrada de manifestantes no prédio da Alep, em 2024.

O presidente nacional do PSD e secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou que com uma unidade dos partidos de centro-direita em torno da candidatura do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a eleição presidencial de 2006 será "resolvida logo". Caso ele não dispute a corrida ao Planalto, quanto mais nomes, melhor, para empurrar a eleição para o segundo turno. Ele também defendeu que se construa uma aliança que dê ao governador uma marca de centro-direita na disputa.

"Se tivermos uma unidade em torno do Tarcísio, uma solução que não dê ele a marca de candidato de direita, (e sim) de centro-direita, eu acho que a gente resolve logo (as eleições)", disse Kassab, durante evento do Bradesco BBI, em Nova York, nos Estados Unidos.

Segundo ele, com o Tarcísio, será possível ter uma "candidatura única" contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Kassab afirma que o PSD vai apoiar uma candidatura do Tarcísio. Caso ele não aceite disputar a eleição presidencial de 2026, o nome escolhido será o do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), e, na sequência, o do governador Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

Para Kassab, os nomes dos candidatos à Presidência da República serão definidos até o Carnaval no Brasil, em fevereiro de 2026.