EUA: inteligência coletou sinais de que militantes em Gaza causaram explosão em hospital

Internacional
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Os Estados Unidos coletaram sinais de inteligência mostrando que a explosão no complexo hospitalar em Gaza foi causada pelo grupo militante Jihad Islâmica Palestina, disseram autoridades do país, reforçando a afirmação de Israel de que não foi responsável pela explosão. A avaliação dos EUA baseou-se, em parte, em interceptações de comunicações e outras informações recolhidas pelos EUA, disseram autoridades de defesa dos EUA.

 

O contra-almirante Daniel Hagari, principal porta-voz militar de Israel, disse, em entrevista coletiva, que não houve nenhum ataque israelense na área do hospital e que a explosão foi causada por um foguete disparado com falha lançado do Jihad Islâmica. O grupo rejeita a acusação. Hagari compartilhou o que disse ser uma conversa interceptada entre dois agentes não identificados do Hamas, dizendo que o foguete foi disparado por militantes do Jihad Islâmica de um cemitério perto do hospital.

 

"Não temos nenhum dos indicadores de um ataque aéreo - nenhum", disse Michael Knights, especialista em questões militares e de segurança do Instituto de Política para o Oriente Próximo de Washington. "O que você tem é uma cena que claramente foi atingida por uma bola de fogo".

 

A causa mais plausível para isso, disse Knights, é o combustível do foguete, consistente com a explicação dos militares israelenses de que um foguete falhou.

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O vereador Raul Marcelo (PSOL) pediu, por meio de um requerimento protocolado nesta sexta-feira, 11, que a gestão Rodrigo Manga (Republicanos), prefeito de Sorocaba, interior de São Paulo, anule imediatamente o contrato com o Instituto de Atenção à Saúde e Educação (IASE). O opositor destaca que o governo Manga já destinou mais de R$ 100 milhões à entidade, dos quais R$ 62 milhões entre 2022 e 2024, e outros R$ 38 milhões no contrato vigente até março de 2025.

Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão buscou contato com a defesa do IASE, mas sem sucesso. O espaço está aberto.

A cobrança pela rescisão do contrato foi protocolada um dia depois da deflagração da Operação Copia e Cola, da Polícia Federal. Nesta quinta, 10, a PF fez buscas até na residência de Manga, no âmbito de investigação sobre suposto esquema de corrupção na saúde pública.

Em meio às buscas, os agentes federais apreenderam dinheiro, armas e um carro de luxo com outros investigados. Maços de dinheiro foram encontrados em cofres e em caixas de papelão. No endereço de um suspeito, em São Paulo, havia R$ 863.854,00. A Justiça autorizou o sequestro de bens dos alvos da Operação Copia e Cola até o limite de R$ 20 milhões.

Dinheiro foi encontrado em cofres e caixas de papelão

O inquérito aponta indícios de fraudes na contratação de organização social para administrar unidades de saúde da prefeitura de Sorocaba. Também há suspeitas sobre operações financeiras para lavagem de dinheiro, como depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.

Segundo Raul Marcelo, o IASE é o responsável pela gestão da UPH da Zona Oeste da cidade. O vereador assinala que a apuração envolve 'a antiga Aceni, organização social que já gerenciou a UPA do Éden e que agora opera sob o nome de IASE'.

O requerimento do político do PSOL será debatido pelos parlamentares na próxima sessão da Câmara de Sorocaba.

"De acordo com reportagens publicadas pela imprensa, os contratos firmados entre o governo Manga e a Aceni estão entre os alvos da investigação", afirma. "Além disso, há decisão judicial que impede a contratação de entes públicos com essa entidade. No entanto, mesmo após a mudança de nome e de CNPJ, a gestão da saúde continua sob responsabilidade das mesmas pessoas jurídicas, conforme apontado pelo Tribunal de Contas do Estado."

"Não podemos permitir que Sorocaba continue gastando dinheiro público com uma entidade envolvida em graves denúncias de corrupção. Estamos falando da saúde da população, de vidas. É preciso romper imediatamente esse vínculo e garantir uma gestão pública transparente, eficiente e livre de esquemas fraudulentos", questiona o vereador.

Defesa

No dia da operação, a prefeitura informou que colabora com as investigações. A defesa do prefeito, sob comando do criminalista Daniel Bialski, considera que a busca da PF nos endereços de Manga foi 'desnecessária e abusiva'.

Para Bialski, a PF 'tenta proceder a ilegal pesca probatória para investigar a pessoa, o que é vedado por nossa legislação'. Ele suspeita de 'uso político' da PF, 'induzindo a Justiça em erro'.

A prefeitura considera que a Operação Copia e Cola ocorre 'em um momento de grande projeção da cidade e do nome do prefeito Rodrigo Manga no cenário nacional, inclusive pontuando com destaque em pesquisas para governador do Estado e presidente do Brasil'.

A Polícia Federal terminou nesta sexta-feira, 11, a contagem do dinheiro apreendido na Operação Copia e Cola, que investiga o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e aliados por suspeita de desvios de recursos da Saúde. O total foi de R$ 1.760.157,00.

A maior parte do dinheiro - R$ 863.854,00 - estava em caixas de papelão encontradas em um carro em São Paulo. O veículo pertence a um pastor apontado como operador financeiro do suposto esquema.

Grande quantia - R$ 646.350,00 - também foi apreendida em um endereço em Araçoiaba.

A Justiça autorizou o sequestro de bens dos investigados até o limite de R$ 20 milhões.

A Polícia Federal investiga indícios de fraudes na contratação de uma organização social para administrar unidades de saúde da prefeitura. O inquérito também mira operações suspeitas que aparentam ter sido usadas para lavagem de dinheiro, como depósitos em espécie, pagamento de boletos e negociações imobiliárias.

Em nota, a defesa do prefeito classificou a busca na casa dele como "desnecessária e abusiva". "Não existe qualquer elemento, mínimo que fosse, que pudesse relacionar o prefeito a atos ilícitos", afirmam seus advogados (leia a íntegra da manifestação ao final da matéria).

Veja quanto foi apreendido pela PF em cada cidade:

- Itu - R$ 89.050,00

- Sorocaba - R$ 36.781,00

- Santos - R$ 123.800,00

- Araçoiaba - R$ 646.350,00

- São Paulo - R$ 863.854,00

COM A PALAVRA, A DEFESA DO PREFEITO

Os advogados do Prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, reeleito com aprovação recorde da cidade, explicitam que causou surpresa, para não se dizer, desde logo, algo mais incisivo, a busca e apreensão, desnecessária e abusiva, ocorrida nesta manhã. Os supostos fatos investigados são de 2021 e, no pouco que a defesa obteve acesso, não existe qualquer elemento, mínimo que fosse, que pudesse relacionar o prefeito a atos ilícitos. A Polícia Federal tenta proceder a ilegal "pesca probatória" para investigar a pessoa, o que é vedado por nossa legislação. A defesa vê tal ato com enorme preocupação, justamente porque não se pode permitir que se faça uso político de nossa força policial, induzindo o Poder Judiciário em erro.

Daniel Leon Bialski, Bruno Garcia Borragine, André Mendonça Bialski, Flávia Maria Ebaid e Júlia Zonzini

COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE SOROCABA

A investigação da Polícia Federal envolvendo uma OS (Organização Social) acontece em 13 cidades, tais como São Paulo, São Bernardo do Campo, Santo André, entre outras, sendo Sorocaba uma delas. Nesse sentido, está havendo plena colaboração com as autoridades, para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos, o mais brevemente possível.

Vale destacar que a operação acontece em um momento de grande projeção da cidade e do nome do prefeito Rodrigo Manga no cenário nacional, inclusive pontuando com destaque em pesquisas para governador do Estado de São Paulo e presidente do Brasil. Não é a primeira vez na história que vemos "forças ocultas" se levantarem contra representantes que se projetam como uma alternativa ao sistema e dão voz ao povo.

Recentemente, por exemplo, Rodrigo Manga entrou em embates contra o aumento de impostos de alimentos básicos, combustíveis e remédios, bem como a criação de novos pedágios.

A defesa de Walter Delgatti Neto, que ficou conhecido como o "hacker de Araraquara", entregou nesta semana as alegações finais do processo movido contra ele e a deputada Carla Zambelli (PL-SP) no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nas peças, ele atribui à parlamentar a culpa pelo crime de invasão digital ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e diz que foi "iludido" por promessas feitas por ela. Zambelli é chamada de "mentora intelectual" do plano para invadir e tentar inserir dados e documentos falsos no sistema do CNJ.

"O réu aceitou realizar as invasões porque estava desempregado e Carla Zambelli lhe ofereceu emprego e tratamento de saúde. Evidente que a parlamentar explorou a carência do acusado e o iludiu com seu prestígio, o que comprometeu seu entendimento e liberdade de atuação", escreveu o advogado de Delgatti, Ariovaldo Moreira. As informações são da Isto É.

Segundo o advogado, a deputada ofereceu emprego, benefícios e custeou um tratamento realizado por ele em Guaratinguetá (SP). Ele afirma que Carla Zambelli e Walter se encontraram pessoalmente na sede do Partido Liberal (PL) e trocaram mensagens mais de uma vez, o que comprovaria a relação entre os dois.

O advogado pede nas alegações que o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, seja considerado suspeito para julgá-lo, uma vez que era o principal alvo dos crimes.

De acordo com a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Zambelli e o hacker planejaram e executaram uma invasão ao sistema do CNJ para inserir um mandado de prisão falso contra Moraes.

Na manifestação, a PGR afirma que Zambelli orientou Delgatti a forjar o documento como se fosse uma ordem oficial do próprio ministro, além de articular um bloqueio de valores na conta de Moraes.

Em depoimento à Polícia Federal, o hacker confirmou que a deputada solicitou a invasão ao sistema e a produção do documento fraudulento, além de admitir que recebeu pagamentos dela pelos serviços prestados.