Rússia lança maior ataque aéreo desde início da guerra, afirma Ucrânia

Internacional
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A Rússia lançou 122 mísseis e 36 drones contra alvos ucranianos, causando a morte de ao menos 22 civis, o que, de acordo com a Força Aérea da Ucrânia, foi a maior ofensiva aérea em 22 meses de guerra. As forças ucranianas interceptaram a maior parte dos mísseis e dos drones tipo Shahed, afirmou o chefe militar de Kiev, Valerii Zaluzhnyy, nesta sexta-feira, 29.

Até então, o maior ataque tinha sido registrado em novembro de 2022, quando a Rússia lançou 96 mísseis sobre a Ucrânia, de acordo com registros da Força Aérea ucraniana.

As autoridades da Ucrânia têm pedido aos aliados ocidentais que enviem mais defesas antiaéreas. O presidente ucraniano, VolodymIr ZelenskI, disse que as forças do Kremlin usaram várias armas, incluindo mísseis balísticos e de cruzeiro. "Hoje, a Rússia usou quase todos os tipos de armas do seu arsenal", disse Zelenski no X (antigo Twitter).

Pelo menos 128 pessoas ficaram feridas e um número desconhecido foi soterrado sob os escombros durante o ataque que durou cerca de 18 horas, disseram autoridades ucranianas. Entre os edifícios que foram danificados estavam uma maternidade, apartamentos e escolas.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que a escala do ataque deveria despertar nas pessoas a intenção de fornecer mais apoio à Ucrânia. "Hoje, milhões de ucranianos acordaram com o som alto de explosões. Gostaria que esses sons de explosões na Ucrânia pudessem ser ouvidos em todo o mundo", escreveu ele no X. Fonte: Associated Press.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu na terça-feira, 13, diversos cavalos, avaliados em R$ 6 milhões, 12 veículos - inclusive um carro de luxo de mais de R$ 1,77 milhão - além de R$ 220 milhões supostamente desviados dos cofres públicos. Os bens foram bloqueados pela Operação Caballus, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e fraude de licitações em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense.

Os agentes do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) apuraram que o grupo criminoso operava por meio de ao menos três empresas, aparentemente de fachada. Essas empresas venciam licitações realizadas por municípios do Estado do Rio de Janeiro, principalmente em Campos dos Goytacazes.

Segundo a Polícia Civil, os contratos das licitações tinham a finalidade de fornecer medicamentos e materiais hospitalares, desviando os recursos públicos, em tese, arrecadados ilicitamente, para o líder da quadrilha.

Além do desvio de recursos públicos, a investigação identificou transações suspeitas de lavagem de dinheiro. Parte dos valores repassados às empresas contratadas por prefeituras era utilizada para pagar impostos relacionados a um haras de propriedade do principal investigado.

A operação apurou que o suspeito ostenta alto poder aquisitivo, sendo sócio de várias empresas e proprietário de um haras, uma embarcação e diversos veículos de alto padrão.

Durante a apuração, foram identificadas transações suspeitas realizadas por investigados e empresas interpostas, no período de 2018 a 2023. Nesse intervalo, houve movimentação financeira de, pelo menos, R$ 220 milhões.

Veja o que foi apreendido

A operação marca a conclusão da primeira fase das investigações, na qual foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão contra seis alvos. Também foi solicitado o bloqueio judicial dos R$ 220 milhões pertencentes ao grupo criminoso.

Nesta etapa, foram apreendidos: computadores, celulares, 45 cavalos avaliados em aproximadamente R$ 6 milhões, 12 veículos - incluindo três carros de luxo das marcas Porsche (avaliado em R$ 1,7 milhão), Dodge RAM (R$ 370 mil) e BMW X1 (R$ 350 mil) - além de triciclos, quadriciclos, tratores e documentos diversos.

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma operação nesta quarta-feira, 14, que tem como alvo uma organização social contratada pela Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina para gerenciar uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS). O nome da entidade não foi divulgado.

A investigação apura suposto esquema de subcontratações ilegais, superfaturamento de serviços e recebimento de vantagens indevidas, em contrato que previa a gestão da unidade localizada no Sul do Estado, entre 2018 e 2023, no valor de R$ 196 milhões.

A operação, nomeada Templo Vendido, cumpre 15 mandados de busca e apreensão na capital, Florianópolis, e nos municípios de São José, Biguaçu, Palhoça, Criciúma, Araranguá e Curitiba.

Os auditores da CGU identificaram que a Organização Social subcontratou empresas as quais mantinham vínculo, e há suspeitas de que serviços prestados tenham sido superfaturados. Além disso, a investigação aponta que dirigentes e ex-dirigentes da entidade possam ter obtido outras vantagens indevidas.

A operação contou com 63 policiais federais e 10 auditores da CGU. As Organizações Sociais contratadas pelos governos estaduais para executar atividades ou serviços públicos devem ser instituições sem fins lucrativos. A Secretaria de Saúde catarinense foi procurada para comentar o caso, mas não respondeu até a publicação deste texto.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou na terça-feira, 13, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o cancelamento das audiências de testemunhas no processo que investiga sua participação em uma suposta tentativa de golpe de estado. As testemunhas começariam a ser ouvidas na próxima segunda-feira, 19.

"Iniciar a instrução sem que a defesa conheça aquilo que não interessou à acusação é impedir que qualquer alternativa surja nos autos. E, dessa forma, é terminar o processo sem que o transcorrer deste possa alterar as convicções hoje abraçadas", argumentam os defensores de Bolsonaro.

Segundo os advogados do ex-presidente, a equipe de defesa ainda não teve acesso integral às provas, mesmo após determinação de Moraes para que a Polícia Federal (PF) entregasse todo o material do processo. Por isso, requisitou o cancelamento das oitivas alegando a necessidade de mais tempo para a análise detalhada dos documentos.

A defesa pediu o cancelamento "a fim de permitir não só a necessária complementação do rol de diligências e testemunhas já apresentados, mas também e especialmente o adequado questionamento das testemunhas arroladas pelas partes", escreveu a defesa no processo.

Como mostrado pelo Estadão, no dia 30 de abril, o ministro Alexandre de Moraes liberou às defesas a integridade das provas recolhidas no processo do "núcleo 1" da investigação, do qual Bolsonaro e os outros solicitantes fazem parte. A defesa do ex-presidente e de outros acusados havia solicitado nulidade do processo por ausência de amplo e irrestrito acesso às provas, entendimento que foi negado pela Corte.

Quem deve ser ouvido?

No dia 19 de maio, devem depor o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Almeida Baptista Junior.

As oitivas mais aguardadas estão marcadas para o dia 30 deste mês, quando devem ser ouvidos o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, todos indicados como testemunhas por Bolsonaro.

Em março deste ano, o ex-presidente e outros sete acusados se tornaram réus no STF por envolvimento na suposta conspiração golpista. Eles respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.