Terremoto de magnitude 4,8 atinge região metropolitana de Nova York

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Um terremoto abalou a densamente povoada área metropolitana da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, na manhã desta sexta-feira, 5, segundo o Serviço Geológico dos EUA, com moradores relatando que sentiram estrondos na região. De acordo com o serviço, o terremoto pode ter sido sentido por 42 milhões de pessoas.

 

A agência relatou um terremoto com magnitude preliminar de 4,8, perto da cidade de Líbano, em New Jersey. O Corpo de Bombeiros de Nova York afirmou que não houve relatos iniciais de danos. O prefeito de Nova York, Eric Adams, foi informado sobre o terremoto, segundo seu porta-voz, Fabien Levy. "Embora não tenhamos nenhum relatório de grandes impactos neste momento, ainda estamos avaliando o impacto".

 

As escolas públicas da cidade de Nova York não relataram sinais imediatos de danos ou edifícios comprometidos, segundo Nathaniel Styer, um porta-voz. "O lugar mais seguro para os nossos filhos neste momento é nas nossas escolas, as escolas estão funcionando normalmente." O sistema de notificação de emergência da cidade de Nova York afirmou em uma postagem nas redes sociais, mais de 30 minutos após o terremoto, que não havia relatos de danos ou feridos na cidade.

 

O porta-voz também pediu para que os nova-iorquinos se prepararem para um tremor secundário, postando nas redes sociais: "Em caso de tremor secundário, caia no chão, cubra a cabeça e o pescoço e proteja-se adicionalmente sob uma peça sólida de mobília, próximo a uma parede interna ou em uma porta."

 

Embora os terremotos em Nova York sejam uma surpresa, os especialistas sabem que o solo nem sempre é estável. Um estudo de 2008 descobriu que um terremoto de magnitude 5 ocorria na área aproximadamente uma vez por século. Uma magnitude ainda maior, 7, é estimada uma vez a cada 3.400 anos.

 

A cidade de Nova York adicionou protocolos de segurança contra terremotos ao seu código de construção em 1995, mas a maioria dos cerca de 1 milhão de edifícios da cidade foram construídos antes disso. Muitos são considerados "vulneráveis" a terremotos, segundo a cidade.

 

De acordo com uma previsão feita pelo Serviço Geológico dos EUA, existe uma chance de 3% de um grande tremor secundário nos próximos dias, de uma magnitude de até 5,0 e 46% de um tremor de menor escala, que teria uma magnitude de 3,0.

 

Apreensão

 

No centro de Manhattan, a habitual cacofonia do trânsito ficou mais alta por conta dos motoristas que buzinavam nas ruas. Alguns moradores do Brooklyn ouviram um som estrondoso e seu prédio tremeu. Em um prédio de apartamentos no East Village de Manhattan, um residente da Califórnia, Estado americano com mais propensão a terremotos, acalmou vizinhos nervosos.

 

Em uma cafeteria de Manhattan, os clientes foram surpreendidos com o terremoto inesperado, que sacudiu a louça e um balcão de concreto. "Percebi que a porta tremia no batente", disse India Hays, uma barista. "Achei que certamente não poderia haver um terremoto aqui."Pessoas em Baltimore, Filadélfia e outras áreas também relataram sentir o chão tremer.

 

As chegadas de voos aos aeroportos de Nova York e também de New Jersey foram paralisadas por conta do terremoto, segundo a Administração Federal de Aviação dos EUA.

 

A governadora Kathy Hochul disse aos nova-iorquinos que o estado não identificou nenhuma situação de risco de vida, mas mesmo assim estava revisando todas as infraestruturas vulneráveis. "Este é um dos maiores terremotos na Costa Leste no último século", disse ela, acrescentando que o estado estava levando a revisão "extremamente a sério".

 

A Casa Branca disse em comunicado que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi informado sobre o terremoto e está "em contato com autoridades federais, estaduais e locais à medida que aprendemos mais".(Com agências internacionais)

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Em mensagem de Páscoa, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse neste domingo, 20, que a data remete à comemoração do renascimento do amor e da paz sobre as injustiças. Segundo Lula, o momento é de reforçar os laços de união e de solidariedade.

"Hoje é o dia em que milhões de brasileiras e brasileiros, e pessoas em todo o mundo, comemoram o renascimento do amor e da paz sobre as injustiças. É o momento em que nos encontramos - seja em uma celebração religiosa, seja em um almoço de família - para reforçar nossos laços de união e de solidariedade. E em que relembramos os ensinamentos de Jesus de que devemos sempre amar uns aos outros, construindo um mundo cada vez melhor e mais fraterno", escreveu, Lula em mensagem divulgada pelo governo federal.

Ao fim da publicação, Lula desejou um "feliz domingo de Páscoa".

O Supremo Tribunal Federal (STF) reagiu neste sábado, 19, às críticas feitas em artigo da revista The Economist que diz que o ministro Alexandre de Moraes tem "poderes excessivos" e que o tribunal enfrenta "crescentes questionamentos". Em nota assinada pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, o STF defendeu a atuação de Moaes e negou que haja uma crise de confiança na instituição.

"O enfoque dado na matéria corresponde mais à narrativa dos que tentaram o golpe de Estado do que ao fato real de que o Brasil vive uma democracia plena, com Estado de direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais", afirmou o tribunal.

A revista inglesa afirmou que o Supremo poderia agravar sua crise de confiança diante dos brasileiros caso o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seguisse na Primeira Turma do tribunal, em vez de ser levado ao plenário. O texto também fez críticas a Barroso, aos ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli, e apontou que Moraes tem "poderes excessivos" nas decisões da Corte.

Em resposta, o STF afirmou que o julgamento de ações penais contra autoridades segue o rito previsto no procedimento penal, que determina que esses casos sejam analisados pelas turmas, e não pelo plenário. "Mudar isso é que seria excepcional", destacou a nota assinada por Barroso.

Barroso rebateu a sugestão de suspender Moraes do julgamento de Bolsonaro. Segundo ele, o ex-presidente ofendeu quase todos os integrantes do Supremo e, "se a suposta animosidade em relação a ele pudesse ser um critério de suspeição, bastaria o réu atacar o tribunal para não poder ser julgado". Ele ainda classificou Moraes como um juiz que "cumpre com empenho e coragem o seu papel, com o apoio do tribunal, e não individualmente".

O STF também negou que exista uma crise de confiança na instituição e citou dados do Datafolha, divulgados em março de 2024, para sustentar o argumento. Ao mencionar os dados, no entanto, Barroso usou o percentual atribuído ao Poder Judiciário como um todo, cuja confiança é maior, se comparada à da Corte, com 24% que confiam muito, 44% que confiam um pouco e 30% que não confiam.

Segundo a pesquisa, 21% dos entrevistados disseram confiar muito no Supremo, 44% confiam um pouco e 30% não confiam. Para a Corte, isso demonstra que a maioria da população mantém algum nível de confiança no tribunal.

A nota ainda destacou que decisões monocráticas citadas pela revista foram posteriormente ratificadas pelos demais ministros. Entre elas, a suspensão do X (antigo Twitter), que foi determinada pela ausência de representante legal da empresa no Brasil, e não por algum conteúdo publicado na plataforma. A medida foi revertida após a indicação de um representante.

"Todas as decisões de remoção de conteúdo foram devidamente motivadas e envolviam crime, instigação à prática de crime ou preparação de golpe de Estado. O presidente do Tribunal nunca disse que a Corte 'defeated (derrotou) Bolsonaro'. Foram os eleitores", declarou o STF.

Barroso afirmou ainda que, apesar de a reportagem citar "algumas das ameaças sofridas pela democracia" no País, deixou de mencionar as tentativas de invasão da sede dos três Poderes em Brasília nos ataques de 8 de janeiro por uma "multidão insuflada por extremistas" além das tentativas de explosão de bomba no STF e no aeroporto de capital. A nota cita ainda o plano de assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), além do ministro Alexandre de Moraes.

"Foi necessário um tribunal independente e atuante para evitar o colapso das instituições, como ocorreu em vários países do mundo, do leste Europeu à América Latina", concluiu Barroso.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue internado na unidade de terapia intensiva (UTI) uma semana depois da cirurgia realizada em 13 de abril. Um novo boletim médico divulgado pelo Hospital DF Star e compartilhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro neste domingo, 20, informa que inda não há previsão de alta da UTI, mas que o ex-presidente apresenta boa evolução clínica.

A nota do hospital ainda diz que Bolsonaro apresenta pressão arterial sob controle, após o episódio de alteração relatado no boletim deste sábado, 19. Ele permanece em jejum oral, ou seja, sem se alimentar pela boca, e tem intensificado a fisioterapia motora e as medidas de reabilitação.

No domingo passado, 13 de abril, Bolsonaro fez uma cirurgia de 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal.

A operação foi feita após o ex-presidente passar mal, dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte. Bolsonaro teve uma obstrução devido a uma dobra intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal. Na cirurgia, a complicação foi desfeita. Segundo a equipe médica responsável pelo procedimento, o pós-operatório deverá ser "prolongado".