G7 condena ataque do Irã a Israel e indica a possibilidade de medidas futuras

Internacional
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Os ministros das Relações Exteriores do G7 emitiram uma nota conjunta condenando o ataque do Irã a Israel no fim de semana e assegurando uma coordenação para medidas futuras para diminuir a capacidade armamentista iraniana, sem esclarecer quais. Segundo o documento, emitido após uma reunião entre os ministros na quarta-feira, 17, o G7 também pretende reduzir ainda mais as receitas de energia da Rússia, no contexto da invasão à Ucrânia.

 

"Continuaremos a desenvolver medidas para impedir que a Rússia adquira materiais, tecnologia e equipamentos avançados para a sua base industrial militar", diz o comunicado.

 

Os representantes do G7 ainda demonstraram preocupação com os riscos geopolíticos do Oriente Médio, que poderão afetar o comércio, as cadeias de abastecimento e os preços das matérias-primas.

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Na sessão solene do Congresso Nacional em homenagem ao aniversário de 150 anos do Estadão, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) enalteceu a importância do jornal para a democracia brasileira e o profissionalismo do veículo, em seu discurso no plenário. A parlamentar foi uma das autoras da proposta de realização da cerimônia, junto com o deputado federal e presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (SP).

"Homenageamos não apenas um jornal. Homenageamos um pilar da democracia brasileira. Celebramos 150 anos de resistência, de coragem, de profissionalismo, de compromisso inegociável com a verdade", declarou a senadora.

A parlamentar prosseguiu: "O Estadão não é apenas uma testemunha dos grandes momentos do nosso País. É protagonista. Esteve presente na luta pela abolição da escravidão, na defesa intransigente da República, na resistência corajosa diante da censura da ditadura militar".

Gabrilli afirmou ainda que o Estadão "sempre foi farol em tempo de trevas" e exaltou a profundidade, a análise cuidadosa e o pensamento crítico nos tempos atuais.

"Hoje, enquanto a desinformação se alastra como uma epidemia silenciosa, o jornalismo sério, ético e independente é o que nos ancora na realidade e no bom senso", declarou. "Em tempos de bolhas digitais , ataques à imprensa e guerras contra a verdade, tememos pelo que há por vir."

O presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pretende apresentar um projeto para reduzir a pena dos envolvidos no 8 de Janeiro. O texto está sendo negociado com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e com o Supremo Tribunal Federal.

Uma das versões em negociação prevê aumento da punição para os acusados de organizar tentativas de golpe de Estado. O novo projeto busca um meio termo para aliviar as penas impostas pelo STF, que chegam a 17 anos de prisão, mas assegurar que eventuais acusados de orquestrar o rompimento da ordem democrática tenham punições mais severas.

Como revelou a Coluna do Estadão no início do mês, o presidente da Câmara procurou o presidente Lula e ministros do Supremo com o objetivo de construir um acordo para revisão das penas dos condenados pelo 8/1, com o intuito de pacificar o País.

O projeto que já tramita na Câmara e é defendido pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, concede anistia total aos envolvidos no 8 de Janeiro. Parlamentares que apoiam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sustentam que esse texto ainda pode beneficiar também o ex-presidente que virou réu por tentativa de golpe de Estado em processo que tramita no STF.

Para assegurar que a nova proposta possa tramitar de maneira mais rápida e consiga aderência dos mais variados partidos, o texto deve ser apresentado formalmente pelo próprio Alcolumbre.

O texto em gestação pode reduzir em até 2/3 a pena de pessoas que foram levadas a participar de atos em relação à punição de quem organizou ou estimulou a ação golpista. Outra ideia na mesa prevê deixar de considerar os crimes de abolição do Estado democrático e tentativa de golpe como crimes separados. Um deles passaria a ser crime antecedente. Com isso, as penas não se somariam, o que levaria à redução da punição definida na sentença.

Ministros do STF têm sido refratários à concessão de anistia para livrar da condenação todos que já têm sentença aprovada pela maioria da Corte. Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, defendeu as penas que foram aplicadas.

"O Supremo aplicou a legislação editada pelo Congresso nos julgamentos do 8 de Janeiro. A solução para quem acha que as penas foram excessivas é uma mudança na lei. Não acho que seja o caso de anistia, porque anistia significa perdão. E o que aconteceu é imperdoável", disse Barroso.

Na Câmara, o partido de Bolsonaro tenta angariar apoios ao requerimento para forçar votação em regime de urgência ao projeto de anistia total. A legenda apresentou uma lista de 262 apoios à urgência.

Segundo Placar da Anistia do Estadão, pelo menos 207 dos 513 deputados dizem endossar a anistia aos presos do 8 de Janeiro.

Nos últimos dias, o presidente da Câmara tem resistido à pressão do PL. Em reunião com os líderes da Casa legislativa, ele obteve adesão das lideranças para adiar a apreciação do tema. "Já há uma sinalização, dos líderes que pediram o adiamento, que o diálogo entre os partidos pode avançar para uma solução", disse Motta.

Centrais sindicais divulgaram nesta segunda-feira, 28, uma nota de apoio a José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi). A entidade é uma das investigadas por fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Frei Chico é o irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O documento foi assinado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

As seis entidades dizem estar "estarrecidas" com a "roubalheira que atinge aposentados e pensionistas", mas também, segundo elas, pelas "distorções que permeiam o noticiário" cujo objetivo seria "promover ataques políticos e antissindicais".

"Apoiamos a ação da Polícia Federal e defendemos o ressarcimento de todos que tiveram parte de seus benefícios surrupiados por organizações de má-fé. Repudiamos, igualmente, o desvirtuamento desse caso, transformado em mais um instrumento de ataque aos trabalhadores e ao governo Lula", diz trecho da carta. As centrais também afirmam que Frei Chico está em evidência somente por ter parentesco com o presidente Lula, e que o caso se trata de "pura politicagem eleitoral, que engana muita gente de boa-fé", diz o texto.

Desde o ano passado, Frei Chico integra a diretoria do Sindnapi, onde é filiado desde 2008. A Operação Sem Desconto, deflagrada pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU) investiga 11 entidades que participariam de um esquema que descontava mensalidades sem o conhecimento de aposentados e pensionistas. Segundo o irmão de Lula, o sindicato não cometeu irregularidades.

Segundo a PF, os descontos alcançaram R$ 7,99 bilhões, e quase 100% deles foram irregulares. As entidades formalizavam Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com o INSS, o que permitia o desconto em folha dos beneficiários do órgão. Em muitos casos, a liberação era fraudada.

Logo após a operação da Polícia Federal, deflagrada na última quarta-feira, 23, o sindicalista afirmou ao Estadão que está tranquilo e que espera que os policiais investiguem "toda a sacanagem que tem" no INSS.

"Jamais Frei Chico utilizou a estrutura sindical ou política em benefício próprio. Sempre viveu - e continua vivendo - de maneira modesta, fiel aos seus ideais. Ao desviar o foco das investigações para sua figura, a narrativa em torno das fraudes no INSS torna-se um discurso contra o governo e contra o sindicalismo", defenderam as entidades.