Soldados sul-coreanos disparam tiros de advertência após invasão de tropas norte-coreanas

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Soldados sul-coreanos dispararam tiros de advertência para repelir soldados norte-coreanos que cruzaram temporariamente a fronteira terrestre entre os rivais nesta terça-feira, 18, pela segunda vez neste mês, disseram os militares da Coreia do Sul.

 

Segundo o Estado-Maior Conjunto, cerca de 20 a 30 soldados norte-coreanos, enquanto se dedicavam a trabalhos de construção não especificados no lado norte da fronteira, cruzaram brevemente a linha de demarcação militar que divide os países às 8h30. O Estado-Maior Conjunto disse que os soldados norte-coreanos recuaram depois que o Sul emitiu avisos e disparou tiros de advertência e que os militares do Sul não detectaram nenhuma atividade suspeita depois disso.

 

Os militares do Sul observaram o aumento das atividades de construção norte-coreanas ao longo de sua fronteira fortemente armada para instalar supostas barreiras antitanque, reforçar estradas e plantar minas terrestres. O trabalho continuou sem interrupções, apesar de várias explosões causadas por minas que mataram ou feriram um número não especificado de soldados norte-coreanos, disse o Estado-Maior Conjunto do Sul.

 

O Sul também disparou tiros de advertência em 11 de junho, depois que outro grupo de soldados norte-coreanos cruzou brevemente a MDL. O Estado-Maior Conjunto disse que o incidente de terça-feira ocorreu em uma área diferente ao longo da região central da linha de frente. Ele disse que não acredita que os soldados norte-coreanos tenham invadido a fronteira intencionalmente e que o Norte não retornou o fogo. Os militares do Sul disseram que a área da fronteira é repleta de árvores e plantas que podem ter obscurecido a visibilidade dos soldados norte-coreanos e os levado a cruzar a fronteira.

 

O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas disse que suspeita que a Coreia do Norte expandirá suas atividades de construção da fronteira, que começaram por volta de abril e possivelmente pretendem dificultar a deserção de civis ou soldados norte-coreanos para o Sul, já que a liderança de Pyongyang tenta fortalecer o controle sobre seu povo.

 

"Nossas forças armadas estão monitorando de perto as atividades militares norte-coreanas na área da linha de frente, enquanto se protegem contra situações acidentais", disse o Estado-Maior Conjunto em um comunicado. As invasões de fronteira ocorrem em um momento em que as tensões aumentam entre os rivais divididos pela guerra, que nas últimas semanas se envolveram em uma guerra psicológica no estilo da Guerra Fria e deixaram claro que não estão mais vinculados ao seu acordo militar histórico de 2018 para reduzir as tensões.

 

A fronteira fortemente fortificada das Coreias, conhecida como Zona Desmilitarizada, tem sido ocasionalmente um local de derramamento de sangue e confrontos violentos entre os rivais. A linha de demarcação militar marca a fronteira entre as duas Coreias dentro da DMZ, que tem 248 km de comprimento e 4 km de largura. A zona está repleta de cerca de 2 milhões de minas e também é protegida por cercas de arame farpado, armadilhas para tanques e tropas de combate em ambos os lados. É um legado da Guerra da Coreia de 1950-53, que terminou com um armistício, não com um tratado de paz.

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O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.

O deputado estadual Maurici (PT) foi eleito primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) neste sábado, 15. Houve apenas a candidatura dele ao cargo e sua vitória foi fruto de um acordo entre os parlamentares, que fez o PT apoiar a reeleição do presidente da casa, André do Prado (PL).

"Estar aqui não significa concordar com uma política de privatização. Não significa concordar com uma política de desmonte do Estado", disse Maurici em discurso de vitória.

O segundo-secretário, Rogério Nogueira (PSDB), deu lugar ao ex-ministro da Agricultura de Itamar Franco (1993) e ex-presidente da Alesp entre 2009 e 2013, Barros Munhoz (PSDB). Ele também foi o único candidato ao cargo.

O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), foi reeleito para cargo neste sábado, 15, em votação no Palácio 9 de Julho, sede do Poder Legislativo estadual. Prado foi reeleito com apoio do PT e da base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), incluindo bolsonaristas, consolidando sua influência na Alesp e abrindo caminho para pretensões eleitorais em 2026. Pupilo de Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, ele busca se viabilizar como vice de Tarcísio em uma eventual reeleição do governador. Caso Tarcísio dispute a Presidência da República, Prado quer ser o candidato do PL ao governo de São Paulo.

Está é a primeira vez que um chefe Legislativo estadual é reconduzido ao cargo na mesma legislatura, o que era proibido até uma mudança na Constituição de São Paulo. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) foi proposta pelo deputado Carlos Cezar (PL) e aprovada no final do ano passado.

A modificação ocorreu no parágrafo segundo do artigo 11 da Constituição do Estado de São Paulo para permitir a reeleição. No entanto, um terceiro mandato consecutivo está vetado.

Prado enfrentou a candidata Paula da Bancada Feminista (PSOL), único nome de oposição para a disputa da principal cadeira da Casa.

A sessão preparatória que reelegeu Prado teve clima descontraído, com os deputados já cientes do resultado antes mesmo da votação. Em contraste com embates acalorados do passado - alguns que até viraram caso de polícia -, o ambiente foi marcado por trocas de afagos entre parlamentares do PL e do PT.

Logo no início da sessão, o líder da federação PSOL e Rede, Guilherme Cortez (PSOL), defendeu que a única adversária de Prado, Paula da Bancada Feminista, tivesse o direito de discursar. O pleito, sem respaldo no regimento interno, foi apoiado por Prado, que citou o Mês da Mulher ao justificar o gesto.

O pedido foi acatado pelos demais líderes, e Paula começou seu discurso lembrando que nunca houve uma mulher à frente do Legislativo paulista em seus 190 anos de existência. Ela lembrou que a atual legislatura elegeu 25 mulheres, um número recorde. "O meu desejo é que um dia a Assembleia Legislativa tenha, sim, uma presidente mulher", disse ela, que também pediu paridade nos cargos da Mesa Diretora.

A parlamentar do PSOL aproveitou sua fala para criticar a aprovação de projetos do governo Tarcísio de Freitas na Casa, citando a privatização da Sabesp, a PEC que flexibiliza gasto com educação em São Paulo e o projeto que cria escolas cívico-militares no Estado. "A Alesp não pode ser uma forma de chancelar o projeto de avanço da extrema direita no estado de São Paulo. E é por isso que, hoje, o PSOL coloca a candidatura própria", afirmou ela. "Nós queremos muito que essa casa cumpra um papel independente", acrescentou.

Em outro momento, o deputado petista Eduardo Suplicy protagonizou um momento hilário. "Eu me distrai um pouco e vim sem paletó e gravata, mas o meu líder Paulo Fiorilo me emprestou paletó e gravata, então, aqui estou".

O presidente da Alesp nutre proximidade com o governador Tarcísio, o que contribuiu para alinhavar a vitória. Em entrevista ao Estadão publicada em 9 de janeiro último, ele admitiu a proximidade com o chefe do Poder Executivo.

"Realmente, a gente é alinhado. Eu tenho que ser alinhado, apesar de não ser alienado", disse ele. "Existe harmonia, mas também uma grande independência. Nós mexemos no orçamento [do estado] e nunca votamos tantos projetos de parlamentares nesta Casa como agora".

Prado se candidatou pela primeira vez em 2004, quando foi eleito prefeito de Guararema, cidade paulista com cerca de 30 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022. Depois, elegeu-se deputado estadual quatro vezes seguidas (2010, 2014, 2018 e 2022).

Como mostrou o Estadão, embora filiado ao partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Prado vive uma situação inusitada na Alesp: é visto com bons olhos pela oposição, em especial, pelos deputados do PT. Parlamentares petistas ouvidos reservadamente pela reportagem disseram que ele tem uma postura mais "democrática" do que seus antecessores e consegue manter diálogo com todos os deputados e atender às demandas da oposição.

É exatamente pela boa relação que tem até mesmo com o PT, que a vitória neste sábado para mais dois anos no comando da Casa foi facilitada. O PT, inclusive, ficará com a primeira secretaria.

Depois de um racha interno pela disputa do posto, Mauro Maurici (PT) teve caminho pacificado para ser eleito. A disputa interna ocorreu com Beth Sahão (PT), que declarou no final de fevereiro que "há 30 anos que a prerrogativa para indicação da primeira secretaria é do meu partido, por uma questão numérica de assentos na Casa, mas nunca uma mulher ocupou este cargo".