Irã: ministério das Relações Exteriores nega envio de mísseis balísticos para a Rússia

Internacional
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O Ministério das Relações Exteriores do Irã negou relatos de que o país teria enviado mísseis balísticos para a Rússia, conforme reportado pela Associated Press na noite de sábado. Segundo a agência estatal iraniana IRNA, o porta-voz do ministério, Nasser Kanani, afirmou neste domingo, 8, que o Irã "nunca se envolveu com a crise da Ucrânia" e apoia uma "solução política e bilateral" para o fim da guerra.

 

"Como enfatizamos diversas vezes, a República Islâmica do Irã nunca foi parte do conflito militar ou da sua continuidade, e sempre apoiou uma solução política para resolver as diferenças entre a Rússia e a Ucrânia", disse Kanani, em coletiva de imprensa.

 

O porta-voz do ministério iraniano alegou que as acusações de envio de mísseis balísticos para a Rússia têm "motivações políticas de alguns países ocidentais" e "não têm qualquer fundamento". "A cooperação militar entre o Irã e a Rússia tem uma história que antecede o início da guerra na Ucrânia, e está dentro dos acordos bilaterais baseados em normas e leis internacionais", defendeu Kanani.

 

Ontem à noite, a Associated Press reportou que autoridades dos Estados Unidos acreditam que o Irã enviou mísseis balísticos de curto alcance para que a Rússia utilize na guerra contra a Ucrânia, segundo duas fontes com conhecimento do assunto. Os oficiais não forneceram nenhum detalhe sobre quantas armas foram entregues ou quando as transferências podem ter ocorrido, mas confirmaram a descoberta da inteligência dos EUA. Eles falaram sob condição de anonimato para discutir um assunto que não foi divulgado publicamente.

 

A Casa Branca se recusou a confirmar a transferência de armas, mas reiterou sua preocupação de que o Irã esteja aprofundando seu apoio à Rússia. "Qualquer transferência de mísseis balísticos iranianos para a Rússia representaria uma escalada dramática no apoio do Irã à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia e levaria à morte de mais civis ucranianos", alertou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Sean Savett, em um comunicado. Savett acrescentou que isso também representaria uma ameaça para a segurança da Europa como um todo.

 

*Com informações da Associated Press

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O PT disse nesta terça-feira, 14, que a sede do partido em Diadema (SP) foi invadida e vandalizada. Segundo o partido, dois computadores, três CPUs e uma impressora foram levados. Em imagens divulgadas pela sigla, é possível ver portas arrombadas e fotografias do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) cobertas por tinta azul.

O partido registrou boletim de ocorrência no início da tarde, ao qual o Estadão teve acesso. A Polícia Civil confirmou que investiga o caso. "Foi requisitada perícia e coleta de impressões digitais no local para auxiliar na identificação dos envolvidos no crime", disse a instituição, em nota.

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Ele afirmou que é prematuro afirmar que a motivação foi política, mas acrescentou que as condições em que o diretório foi encontrado indicam que o objetivo da ação não era "um simples roubo".

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A Polícia Federal (PF) apontou que o ex-deputado federal Daniel Silveira levou o dobro do tempo previsto para chegar ao Hospital Santa Tereza, em Petrópolis (RJ), quando foi atendido em 21 de dezembro. O relatório, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira, 13, detalha que Silveira gastou cerca de 1h30 no deslocamento, que deveria durar 43 minutos, considerando os 25 quilômetros de percurso.

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No entanto, o monitoramento apontou que, no dia seguinte à soltura, Silveira violou as restrições. Embora sua defesa tenha alegado urgência médica, ele passou mais de uma hora em um shopping antes de ir ao hospital. A PF concluiu que o tempo excessivo no trajeto merece explicações adicionais.

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A Advocacia-Geral da União (AGU) fará na próxima semana uma audiência pública para discutir os efeitos da nova política implementada pela Meta. O dia e horário ainda serão definidos pelo órgão. A audiência estava agendada para a próxima quinta-feira, 16, mas a AGU disse em nota que "será necessário um tempo maior para organização e confirmação dos participantes". Poderão participar especialistas, acadêmicos, representantes das agências de checagem de fatos e órgãos do governo.

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