PT doa R$ 15 mi à campanha de Boulos; candidato é o que mais recebeu dinheiro do partido

Política
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O Partido dos Trabalhadores (PT) repassou mais R$ 15 milhões para o candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) neste segundo turno. Com a quantia, a sigla se consolida como o maior doador da campanha do deputado federal nestas eleições. A doação foi feita em 9 de outubro, três dias depois do primeiro turno, conforme registros no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No primeiro turno, o PT doou R$ 30 milhões para a campanha de Boulos. Com o novo repasse, foram, ao todo, R$ 44,15 milhões. O parlamentar é o candidato que mais recebeu dinheiro do partido nas eleições de 2024 no País. O PT disse que a verba foi enviada a ele pela presença de Marta Suplicy (PT) na chapa como vice.

No segundo turno, o PSOL repassou R$ 1 milhão ao candidato, até esta segunda-feira, 21. Durante o primeiro turno, o partido fez três doações para o deputado, totalizando R$ 35 milhões. Ao todo, Boulos já recebeu R$ 80,15 milhões das duas legendas.

O maior custo registrado pela campanha (R$ 8,22 milhões) foi com impulsionamento de conteúdos nas plataformas do Facebook Brasil. Em segundo lugar, R$ 6,93 milhões foram destinados à agência de publicidade Janela Comunicação. Outros R$ 11,26 milhões foram pagos a quatro empresas gráficas para a confecção de banners, bandeiras, adesivos e folhetos.

Esta é a primeira vez, desde a redemocratização, que o PT não tem candidato próprio em São Paulo. O partido indicou Marta Suplicy para vice na chapa, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou de eventos de campanha ao lado de Boulos.

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O Hezbollah lançou uma saraivada de foguetes contra a região central de Israel nesta terça-feira, dia 22. A ofensiva disparou sirenes que alertam para ataques aéreos em áreas populosas, mas não causou danos aparentes. As forças israelenses informaram que cinco projéteis foram disparados do Líbano e que a maioria foi interceptada pelo sistema de defesa antimísseis. Um artefato caiu em uma área aberta. Fonte: Associated Press.

O ex-presidente do Peru Alejandro Toledo foi condenado na segunda-feira, 21, a 20 anos e seis meses de prisão no caso que envolve a empreiteira brasileira Odebrecht, que virou sinônimo de corrupção na América Latina, onde pagou milhões de dólares em propinas para autoridades.

Toledo foi acusado de receber US$ 35 milhões da empresa, que hoje se chama Novonor, em troca do contrato para construir uma rodovia no Peru. O Tribunal Nacional Superior impôs a sentença após anos de disputas jurídicas, entre elas o embate sobre a extradição do ex-presidente dos Estados Unidos.

A juíza Inés Rojas disse que as vítimas de Toledo são os peruanos que confiaram nele como presidente. À frente do país, Toledo tinha a "responsabilidade de gerir as finanças públicas" e de "proteger e assegurar o correto uso" dos recursos, mas acabou "fraudando o Estado".

A Odebrecht, que construiu alguns dos mais cruciais projetos de infraestrutura da América Latina, admitiu a autoridades dos Estados Unidos em 2016 que comprou contratos governamentais com generosas propinas. A apuração do Departamento de Justiça dos Estados Unidos se desdobrou por diversos países, como o México, a Guatemala e o Equador.

No Peru, as autoridades acusaram Toledo e três outros ex-presidentes de receber pagamentos da empreiteira. Em testemunho à Justiça peruana, o ex-executivo da Odebrecht Jorge Barata afirmou que o ex-presidente telefonou para ele três vezes após deixar o cargo para pedir o pagamento do suborno.

Detido na Califórnia (EUA), onde residia, em 2016, Toledo foi colocado em prisão domiciliar em 2020, por causa da pandemia de covid-19. Em 2022, foi extraditado para o Peru. Desde então, cumpre prisão preventiva.

Toledo, que tem 78 anos e governou o Peru entre 2001 e 2006, nega as acusações. A defesa do ex-presidente informou que vai recorrer da condenação. Fonte: Associated Press.

O secretário de Estados dos Estados Unidos, Antony Blinken, chegou nesta terça-feira (22) à Israel, no que é a sua 11ª visita à região desde o início da guerra com o Hamas. Ele deve se reunir com altos funcionários enquanto os EUA buscam reavivar os esforços de cessar-fogo após a morte do principal líder do Hamas, Yahya Sinwar.

Blinken pousou poucas horas depois que o Hezbollah lançou uma saraivada de foguetes no centro de Israel, disparando sirenes de ataque aéreo nas áreas mais populosas do país, mas não causando danos ou feridos aparentes. O exército israelense disse que, ao mesmo tempo, cerca de 15 projéteis foram disparados do Líbano para o norte de Israel. Fonte: Associated Press